Vacina contra a gripe já está disponível em Montes Claros

ANTECIPOU! – Neste ano de 2024 a vacinação contra a gripe foi antecipada. Ao contrário dos outros anos, em que a campanha era iniciada nos meses de abril e maio, neste ano a aplicação das doses foi iniciada em março. Assim, aquelas pessoas que fazem parte do público-alvo já podem procurar uma das salas de vacinação do município para se imunizar. Neste ano a vacina tem nova versão, com proteção para os três tipos de vírus da influenza predominantes na população: dois do tipo A (H1N1 e H3N2) e dois do tipo B (linhagens Victoria e Yamagata). É importante destacar que, ao procurar uma das mais de 20 salas de vacinação do município, os interessados devem levar um documento de identidade e o cartão de vacina. As pessoas com doenças crônicas e outras condições clínicas especiais devem apresentar relatório médico. Os grupos que podem se vacinar são os seguintes: Crianças de 6 meses a menores de 6 anos; Trabalhadores da Saúde; Gestantes; Puérperas; Professores; Idosos com 60 anos ou mais; Profissionais das forças de segurança e de salvamento; Pessoas com doenças crônicas; Pessoas com deficiência permanente; Caminhoneiros; Pessoas em situação de rua; Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso); Povos indígenas; Funcionários do sistema de privação de liberdade; Pessoas privadas de liberdade.

Região sediará o 6º ciclo de formação do Selo Unicef

A Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams) sediará dia 9 de abril, em sua sede em Montes Claros, o 6º Ciclo de Formação do Selo Unicef – Avaliando Conquistas & Identificando desafios com os municípios que aderiram ao programa. O evento é do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Durante o encontro, as equipes municipais terão a oportunidade de fazer uma revisão geral de entregas, prazos e metodologia de certificação. O presidente da Amams e prefeito de Padre Carvalho, José Nilson Bispo, destaca que o selo Unicef tem um resultado prático, pois ajudou na queda da desnutrição infantil, reduziu a evasão de alunos na rede de ensino e ainda combateu o trabalho infantil, ao premiar os municípios que fomentaram políticas públicas para a infância. Ele cita como exemplo o programa Leite Pela Vida, que atendeu 150 mil famílias em vulnerabilidade social e minimizou os impactos da fome. “A Amams sempre foi parceira da Unicef por reconhecer a relevância deste trabalho”, disse. A coordenadora do Departamento de Políticas Sociais da Amams, Laila Tatiane Souza lembra que “este sexto ciclo de formação do Selo Unicef em Montes Claros tem o objetivo de apoiar e mobilizar os municípios participantes para realizarem um esforço concentrado no desenvolvimento das atividades finais desta edição do Selo. Está focado no fortalecimento das políticas municipais de promoção, garantia e defesa dos direitos de crianças e adolescentes com ênfase na entrega dos resultados e produtos previstos nos sete resultados sistêmicos, seus respectivos indicadores de impacto social e no eixo de participação cidadã e gestão por resultados previstos na metodologia”. A proposta de programação do encontro, no período da manhã, é compartilhar as orientações sobre o II Fórum Comunitário e, pela tarde, realizar uma revisão geral de entregas, prazos e metodologia de certificação. O momento é decisivo para consolidar o trabalho realizado pelas gestões municipais na entrega de políticas, programas, projetos e serviços de qualidade que garantem uma vida melhor para cada criança e adolescente e como consequência para toda a sociedade. Não há tempo a perder! É preciso concentrar os esforços na entrega dos produtos estabelecidos nos resultados sistêmicos do Selo Unicef e preparar todo o município para participar do II Fórum Comunitário que vai avaliar os resultados alcançados e apresentar os desafios do fim deste mandato da atual gestão municipal. Para participar deste momento formativo, a Unicef recomenda a presença de três representantes de cada município: Articulador do Selo Unicef; Mobilizador de Adolescentes e Representante do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) ou um(a) mobilizador(a) de uma das áreas temáticas (Assistência Social, Educação ou Saúde).

