Economia

Ataques a Haddad buscam desgastar governo e tirar foco dos enroscos de Bolsonaro

Memes responsabilizando ministro por suposto aumento de taxas ignoram que impostos diminuíram no atual governo. Onda se fortalece justamente quando o clã Bolsonaro é alvo da Justiça Quando se vê acuada, a extrema direita usa, como uma de suas armas favoritas, a disseminação de mentiras e desinformação em escala industrial, via redes sociais. O alvo da vez é o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que seria, no universo paralelo bolsonarista, o responsável por um suposto aumento na carga tributária. Mas, o que os dados indicam é que os impostos não apenas não aumentaram, como ainda diminuíram no governo Lula. O uso de recursos discursivos da sátira e da paródia é uma forma legítima de criticar a política e a sociedade e faz parte da história da comunicação. No entanto, com a massificação das redes sociais e sua instrumentalização especialmente pela extrema direita (com a anuência ou o apoio dos donos das big techs), conteúdos com esse teor — traduzidos em memes e vídeos, por exemplo — passaram a ser utilizados como forma de distorcer fatos e espalhar mentiras em larga escala, resultando, muitas vezes, na destruição de reputações, no desrespeito aos direitos humanos e no fortalecimento de projetos pessoais e de poder. Com é sabido, os bolsonaristas têm se utilizado desse expediente para estimular o ódio e a violência e manter os seus seguidores mais fanáticos e obtusos permanentemente mobilizados. O objetivo final é  atacar e enfraquecer adversários e as instituições — para assim esfarelar a democracia —, desgastar o governo Lula para facilitar o retorno da extrema direita ao poder e, claro, criar cortinas de fumaça quando o calo deles aperta. Não é de hoje que Jair Bolsonaro, sua família e seu entorno vêm sendo investigados por desvios e crimes de toda ordem. Mais recentemente, dois assuntos deixaram o grupo especialmente incomodado. Um deles foi o indiciamento, pela Polícia Federal, do ex-presidente e de outros elementos do seu séquito no inquérito das joias sauditas — que expôs um esquema criado para a apropriação ilegal de bens do Estado brasileiro em favor de Bolsonaro. O outro caso é a investigação da Abin paralela, que desnudou o uso clandestino e ilegal da Agência Brasileira de Inteligência, sob Bolsonaro, para espionar e perseguir desafetos e beneficiar o clã. Em meio a tudo isso, nada melhor do que lançar petardos para o outro lado, a fim de desviar a atenção do povo para a sujeira que veio à tona, com o benefício de, ainda, criar desgastes ao governo. E no Brasil, o tema do pagamento de impostos é um dos que mais ressoam junto à população de todos os estratos sociais. Campanha distorsiva Ao que parece, da junção desses interesses emergiu a atual “campanha” contra o ministro que, embora possa ser bem-humorada e criativa na construção de algumas peças — elementos fundamentais para garantir sua disseminação orgânica — nada tem de inocente e investe na distorção dos fatos. Um efeito prático da campanha foi noticiado pelo colunista Lauro Jardim, de O Globo, nesta quarta-feira (17). Segundo ele, de acordo com levantamento feito pela consultoria Arquimedes, termos como “taxa”, “imposto” e outros relacionados a esses assuntos tiveram, desde o início do ano, com maior peso a partir de maio, nove milhões de menções no Facebook, Instagram e X. A reação do governo e do PT ainda é tímida. Mas, o tema está no radar de ambos e memes de “contra-ataque” também já viralizaram, como o do “Exterminador de Tributos”. E nesta terça-feira (16), por exemplo, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, se contrapôs à campanha e salientou que os impostos não aumentaram no atual governo. “Em 2023, a carga tributária bruta foi 32,4% do PIB [Produto Interno Bruto]. Ela era 33,7% até 2022. A carga tributária não só não aumentou no governo do presidente Lula como caiu. Caiu para 32,4%. Então, não teve aumento de carga tributária, até reduziu em 0,6%”, afirmou. Aliás, segundo dados do governo, o percentual atingido no ano passado é o menor desde 2020 — quando, diga-se, Bolsonaro era presidente. Alckmin também reconheceu que a carga tributária nesse patamar é alta para um país em desenvolvimento, mas considerou que o Brasil avançou com a reforma tributária. “Tem um fato importantíssimo que é a reforma tributária. Simplifica, substitui cinco impostos de consumo, IPI, PIS, Cofins, ISS e ICMS, por um IVA dual. Desonera completamente exportação, desonera completamente investimento. Agora, alguns querem enganar. Não tem aumento nenhum, estamos é simplificando”. Reportagem da Folha de S. Paulo desta terça-feira (16) também mostrou o impacto da reforma tributária na redução das taxas, sobretudo para quem ganha menos. “A versão atual da reforma reduz a carga sobre o consumo de 50% da população — justamente as pessoas de menor renda. Os 20% de maior renda passam a contribuir com uma parcela maior dessa arrecadação”, diz. Essa redução pela metade já havia sido apontada em cálculo feito pelo Banco Mundial. Além disso, aponta, “para o restante, a situação não muda, considerando a versão da reforma modelada pelo Congresso. A proposta original do governo desonerava essa parcela da classe média, mas esse ganho foi perdido com as exceções criadas pelo Legislativo”. A versão aprovada, aliás, zerou o imposto sobre a carne, mas o efeito foi a redução do cashback. Ainda assim, a devolução do imposto, que hoje não existe, vai beneficiar a parcela mais vulnerável. Vale destacar ainda que, de acordo com cálculos do governo, a alíquota de referência atual é de 34,4% e com a reforma, deverá ficar em 27%. Ao jornal, o secretário de Comunicação do partido, Jilmar Tatto, apostou que passada a onda atual das redes, o que ficará de Haddad é o aumento da faixa isenta do Imposto de Renda e o próprio cashback. Mau humor dos endinheirados Mas, pode ser também que a atual indisposição com Haddad reflita o mau humor de alguns segmentos que antes, mal pagavam impostos (e continuam pagando muito pouco em relação ao que ganham). Afinal, o governo Lula criou a lei que muda o

