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Kamala tem vantagem de 46% a 43% sobre Trump em meio ao pessimismo dos eleitores

Vantagem de Kamala sobre Trump pode não ser suficiente para vencer a eleição. Pesquisas mostram que os candidatos estão empatados nos estados decisivos Reuters – A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, do Partido Democrata, mantinha uma leve vantagem de 46% a 43% sobre o ex-presidente republicano Donald Trump, com um eleitorado desanimado dizendo que o país está no caminho errado, segundo uma nova pesquisa da Reuters/Ipsos. A vantagem de Harris na pesquisa de seis dias, que foi concluída na segunda-feira, diferiu pouco de sua vantagem de 45% a 42% sobre Trump em uma pesquisa anterior realizada pela Reuters/Ipsos na semana anterior, reforçando a visão de que a disputa está extremamente acirrada com apenas duas semanas restantes até a eleição de 5 de novembro. Ambas as pesquisas mostraram Harris com uma liderança dentro da margem de erro, com a pesquisa mais recente mostrando uma vantagem de apenas 2 pontos percentuais quando os números não são arredondados. A nova pesquisa também revelou que os eleitores têm uma visão negativa sobre a economia e a imigração, favorecendo em geral a abordagem de Trump nessas questões. Cerca de 70% dos eleitores registrados disseram que o custo de vida está no caminho errado, enquanto 60% afirmaram que a economia está indo na direção errada, e 65% disseram o mesmo sobre a política de imigração. Os eleitores também classificaram a economia, a imigração e as ameaças à democracia como os problemas mais importantes do país. Quando perguntados qual candidato tem a melhor abordagem para esses temas, Trump liderou na economia — 46% a 38% — e na imigração, com 48% a 35%. A imigração também foi considerada a principal questão que o próximo presidente deveria focar nos primeiros 100 dias de mandato, com 35% dos entrevistados mencionando o tema, seguidos por 11% que citaram desigualdade de renda, e outros 10% mencionaram saúde e impostos. No entanto, Trump teve um desempenho ruim na questão de quem seria melhor para lidar com o extremismo político e as ameaças à democracia, com Harris liderando 42% a 35%. Ela também liderou nas políticas de aborto e saúde. Disputa extremamente acirrada – A vantagem de Harris sobre Trump pode não ser suficiente para vencer a eleição, mesmo que se mantenha até 5 de novembro. Pesquisas nacionais, incluindo as da Reuters/Ipsos, fornecem sinais importantes sobre a opinião do eleitorado, mas os resultados por estado no Colégio Eleitoral é que determinam o vencedor, sendo que sete estados-chave provavelmente serão decisivos. Trump derrotou a democrata Hillary Clinton na eleição de 2016, vencendo no Colégio Eleitoral, embora ela tenha conquistado o voto popular nacional por 2 pontos. As pesquisas mostram que Harris e Trump estão praticamente empatados nesses estados decisivos. A pesquisa sugeriu que os eleitores — particularmente os democratas — podem estar mais entusiasmados com a eleição deste ano do que estavam antes da eleição presidencial de novembro de 2020, quando o democrata Joe Biden derrotou Trump. Cerca de 79% dos eleitores registrados na pesquisa — incluindo 87% dos democratas e 84% dos republicanos — disseram estar “completamente certos” de que votarão na eleição presidencial. A proporção de eleitores certos de votar aumentou em relação aos 74% observados em uma pesquisa da Reuters/Ipsos realizada de 23 a 27 de outubro de 2020, quando 74% dos democratas e 79% dos republicanos disseram estar certos de que votariam. A nova pesquisa teve uma margem de erro de 2 pontos percentuais. Harris entrou na disputa em julho, depois que Biden encerrou sua campanha de reeleição após um fraco desempenho em um debate contra Trump em junho. Na época, Trump era amplamente visto como o favorito, em parte devido à sua percepção de força na economia após vários anos de alta inflação durante a administração Biden, que tem diminuído nos últimos meses. Dada a proximidade da disputa, os esforços dos candidatos para garantir que seus apoiadores realmente votem provavelmente serão cruciais para determinar o vencedor. Apenas dois terços dos adultos nos EUA votaram na eleição de novembro de 2020, o que representou a maior participação em mais de um século, segundo estimativas do Censo dos EUA e do Pew Research Center. Cerca de um terço dos eleitores registrados são democratas e um terço republicanos, com o restante sendo independentes ou partidários de terceiros, de acordo com uma estimativa do Pew Research. A pesquisa mais recente da Reuters/Ipsos entrevistou 4.129 adultos dos EUA online, em todo o país, incluindo 3.481 eleitores registrados. Cerca de 3.307 dos entrevistados foram considerados os mais propensos a votar no dia da eleição. Entre esses eleitores, Harris tinha uma vantagem de 3 pontos percentuais sobre Trump, 48% a 45%.

