Governador de Minhas Gerais utilizou esse argumento para defender que o benefício de R$ 600 no estado deveria ser distribuído em parcelas
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), adotou um discurso totalmente fora da realidade, ao anunciar que sua administração começará, no dia 14 de outubro, a pagar o Auxílio Emergencial Mineiro, no valor de R$ 600. Terão direito famílias em situação de extrema pobreza, agravada pela pandemia do coronavírus.
Ao defender a tese de que o benefício teria maior efetividade caso fosse distribuído parceladamente, Zema declarou que muitas pessoas usam de forma errada o dinheiro, porque acabam gastando o auxílio de uma só vez no bar.
“Nós sabemos que, infelizmente, muitas pessoas ao receberem esse dinheiro não fazem uso adequado do mesmo, vão para o bar, para o boteco, e ali já deixam uma boa parte ou quase a totalidade do que receberam. Então, se ele [auxílio] fosse pago de forma parcelada, muito provavelmente a sua efetividade social teria sido maior”, afirmou, sem nenhuma base.
Uma parcela
O benefício será repassado em somente uma parcela, contra a vontade do governador, e se destina a pouco mais de 1 milhão de famílias, com renda per capita de até R$ 89, segundo a base de dados do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico).
O Auxílio Emergencial Mineiro será pago em contas-poupança digitais da Caixa Econômica Federal (CEF), a conta “Caixa Tem”. Para as pessoas que já a possuem, o benefício será depositado automaticamente.
Porém, para quem ainda não tem esta conta, será aberta uma, que poderá ser movimentada pelo aplicativo de smartphone “Caixa Tem”.
Caso a pessoa não tenha celular, pode comparecer a uma agência da CEF ou a uma casa lotérica, levando um documento de identificação com foto, para que consiga fazer o saque.
Revista Fórum