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Depois de duas décadas, inicia-se a execução de R$ 2,6 milhões contra Jairo Ataide

O ex-prefeito de Montes Claros recebeu salários acima do teto constitucional e superior à de ministros do STF entre 1998 e 2000, durante seu primeiro mandato (1997–2000). Mais de 21 anos depois de ajuizada, uma Ação Popular movida contra o ex-prefeito de Montes Claros, Jairo Ataíde Vieira, chega a uma fase decisiva: o cumprimento de sentença. O processo, que tramitou durante mais de duas décadas na Justiça mineira, resultou na condenação do ex-prefeito por ter recebido remuneração acima do teto constitucional e superior à de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) entre 1998 e 2000, durante seu primeiro mandato (1997–2000). A execução foi requerida pelo Município de Montes Claros em março de 2025, com a apresentação de planilha de cálculo atualizada que aponta um valor a ser ressarcido de R$ 2.674.557,43. A Justiça determinou a citação de Jairo Ataíde para pagamento voluntário, sob pena de bloqueio de bens. Mais de duas décadas entre a denúncia e a cobrança A Ação Popular foi proposta em novembro de 2003 pelo advogado Antonio Adenilson Rodrigues Veloso. Ele faleceu antes de ver a ação terminar. Segundo ele, o então prefeito vinha recebendo valores acima do teto constitucional, entre R$ 8 mil e R$ 12.720, fixado à época com base na remuneração dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Apesar da clareza das provas e da concordância do Ministério Público quanto à ilegalidade, o processo se estendeu por mais de duas décadas, passando por instrução, sentença de mérito, manifestações do MP, recursos e, por fim, a fase de execução, que se iniciou apenas em 2025. Remuneração do prefeito era superior à de ministro do STF Conforme demonstrado nos autos, Jairo Ataíde recebia, mensalmente, R$ 13.500,00, além de ajudas de custo semestrais de R$ 6.750,00. Em meses como outubro de 1998 e dezembro de 1999, os valores pagos ao prefeito ultrapassaram em muito o teto constitucional, chegando a mais de R$ 33 mil em um único mês. A sentença reconheceu que houve violação frontal ao artigo 37, XI, da Constituição Federal, que estabelece o teto remuneratório no serviço público. Com isso, a Justiça determinou o ressarcimento integral dos valores recebidos indevidamente, com correção monetária e juros legais. MP corroborou a tese da ilegalidade O Ministério Público de Minas Gerais atuou como fiscal da lei e se manifestou pela procedência da Ação Popular, apontando que o recebimento acima do teto constitucional configura enriquecimento ilícito e lesão ao erário, independentemente de dolo ou má-fé do agente público. Processo nº 1040200-55.2003.8.13.0433

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Alckmin entrega ao Papa convite para visitar o Brasil durante a COP30

Vice-presidente assistiu à missa que celebrou pontificado do novo Papa O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, entregou ao Papa Leão XIV, uma carta na qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva o convida para uma visita ao Brasil, em especial para a COP30, a ser realizada em Belém (PA), no mês de novembro. De acordo com a assessoria da Vice-Presidência, a entrega da carta foi neste domingo (18), após Alckmin ter assistido à missa que celebrou o pontificado do novo Papa. Na carta, Lula também lembrou que as relações entre Brasil e Santa Sé completarão 200 anos em 2026. A COP30 é a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP). É um encontro anual onde líderes mundiais, cientistas, organizações não governamentais e representantes da sociedade civil discutem ações para combater as mudanças climáticas. Neste ano, a COP30 será sediada no Brasil será na capital paraense. “Quero destacar a honra de representar o governo brasileiro no início do pontificado do Papa Leão XIV, trazer os cumprimentos do presidente Lula ao chefe de Estado do Vaticano e ao líder espiritual da Igreja Católica Apostólica Romana. E trouxe o convite do Presidente Lula para o Papa Leão XIV para visitar o Brasil, especialmente, na COP30 em novembro em Belém”, disse Alckmin durante o encontro. Segundo o vice-presidente, que está em Roma desde sábado (17), ao promover a paz, o Papa Leão XIV traz uma “grande esperança para toda a humanidade”. O vice se reuniu com os cardeais brasileiros e com o arcebispo Paul Richard Gallagher, secretário para as relações com os Estados e Organizações Internacionais da Santa Sé, na embaixada do Brasil da Santa Sé. Alckmin retorna ao Brasil ainda neste domingo