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Lula sofre acidente sem gravidade e participará de Cúpula do Brics por videoconferência

Presidente estava com viagem programada à Rússia para este domingo (20). Mas, após ter se ferido em acidente doméstico, foi orientado a não realizar viagens áreas longas O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sofreu um acidente doméstico neste sábado (19), que resultou em um ferimento sem gravidade na região da nuca. Devido ao ocorrido, o presidente participará da reunião da Cúpula dos Brics por videoconferência. Lula embarcaria no final da tarde deste domingo (20) para a Rússia, que sediará o encontro na cidade de Kazan entre os dias 22 e 24, mas por conta do ferimento, foi orientado pelo seu médico, o cardiologista Roberto Kalil Filho, a não realizar viagens aéreas de longa distância. Após sofrer o acidente, Lula foi atendido no hospital Sírio-Libanês. “O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu entrada no Hospital Sírio-Libanês – unidade Brasília, em 19/10/2024, após acidente doméstico, com ferimento corto-contuso em região occipital”, explicou o boletim assinado pelos diretores do hospital Rafael Gadia e Luiza Dib. Ainda segundo o comunicado, após avaliação da equipe médica, Lula foi “orientado evitar viagem aérea de longa distância, podendo exercer suas demais atividades. Permanece sob acompanhamento de equipe médica, aos cuidados do Prof. Dr Roberto Kalil Filho e Dra Ana Helena Germoglio”. Cúpula O principal tema da reunião de Kazan é a criação da categoria de países parceiros. Durante a cúpula, os líderes dos atuais dez países membros discutirão, ainda, temas globais como a crise do Oriente Médio, operação política e financeira dentro do bloco, além de receberem relatórios sobre os trabalhos do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), do Conselho Empresarial do Brics e da Aliança Empresarial das Mulheres. O encontro do Brics prevê ainda uma declaração intitulada “Fortalecendo o Multilateralismo para o Desenvolvimento Global Justo e Seguro”. O documento abrange os avanços alcançados durante negociações setoriais. No segmento com convidados, por sua vez, estão previstas discussões sobre questões internacionais de cooperação para o desenvolvimento sustentável e inclusivo. Atualmente, o Brics é formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Etiópia. Essa será a primeira cúpula do Brics com a participação dos cinco novos membros que ingressaram no bloco este ano: Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Etiópia. O Brasil assumirá a presidência do Brics em 1º de janeiro de 2025.

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Petro enfrenta intento de golpe na Colômbia – Por José Reinaldo Carvalho