Equinox mantém investimentos de R$ 75 milhões na região

Aporte da empresa será feito no sistema de depósito de rejeitos a seco no complexo em Riacho do Machados A Equinox Gold planeja investimentos de R$ 75 milhões neste ano na Mineração Riacho dos Machados (MRDM), no Norte de Minas. O objetivo é a implantação da deposição de rejeito a seco na unidade e descaracterização da atual barragem de rejeitos, localizada nas cidades de Riacho de Machados e Porteirinha. A mineradora anunciou também que a produção de ouro na MRDM cresceu 60% em 2023. As informações foram publicadas na segunda-feira (25) pelo Diário do Comércio, de Belo Horizonte. Os investimentos da Equinox visam ao cumprimento do estabelecido na Lei Mar de Lama Nunca Mais, que obriga a extinção das barragens de rejeitos. No caso da unidade da mineradora canadense em Minas Gerais, a previsão é que o empilhamento a seco já seja possível a partir do segundo semestre deste ano. Juntamente da nova deposição de rejeitos, será iniciada a descaracterização da barragem da Equinox em Riacho dos Machados. O projeto de extinção da estrutura está em análise pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) e a previsão inicial é que, após aprovado, seja finalizado ao longo do ano de 2025. “Até por uma demanda da sociedade, já existe uma busca para que as mineradoras passem a buscar rejeito à seco e não mais barragens de rejeito”, afirma o vice-presidente de Relações Institucionais e Licenciamento da MRDM, César Torresini. Já o crescimento expressivo da extração de ouro da unidade mineira se deve principalmente ao melhor teor – a qualidade – do minério. A lavra a céu aberto tinha uma produção de 0,5 grama (g) de ouro por 1 tonelada (t) extraída de minério. Ano passado, essa proporção passou para 0,78 g/t, um crescimento de 50% na quantidade do mineral. Além dos investimentos, o desempenho da Equinox Gold na MRDM proporcionou a arrecadação de R$ 6,8 milhões por meio da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem) para as duas cidades do Norte mineiro. O valor representa um aumento de 44% em relação a 2022. Já em impostos e taxas municipais, o valor arrecadado pela produção da mineradora ultrapassou os R$ 2,9 milhões. “(O aumento da arrecadação) é também fruto de uma produção maior, mas nós tivemos um preço maior no ouro. A expectativa agora é que a gente continue no mesmo ritmo de produção, mas existe uma expectativa do preço do ouro maior. Em março já praticamos um preço 13% maior que o ano de 2023”, comenta Torresini. ÁGUA – A Equinox Gold firmou um termo de compromisso com a Prefeitura Municipal de Riacho dos Machados e com a Copasa para fornecimento de água à população a partir da captação na barragem do Rodeador, estrutura que também abastece as atividades operacionais da unidade. A barragem foi construída após investimentos de R$ 50 milhões pela MRDM, para abastecer a operação da mina e assegurar reservatório estável também em benefício da população de Riacho dos Machados e comunidades do entorno. Em períodos de estiagem, as fontes de água eram intermitentes e sujeitas a escassez.