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China, UE e Argentina suspendem compras de carne de frango do Brasil

Foco de gripe aviária foi detectado no Rio Grande do Sul A China, a União Europeia (UE) e a Argentina suspenderam, nesta sexta-feira (16), as importações da carne de frango brasileira, inicialmente por 60 dias. A medida foi tomada após o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmar a detecção de um caso de vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em matrizeiro de aves comerciais localizado no município de Montenegro (RS). Apesar do foco regionalizado, as restrições da China e do bloco europeu abrangem todo o território nacional, por conta das exigências nos acordos comerciais de ambos com o Brasil. A China é o maior comprador da carne de frango brasileira, com embarques de 562,2 mil toneladas em 2024, cerca de 10,8% do total. Já a União Europeia é o sétimo principal destino das exportações nacionais, com mais de 231,8 mil toneladas comercializadas no ano passado, que representou 4,49% do total. Os dados são da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). No caso da Argentina, cujo volume de importação de carne de frango do Brasil não está entre os maiores, o Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa) do país vizinho decidiu suspender preventivamente as importações de produtos e subprodutos brasileiros de origem avícola que dependem da comprovação de que o país está livre da gripe aviária de alta patogenicidade (IAAP). Além disso, o governo argentino afirmou que está tomando medidas de biossegurança e vigilância sanitária de estabelecimentos avícolas para reduzir o risco de ingresso. O foco da gripe aviária ocorreu a cerca de 620 quilômetros (km) da fronteira entre os dois países. Em nota, o Mapa disse que vai seguir o que está previsto nos acordos comerciais vigentes. “Reafirmando o compromisso de transparência e de responsabilidade com a qualidade e sanidade dos produtos exportados pelo Brasil, as restrições de exportação seguirão fielmente os acordos sanitários realizados com nossos parceiros comerciais”, informou. Restrição regionalizada A pasta destacou que tem trabalhado para que as negociações de acordos sanitários internacionais com os países parceiros reconheçam o princípio de regionalização, preconizado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), restringindo a exportação aos 10 quilômetros de raio do foco. No entanto, a própria pasta pondera que os países costumam adotar diferentes critérios de regionalização, que podem variar entre restrições locais ou regionais. Japão, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Filipinas, por exemplo, já aprovaram a regionalização para IAAP, o que deve evitar um impacto muito generalizado nas exportações. Depois da China, esses cinco países são os maiores compradores da carne de frango brasileira, respondendo, juntos, por 35,4% do total exportado em 2024, segundo ABPA. Maior exportador de carne de frango do mundo, o Brasil vendeu 5,2 milhões de toneladas do produto, em diferentes formatos, para 151 países, auferindo receitas de US$ 9,9 bilhões. Mais de 35,3% de toda a carne de frango produzida no Brasil é destinada ao mercado externo. Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul concentram 78% dessas exportações. No ano passado, um foco da doença de Newcastle (DNC), que atinge aves silvestres e comerciais, também foi identificado no Rio Grande do Sul e, após as medidas sanitárias adotadas, o próprio Ministério da Agricultura e Pecuária comunicou à Organização Mundial de Saúde Animal sobre o fim da doença, cerca de 10 dias depois. Sem risco Mais cedo, o Mapa já havia enfatizado que a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves nem de ovos. “A população brasileira e mundial pode se manter tranquila em relação à segurança dos produtos inspecionados, não havendo qualquer restrição ao seu consumo. O risco de infecções em humanos pelo vírus da gripe aviária é baixo e, em sua maioria, ocorre entre tratadores ou profissionais com contato intenso com aves infectadas (vivas ou mortas)”, garantiu a pasta.