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Inflação desacelera para todas as faixas de renda em junho

Famílias de renda alta foram as que apresentaram o maior alívio inflacionário devido à queda das tarifas aéreas e dos transportes por aplicativo O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda apontou uma desaceleração da inflação para todas as faixas de renda pesquisadas em junho na comparação com o mês anterior. O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda apontou uma desaceleração da inflação para todas as faixas de renda pesquisadas em junho na comparação com o mês anterior. O segmento de renda alta teve queda mais significativa, que após um aumento de 0,46% em maio, registrou a inflação de 0,04% em junho. Já para as famílias de renda muito baixa, a desaceleração da inflação passou de 0,48% em abril para 0,29% em maio e junho. As famílias de renda alta foram favorecidas pela queda das tarifas aéreas e dos transportes por aplicativo. Enquanto isso, as famílias de menor renda, além de não serem beneficiadas pela deflação das passagens aéreas, foram impactadas, em maior intensidade, pelo aumento dos preços dos alimentos no domicílio. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (15) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e indicam que a alta dos preços dos alimentos ao longo do ano é o principal fator de pressão sobre a inflação da classe de renda muito baixa, cuja taxa acumulada de 2,87% em 2024 situa-se bem acima da registrada pelo estrato de renda alta (1,64%). Os dados acumulados em 12 meses, no entanto, mostram que as famílias de renda muito baixa ainda apresentam a menor taxa de inflação (3,66%), enquanto as famílias de renda alta possuem uma taxa mais elevada (4,79%), conforme mostra a tabela abaixo:   Os grupos alimentação e bebidas, e saúde e cuidados pessoais se constituíram nos principais focos de pressão inflacionária para praticamente todas as classes de renda. Para alimentos e bebidas, mesmo com as deflações registradas para frutas (-2,6%), das carnes (-0,47%) e das aves e ovos (-0,34%), os reajustes dos cereais, impulsionados pela alta do arroz (2,3%), dos tubérculos (2,0%) e dos leites e derivados (3,8%), entre outros, explicam a alta dos preços dos alimentos no domicílio em junho. Em relação ao grupo saúde e cuidados pessoais, houve impactado pelos reajustes dos produtos farmacêuticos (0,52%) e de higiene pessoal (0,77%), além dos serviços médicos, como hospital e laboratório (1,0%) e planos de saúde (0,37%). Para as famílias de renda alta, o impacto do aumento dos preços dos alimentos e dos bens e serviços ligados à saúde foi compensado pelo alívio inflacionário vindo do grupo transportes. Esse grupo, mesmo com o reajuste de 0,64% da gasolina, foi beneficiado pela queda dos preços das passagens aéreas (-9,9%) e das tarifas de transportes por aplicativo (-2,8%). Os dados acumulados em doze meses revelam que, embora em graus distintos entre as faixas, as maiores pressões inflacionárias residem nos grupos alimentação, transportes e saúde e cuidados pessoais. No caso dos alimentos, mesmo diante das