Comida Di Buteco 2024 divulga lista de bares participantes

SOMOS TODOS BOTECO Por Adriana Queiroz* O Concurso Comida di Buteco está celebrando 24 anos de história e, em Montes Claros, esta será a sua 19ª edição. Com um tema livre, a competição incentiva a criatividade, resgata tradições, promove inovação, estimula a pesquisa e inspira os 22 participantes a se dedicarem com entusiasmo. O evento terá início em 5 de abril e se estenderá até 28 de abril. Para Maria Cecília Correia Neto, do Jiló Butiquim, vencedor da edição do ano passado, a vitória foi motivo de grande comemoração. O estabelecimento conquistou todos os prêmios relacionados à culinária. “Foram três prêmios sendo que o principal, de dois patrocinadores. Esse ano a gente está vindo com outro tipo de prato, não é bolinho, é um prato mais diferente do que a gente está acostumado. Queremos trazer essa novidade, inclusive tem um nome bastante chamativo, ‘Chifre de Boi’, que no nosso prato leva a banana da terra e o chifre de boi, um dos nomes que se dá da banana da terra. A expectativa é muito boa, a equipe está preparada, está tudo organizado para começar o evento, muita empolgação e nossa expectativa é para ser vice-campeão” comenta Maria Cecília. O Bar do Thom, situado no bairro Morrinhos, tem participado do Comida di Buteco desde 2012. O proprietário relata que, neste ano, a equipe preparou um petisco em homenagem ao Norte de Minas, chamado “Paioca Mineira da Nossa Maneira Uai”. “O que que é isso? São espetinhos de carne de sol, espetinho de linguiça caseira apimentada, torresmo de barriga, batata chips e espetinho de frango empanado. E no meio vai uma paioca, um pão, retirado o miolo com o nosso creme de requeijão moreno. Junto a isso vai também um vinagrete de maçã verde com melaço de cana de açúcar e pimenta”, revela Tonnely Mendes, proprietário do local. CARRANCAS Foi através do concurso Comida Buteco que o Carrancas conseguiu, já no primeiro ano de abertura, ser campeão do concurso em Montes Claros, conseguir o primeiro lugar em Minas Gerais e foram direto para ser o terceiro lugar no Brasil, onde são os mineiros mais bem classificados no Brasil em comida de boteco. “Este ano buscamos mais uma vez algo a ver com a nossa região, com a nossa cultura e com a culinária. O nosso prato usa a farinha de Alto Belo, a carne tradicional do norte de Minas e criamos a farofa que é uma farofa de carne com pimenta e manteiga de garrafa acompanhada com mandioca frita. Esse prato nós fizemos uma homenagem ao nosso eterno ator, compositor, cantor, escritor Teo Azevedo, montes-clarense, ganhador do Grammy. O prato se chama ‘Farofa Catrumana Teo Azevedo’”, afirma Guilherme Jansen, o proprietário do renomado boteco. Confira a lista dos botecos participantes House Bar – Rua Raul Correia, 611 | Funcionários Balança Vento – Avenida Castelar Prates, 382 | Major Prates Bar das Meninas – Rua João Martins, 377 – Lojas 1 e 2 | Vila Guilhermina Bar do Kal – Rua Antônio Martins, 50 | Santos Reis Bar do Soró – Rua Coronel Joaquim Sarmento, 596 | São José Bar do Thom – Rua Humaitá, 50 | Morrinhos Bendita Espeteria – Avenida Cula Mangabeira, 661 | Santo Expedito Boteco Topp – Avenida Dep. Esteves Rodrigues, 61 – (ao lado da Protel) | Melo Cantina da Paty – RUA A, 200 – Alameda | Acácias Carrancas Grill – Rodovia BR-365, 267 (No posto Abrantes. Saída para Pirapora) | Major Prates Delícias do Crepe – Rua Raul Correia, 344 – Loja A | Funcionários Divino’s Bar – Rua Luiz Ruas, 62 | Santos Reis Dom Canela Botequim – Rua Santa Maria, 871 | Todos os Santos Jiló Butiquim – Rua Iraci de Oliveira Novais, 510A | Cândida Câmara Kentura 2 – Rua Santa Maria, 662 | Todos os Santos Lopes Bistrô – Rua Ernesto Neves, 451 | Edgar Pereira Lounge 433 – Rua Iraci De Oliveira Novais, 333 | Cândida Câmara Nobre’s Bar – Avenida A, 981| Jardim Primavera São Bento Espetaria – Rua Barão do Rio Branco, 253 | Centro Universo do Beiju – Avenida Cula Mangabeira – de 564 ao fim – lado par, 1796 | Sagrada Família War Pigs Rock Bar – Avenida Mestra Fininha, 1054 | Cidade Santa Maria Zebu Bar e Espeteria – Avenida Corinto Crisóstomo Freire, 561| Morada Do Parque. * Adriana Queiroz é colunista do O Norte

