Após ter sido levado ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por conta dos cantos homofóbicos entoados pela torcida, na partida contra o Grêmio, o Cruzeiro conseguiu chegar a um acordo de transação disciplinar com a procuradoria do STJD. O objetivo era evitar punições severas que poderiam acarretar em perda de pontos na Série B do Campeonato Brasileiro.

A informação foi dada em primeira mão pelo GE.com, que ainda explicou que o acordo precisa ser homologado pelo Tribunal Pleno do STJD. Desta forma, o Cruzeiro se livra do risco de perder pontos já conquistados no Campeonato Brasileiro da Série B e de pagar uma multa que poderia chegar aos R$100 mil.

No acordo proposto pelo clube à procuradoria, fica acertado que o clube irá realizar ações, campanhas e ativações de combate ao preconceito contra a comunidade LGBTQIA+. É preciso ressaltar que caso os episódios voltem a acontecer, um novo julgamento pode acontecer e as sanções poderão ser aplicadas.

Desde que assumiu a gestão do clube, a diretoria atual na figura de Ronaldo Fenômeno, tem tratado de forma mais direta sobre assuntos de conscientização, geralmente vistos como tabu entre os clubes de futebol. Entre postagens e declarações, a torcida ainda viu o próprio Ronaldo – atual proprietário do clube – pedir em uma live que episódios como esses não se repitam mais.

“Não poderia deixar de pedir mais uma vez um favor à torcida, a essa torcida que nos enche de orgulho, mas que seja cada vez mais vigilante com quem está do seu lado, quem está próximo, quem está xingando o outro lado. A gente tem que começar a fazer esse tipo de cobrança entre nós mesmos. Não é aceitável, tolerável mais cânticos homofóbicos na nossa torcida. Peço, por favor, que espalhe essa voz, espalhem isso dentro da nossa torcida, porque não é aceitável mais esse tipo de comportamento. Você vai se prejudicar, prejudicar o clube, e ainda vai ofender alguém. Portanto, por favor, não faça mais isso no nosso estádio e na sua vida, logicamente.”

O Cruzeiro não se pronuncia oficialmente sobre situações de processos em andamento, mas o clube deve se posicionar sobre a situação – dando ênfase na gravidade da situação e reiterando o pedido de conscientização do torcedor – assim que o acordo for devidamente homologado.

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