deflações das carnes (-6,5%) e das aves e ovos (-1,2%), os aumentos dos cereais (19,0%), dos tubérculos (42,2%), das frutas (18,5%) e das hortaliças (15,7%) explicam esse quadro de pressão inflacionária, neste período. Em relação aos transportes, as maiores contribuições registradas em doze meses vieram das altas das tarifas do ônibus intermunicipal (9,6%), do metrô (10,8%) e do transporte por aplicativo (6,5%), além dos reajustes dos combustíveis (10,0%). Já as maiores pressões exercidas pelo grupo saúde e cuidados pessoais vêm dos produtos farmacêuticos (6,3%), de higiene (2,8%), dos serviços de saúde (8,5%) e dos planos de saúde (9,1%). Adicionalmente, para as famílias de renda baixa, os reajustes das tarifas de energia elétrica (3,0%) e de água e esgoto (6,6%) geraram uma contribuição inflacionária positiva vinda do grupo habitação. Por outro lado, os aumentos de 5,9% dos serviços pessoais e de 6,9% das mensalidades escolares fizeram com que os grupos despesas pessoais e educação pressionassem significativamente a inflação do segmento de renda alta. Publicado originalmente pelo Ipea

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Farmácia Popular terá 95% dos medicamentos de forma gratuita

Remédios para colesterol alto, doença de Parkinson, glaucoma e rinite foram incluídos na gratuidade. Ministério da Saúde indica economia de até R$ 400 por ano para usuários Cerca de 3 milhões de pessoas que já utilizam o Farmácia Popular deverão ser beneficiadas com a inclusão, pelo Ministério da Saúde, de novos medicamentos no programa. Na lista constam remédios para o tratamento de colesterol alto (dislipidemia), doença de Parkinson, glaucoma e rinite. De acordo com o governo, agora 95% dos medicamentos e insumos fornecidos pelo Farmácia Popular passam a ser distribuídos de forma gratuita. A partir dessa quarta-feira (10), quando se comemora os 20 anos do programa, os medicamentos já podem ser retirados gratuitamente nas unidades credenciadas. A estimativa do governo é de que os usuários do Programa possam ter uma economia de até R$ 400 por ano. Ao todo são 41 itens oferecidos entre fármacos, fraldas e absorventes. Até a atual medida, somente os remédios para diabetes, hipertensão, asma, osteoporose e anticoncepcionais eram gratuitos. Com a inclusão, agora 39 itens/remédios (95%) sairão de graça para a população. Os dois itens que precisam de copagamento (remédio para Diabetes Mellitus + Doença Cardiovascular ‘dapagliflozina 10 mg’ e fralda geriátrica) o Ministério da Saúde arca com 90% do valor de referência e somente os 10% restantes deve ser pago pelo cidadão. Veja lista de farmácias e drogarias credenciadas aqui. Farmácia Popular Criado em 2004, no primeiro governo Lula, o programa Farmácia Popular foi relançado no ano passado com inclusões de medicamentos para osteoporose e anticoncepcionais. Neste ano ainda foi disponibilizado a distribuição de absorventes para pessoas em situação de vulnerabilidade e estudantes da rede pública de ensino. De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 70 milhões de pessoas já foram atendidas pelo programa desde a sua criação.