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, logo depois de completar dois anos à frente do governo, está enfrentando, desde o mês de setembro, uma batalha contra manobras do Conselho Nacional Eleitoral, que ele define como uma tentativa de golpe de Estado. Do site Resistência Há várias semanas, o presidente de centro-esquerda denuncia que a investigação realizada pelo órgão eleitoral para apurar supostas irregularidades na arrecadação de fundos de campanha é uma ação política que visa a afastá-lo do poder antes de 7 de agosto de 2026, quando seu mandato termina. Petro tem apelado à solidariedade internacional e à mobilização popular para defender seu mandato. De acordo com Petro e seu entorno, a investigação realizada pelo Conselho Nacional Eleitoral faz parte de uma estratégia de guerra jurídica politizada, a mesma usada pela oposição de direita para enfraquecer governos populares na região, uma prática semelhante ao que ocorreu com líderes como Lula, Dilma Rousseff, Cristina Fernández de Kirchner, Evo Morales e líderes da Revolução Cidadã do Equador, Rafael Correa e Jorge Glas. Desde que assumiu em 2022, Petro já denunciou em pelo menos quatro ocasiões diversas vezes tentativas de golpe ou desestabilização de seu governo. Petro é o primeiro presidente de esquerda do país em mais de um século, razão pela qual seu governo tem enfrentado resistência significativa das classes dominantes e dos setores políticos reacionários. A opinião pública encontra-se dividida quanto à natureza da crise. Segundo sondagens, 44,8% dos colombianos acreditam que há setores tentando derrubar Petro, enquanto 39,5% acham que ele está exagerando ao caracterizar a existência de uma tentativa de golpe. Este cenário decorre de uma avaliação momentaneamente negativa de seu governo, apontada em outras pesquisas de opinião pública, segundo as quais 58,3% desaprovam sua gestão, num cenário de baixo crescimento econômico, denúncias de corrupção e poucos resultados das políticas sociais. A investigação do Conselho Nacional Eleitoral por fatos supostamente ocorridos antes da sua investidura presidencial não pode por si mesma resultar na interrupção do seu mandato. O CNE é um órgão administrativo e pode investigar campanhas eleitorais. No entanto, o resultado dessas investigações não pode recair sobre um presidente em exercício, mas apenas sobre o partido político do mandatário e organizadores da campanha. De acordo com o regramento jurídico do país, quem tem o poder de destituir um presidente na Colômbia são a Câmara dos Deputados e o Senado. Mas tudo indica que a ação do Conselho Eleitoral foi preparada por encomenda para criar um ambiente político e ser, uma vez concluídos os resultados, transformada num processo no âmbito do Parlamento, este sim com poderes para em algum grau condenar o presidente. Petro tem obtido a solidariedade de líderes regionais, como Nicolás Maduro (Venezuela), Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil) e Luis Arce (Bolívia). Esse apoio de governantes de centro-esquerda sul-americanos lhe dá fôlego para continuar a batalha e completar seu mandato com êxito. E continua buscando reforçar sua identidade progressista apostando no êxito da pacificação do país com as guerrilhas remanescentes, defendendo reformas sociais e, em alguns aspectos reforçando uma política externa combativa, principalmente na questão palestina, ao condenar o genocídio e romper relações com Israel. A ofensiva desestabilizadora conduzida por setores da direita prossegue e ainda está em aberto qual será seu resultado. Mas Petro mostra resiliência e não se cala diante do que considera denúncias inconsistentes, como são também outras campanhas que buscam manchar sua imagem como governante corrupto, que ele contra-ataca afirmando que são parte do lawfare e “golpe suave”, estratégica típica das forças de direita na América Latina. Petro continua acreditando que é capaz de mobilizar o povo e fazer dessa mobilização o fator decisivo em sua defesa. Para isso conta com uma rede difusa de movimentos sociais que não querem o retrocesso antidemocrático e antissocial no país. De acordo com os movimentos populares, essas políticas incomodam as elites dominantes e os partidos conservadores. Petro propõe três reformas para reestruturar o Estado colombiano: no sistema de pensões, na saúde e uma reforma tributária. Aumentar o imposto sobre grandes fortunas e universalizar a saúde e as aposentadorias passaram a ser as principais mudanças que o governo tenta impulsionar no país. * José Reinaldo Carvalho é jornalista, editor do Resistência, membro do Comitê Central e da Comissão Política Nacional do PCdoB, onde coordena a área de Solidariedade e Paz. É presidente do Cebrapaz (Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz).

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Vereador eleito em BH mora em São Paulo e é de família ‘caça-mandato’