Moraes nega pedido de devolução de passaporte a Bolsonaro pela segunda vez

Bolsonaro teve o documento apreendido em 8 de fevereiro, por determinação do ministro do STF Redação O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes negou o pedido de devolução do passaporte feito pela defesa de Jair Bolsonaro (PL). A decisão foi tomada nesta quinta-feira (28). O ex-presidente havia pedido o documento para viajar a Israel entre 12 e 18 de maio, a convite do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Mas a Procuradoria-Geral da República (PGR) entendeu que uma viagem de Bolsonaro poderia representar um “perigo para o desenvolvimento das investigações criminais” e Moraes aceitou a recomendação. O pedido acontece após a revelação de que Bolsonaro passou duas noites na embaixada da Hungria pouco depois da operação que apreendeu seu passaporte. Reportagem do jornal estadunidense The New York Times mostra que ele passou duas noites no local entre 12 e 14 de fevereiro. O ato foi visto como uma tentativa de evitar uma possível prisão. Bolsonaro teve o passaporte apreendido em 8 de fevereiro por determinação de Moraes, após ser alvo de busca e apreensão durante a Operação Tempus Veritatis, que investiga a tentativa de golpe de Estado no país após o resultado das eleições de 2022. Esta não é a primeira vez que a defesa do ex-presidente solicita a devolução do passaporte. Em 14 de fevereiro, os advogados fizeram o primeiro pedido argumentando que não foram apresentados indícios suficientes para justificar o risco de fuga. “Ao longo das investigações iniciadas no início de 2023, não foi apresentado nenhum indício que justificasse a alegação de risco de fuga. O Agravante, desde o início do processo, tem cooperado de maneira irrestrita com as autoridades, comparecendo pontualmente a todos os chamados e colaborando ativamente para o esclarecimento dos fatos”, afimou a defesa do ex-presidente. Ainda afirmam que o confisco do passaporte e a proibição de contato com outros investigados é uma “violação à liberdade de locomoção” e ao “princípio da presunção de inocência”. Eles ainda argumentam que Bolsonaro “está sendo tratado como culpado” tanto pelo STF como por veículos de comunicação. Na ocasião, Moraes afirmou que “as diligências estão em curso, razão pela qual é absolutamente prematuro remover a restrição imposta ao investigado, conforme, anteriormente, por mim decidido em situações absolutamente análogas”.

Lula e Macron assinam 21 acordos em último dia do francês no país

Antes da assinatura, o petista homenageou o presidente francês com o Grande Colar da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul No último dia de visita oficial, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, e Emmanuel Macron, da França, assinaram, nesta quinta (28), no Palácio do Planalto, em Brasília, 21 acordos de cooperação bilateral. Na primeira visita ao país, Macron percorreu a região amazônica e o sudeste. Entre os 21 compromissos firmados estão a criação de um centro de pesquisas da biodiversidade amazônica e a cooperação jurídica entre os países em matérias penais. Na lista, há ainda a previsão de uma parceria entre o Parque Amazônico da Guiana, na Guiana Francesa, e o Parque Nacional das Montanhas de Tumucumaque, no Amapá e no Pará. A solenidade em Brasília começou pouco depois de uma hora depois do previsto, às 12h40. O presidente francês caminhou pela Praça dos Três Poderes em revista às tropas brasileiras e encontrou Lula no topo da rampa do Planalto. Depois, seguiram para o parlatório onde viram a passagem da cavalaria. Em seguida, tiveram uma reunião bilateral que durou cerca de duas horas. Depois de assinarem atos conjuntos entre os países, Lula condecorou Macron com a Ordem do Cruzeiro do Sul. Após isso, foi a vez do francês condecorar a primeira-dama brasileira, Janja da Silva, nomeando-a oficial da Legião de Honra. Ele justificou que Lula já recebeu a mesma honraria no mais alto grau, o de cavaleiro. Nos discursos, os presidentes ressaltaram a importância dos acordos bilaterais para consolidar a parceria Brasil-França e classificaram o diálogo entre os dois países como uma “ponte” a favor da superação de desigualdades estruturais e de um planeta mais sustentável. “O Brasil e a França estão decididos a trabalhar juntos para promover, pelo debate democrático, uma visão compartilhada do mundo”, frisou Lula. “Uma visão fundamentada na prioridade da produção sobre a finança improdutiva, da solidariedade sobre o egoísmo, da democracia sobre o totalitarismo, da sustentabilidade sobre a exploração predatória. ”Lula ressaltou que dentre as potências tradicionais, nenhuma é mais próxima do Brasil do que a França. Segundo ele, no atual contexto de alta complexidade do cenário internacional, o diálogo entre os dois países representa uma ponte entre o Sul Global e o mundo desenvolvido a favor da superação de desigualdades estruturais e de um planeta mais sustentável. O presidente brasileiro lembrou que Macron pode constatar pessoalmente o compromisso do Brasil com o meio ambiente, que no último ano, o desmatamento ilegal na Amazônia foi reduzido em 50% e reafirmou o compromisso de zerá-lo até 2030. No pronunciamento, Lula também disse que as novas parcerias entre os dois países vão abranger áreas como o financiamento da transição ecológica e energética, bioeconomia, agricultura, temas digitais, inteligência artificial, direitos humanos e igualdade de gênero, que passarão a ocupar nossa agenda bilateral. “Essa gama de assuntos se reflete nos mais de 20 acordos que celebramos hoje. Conversamos sobre o sucesso econômico do Fórum Brasil-França, realizado em São Paulo, e que não se reunia presencialmente desde 2019. Examinamos formas de ampliar e diversificar o comércio que, no ano passado, alcançou 8.4 bilhões de dólares, e que pode e deve crescer muito mais”. Entre os acordos assinados: 1) Novo Plano de Ação da Parceria Estratégica Brasil-França 2) Termo Aditivo ao Acordo de Cooperação Jurídica Internacional em Matéria Penal 3) Declaração de Intenções sobre a Retomada do Centro Franco-Brasileiro de Biodiversidade Amazônica 4) Carta de Intenções sobre a Cooperação entre o Parque Amazônico da Guiana e o Parque das Montanhas do Tumucumaque 5) Declaração de Intenções Relativa ao Reforço da Cooperação na Luta contra o Garimpo Ilegal 6) Declaração de Intenções sobre Diálogo para Transição e Segurança Energética e Minerais Estratégicos (DTSEM) 7) Declaração de Intenções sobre Matérias Primas Críticas 8) Memorando de Entendimento sobre Modernização da Gestão Pública 9) Declaração de Intenções em Matéria de Proteção e Defesa Civil 10) Memorando de Entendimento para a Cooperação em Projetos de Desenvolvimento Sustentável Regional 11) Memorando de Entendimento com o Ministério das Cidades 12) Carta de Intenções sobre a Cooperação em Saúde 13) Declaração de Intenção Destinada a Reforçar a Cooperação Franco-Brasileira a Fim de Garantir a Integridade do Espaço Informativo 14) Declaração de Intenções no Domínio da Formação de Profissionais de Educação Básica e da Promoção do Plurilinguismo 15) Carta de Intenções sobre a Cooperação Esportiva 16) Acordo de Segurança Relativo à Troca de Informações Classificadas e Protegidas 17) Memorando de Entendimento sobre Financiamento ao Desenvolvimento, Clima e Gênero 18) Protocolo de Intenções entre o BNDES e a AFD 19) Memorando de Entendimento para Cooperação Técnica EMBRAPA-CIRAD 20) Memorando de Entendimento para Cooperação Técnica EMBRAPA-IRD 21) Protocolo de de Intenções entre o Banco da Amazônia (BASA) e a AFD.