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Casamento entre mulheres cresce 5,9% e é recorde em 2023, mostra IBGE

Já entre homens, houve recuo de 4,9% No ano de 2023, houve 7 mil registros de casamento civil entre mulheres no Brasil. Esse número representa aumento de 5,9% em relação a 2022, sendo o maior já registrado na série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) específica para uniões homoafetivas, iniciada em 2013. O recorde anterior era de 2022, com 6,6 mil celebrações. O dado faz parte do levantamento Estatísticas de Registro Civil, divulgado nesta sexta-feira (16), no Rio de Janeiro. A quantidade de matrimônios entre mulheres em 2023 fez o Brasil registrar o recorde de casamento entre pessoas de mesmo sexo, que atingiu 11,2 mil, aumento de 1,6% em relação a 2022. No entanto, ao se observar apenas os dados de união entre homens, percebe-se recuo. Foram 4.175, o que significa 4,9% a menos que em 2022. O IBGE não leva em conta casos de união estável e chegou aos números por meio de informações coletadas em quase 20 mil cartórios e varas judiciais espalhados pelo país. Desde 2013, o número de casamentos entre pessoas do mesmo sexo praticamente se multiplicou por três: 2013: 3,7 mil 2023: 11,2 mil Em todos os anos, o número de casamentos entre mulheres é maior do que entre homens. Em 2023, elas representaram 62,7% do total de matrimônios homoafetivos. O ano de início da série do IBGE, 2013, é o mesmo em que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou a Resolução 175, de 14 de maio, que impede cartórios de se recusarem a converter uniões estáveis entre pessoas do mesmo sexo em casamentos. A medida do CNJ veio na esteira de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de 2011, que igualou as uniões homoafetivas às heteroafetivas. Até então, os cartórios precisavam de autorização judicial para celebrar casamento entre pessoas do mesmo sexo. Menos casamentos O levantamento do IBGE revela também que houve 929,6 mil casamentos entre pessoas de sexos diferentes em 2023. Somando com os homoafetivos, o Brasil chega à marca de 940,8 mil casamentos, redução de 3% na comparação com 2022. Esse patamar faz o país voltar à tendência de queda no número de uniões civis. Em 2015, foram 1,137 milhão, quantidade que foi se reduzindo até 1,025 milhão em 2019. Em 2020, ano impactado pela pandemia de covid-19, que forçou o isolamento social, foram 757 mil. O número voltou a subir em 2021 e 2022, para, novamente, regredir em 2022.   EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE CASAMENTOS NO BRASIL 2015 1,137 milhão 2019 1,025 milhão 2020 757 mil 2021 932,5 mil 2022 970 mil 2023 940,8 mil Esses dados fizeram com que a taxa de nupcialidade – número de casamentos em relação a cada grupo de 100 mil pessoas de 15 anos ou mais de idade – fosse de 5,6 em 2023. Em 1980, o índice era mais que o dobro, 12,2. Em 2020, ano de eclosão da pandemia, era 4,5. De acordo com a gerente da Pesquisa de Registro Civil, Klivia Brayner de Oliveira, a redução no número de casamentos pode ter relação com mudanças na sociedade. “Uma sociedade mais líquida”, diz. “Não é mais uma exigência das famílias, da sociedade, que a pessoa seja casada no civil. A pessoa tem mais liberdade para decidir se quer casar, se quer uma união estável – seja em cartório, seja de forma informal. Muitas vezes, o casamento é acompanhado de despesas, então as pessoas, às vezes, não querem assumir essas despesas”, completa Klivia. Uma decisão do STF de 2017 determinou que a união estável e o casamento possuem o mesmo valor jurídico em termos de direito sucessório, tendo o companheiro os mesmos direitos a heranças que o cônjuge (pessoa casada). Uma diferença é que a união estável não altera o estado civil, a pessoa continua solteira, divorciada, viúva, por exemplo. Idade Em 2023, a idade média dos cônjuges solteiros que se casaram com pessoas do sexo oposto era de 29,2 anos para mulheres e 31,5 anos para os homens. Ao observar os casais de mesmo sexo, a idade média era de 34,7 anos entre homens e 32,7 entre mulheres. O IBGE identificou que os brasileiros estão se casando mais velhos. Ao analisar os casamentos entre pessoas de sexo diferente, foi revelado que: Em 2003, 13% dos casamentos tinham cônjuge homem com 40 anos ou mais; Em 2023, eram 31,3%. Em 2003, 8,2% dos casamentos tinham cônjuge mulher com 40 anos ou mais; Em 2023, eram 25,1%. Outra tendência notada pelos pesquisadores nos casamentos entre pessoas de sexos diferentes é a queda na participação de solteiros. Em 2003, 86,9% dos registros eram como ambos solteiros. Em 2023, essa marca caiu para 68,7%. Em 2003, 12,9% dos registros eram com pelo menos um dos cônjuges divorciado ou viúvo. Em 2023, essa marca caiu para 31,1%. Divórcios A Pesquisa Estatísticas do Registro Civil revela que em 2023, o Brasil teve 440,8 mil divórcios, sendo 81% deles judiciais (360,8 mil) e 18,2% extrajudiciais (79,6 mil). O total de dissoluções cresceu 4,9% ante 2022, quando foram registrados 420 mil divórcios.   EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE DIVÓRCIOS NO BRASIL 2009 174,7 mil 2010 239 mil 2011 347,6 mil 2018 385,2 mil 2022 420 mil 2023 440,8 mil A taxa geral de divórcios – número de divórcios para cada mil pessoas de 20 anos ou mais – apresenta tendência de crescimento: 2016: 2,4 2019: 2,5 (último ano antes da pandemia) 2020: 2,1 2021: 2,5 2022: 2,8 2023: 2,8 A pesquisadora Klivia de Oliveira aponta que mudanças na legislação brasileira ajudam a explicar o crescimento do número de divórcios. “Desde 2010, existe uma facilidade, se você quer se divorciar, não precisa se separar, ter um processo de separação de um ou dois anos para depois pedir o divórcio”, contextualiza. “A legislação acompanhou a mudança dos valores da sociedade”, completa. “Também as pessoas estão, talvez, menos presas a questões sociais. Hoje você aceita normalmente. Uma pessoa quer se divorciar, se divorcia”, conclui a pesquisadora. Os homens se divorciaram em idades mais avançadas que as mulheres. Enquanto eles tinham, em média, 44,3 anos no momento da dissolução, elas tinham 41,4 anos. A pesquisa mostra que

