Com a sanção de um projeto que vale cerca de R$ 1 bilhão para igrejas e templos evangélicos, o presidente Jair Bolsonaro deverá ampliar a base de apoio no Congresso, “arrebanhando” a bancada evangélica. O Projeto de Lei do deputado federal David Soares (DEM-SP), filho do missionário R.R. Soares, líder da Igreja Internacional da Graça de Deus, prevê também anulação de multas pelo não pagamento de contribuições que incidem sobre a remuneração de pastores e líderes.
O projeto já aprovado no Congresso deve ser sancionado até sexta-feira. Só a Igreja Internacional da Graça de Deus, acumula R$ 144 milhões em débitos inscritos na Dívida Ativa da União – terceira maior dívida numa lista de devedores que somam passivo de R$ 1,6 bilhão.
Esse não é primeiro acordo de Bolsonaro com grupos evangélicos, que formam hoje uma das principais bases de sustentação do governo. Em dezembro de 2019, o presidente sancionou lei que isentou templos religiosos do pagamento do ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) por 15 anos.