DESVALORIZAÇÃO – ALMG aprova reajuste de 4,62% para o funcionalismo

Base do governo se articulou para rejeitar os 10,67% proposto pela oposição A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou em definitivo o Projeto de Lei (PL) 2.309/24, de autoria do governador Romeu Zema (Novo), que reajusta em 4,62% o salário dos servidores civis e militares do estado. Todas as emendas, criadas pela oposição para amenizar os efeitos do baixo reajuste, foram rejeitadas. Entre elas, havia a proposta, por exemplo, de que o pagamento retroativo ao dia 1º de janeiro fosse pago em uma única parcela, seis dias úteis depois da aprovação do PL. Outra emenda previa o reajuste da inflação do ano de 2022 a partir de 2025, mas foi derrubada. A proposta inicial de Zema era ainda mais baixa. A primeira versão do texto previa um aumento de apenas 3,64% no vencimento básico dos trabalhadores. Após pressão popular, foi acrescido um ponto percentual, valor bem abaixo do que foi proposto pela oposição, de 10,67%, que corrigiria os salários em relação à inflação de 2022 e 2023. Em declarações à imprensa, o governador argumentou que o estado está com recursos limitados. Porém, em maio do ano passado, Romeu Zema aumentou o próprio salário e o de seu secretariado, com o aval da ALMG, em quase 300%. Educação em estado de greve “É diante deste cenário que o governador não se envergonha de propor um reajuste de insignificantes 4,62% e pagar apenas a metade dos salários aos trabalhadores e trabalhadoras da educação”, destacou, em nota, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindUTE/MG), que representa uma das maiores categorias no estado. Segundo a entidade, o valor básico praticado pelo governo de Minas para professores em início de carreira é de R$ 2.652,29, o que representa uma diferença de 57,90% em relação ao que foi proposto por Zema. Com isso, há R$ 1.928,28 de defasagem salarial ou quase o dobro do valor que deveria ser efetivamente pago, de acordo com o Piso Salarial Nacional, de R$ 4.580,57, neste ano. “Esse governo quer nos derrotar colocando na gente o sentimento de desesperança”, reforçou durante o plenário a deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT), presidenta da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da ALMG. “O que a gente precisa dizer hoje é que só a luta e só a unidade do movimento sindical mineiro vai fazer com que a gente sobreviva até 2026”, completou, em referência às diversas mobilizações do funcionalismo no estado. Segurança Pública ameaçada Os servidores da segurança pública chamam a proposta de Zema de “migalha”, já que a categoria conta com um déficit de 41,6% em perdas inflacionárias, segundo Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado (Sindpol/MG). “O governador Romeu Zema nunca se sentou para dialogar com a categoria e quer tratar isso aqui como se fosse uma empresa privada, como se fosse as lojas dele, e não pode ser pensado desse jeito”, apontou Wemerson Oliveira, presidente do sindicato. Para ele, outros inúmeros desafios da segurança pública no estado reforçam a ineficiência do valor proposto pelo governo, já que a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), por exemplo, sofre com a falta de funcionários efetivos e falta de estrutura. “Os policiais têm que tirar dinheiro do próprio bolso para arrumar viaturas que estragam, para consertar computadores, impressoras, comprar toner para impressão documentos, inclusive boletim de ocorrência. Chegou ao absurdo de a gente ter que comprar água para beber na delegacia”, lamenta o sindicalista. Segundo Wemerson, quem perde com as decisões de Zema é a população. “E aí fica uma pergunta para a população no geral: a quem interessa que a Polícia Civil não tenha estrutura e não tenha condições para investigar? Por que o governador Romeu Zema não investe na Polícia Civil? Será que ele tem algum problema, alguma questão contra a polícia que investiga?”, questionou. (Brasil de Fato – MG)

Quatro projetos de APLs do Norte receberão recursos da Fapemig

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sede), lançam a Chamada 010/2024 Tríplice Hélice – Arranjo Produtivo Local (APL). A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sede), lançam a Chamada 010/2024 Tríplice Hélice – Arranjo Produtivo Local (APL). Ao todo, serão investidos R$ 10 milhões em propostas submetidas por meio de parcerias entre as Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação no Estado de Minas Gerais (ICTMG) e sociedades empresárias, startups e cooperativas inseridas em Arranjos Produtivos Locais (APLs) mineiros. Do Norte de Minas serão contemplados os APLs do Pequi de Montes Claros, da Apicultura de Taiobeiras, da Fruticultura do Jaíba e do Vestuário de Espinosa. Os participantes da chamada devem realizar a solicitação de cadastramento junto à Fapemig, até às 23h59 do dia 8 de julho. Já as propostas podem ser submetidas via Everest até às 17h de 15/7/2024. Segundo a gerente de inovação da Fapemig e uma das representantes da fundação no Núcleo Gestor dos Arranjos Produtivos Locais (NGAPL), Narrayra Granier Cunha, esse financiamento é fundamental para impulsionar a economia, promover a inovação e fortalecer o ecossistema de empreendedorismo em Minas Gerais. DESAFIOS Os projetos de pesquisa, de desenvolvimento tecnológico ou de inovação deverão atender demandas e desafios tecnológicos de sociedades empresárias, startups e ou cooperativas vinculadas a APLs mineiros, com foco em desenvolvimento de produtos (bens ou serviços) e/ou processos inovadores. Os temas dos desafios podem ser consultados no Anexo 1 da chamada. O coordenador da proposta da ICTMG deve entrar em contato com a governança do APL demandante, para alinhamento sobre o escopo do projeto e recolhimento da carta de interesse. Ao todo, 15 APLs de todo o Estado de Minas Gerais, propuseram desafios. APL DO PEQUI O projeto do APL Pequi de Montes terá financiamento para as seguintes atividades: • Desenvolver método para retirada de odor da farinha de jatobá; • Desenvolvimento de produtos para PNAE (bolinho com farinha de macaúba, jatobá, buriti, biscoitos nutritivos, sucos processados com frutíferas nativas). • Desenvolvimento de óleo de pequi padronizado (prensado a frio e método tradicional). • Desenvolvimento de linha de cosméticos finos a base de macaúba. • Desenvolvimento de produtos à base de babaçu (castanha de mesocarpo). • Métodos de padronização de doces, geleias e barrinha de cereal. • Melhoria de processo logístico. • Desenvolvimento de equipamentos para extração de castanha de pequi e do baru. • Desenvolvimento de processos e equipamentos para extração do óleo do pequi. • Desenvolvimento de processos e equipamentos para a extração do mesocarpo do baru e babaçu. Quatro projetos de APLs do Norte receberão recursos da Fapemig O APL do Pequi de Montes Claros também receberá financiamento da Fapemig