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Aprovação de Lula sobe e popularidade de Bolsonaro despenca

Pesquisa LatamPulse mostra recuperação do presidente na comparação com mês anterior A aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva subiu 1,2 ponto percentual em abril, enquanto sua rejeição caiu 3,5 pontos, segundo a pesquisa Latam Pulse divulgada nesta segunda-feira (28) pela AtlasIntel e Bloomberg. Os dados indicam uma reversão da tendência negativa registrada desde abril de 2024. Com a melhora, Lula registra seu melhor saldo entre avaliações positivas e negativas desde dezembro do ano passado, reduzindo a diferença para -4 pontos percentuais. A avaliação do governo federal também apresentou melhora, com aumento de 2,8 pontos nas avaliações positivas e queda de 1,9 ponto nas avaliações negativas. Lula reverteu um saldo negativo de 8 pontos percentuais e passou a ter uma vantagem positiva de 6 pontos, enquanto Jair Bolsonaro saiu de uma situação de empate técnico em março — com 49% de desaprovação e 48% de aprovação — para um saldo negativo de 11 pontos em abril, com 55% de desaprovação e 44% de aprovação. Em um eventual primeiro turno com os mesmos candidatos de 2022, Lula e Bolsonaro aparecem tecnicamente empatados. Bolsonaro manteve 45,1% das intenções de voto, enquanto Lula subiu de 40% para 44,2%. A pesquisa Latam Pulse ouviu 5.419 pessoas no Brasil entre 20 e 24 de abril. A margem de erro é de um ponto percentual.

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Lula firma maior pacote de acordos com a China e reforça parceria com Xi