Governo Lula lançará pacote de crédito para microempresas e MEIs

Iniciativa visa valores ainda maiores para empresas lideradas por mulheres e também renegociação de dívidas do Pronampe O governo Lula está planejando um pacote de crédito voltado para pequenas empresas, de acordo com informações do Estadão. A medida inclui três principais pontos: uma nova linha de crédito para microempresas e microempreendedores individuais (MEIs) com taxas de juros abaixo da média de mercado; renegociação de dívidas do Pronampe, Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte; e condições especiais para empresas lideradas por mulheres. As propostas serão colocadas em uma Medida Provisória (MP) e fazem parte de uma ampla iniciativa que visa impulsionar o crédito no Brasil. Isto inclui a criação de um mercado secundário de títulos imobiliários e de hedge cambial, assim como financiamentos para beneficiários do Bolsa Família. De acordo com o Ministério da Fazenda, o Brasil conta com 15,6 milhões de MEIs e a linha de crédito batizada como ProCred 360 visa oferecer financiamento com taxas menores que as encontradas no mercado. Isto somente será possível pois o Tesouro Nacional irá assegurar a linha de crédito pelo Fundo de Garantia de Operações (FGO). Além disso, as empresas comandadas por mulheres poderão ter acesso a linhas de crédito maiores. O outro ponto de benefício trazido é voltado aos microempreendedores e empresários de pequeno porte, universo de empresas que faturam anualmente até R$ 4,8 milhões. Para eles será promovida a renegociação do Pronampe, pela qual o governo observa que a inadimplência está em cerca de 8%. A previsão é de lançamento da MP em abril com outras medidas, como a de securitização de dívidas imobiliárias de carteira dos bancos e para proteção cambial para investidores de longo prazo. *Informações Estadão.