Lucas Ganem usa sobrenome do primo, deputado federal por SP, e só mudou o domicílio eleitoral em fevereiro Por Jornalistas Livres Os Ganem são uma família muito unida. Primeiro do grupo a se aventurar na política, o deputado federal Bruno Ganem (Podemos-SP) tem orgulho de ostentar nas redes sociais que elegeu quatro vereadores Brasil afora, todos com o “sobrenome” Ganem. A mãe do parlamentar, a deputada estadual paulista Clarice Ganem (Podemos), também comemora pelas redes a vitória da cunhada, Simone Ganem, do mesmo partido, que ocupará uma cadeira na Câmara Municipal de São Paulo a partir de janeiro. O filho de Simone foi outro a dar motivos para celebração. Lucas Ganem (Podemos) foi eleito vereador em Belo Horizonte depois de conquistar mais de 10 mil votos, mesmo morando em São Paulo e sem nunca ter vivido na capital mineira, conforme indicam os sistemas de informação de órgãos públicos dos dois estados, que não o associam a nenhum endereço em BH, mas sim à locais na capital paulista. Nascido e criado em São Paulo, entre a capital do estado e Indaiatuba, Lucas do Carmo Navarro tem 28 anos e é formado em publicidade pela Unip. Entre fevereiro de 2022 e abril de 2023, atuou como assessor comissionado na Câmara Municipal de Indaiatuba, reduto onde os Ganem criaram raízes políticas. Tanto ele quanto a mãe, agora vereadora de São Paulo, não possuem o sobrenome reconhecido dos familiares: Simone é casada com um irmão de Clarice, tio de Bruno, e, assim como Lucas, “herdou” o nome para ser utilizado nas urnas. Mesmo com candidatos em diversas cidades, os laços com Indaiatuba permanecem: neste ano, Bruno concorreu à prefeitura da cidade, mas terminou na segunda colocação — o município não tem segundo turno. As redes sociais pessoais do novo vereador de Belo Horizonte exibem pouco do perfil ideológico do futuro integrante do Legislativo. As exceções foram durante as eleições de 2018 e 2022, quando publicou imagens de apoio ao primo, Bruno, e à tia, Clarice. O perfil de Lucas Ganem indica, no entanto, a pouca familiaridade com a capital mineira. A primeira menção à BH nas redes do parlamentar eleito aparece somente em agosto de 2023, com uma foto dele carregando um cachorro no quintal de uma casa. A imagem foi publicada com a localização “Belo Horizante (sic), Minas Gerais, Brazil” De onde, para onde Lucas Ganem também é um desconhecido dos sistemas de informação dos órgãos de Minas Gerais. Seja em registros policiais ou de informações digitais do governo estadual, nunca registrou ou figurou em qualquer ocorrência – e nem em qualquer outro procedimento documental, que envolva uma instituição pública mineira. Também não está ligado a nenhum endereço no estado. Além disso, teve sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) emitida em São Paulo, em junho deste ano, com endereço também registrado na capital paulista, em uma casa na Vila Prudente. Depois da curta passagem como servidor comissionado na Prefeitura de Indaiatuba, Lucas passou a atuar como coordenador de Assistência Social do Grupo Executivo de Assistência Patronal (Geap), uma operadora de planos de saúde voltada exclusivamente para servidores públicos. A Geap tem sido alvo de críticas por supostamente ter se tornado um reduto de indicados de parlamentares do Podemos. Recentemente, o Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social no Estado de São Paulo (SINSSP) denunciou, em publicações nas redes sociais, a contratação de pessoas indicadas pelo partido, para áreas de direção da entidade. Procurada por O Fator, a direção nacional do Podemos classificou a acusação como “leviana e irresponsável”. Em novembro de 2023, Lucas Ganem, ainda chamado por seu nome de batismo, Lucas Navarro, participou de negociações do Geap do Paraná com a Prefeitura de Quatro Barras, na região leste paranaense. Segundo o SINSSP, a diretoria do Geap-PR teve seu diretor indicado pelo deputado federal Bruno Ganem. A casa Apesar de ter crescido e trabalhado fora de Minas, Lucas Ganem registrou domicílio eleitoral em Belo Horizonte, em 19 de fevereiro deste ano. O endereço indicado pelo vereador eleito é uma casa geminada no bairro Trevo, na região da Pampulha. O imóvel, segundo apuração de O Fator, está registrado em nome do representante do Geap em Minas Gerais, o empresário Grijalva de Carvalho Lage Duarte Junior. A reportagem foi até a residência registrada por Lucas, em Belo Horizonte, na tarde desta terça-feira (15). Ninguém atendeu ao interfone durante de 25 minutos. Procurado, o empresário Grijalva Duarte Júnior afirmou, por mensagem, que a reportagem deveria contactar Lucas Ganem. A Justiça Eleitoral estabeleceu o dia 6 de abril como data-limite para a troca de domicílio de voto — e candidatura. Lucas, portanto, transferiu o título de eleitor para a capital mineira dois meses antes do fim do prazo. Vereadores com mandato em BH, entretanto, precisam cumprir outro requisito, explica o advogado Jorge Washington Cançado, especialista em Direito Público e Eleitoral. “O Direito Eleitoral permite que os eleitores votem onde tenham vínculos reais, ainda que não sejam no município de sua moradia, na tentativa de eliminar possíveis injustiças a quem queira lançar candidatura em local diverso de onde mora, mas que a ele esteja vinculado e viabilizar a organização das eleições. No entanto, no caso de Belo Horizonte, a Lei Orgânica prevê que o vereador deve comprovar residência no município. Caso contrário, poderá ter o mandato questionado”, assinala. Estratégia Apesar da curiosidade pela falta de vínculos claros entre Belo Horizonte e Lucas Ganem, a candidatura do vereador eleito não é ilegal. Aliás, o Ministério Público Eleitoral (MPE), durante o processo de registro, deu parecer favorável à candidatura, indicando que toda a documentação do paulistano estava em conformidade com a legislação. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) deferiu a candidatura na sequência. Mesmo sem ser belo-horizontino de nascimento ou ter criado identidade com a cidade ao longo dos últimos anos, Lucas Ganem ultrapassou a barreira dos 10 mil votos — marca que apenas 17 dos 41 escolhidos para a nova composição da Câmara Municipal alcançaram nas urnas. A boa votação deixa cidadãos afeitos à política impressionados. A

