PSG atropela Real Madrid e vai à final do Mundial contra o Chelsea

Com atuação dominante, equipe francesa goleia por 4 a 0 e garante vaga inédita na decisão do torneio de clubes da Fifa O Paris Saint-Germain garantiu sua vaga na final do Mundial de Clubes da FIFA 2025 ao derrotar o Real Madrid por 4 a 0 nesta quarta-feira (9), no MetLife Stadium, em Nova York. A equipe comandada por Luis Enrique dominou a partida desde os primeiros minutos. Aos 6 minutos, Fabián Ruiz abriu o placar após erro de Raúl Asencio. Três minutos depois, Ousmane Dembélé ampliou, aproveitando falha de Antonio Rüdiger. Ainda no primeiro tempo, Fabián Ruiz marcou novamente, aos 24 minutos, deixando o PSG com uma confortável vantagem de 3 a 0 antes do intervalo. No segundo tempo, o Real Madrid tentou reagir, mas não conseguiu superar a defesa parisiense. Aos 87 minutos, Gonçalo Ramos fechou o placar, dedicando o gol a Diogo Jota, recentemente falecido. Com essa vitória, o PSG enfrentará o Chelsea na final do Mundial de Clubes, marcada para domingo (13), também no MetLife Stadium. O Chelsea garantiu sua vaga na decisão ao vencer o Fluminense por 2 a 0 na outra semifinal. A atuação do Real Madrid foi amplamente criticada pela imprensa espanhola, que destacou os erros defensivos e a falta de reação da equipe comandada por Xabi Alonso. Apesar da derrota, o retorno de Éder Militão e Dani Carvajal, após longas ausências por lesão, foi um dos poucos pontos positivos para o clube espanhol
Haddad: bets ganham fortuna, mas mandam dinheiro para fora do país

Ministro defendeu que sites de apostas paguem mais impostos no país O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta terça-feira (8) que as bets paguem mais impostos no país. Para ele, as casas de apostas virtuais (bets) devem pagar taxas mais elevadas, a exemplo do que ocorre com os cigarros e as bebidas alcoólicas. “O governo anterior tratou as bets como se fosse a Santa Casa de Misericórdia, sem cobrar um centavo de impostos das bets durante quatro anos”, disse ele, em entrevista. “Os caras estão ganhando uma fortuna no Brasil, gerando muito pouco emprego, mandando para fora o dinheiro arrecadado aqui, e que vantagem a gente leva?”, questionou o ministro. “Para mim, tem que tratar as bets na linha do que é o cigarro e a bebida alcoólica. É uma coisa difícil de administrar e há vários casos na história de que, quando proíbe, piora. Temos que enquadrar esse setor de uma vez por todas”, defendeu. De acordo com o ministro, medidas como essa que preveem maior taxação das bets são importantes para o governo. “Nosso objetivo é um só: depois de 10 anos estamos buscando resultados fiscais robustos para garantir que a economia continue crescendo, com baixo desemprego e inflação em queda. Mas a impressão que dá é que tem algumas pessoas querendo sabotar o crescimento econômico do país a troco da eleição do ano que vem”. IOF Em entrevista na manhã de hoje (8) ao portal Metrópoles, o ministro falou ainda que o impasse entre o governo e o Congresso Nacional pelo Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) não pode ser encarado como um “Fla x Flu”, disputa clássica do futebol carioca entre Flamengo e Fluminense. “Esse Fla-Flu não interessa a ninguém. Não vejo as coisas assim. Prefiro pensar institucionalmente”, disse ele. Recentemente, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, suspendeu tanto os decretos do Executivo que elevam o IOF quanto o decreto que foi aprovado pelo Congresso Nacional e que derruba essa medida. Para resolver o impasse, Moraes determinou a realização de uma audiência de conciliação entre o governo federal e o Congresso Nacional sobre o tema para o próximo dia 15 de julho, em Brasília. Na entrevista de hoje, Haddad disse que não pode se antecipar à decisão que será tomada pelo Supremo em relação ao IOF, mas informou que o governo está trabalhando para que essa questão seja resolvida. Ele ressaltou ainda que o governo está buscando manter o diálogo com o Congresso e afirmou que, em breve, ele deverá se reunir com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta. “Quando um não quer, dois não brigam. E nós não vamos brigar porque, no caso, nenhum dos dois quer brigar. Não tenho nem o direito de ter as relações estremecidas porque ele é o presidente da Câmara. Ele é um poder institucional e o Brasil depende da boa condução dos trabalhos dele. Eu sou um ministro, não tenho mandato. Mas ele é poder constituído. Nunca saí de uma mesa de negociação. E só saio com acordo”, afirmou Haddad. Imposto de Renda Durante a entrevista, o ministro disse ainda acreditar que o projeto sobre o Imposto de Renda e que prevê isenção para os que ganham até R$ 5 mil será aprovado. Segundo Haddad, o deputado Arthur Lira, que é o relator do projeto sobre o Imposto de Renda, tem se reunido frequentemente com o governo, seja presencialmente ou de forma virtual. “Eu acredito que esse projeto será aprovado com larga margem de apoio”, falou.
Vício em bets adia graduação de 34% dos jovens em 2025, revela pesquisa com universidades