Brasil e França vão captar R$ 1 bilhão para projetos verdes na Amazônia

A parceria foi fechada por conta da primeira visita oficial do presidente da França, Emmanuel Macron, ao Brasil por Iram Alfaia O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) selaram nesta quinta-feira (28) um acordo para a captação de R$ 1 bilhão (EUR 200 milhões) para serem investidos em projetos verdes e de infraestrutura sustentável na Amazônia e no Nordeste. A parceria foi fechada por conta da primeira visita oficial do presidente da França, Emmanuel Macron, ao Brasil. O documento foi assinado pela diretora de Mercado de Capitais e Finanças Sustentáveis do BNDES, Natália Dias, e pelo presidente do Grupo AFD, Rémy Rioux. A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Marina Silva, participou do encontro, no Palácio do Planalto. De acordo com o banco, trata-se de um passo importante para a obtenção das autorizações internas necessárias para as instituições negociarem os termos finais do contrato de empréstimo externo, o que deverá ocorrer ao longo dos próximos meses. “A iniciativa reforça a reaproximação com a AFD, com quem o BNDES já havia realizado uma captação de recursos em 2014, e fortalece a estratégia de diversificação das fontes de financiamento do banco”, avalia Natália Dias. Para ela, com parceiros relevantes no cenário internacional, o BNDES tem a “ancoragem necessária para trazer recursos a custos competitivos de outros investidores, nacionais e internacionais, engajados na agenda sustentável”. Rémy Rioux considera que a assinatura do novo acordo materializa os compromissos firmados esta semana em Belém pelos Presidentes Macron e Lula, sobre financiamento à bioeconomia e à economia sustentável. “É com grande satisfação que hoje marcamos um novo avanço na consolidação da nossa parceria de longo prazo, que une o BNDES ao Grupo AFD em torno de um objetivo comum: apoiar o Brasil na sua trajetória de desenvolvimento sustentável”, afirma. Os recursos poderão ser investidos nos setores de transporte e mobilidade de baixo carbono, gestão de resíduos, soluções de água e saneamento, agricultura e pecuária sustentáveis, silvicultura, produção de alimentos e biomateriais, geração de energia renovável (armazenamento, transporte e distribuição), bioeconomia ou de infraestruturas sustentáveis, nas condições previstas nas políticas operacionais do BNDES. O acordo também institui os termos para a discussão de um programa de cooperação técnica em biodiversidade, clima, cultura, patrimônio histórico, gênero, diversidade e inclusão social.