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Kamala ou Trump? Nova pesquisa mostra quem está à frente na disputa

A diferença está dentro da margem de erro, de 2,4 pontos percentuais, para mais ou para menos A menos de um mês das eleições presidenciais dos Estados Unidos, os candidatos Kamala Harris e Donald Trump seguem tecnicamente empatados na maioria das pesquisas. O resultado se repetiu em duas pesquisas divulgadas nesta terça-feira (8) – The New York Times/Siena College e Reuters/Ipsos. No caso da primeira, porém, esta foi a primeira vez em que a democrata apareceu numericamente à frente de seu rival republicano no histórico do levantamento, com 49% das intenções de voto contra 46% de Trump. A diferença está dentro da margem de erro, de 2,4 pontos percentuais (p.p.) para mais ou para menos. Mas representa uma notícia promissora para a campanha da vice-presidente, já que esta foi a primeira vez em que ela apresentou uma vantagem numérica nessa pesquisa desde que o presidente Joe Biden retirou-se da corrida. A versão anterior do levantamento ?divulgada logo depois do debate entre Kamala e Trump, em setembro? mostrava ambos os candidatos com 47% das intenções do voto. Kamala ainda parece ter obtido mais uma vitória. Esta foi a primeira vez em que ela foi considerada a candidata que mais representa a mudança por uma fração maior dos entrevistados, 46%, contra 44% que consideram que o rótulo cabe a Trump. Nas pesquisas New York Times/Siena College anteriores, o ex-presidente, que frequentemente se apresenta como um outsider político, aparecia na frente nesse quesito. Ainda assim, a pesquisa do Times/Siena indica que Trump segue com algumas vantagens importantes. Eleitores disseram confiar mais nele do que em Kamala para lidar com a área que mais os preocupa ?no caso de 30% deles, a economia. Além disso, 42% disseram que as políticas instituídas pelo republicano em seu período à frente da Casa Branca os beneficiaram pessoalmente, contra 22% que afirmaram o mesmo sobre o atual presidente, Biden. No geral, contudo, a corrida segue acirrada. A pesquisa Reuters/Ipsos vinha mostrando Kamala numericamente à frente de Trump desde que ela entrou na disputa. Ela segue nessa posição no levantamento publicado nesta terça, no qual registrou 46% das intenções de voto contra 43% de Trump. A notícias deste levantamento são, no entanto, menos positivas para Kamala, uma vez que indicam que ela diminuiu a vantagem que tinha em relação à Trump no mês passado. Se em 24 de setembro ela tinha registrado 47% das intenções de voto e o republicano, 40%, em um estudo com margem de erro de 4 p.p., desta vez as porcentagens foram de 46% e 43%, respectivamente, e a margem de erro, de 3 p.p. Vale notar que, embora as pesquisas nacionais sejam um bom termômetro do clima eleitoral nos EUA, elas não costumam ser preditores confiáveis quando se trata do pleito presidencial. Isso porque o resultado dele é determinado por colégios eleitorais estaduais, nos quais quem é mais votado pela população em geral de cada estado conquista todos os votos de delegados estaduais. É possível, portanto, vencer no voto popular em escala nacional, mas perder a eleição em caso de derrota nos estados-chave na disputa ?no caso, Arizona, Geórgia, Michigan, Nevada, Carolina do Norte, Pensilvânia e Wisconsin.