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Lula sanciona ‘taxação das blusinhas’, em compras de até US$ 50

Com sanção presidencial, compras em sites estrangeiros como Shopee, Shein e AliExpress, passarão a ter a cobrança de imposto de 20% A ‘taxação das blusinhas’ incidirá sobre as compras internacionais a partir do dia 1º de agosto. A ‘taxação das blusinhas’ incidirá sobre as compras internacionais a partir do dia 1º de agosto. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou nesta quinta-feira, 27, o projeto que acaba com a isenção para compras internacionais de até US$ 50 (R$ 275, na cotação atual). Popularmente conhecido como “taxa das blusinhas”, a proposta era uma demanda do setor varejista nacional, que alegava competição desleal com a isenção às empresas estrangeiras. A proposta da “taxa das blusinhas” foi inserida como um “jabuti” — no jargão do Legislativo, quando um tema é incluído em proposta de assunto diferente – no texto-base do projeto de lei do Mover (Programa Mobilidade Verde), também sancionado pelo chefe do executivo, que aborda um programa de incentivo à descarbonização de carros. A ‘taxação das blusinhas’ incidirá sobre as compras internacionais a partir do dia 1º de agosto. Inicialmente, a taxação entraria em vigor imediatamente após sanção e publicação no Diário Oficial da União (DOU), mas o governo decidiu que vai encaminhar uma Medida Provisória (MP) ao Congresso Nacional estabelecendo uma nova data. A medida foi aprovada no Congresso no início do mês. A partir de 1º de agosto compras em sites internacionais de até US$ 50 passarão a ter a cobrança do Imposto de Importação, com alíquota de 20%. Compras dentro desse limite são muito comuns em sites de varejistas como Shopee, Shein e AliExpress. O que muda a partir de 1º de agosto Fica estabelecido que o consumidor que comprar um produto de R$ 100, por exemplo, terá que pagar a alíquota do Imposto de Importação, mais o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O imposto de importação vai incidir apenas sobre compras de valor abaixo de US$ 50, ou seja, cerca de R$ 275, considerando a cotação atual do dólar. Imposto de Importação (20%) ICMS (entre 17% e 19%) Para produtos que custam acima de US$ 50, as regras permanecem as mesmas, com uma cobrança de 60% de imposto de importação, a um limite superior de até US$ 3 mil (R$ 16,5 mil). É aplicado ainda um desconto de US$ 20 (R$ 110) sobre o tributo a pagar.

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Brasil bate recorde com 100 milhões de pessoas empregadas, segundo IBGE

Em 2023, o emprego com carteira assinada voltou a crescer, alcançando 37,4% da população ocupada – ante a 36,3%, em 2022. O número desses trabalhadores em 2023 (37,7 milhões) corresponde ao maior da série histórica O Brasil bateu recorde em 2023, com população de 100,7 milhões de pessoas ocupadas, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) – Características Adicionais do Mercado de Trabalho 2023, divulgada nesta sexta-feira (21) pelo IBGE. Esse contingente representa um acréscimo de 1,1% em comparação a 2022. Ou seja, 99,6 milhões de pessoas, equivalente a 12,3% frente à população de 2012 (89,7 milhões). Segundo o instituto, comparado com 2022 o total da população em idade de trabalhar expandiu 0,9%, e foi estimada em 174,8 milhões de pessoas em 2023 — ano em que o nível da ocupação ficou estimado em 57,6%. Os dados do IBGE mostram que o percentual de empregados com carteira assinada no setor privado aumentou de 2012 (39,2%) a 2014 (40,2%). Mas a partir de 2015, houve registro de queda. Em 2023, voltou a crescer, alcançando 37,4% da população ocupada – ante a 36,3%, em 2022. O número desses trabalhadores em 2023 (37,7 milhões) corresponde ao maior da série. Assim, diminuíram os empregos sem carteira assinada nesse setor: o percentual ficou em 13,3% em 2023, queda de 0,3 ponto percentual em um ano. A redução, segundo o IBGE, ainda não foi suficiente para altera a estimativa, que continua uma das maiores da série histórica. No setor público, entretanto, não houve mudanças ao longo da série. Servidores estatutários e militares se mantiveram em torno de 12% em 2023, equivalente a 12,2 milhões de trabalhadores. Os do setor doméstico também mantiveram estabilidade. E mantiveram o mesmo percentual de 2022. Ou seja, 6% dos ocupados. De acordo com o IBGE, porém, entre os empregadores houve a interrupção do movimento expansivo observado até 2018 (4,8%), passando para 4,6% em 2019, 4,4% em 2022 e 4,3% em 2023.