O golpe de 64 e suas raízes históricas – Por Altair Freitas*

O Golpe tem raízes profundas na história brasileira, pela sua configuração de renda e riqueza ultra concentradas nas mãos de minúscula, mas poderosa classe dominante Sessenta anos atrás o país vivenciava o nefasto golpe militar que depôs o presidente João Goulart e implantou o mais longo período ditatorial da história republicana brasileira. O golpe em si e a ditadura que durou 21 anos, todo o processo interno e externo pelo qual o Brasil passou ao longo daquelas duas décadas e seus efeitos sobre a história brasileira têm reflexos se estendem até hoje, como pudemos observar nos recentes episódios envolvendo a relação de militares de alta patente da reserva e da ativa com o governo de Jair Bolsonaro e sua tentativa de Golpe de Estado. O Golpe tem raízes profundas na história brasileira, pela sua configuração de renda e riqueza ultra concentradas nas mãos de uma minúscula, mas poderosa classe dominante, cuja formação nos remete ao período colonial, ao escravismo e à vinculação da nossa economia aos centros colonizadores europeus. A história da República brasileira é permeada por essas raízes. O golpe de 64 não seria diferente. Não me aventuro neste artigo a ir mais fundo nessa trajetória histórica longínqua, mas sim às causas mais imediatas, às raízes que se desenvolveram, especialmente após a Segunda Guerra Mundial, porque elas nos dão um vívido quadro da movimentação política que resultou, ao fim e ao cabo, na tomada de poder pelas forças armadas em 1964 e nas alianças entre militares e civis nacionais e entre estes e os EUA na época. E como todo golpe de Estado que se preza, para além das suas motivações, existem as justificativas, a ideologia disseminada anteriormente para justifica-lo. À época, e mesmo ainda hoje, defensores da ditadura militar (ou cívico-militar, como queiram), foi disseminada uma ideia absolutamente falsa: os militares deflagraram o golpe para evitar que o presidente Goulart e seus aliados “comunistas” dessem um golpe de “esquerda”, o que, segundo esses, estava em curso. O país viveria o risco de ser governado por uma “república sindicalista”, conforme apregoavam os golpistas. Muito disso está vinculado às “reformas de base” que João Goulart havia encaminhado ao Congresso.  Reparem: encaminhado ao Congresso! Outra vertente, combinada com esta, disseminava a velha e surrada ideia de que era necessário combater a corrupção. A título de comparação, lembremos o que foi espalhado largamente no Brasil para justificar o golpe de 2016 contra a presidenta Dilma e o caldo de cultura que resultou na eleição de Bolsonaro em 2018. É claro que justificativas para golpes geralmente estão alicerçadas em objetivos, interesses os mais diversos envolvendo setores econômicos poderosos, nacionais e estrangeiros, de corporações e frações de classe que têm contradições com quem governa e foi (ou será) golpeado (a). Novamente, o impeachment da presidenta Dilma ancorado nas inexistentes “pedaladas fiscais” martelam incessantemente a memória. E as justificativas para o “respeitável público” servem para esconder os objetivos verdadeiros. Justificativas são ideias para unificar um campo político, se possível com algum apoio de setores da população. Em 64, a indústria do anticomunismo estava à frente de justificativas estapafúrdias. Como geralmente são. É preciso ficar muito claro que o golpe de 64 não nasceu naquele ano como uma suposta reação a um “golpe de esquerda” que o presidente Goulart estaria planejando, mas foi resultado de anos a fio de contradições da política brasileira e de uma forte ação dos serviços diplomáticos e de inteligência dos EUA sobre o Brasil, em plena Guerra Fria, considerando a importância estratégica do nosso país no jogo geopolítico da época. Desde a Revolução de 30, o Brasil havia passado por um acelerado processo de desenvolvimento industrial concentrado na região Sudeste, com a formação de um extenso proletariado urbano, beneficiado, inicialmente, pelo aparato trabalhista criado durante os governos do presidente Getúlio Vargas. A combinação entre o desenvolvimento industrial acelerado e a ampliação intensa do mercado consumidor interno, especialmente em grandes cidades, impulsionadas pela industrialização e deslocamento de grandes massas do campo, por um lado foi fator de pujança para o capitalismo brasileiro, mas trouxe consigo também inúmeras novas contradições e demandas dos próprios trabalhadores. No final dos anos 50 e início dos 60, havia um portentoso movimento reivindicatório dessas massas proletárias em busca por novas condições de vida, melhores salários e por mais participação política, associada à crescente luta pela reforma agrária, considerando que nossa estrutura agrícola continuava fortemente assentada nas heranças coloniais. E essa movimentação se dava em torno de grandes mobilizações articuladas por sindicatos e centrais sindicais, o que colocava a classe dominante das cidades e do campo em polvorosa. Estabeleço então um roteiro suscinto dos fatos, devidamente comprovados por larga documentação e pesquisa de historiadores (as), jornalistas (as) e pesquisadores (as) de diversas áreas para delinear como as forças reacionárias do país, setores do grande capital privado, interno e externo, e militares de alta patente tentaram por anos a fio interromper o desenvolvimento nacional soberano, que foi liderado inicialmente por Getúlio Vargas e pelo campo político que se convencionou chamar de nacional-desenvolvimentista. Desenvolvimento nos marcos do capitalismo, de um capitalismo nacional, com mais proteção social e direitos trabalhistas. Mas capitalismo, tendo em certo grau a referência do Estado de Bem-estar Social que se desenvolvia na Europa, inclusive como contraponto ao socialismo soviético, diminuindo tensões internas com os respectivos movimentos operários europeus, e mesmo em algum grau nos Estados Unidos. Os setores empresariais e militares vinculados à defesa de um Brasil alicerçado no liberalismo e na aliança geopolítica essencialmente com os EUA após a Segunda Guerra, se contrapunham intensamente ao desenvolvimento de um Estado mais regulador e controlador de setores importantes da economia, bem como à concessão de novos direitos sociais e trabalhistas, que só poderiam ser sustentados mediante deslocamento de fatias da taxa de lucros do capital privado para o governo, sob a forma de impostos. O Partido Comunista do Brasil e outras forças ditas de esquerda, ora se compunham, ora se contrapunham aos nacionais desenvolvimentistas, especialmente a partir de 1945, assunto para outro artigo. Portanto, longe de haver uma