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Claudia Sheinbaum é a primeira mulher eleita presidente do México

Sheinbaum toma posse nesta terça-feira, depois de conquistar uma vitória eleitoral histórica Nascida em 1962, em uma família judaica da Cidade do México, Sheinbaum é cientista, formada em física pela Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), com doutorado em engenharia energética. Ela se destacou em sua carreira acadêmica e como colaboradora do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2007. Na política, Sheinbaum é membro do partido de esquerda Morena, fundado por Andrés Manuel López Obrador (AMLO), que encerra agora o mandato presidencial. Ela foi prefeita da Cidade do México de 2018 a 2023, enfrentando desafios como a pandemia de covid e questões de infraestrutura. Eleita presidente com aproximadamente 60% dos votos, sua vitória é histórica Sua presidência promete dar continuidade às políticas de bem-estar social de AMLO, embora enfrente desafios como a violência relacionada ao narcotráfico e questões econômicas complexas​.

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Lula destaca fragilidades da ONU na solução de conflito na Palestina e Ucrânia

Em entrevista em Nova York, Lula condenou o genocídio causado por Netanyahu e rebateu críticas de Zelensky. O presidente ainda defendeu o papel do Brasil no debate energético Em coletiva de imprensa realizada em Nova York, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva abordou temas fundamentais de sua participação na Assembleia Geral da ONU e reafirmou a posição do Brasil na defesa de uma renovação urgente das Nações Unidas. A coletiva, marcada por um tom firme e esperançoso, reflete o esforço de Lula em fortalecer o Brasil não apenas internamente, mas também no cenário diplomático global, promovendo diálogo e inclusão como bases de seu governo. Durante o discurso inicial, Lula destacou a importância de se adaptar a organização às mudanças geopolíticas e aos desafios globais atuais, que são muito diferentes daqueles de 1945, quando a ONU foi fundada. “Quando a ONU foi criada, eram 51 países. Hoje são 193. A geopolítica de hoje é diferente da geopolítica de 1945. O que estamos defendendo é uma nova conformação geopolítica para que todos os continentes estejam representados”, afirmou o presidente, reiterando a necessidade de reformar o Conselho de Segurança, inclusive com a eliminação do direito de veto. O líder do G20 também respondeu com firmeza sobre críticas do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, criticou o premier israelense Benjamin Netanyahu pela escalada da guerra na região e ainda pontuou os motivos de suas reuniões com agências de risco e a exploradora de petróleo americana Shell. Conflitos globais e a falta de governança Lula chamou atenção para a falta de governança global, que, segundo ele, tem permitido a multiplicação de conflitos no mundo. Referindo-se à guerra entre Rússia e Ucrânia, bem como aos recentes conflitos no Oriente Médio, Lula observou que, apesar de decisões e debates na ONU, nenhuma solução concreta foi implementada. “A ONU teve força para criar o Estado de Israel, mas agora não tem força para criar o Estado Palestino. Precisamos de uma solução diplomática, e o Brasil tem insistido em discutir a paz”, disse ele, ressaltando os esforços de seu governo em buscar o diálogo entre as partes envolvidas, como a atuação de Celso Amorim, assessor especial da presidência, em negociações com Rússia, China e Ucrânia. Extremismo e defesa da democracia Outro ponto destacado pelo presidente foi a preocupação com o avanço do extremismo, que, segundo ele, tem encontrado apoio na indústria de desinformação e fake news, que se tornou um negócio lucrativo em várias partes do mundo. Para Lula, a ascensão da extrema-direita coloca em risco a própria democracia, sistema que ele considera o mais extraordinário de governo. “Convocamos uma reunião com presidentes democratas para discutir a revitalização da democracia e o surgimento da extrema-direita. Precisamos entender onde a democracia errou para permitir que esse extremismo ganhasse força”, afirmou Lula, em referência ao evento organizado em conjunto com o presidente Pedro Sánchez, da Espanha, também à margem da Assembleia Geral da ONU. Brasil e a transição energética Além dos desafios diplomáticos e políticos, Lula ressaltou as oportunidades que o Brasil tem na área de energia renovável. Com 90% de sua matriz energética já baseada em fontes renováveis, o país tem, segundo ele, o potencial de liderar a transição energética global, destacando o papel do etanol, biodiesel e a expansão da energia solar e eólica. “O Brasil tem condições de ser um exemplo para o mundo, com a energia mais limpa do planeta. Não vamos desperdiçar essa chance”, declarou, lembrando que o país já mistura etanol à gasolina há 50 anos e está ampliando o uso de biodiesel. Crescimento econômico e inclusão social Com otimismo, Lula comentou o crescimento da economia brasileira e a recuperação da confiança de investidores, além dos esforços para reduzir a desigualdade social e erradicar a fome. Ele celebrou as recentes conquistas, como a retirada de milhões de pessoas da linha da pobreza e a aprovação de reformas importantes no Congresso Nacional, como a reforma tributária. “Quando voltei à presidência, o Brasil tinha 33 milhões de pessoas passando fome. Já conseguimos tirar 24 milhões dessa situação, e até o final do meu mandato quero que todas as crianças tenham café da manhã, almoço e jantar”, comprometeu-se o presidente. Lula condena genocídio causado por Netanyahu e critica inação global Durante a coletiva de imprensa, o presidente Lula condenou veementemente a escalada de violência no Líbano e as ações de Israel, classificando a situação como um genocídio. Questionado pela jornalista da agência turca Anadolu, sobre o alto número de mortes de civis e os planos de uma ofensiva terrestre israelense, Lula expressou preocupação profunda com o agravamento da crise humanitária. “É importante lembrar que no Líbano o total de mortes já chega a 620 pessoas, o maior número desde a guerra civil que durou de 1975 a 1990”, destacou Lula. Ele também mencionou o impacto devastador sobre mulheres e crianças: “Morreram 94 mulheres e 50 crianças, além de 10 mil pessoas que foram forçadas a abandonar suas casas.” Lula ampliou sua análise, apontando que, na Cisjordânia ocupada, a violência já resultou em mais de 5.700 feridos e a morte de 160 crianças. Para o presidente, a comunidade internacional tem sido omissa, e as resoluções da ONU têm sido ignoradas pelo governo de Israel, liderado por Benjamin Netanyahu. “Houve várias tentativas de cessar-fogo aprovadas no Conselho de Segurança da ONU, mas Israel não as cumpre”, afirmou. Ele defendeu que a ONU precisa ser fortalecida para que tenha poder de tomar decisões e garantir a implementação de acordos de paz. Lula não poupou críticas ao apoio internacional a Israel, pedindo que os países que sustentam o governo Netanyahu façam mais para conter o que chamou de genocídio na Faixa de Gaza. “Nós estamos lutando para melhorar a qualidade de vida no planeta, enquanto seres humanos continuam a se matar. Isso não faz sentido”, concluiu o presidente. Diplomacia e o papel do Brasil no debate energético Durante a coletiva, Lula também foi questionado sobre o encontro recente com representantes da Shell, que demonstraram interesse na exploração de petróleo na margem equatorial