Em visita a Pequim, presidente Lula sela aliança estratégica com Xi Jinping, assina quase 30 acordos e garante R$ 27 bilhões em investimentos para o Brasil O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em visita de Estado à China, consolidou nesta terça-feira (13) a maior rodada de acordos bilaterais de seu terceiro mandato, com a assinatura de quase 30 atos formais, o anúncio de R$ 27 bilhões em investimentos e a reafirmação de uma parceria estratégica com o presidente Xi Jinping. Ao lado do líder chinês, Lula defendeu o multilateralismo, criticou o protecionismo comercial dos Estados Unidos e afirmou que a relação Brasil-China “nunca foi tão necessária”. Os dois presidentes também divulgaram declarações conjuntas sobre a crise na Ucrânia e sobre os princípios da segurança internacional, defendendo soluções pacíficas e diálogo como instrumentos de resolução de conflitos. Em meio ao agravamento das tensões geopolíticas e à fragmentação das cadeias globais, Lula relembrou a agenda intensa mantida com a China nos últimos meses e reforçou o papel da parceria sino-brasileira como pilar de estabilidade. “Retorno a Pequim apenas seis meses depois de receber o companheiro Xi Jinping para uma visita de Estado histórica em Brasília. A relação entre o Brasil e a China nunca foi tão necessária”, declarou. O encontro bilateral ocorre em um momento de instabilidade geopolítica crescente, com a guerra tarifária entre Estados Unidos e China afetando o comércio global e ameaçando as cadeias de abastecimento. Para Lula, a cooperação com Pequim deve servir como eixo de estabilidade, construído sobre bases de complementaridade econômica, solidariedade no Sul Global e resistência ao unilateralismo. Xi Jinping destacou que a amizade sino-brasileira tem bases “sólidas e duradouras”, e que os dois países estão comprometidos em aprofundar suas relações em todas as frentes. Investimentos chineses consolidam novo ciclo de cooperação bilateral Durante o Fórum Empresarial Brasil-China, realizado nesta terça, em Pequim, foram anunciados investimentos de R$ 27 bilhões no Brasil por parte de empresas chinesas. O destaque ficou por conta da montadora GAC Motors, que injetará R$ 6 bilhões para expandir suas operações e iniciar exportações para América do Sul e México. Já a gigante do setor de entregas Meituan investirá R$ 5 bilhões no aplicativo Keeta, com promessa de geração de 4 mil empregos indiretos e 100 mil diretos. Outros aportes incluem R$ 3 bilhões da CGN em um hub de energia renovável no Piauí e até R$ 5 bilhões da Envision para erguer o primeiro parque industrial net-zero da América Latina, voltado à produção de hidrogênio verde, amônia verde e SAF (combustível sustentável para aviação). A rede de sorvetes Mixue, com forte presença na Ásia, investirá R$ 3,2 bilhões para iniciar atividades no Brasil, com expectativa de 25 mil empregos até 2030. Na área de infraestrutura, a mineradora Baiyin Nonferrous investirá R$ 2,4 bilhões na compra da mina de cobre Serrote, em Alagoas. Também estão previstos novos acordos nas áreas de semicondutores (Longsys), mobilidade (DiDi), farmácias e IFAs. Em seu discurso, Lula celebrou a confiança dos investidores chineses e afirmou que “o Brasil tem segurança jurídica, institucional e ambiental para se tornar um dos maiores polos industriais sustentáveis do mundo”. O presidente destacou que o volume de iniciativas e a velocidade das tratativas com a China revelam não apenas afinidade política, mas também uma metodologia de cooperação inédita entre países em desenvolvimento. “Nunca um número tão grande de projetos foi discutido de maneira sistemática em tão pouco tempo. Os primeiros resultados concretos já podem ser constatados”, disse. Investimentos anunciados por empresas chinesas no Brasil: GAC Motors: R$ 6 bilhões para expansão industrial e exportações para América do Sul e México Meituan (app Keeta): R$ 5 bilhões para operação de delivery no Brasil, com previsão de até 100 mil empregos indiretos Envision: até R$ 5 bilhões para construção de parque industrial net-zero (SAF, hidrogênio verde e amônia verde) CGN (estatal chinesa de energia): R$ 3 bilhões para criação de hub de energia renovável no Piauí Mixue (sorvetes e bebidas): R$ 3,2 bilhões para iniciar operações no Brasil e gerar até 25 mil empregos até 2030 Baiyin Nonferrous: R$ 2,4 bilhões para aquisição da mina de cobre Serrote, em Alagoas Windey Technology + SENAI: criação de centro de P&D em energia renovável (valor não divulgado) Empresas farmacêuticas: criação de centro de excelência em vacinas e plataforma de produção de IFAs (valor não divulgado) Longsys: investimento no setor de semicondutores (valor não divulgado) DiDi (dona do 99): expansão das operações de mobilidade e tecnologia no Brasil (valor não divulgado) Infraestrutura e logística ganham centralidade nas relações bilaterais A agenda de cooperação com foco em infraestrutura também avançou. Segundo o ministro Silvio Costa Filho, empresas chinesas da construção civil demonstraram interesse direto no leilão do Túnel Santos-Guarujá, previsto para agosto, com investimentos estimados em mais de R$ 6 bilhões. Além disso, foram assinados compromissos que preveem quase R$ 5 bilhões para modernização dos portos públicos brasileiros. Na aviação, foi firmada parceria com a Universidade da Aviação Civil da China, com foco na modernização da gestão aeroportuária. O governo também negocia a ampliação de voos diretos e a venda de aeronaves da Embraer ao mercado chinês. A meta é transformar o Brasil em hub logístico regional, ligando o Atlântico ao Pacífico por meio de corredores de exportação, com forte participação chinesa nas obras da FIOL e da Transnordestina. Para o ministro Silvio Costa Filho, a aproximação com a China oferece não apenas financiamento e tecnologia, mas uma visão estratégica comum sobre o papel do Brasil no comércio internacional. “Todo o debate que nós fizemos foi para ampliar o volume de movimentação através dos nossos portos com o mercado chinês e asiático. A China é uma grande janela de oportunidades para o mercado brasileiro”, afirmou. A atualização do plano logístico nacional visa reduzir custos e acelerar o escoamento da produção de grãos, carne e minério. Lula afirmou que as “Rotas de Integração Sul-Americanas são mais que corredores de exportação: são vetores de desenvolvimento regional”. Já a China reforçou que vê o Brasil como parceiro essencial no