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Nubank sofre boicote após aproximação com extremistas

Clientes estão cancelando contas e cartões do Nubank após a cofundadora do banco divulgar evento da produtora Brasil Paralelo, de extrema-direita Rede Brasil Atual – Internautas estão promovendo uma onda de cancelamento contra o Nubank. A reação ocorreu após a cofundadora do banco, Cristina Junqueira, divulgar um evento da produtora de extrema-direita Brasil Paralelo. Como resultado, o Nubank ficou entre os assuntos mais comentados do X (ex-Twitter) nesta terça-feira (16). Em story publicado na segunda-feira (17) à noite, Cristina mostra um convite para o evento “We Who Wrestle With God”, com palestra do psicólogo canadense Jordan Peterson. Ela então agradece à Brasil Paralelo e à Fronteiras do Pensamento, produtoras do encontro. Peterson é conhecido por seu discurso conservador, antifeminista e anti-LGBT. Do mesmo modo, a Brasil Paralelo está atualmente engajada na campanha pela aprovação do Projeto de Lei 1904/2024, que equipara o aborto após a 22ª semana de gestação ao crime de homicídio. A produtora é conhecida por vídeos revisionistas que dão vazão às teorias conspiracionistas da extrema direita, voltada ao público bolsonarista. Recentemente, por exemplo, produziu um “documentário” com a versão do algoz da farmacêutica e ativista Maria da Penha, que dá nome a principal lei de enfrentamento à violência doméstica contra a mulher. A Brasil Paralelo também entrou no foco da CPI da Pandemia, por divulgar vídeos antivacina e que contestavam a gravidade da covid-19. O Nubank, por outro lado, tenta vender uma imagem progressista. O banco promove, por exemplo, campanhas de valorização da diversidade. Foi justamente essa contradição que incitou a onda de cancelamento de correntistas e portadores de cartões de crédito. Ódio e política A aproximação da cofundadora do Nubank com a Brasil Paralelo impulsionou outra denúncia grave contra o banco. De acordo com reportagem do site The Intercept Brasil, o Nubank atuou para acobertar um escândalo envolvendo um funcionário que criou um fórum de ódio. Em 2016, Konrad Scorciapino, engenheiro de software do banco, foi exposto por uma publicação xenofóbica que havia feito nas redes sociais. Além disso, ele é apontado como um dos fundadores do 55Chan, um fórum conhecido por disseminar crimes de ódio, pornografia infantil e antissemitismo, conforme revelou reportagem da Agência Pública. Atualmente Scorciapino é diretor de tecnologia da Brasil Paralelo, reforçando as relações do banco com a empresa. Além do fechamento da conta e do cancelamento dos cartões, os clientes também questionaram o Nubank sobre as relações com a Brasil Paralelo. Até o momento, a instituição financeira se limita a informar que “não compactua com opiniões de colaboradores e não haverá nenhum tipo de alteração referente à nossa posição” e que em breve vai soltar uma nota sobre o assunto. Confira as principais de protesto contra o Nubank 🚨 PERIGO NO NUBANK Ontem, a executiva do Nubank, Cristina Junqueira, divulgou um evento do Brasil Paralelo. O Brasil Paralelo apoia o PL do Estupro. E tem como diretor Konrad Scorciapino, criador do site de pedofil*a e de incentivo a chacinas em escolas, 55chan. Konrad foi… — ERIKA HILTON (@ErikakHilton) June 18, 2024 Cancelei a minha conta no @nubank. Segue o passo a passo: pic.twitter.com/SBB5jD3srw — Flávio Costa (@flaviocostaf) June 18, 2024 Já cancelou tua conta no Nubank? pic.twitter.com/gVtRQBOmF5 — Chris | Diversidade Nerd (@chrisgonzatti) June 18, 2024 Resumindo: o nubank tá patrocinando os ataques recentes a Maria da Penha. Fica com Deus, “roxinho” https://t.co/YOaNTX0xjZ — calma uma porra 🏳️‍🌈 (@patroamesmo) June 18, 2024 Quem aí já cancelou a conta da Nubank hoje ? @nubank pic.twitter.com/8qupxOyIZR — Cássio Oliveira (@cassioolivveira) June 18, 2024