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Xandão intima Musk no próprio X e ameaça tirar rede do ar em 24h

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), intimou na noite desta quarta-feira (28) o bilionário Elon Musk, dono do X (antigo Twitter). A intimação foi feita por meio de uma postagem no perfil do STF na própria rede social. No documento, Moraes determinou que a empresa indique um representante legal no Brasil em 24h, “sob pena de imediata suspensão das atividades” caso a decisão não seja cumprida. No dia 17 de agosto, a conta Global Government Affairs do X acusou Moraes de ameaçar de prisão seus funcionários e, diante disso, anunciou o encerramento de suas operações no Brasil. No comunicado, a empresa informou que “para proteger a segurança de nossa equipe, tomamos a decisão de encerrar nossas operações no Brasil, com efeito imediato”, e alegou que as decisões do magistrado seriam “incompatíveis com um governo democrático”. No início do mês, a plataforma já havia divulgado um ofício do ministro que determinava o bloqueio de perfis suspeitos de disseminar conteúdo antidemocrático. Entre os alvos da decisão estavam o senador Marcos do Val (PL-ES) e a esposa do ex-deputado Daniel Silveira (PL-RJ), Paola Daniel. No novo despacho, Moraes afirmou que o X “deixou de atender a determinação judicial” de bloqueio dos perfis, e apontou que a representante da plataforma estava tentando evitar a intimação para cumprir a decisão.