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CBF anuncia Carlo Ancelotti como novo técnico da Seleção Brasileira

Italiano chega para comandar time nas eliminatórias e na Copa do Mundo A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou na manhã desta segunda-feira (12) o italiano Carlo Ancelotti como o novo técnico da Seleção Brasileira. Em nota, a entidade afirmou que Ancelotti, chamado pelo presidente Ednaldo Rodrigues de “o maior técnico da história”, vai comandar o time até a Copa do Mundo de 2026. “Trazer Carlo Ancelotti para comandar o Brasil é mais do que um movimento estratégico. É uma declaração ao mundo de que estamos determinados a recuperar o lugar mais alto do pódio. Ele é o maior técnico da história e, agora, está à frente da maior seleção do planeta. Juntos, escreveremos novos capítulos gloriosos do futebol brasileiro”, disse Ednaldo em nota publicada pela CBF. A CBF também divulgou um vídeo, no qual Ednaldo agradece a “paciência e o apoio” da torcida brasileira durante a longa negociação com treinador italiano. Ancelotti chega para treinar a Seleção para os dois próximos jogos das eliminatórias da Copa, contra o Equador, no dia 5/6, e Paraguai, no dia 10/06. Ainda vinculado ao Real Madrid, da Espanha, o italiano só deverá assumir a seleção no dia 26 de maio, após o término do Campeonato Espanhol – o time merengue ainda tem três jogos pela frente: contra o Mallorca (dia 14), o Sevilla (dia 18) e o Real Sociedad (dia 24). Há a expectativa de uma liberação antes do dia 26, caso o Barcelona, que no momento tem sete pontos de vantagem sobre o Real Madrid, conquiste o título de forma antecipada. O anúncio põe fim a uma novela que se arrasta há cerca de dois anos. Em julho de 2023, a CBF já negociava com o Ancelotti, que comandaria o Real Madrid até o meio daquele ano. Mas o clube espanhol renovou o contrato com Ancelotti, mantendo-o na Espanha e adiando sua vinda para a Seleção. Entre o primeiro contato da CBF com o italiano e a confirmação da contratação, a Seleção Brasileira foi comandada por Fernando Diniz após uma boa temporada à frente do Fluminense em 2023, e Dorival Júnior, que vinha de dois bons trabalhos no Flamengo e no São Paulo. Mas o futebol pouco inspirado e os maus resultados na Copa América de 2024 e nas eliminatórias da Copa derrubaram Dorival em março deste ano e fizeram Ednaldo Rodrigues a intensificar as conversas com Ancelotti. A CBF chegou a anunciar o fim das negociações em 29 de abril, diante do impasse em relação à liberação do treinador pelo Real Madrid. Mas, a despeito da aparente desistência, o acordo foi selado. Perfil Carlo Ancelotti nasceu em 10 de junho de 1959, em Reggiolo, na Itália. Ex-jogador, foi escolhido, em 2019, pela revista France Football, um dos dez maiores técnico da história do futebol mundial. Em 2022, Ancelotti se tornou o treinador com mais conquistas em torneios interclubes da UEFA e, também, o que mais venceu a Liga dos Campeões, cinco vezes como técnico, além de outras duas como jogador. Além disso, o italiano foi campeão do Mundial de Clubes da Fifa três vezes – uma pelo Milan (ITA) e duas pelo Real Madrid. Ele também foi técnico da Juventus (ITA), do PSG (FRA), do Chelsea (ING) e do Bayern de Munique (ALE). Estrangeiros na Seleção Ancelotti será o terceiro técnico estrangeiro a dirigir a seleção brasileira. O primeiro foi o uruguaio Ramón Platero, que em 1925 dirigia o Vasco. Ele foi convidado a ser o técnico da seleção no Campeonato Sul-Americano daquele ano, na Argentina – atual Copa América. Em quatro jogos, ele obteve duas vitórias, um empate e uma derrota. O segundo foi o argentino Filpo Nuñez, quando o Palmeiras, que ele dirigia, representou a seleção em um amistoso contra o Uruguai, na inauguração do estádio do Mineirão, em 1965 – o Brasil venceu por 3 a 0. Em 1943, o português Jorge Gomes de Lima, o Joreca, esteve ao lado do brasileiro Flávio Costa em duas vitórias, em amistosos contra o Uruguai, em 1943, mas não era o técnico principal.