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Lula critica Campos Neto por juros altos e diz que ele prejudica o país

O presidente também argumentou que o comportamento do Banco Central (BC) é a única “coisa desajustada” no Brasil no momento. Copom inicia discussões sobre juros nessa terça (18) O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça (18) que o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, “tem lado político e trabalha para prejudicar o país”. A declaração foi dada em entrevista do presidente à rádio CBN, na manhã desta terça. Sobre o tema, Lula indicou que o presidente do BC, Roberto Campos Neto, é a única “coisa desajustada” no País. As declarações do presidente ocorrem no dia em que o Comitê de Política Monetária (Copom) começa a sua reunião de dois dias para definir a taxa básica de juros, atualmente no patamar de 10,5% ao ano. “O presidente do Banco Central está disposto a fazer o mesmo papel que o Moro fez? O paladino da justiça, com rabo preso a compromissos políticos. O presidente do Banco Central precisa ser uma figura séria, responsável e tem que ser imune aos nervosismos momentâneos do mercado”, disse. Primeiro presidente do BC com a nova lei da autonomia da autoridade monetária, Campos Neto aceitou um jantar oferecido no Palácio dos Bandeirantes, no último dia 10, pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. O jantar reuniu cerca de 60 pessoas, entre banqueiros, empresários e ex-ministros. Campos Neto foi nomeado para o BC por Jair Bolsonaro, de quem Tarcísio foi ministro e é colocado como herdeiro político visando a eleição presidencial de 2026. “A festa foi do Tarcisio pra ele [Campos Neto]. Homenagem do governo de São Paulo para ele, certamente porque governador de SP acha maravilhoso taxa de juros de 10,5%. Quando ele se ‘autolança’ a um cargo. Vamos repetir o Moro? Presidente do BC está disposto a fazer o mesmo papel que Moro fez? Paladino da justiça com rabo preso”, disse. Durante a entrevista, o presidente afirmou que a única coisa desajustada, nesse instante, no Brasil é o comportamento do Banco Central. “Nós só temos uma coisa desajustada no Brasil neste instante: é o comportamento do Banco Central. Essa é uma coisa desajustada. Um presidente do Banco Central que não demonstra nenhuma capacidade de autonomia, que tem lado político e que, na minha opinião, trabalha muito mais para prejudicar o país do que para ajudar o país. Não tem explicação a taxa de juros do jeito que está”, declarou Lula. “Todos os bancos (no mundo) demonstram que não há país com mais otimismo que o Brasil”, afirmou o presidente. “Agora ficam inventando discurso de inflação do futuro, o que vai acontecer”, complementou. Em decisão dividida, o Banco Central decidiu diminuir o ritmo de cortes da Selic na última reunião. Na ocasião, os dirigentes indicados pelo atual governo eram favoráveis a uma manutenção de cortes de 0,5 ponto percentual, enquanto os demais optaram pelo corte de 0,25 ponto percentual.