Impacto das apostas online atinge principalmente classes mais pobres e já afeta também quem está matriculado no ensino superior O vício em apostas online tem interferido diretamente no acesso à educação superior no Brasil. Segundo levantamento da Abmes (Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior), realizado em parceria com a consultoria Educa Insights, 34% dos jovens brasileiros entre 18 e 35 anos adiaram o início da graduação em 2025 por conta de gastos com apostas em plataformas conhecidas como “bets” — entre elas o popular “jogo do tigrinho”. Os dados foram divulgados pelo portal UOL nesta terça-feira (9). O impacto é ainda mais severo nas regiões Nordeste e Sudeste, onde os índices sobem para 44% e 41%, respectivamente. Entre os jovens das classes D e E — cuja renda familiar gira em torno de R$ 1 mil —, 43% afirmam que precisarão abandonar os gastos com apostas para iniciar um curso superior em 2026. Entre os jovens da classe A, com renda média de R$ 26,8 mil, o número cai para 22%. A pesquisa ouviu 11.762 pessoas entre os dias 20 e 24 de março. Para o diretor-geral da Abmes, Paulo Chanan, os dados revelam um cenário preocupante. “O impacto das bets vai além da captação de novos alunos, afeta a permanência dos que já estão matriculados”, afirma. Segundo ele, a evasão provocada pelas apostas é uma realidade crescente nas universidades. “A crescente popularização das bets impacta justamente o público-alvo da educação superior: brasileiros de 18 a 35 anos.” Além de impedir o início dos estudos, as apostas também comprometem a permanência de quem já está na universidade: 14% dos alunos afirmaram ter atrasado o pagamento das mensalidades ou precisaram trancar a matrícula por causa do vício em bets. No Nordeste, esse índice sobe para 17%. Com base nos dados, a Abmes estima que cerca de 986 mil potenciais universitários devem ficar de fora das instituições de ensino superior neste ano. O motivo principal é o comprometimento da renda desses jovens com os sites de apostas, que hoje dominam o tráfego online no Brasil — já são o segundo maior destino da internet, atrás apenas do Google, superando até YouTube e WhatsApp. A pesquisa também revela que o problema se estende para outros aspectos da vida cotidiana. Entre os entrevistados, 24% afirmaram que deixaram de investir em academias ou atividades físicas para gastar com apostas, enquanto 28% disseram ter abandonado momentos de lazer, como idas a bares e restaurantes, por preferirem usar o tempo e o dinheiro nas plataformas de betting. A crescente influência das apostas levou à instalação de uma CPI das Bets no Senado, que apurou os efeitos econômicos e sociais do setor. Influenciadores digitais populares, como Virgínia Fonseca, foram ouvidos. A relatora da comissão, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), chegou a pedir o indiciamento de alguns deles, mas o relatório final foi rejeitado. Ainda assim, Soraya alertou: “Se por um lado observamos um crescimento expressivo entre a população mais pobre e vulnerável, por outro, chama a atenção o número crescente de jovens, muitos com acesso à informação e ao ensino superior, que estão sucumbindo ao vício.” A Abmes evita adotar uma posição contra a regulamentação das apostas, mas defende a criação de políticas públicas de controle, conscientização e responsabilidade. A entidade propõe que o problema seja enfrentado com base em dados e discutido tanto no meio educacional quanto político. Enquanto isso, no Congresso, segue sem previsão a votação do projeto que pretende legalizar cassinos, jogo do bicho e bingos no Brasil. A proposta não aborda diretamente as apostas online, que, para muitos senadores, representam uma ameaça ainda maior. Como afirmou Soraya Thronicke: “Considero o cassino físico menos prejudicial do que o online, que fica 24 horas disponível nas casas de todos os brasileiros.”