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Nossa Senhora Aparecida é projetada em frente ao filho, Cristo Redentor

Projeção da imagem da padroeira do Brasil é uma homenagem ao Dia das Mães Para celebrar o Dia das Mães neste domingo (11), uma emocionante homenagem foi feita no Rio de Janeiro: a imagem de Nossa Senhora Aparecida, mãe de Jesus, foi projetada ao lado de seu filho, o Cristo Redentor, iluminando o céu da cidade. Reconhecida como padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida é uma figura de profunda importância na tradição católica nacional. Sua história remonta a 1717, quando pescadores encontraram uma imagem de Nossa Senhora da Conceição em partes — primeiro o corpo, depois a cabeça — nas águas do Rio Paraíba do Sul. Segundo relatos populares, após encontrarem e colocarem a imagem no barco, os pescadores passaram a pescar abundantes peixes, algo considerado um milagre. Esse episódio marcou o início de uma crescente devoção à santa, que se espalhou por todo o país ao longo dos séculos. A projeção, realizada na véspera do Dia das Mães, trouxe uma animação aérea que retratava o coração de Maria, venerada como Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, desprendendo-se de seu peito e encontrando o coração de Jesus, simbolizado pelo Cristo Redentor. Essa representação do amor materno comoveu quem assistiu ao vivo e gerou uma onda de compartilhamentos online. Usuários como @luscas, no X, destacaram a beleza da projeção, enquanto @camilaemiliasv celebrou a homenagem às mães em escala global, mencionando a participação de “milhares de drones”.

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Projeto que aumenta número de deputados é aprovado e segue para o Senado