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Nova pesquisa nos EUA aponta vantagem de Kamala sobre Trump

A estratégia do ex-presidente, desde a saída de Joe Biden da disputa, consiste em lançar ataques pessoais contra a adversária Uma nova pesquisa eleitoral divulgada neste domingo (18) pelo The Washington Post-ABC News-Ipsos aponta uma ligeira vantagem de Kamala Harris sobre Donald Trump em intenções de voto para as eleições presidenciais norte-americanas. Vice-presidente está quatro pontos percentuais à frente do republicano. Kamala aparece com 49% das intenções de voto, enquanto Trump tem 45%. A margem de erro é de 2,5%, segundo o The Washington Post-ABC News-Ipsos. Joe Biden e Donald Trump empatados. Pesquisa simulou um cenário de disputa entre o atual presidente e o republicano, em que ambos empatam, com 46% das intenções de voto. Em outra simulação com um terceiro candidato, diferença entre Kamala e Trump é de 3 pontos percentuais. Em um cenário com Robert F. Kennedy Jr., a vice-presidente aparece com 47%, Trump com 44%, e Kennedy Jr. com 5%. Já no início de julho, no mesmo cenário, mas considerando o atual presidente como o candidato democrata da disputa, Trump aparecia com 43%, Biden com 42%, e Kennedy com 9%. Outras pesquisas de intenção de voto indicam que as eleições serão acirradas nos chamados “swing states”. Os “estados roxos” são aqueles sem predominância de vitórias republicanas ou democratas ao longo da história e considerados decisivos na escolha da presidência. Hamas acusa Netanyahu de ‘obstruir’ acordo de cessar-fogo em Gaza Satisfação do eleitorado Eleitores estão ‘mais satisfeitos’ com Kamala. Um sinal de como a mudança na candidatura de Biden para Kamala impactou o eleitorado norte-americano é demonstrado em outros resultados da pesquisa do The Washington Post. Em julho, quando a disputa ainda era entre Biden e Trump, 28% dos eleitores em geral se disseram satisfeitos com a escolha por um dos candidatos. neste domingo (18), entre Harris ou Trump, 44% dizem estar satisfeitos. Mudança climática: outro tema de Trump para aumentar a desinformação sobre Kamala Harris Maior mudança ocorreu entre os democratas. No mês passado, 20% dos democratas disseram estar satisfeitos com a escolha entre Biden e Trump. Agora, com Kamala como candidata do partido, 60% dos democratas expressam satisfação com a escolha diante do atual cenário. Kamala em campanha Vice-presidente está viajando pela Pensilvânia neste domingo (18). Estado é considerado chave para as eleições presidenciais de novembro. Na sequência, ela segue para Chicago, para participar de uma convenção partidária inaugural que contará com medidas de segurança rigorosas. A democrata de 59 anos, que reacendeu as esperanças de vitória contra Donald Trump após a desistência de Joe Biden, percorre o “swing state” (estado indeciso) de ônibus, segundo informações da agência de notícias AFP. Espera-se que ao menos 50.000 pessoas compareçam à terceira maior cidade dos EUA para apoiar a candidata durante a próxima semana. No período, ela contará com um forte esquema de segurança que mobilizará 2.500 policiais locais, conforme informado pelo Partido Democrata à AFP. Demonstração de apoio aos trabalhadores. A candidata democrata e seu companheiro de chapa, o governador de Minnesota Tim Walz, querem mostrar seu apoio à classe trabalhadora da Pensilvânia, onde o atual presidente venceu apenas por uma pequena margem sobre Trump em 2020. Kamala apresentou programa econômico focado em apoiar a classe média. Na última sexta-feira (16), ela divulgou planos de créditos fiscais para famílias com recém-nascidos ou ajuda para comprar uma casa, ainda de acordo com a AFP. Candidato republicano retornou no sábado (17) à Pensilvânia. Foi no estado que ele sofreu um atentado durante um comício, em julho. Na ocasião mais recente, Trump afirmou sobre Kamala, a quem descreve como “comunista”: “Ela está louca”. Ataques pessoais durante a campanha. Até aqui, a estratégia do ex-presidente, desde a saída de Joe Biden da disputa, consiste em lançar ataques pessoais contra a adversária, que é quase 20 anos mais jovem e atualmente lidera nas últimas pesquisas de intenção de voto.

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