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STF decide que FGTS deve garantir correção pelo IPCA

Proposta não será aplicada a valores retroativos O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira (12) que as contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) não podem ser corrigidas somente pela Taxa Referencial (TR), taxa com valor próximo de zero. Com a decisão, as contas deverão garantir correção real conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador da inflação no país. A nova forma de correção vale para novos depósitos a partir da decisão do Supremo e não será aplicada a valores retroativos. Pela deliberação dos ministros, fica mantido o atual cálculo que determina a correção com juros de 3% ao ano, o acréscimo de distribuição de lucros do fundo, além da correção pela TR. A soma deve garantir a correção pelo IPCA. Contudo, se o cálculo atual não alcançar o IPCA, caberá ao Conselho Curador do FGTS estabelecer a forma de compensação. O índice acumulado nos últimos 12 meses é de 3,90%. A proposta de cálculo foi sugerida ao STF pela Advocacia-Geral da União(AGU), órgão que representa o governo federal, após conciliação com centrais sindicais durante a tramitação do processo. O caso começou a ser julgado pelo Supremo a partir de uma ação protocolada em 2014 pelo partido Solidariedade. A legenda sustenta que a correção pela TR, com rendimento próximo de zero, por ano, não remunera adequadamente os correntistas, perdendo para a inflação real. Criado em 1966 para substituir a garantia de estabilidade no emprego, o fundo funciona como uma poupança compulsória e proteção financeira contra o desemprego. No caso de dispensa sem justa causa, o empregado recebe o saldo do FGTS, mais multa de 40% sobre o montante. Após a entrada da ação no STF, leis começaram a vigorar, e as contas passaram a ser corrigidas com juros de 3% ao ano, o acréscimo de distribuição de lucros do fundo, além da correção pela TR. No entanto, a correção continuou abaixo da inflação.

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Brasil ultrapassa a Itália e se torna a oitava maior economia do mundo

Segundo dados preliminares, o Brasil deve crescer 2,1% no ano e ultrapassar a Itália no ranking global do PIB. Crescimento já é o dobro da média mundial. O Brasil ultrapassou a Itália e se tornou a 8ª maior economia do mundo, de acordo com um levantamento divulgado no último sia 04, pela agência classificadora de risco Austin Rating. A subida no ranking ocorre após o anúncio de que a economia do país cresceu 0,8% no 1º trimestre em relação ao anterior. O país somou US$ 2,331 trilhões no PIB (Produto Interno Bruto), somando um pouco mais que a Itália, que registrou US$ 2,328 trilhões. O Brasil havia terminado 2023 como a 9ª maior economia do mundo. Enquanto o PIB do Brasil cresceu 0,8% no 1º trimestre, a economia da Itália avançou 0,3%. Os dados foram divulgados pelo economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini. O Brasil ainda está atrás do Japão (US$ 4,11 trilhões), Índia (US$ 3,94 trilhões), Reino Unido (US$ 3,5 trilhões) e França (US$ 3,13 trilhões). O crescimento brasileiro no primeiro trimestre de 2024 é mais que o dobro da média mundial, colocando o brasil em 17º em um ranking de 53 países analisados pela Austin Rating. Em média, o mundo cresceu 0,3% no 1º trimestre em relação ao trimestre anterior. Segundo dados preliminares, o Brasil deve crescer 2,1% no ano com valor corrente de US$ 2,331 trilhões. Os dados apontam para uma melhora da expectativa, já que em 2023, era esperado que o Brasil atingisse a oitava posição em 2025. De acordo com a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), o período de janeiro a março foi marcado pela resiliência do consumo e também dos serviços, que impactaram a renda. Além disso, o pagamento, pelo governo federal, de precatórios, contribuiu para ter mais dinheiro circulando na economia. Esses pagamentos de precatórios corresponderam à injeção na economia de R$ 131 bilhões, cerca de 1,1% do PIB, relativos aos meses de dezembro de 2023 a fevereiro de 2024. O Departamento Econômico da Fiesp apontou que o dinamismo da economia no primeiro trimestre refletiu a continuidade do mercado de trabalho aquecido. Dados do Caged mostram que foram criadas mais de 730 mil novas vagas de emprego formal no primeiro trimestre, bem acima, portanto, das 520,3 mil vagas criadas em igual período de 2023. A Fiesp destacou que o aumento real do salário mínimo e o seu impacto direto nos benefícios sociais, inclusive os previdenciários, contribuíram para a massa salarial crescer 10,4% em termos reais no primeiro trimestre deste ano, quando comparada ao mesmo período do ano passado.

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