Ampliação de 513 para 531no número de deputados responde a decisão do STF e leva em conta crescimento populacional verificada pelo Censo A Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (6), por 270 votos a favor e 207 contra, projeto de lei complementar (PLP) que amplia de 513 para 531 o número de vagas na Casa legislativa, em conformidade com o aumento populacional ocorrido nos últimos anos e demonstrado pelo Censo 2022. Ao mesmo tempo, estados que perderiam representação, de acordo com a redistribuição proposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF), tiveram suas bancadas mantidas. A garantia da proporcionalidade entre a população de um estado e sua representação parlamentar consta na Constituição. O relator do projeto, Damião Feliciano (União Brasil-PB), argumentou que o acréscimo foi “modesto”, de 3,5%, na comparação com o aumento demográfico, que foi superior a 40% nas últimas quatro décadas. O PLP foi votado após aprovação do regime de urgência, apreciado horas antes. Para virar lei, ainda precisará passar pelo Senado. Se aprovado, substituirá a Lei Complementar 78/93. Nesse caso, a nova conformação passa a valer a partir de 2027. Com a proposta, ganham novas vagas os estados do Pará (4); Santa Catarina (4); Amazonas (2); Mato Grosso (2); Rio Grande do Norte (2); Paraná (1); Ceará (1); Goiás (1) e Minas Gerais (1). Além do cálculo padrão segundo a população local, foram feitos ajustes nos estados do Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Norte, de maneira a assegurar a proporcionalidade e evitar que um ente federativo com população maior tivesse menos representantes que outro com uma menor. STF O Projeto de Lei Complementar aprovado pela Câmara responde a determinações advindas de ação acatada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em agosto de 2023. Naquela ocasião, o Supremo julgou procedente uma ação do governo do Pará, que apontou omissão do Legislativo em atualizar o número de deputados de acordo com a mudança populacional, como previsto na Constituição. A corte determinou que o Congresso deveria aprovar, até 30 de junho de 2025, a redistribuição de vagas de acordo com o Censo de 2022, sob pena de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realizá-la. Usando como base a lei de 1993, a decisão do STF previa a manutenção dos 513 deputados federais com redistribuição de 14 cadeiras. Com isso, alguns estados teriam suas bancadas diminuídas: o Rio de Janeiro perderia quatro cadeiras; Paraíba, Bahia, Piauí e Rio Grande do Sul teriam duas a menos cada um; já Pernambuco e Alagoas deixariam de ter uma vaga cada um. Ao criar novas vagas, o PLP ora aprovado extinguiu a redistribuição, de maneira que os estados mantiveram suas vagas. Maiores bancadas regionais Segundo a Câmara, a bancada do Norte foi a que mais cresceu (de 65 para 71), seguida pelo Sul (de 77 para 82). A primeira corresponde hoje a 12,67% da Câmara, e a segunda equivale a 15%. A partir de 2027, o Norte será 13,37% da Casa, e o Sul terá 15,44%. Apesar de aumentar sua bancada em três deputados (151 para 154), o Nordeste passa de 29,43% para 29% na nova composição com mais parlamentares. O mesmo acontece com o Sudeste (de 179 para 180), que diminui de 34,89% para 33,89%. Já o Centro-Oeste aumenta de 7,99% (41 deputados) para 8,28% (44 representantes). O ajuste no número de deputados federais também incidirá sobre as assembleias legislativas, já que, por lei, o parlamento estadual deve ter o triplo da representação do estado na Câmara, com uma trava de 36. Se atingido esse número, o total será os 36 mais o quanto passar de 12 na bancada federal. De acordo com a Diretoria-Geral da Câmara, a criação de novas cadeiras terá um impacto orçamentário de R$ 64,8 milhões ao ano, a ser absorvido pelas previsões orçamentárias de 2027. Outro impacto que deverá ser alocado é o de emendas parlamentares que os novos representantes passarão a ter direito de indicar no âmbito do Orçamento da União. Veja abaixo como ficará cada bancada na Câmara dos Deputados, após a aprovação da criação de 18 novas vagas pelos deputados federais Acre: continua com 8 vagas Alagoas: continua com 9 vagas Amapá: continua com 8 vagas Amazonas: ganha duas vagas, saindo de 8 e saltando para 10 Bahia: continua com 39 vagas Ceará: ganha uma vaga, saindo de 22 e saltando para 23 Distrito Federal: continua com 8 vagas Espírito Santo: continua com 10 vagas Goiás: ganha uma vaga, saindo de 17 para 18 Maranhão: continua com 18 vagas Mato Grosso: ganha duas vagas, saindo de 8 e saltando para 10 Mato Grosso do Sul: continua com 8 vagas Minas Gerais: ganha uma vaga, saindo de 53 e saltando para 54 Pará: ganha quatro vagas, saindo de 17 e saltando para 21 Paraíba: continua com 12 vagas Paraná: ganha uma vaga, saindo de 30 para 31 Pernambuco: continua com 25 vagas Piauí: continua com 10 vagas Rio de Janeiro: continua com 46 vagas Rio Grande do Norte: ganha duas vagas, saindo de 8 e saltando para 10 Rio Grande do Sul: continua com 31 vagas Rondônia: continua com 8 vagas Roraima: continua com 8 vagas Santa Catarina: ganha quatro vagas, saindo de 16 e saltando para 20 São Paulo: continua com 70 vagas Sergipe: continua com 8 vagas Tocantins: continua com 8 vagas

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