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Joe Biden chega a Manaus e anuncia R$ 289,5 milhões ao Fundo Amazônia

Na capital amazonense, Biden anunciou que a sua gestão cumpriu a promessa de aumentar o financiamento climático internacional dos EUA, chegando a mais de US$ 11 bilhões por ano até 2024 O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que participa nesta segunda-feira (17), no Rio de Janeiro, da reunião da Cúpula do G20, visitou Manaus neste domingo (17). Antes dessa primeira visita de um presidente norte-americano em exercício à região, a Casa Branca anunciou que vai doar mais US$ 50 milhões (R$ 289,5 milhões) para o Fundo Amazônia, De acordo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), outras doações já foram feitas pelos EUA: US$ 3 milhões (R$ 14,9 milhões), em dezembro de 2023, e de US$ 47 milhões (R$ 256,9 milhões), em agosto de 2024. As novas doações ainda terão que ser aprovadas pelo Congresso norte-americano. Leia mais: EUA culpam guerra na Ucrânia por doação irrisória ao Fundo Amazônia Com a saída de Biden da presidência, a expectativa é saber se o presidente eleito Donald Trump vai assumir os compromissos do país na área ambiental. Na capital amazonense, Biden anunciou que a sua gestão cumpriu a promessa de aumentar o financiamento climático internacional dos EUA, chegando a mais de US$ 11 bilhões por ano até 2024. O presidente dos Estados Unidos desembarcou em Manaus acompanhado da filha Ashley e da neta Natalie. Ele sobrevoou de helicóptero o Encontro das Águas, a Reserva Florestal Adolpho Ducke e o Museu da Amazônia (Musa), para onde seguiu após o passeio

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Lula receberá Xi Jinping no próximo dia 20 para tratar da relação bilateral

A China é o principal parceiro comercial do Brasil. Em 2023, o total de importações e exportações entre os dois países alcançou US$ 160 bilhões O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai receber no próximo dia 20 (quarta-feira), no Palácio do Planalto, o presidente da China, Xi Jinping, para tratar da relação bilateral. O encontro será uma visita de estado e ocorre após a participação do líder chinês na reunião da Cúpula do G20, que será realizada entre os dias 17 e 19, no Rio de Janeiro. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a China é o principal parceiro comercial do Brasil. Em 2023, o total de importações e exportações entre os dois países alcançou US$ 160 bilhões. Este ano, a marca já atingiu mais de US$ 180 bilhões, ou seja, mais de R$ 1 trilhão em comércio bilateral. “O fortalecimento das relações e a ampliação das trocas comerciais está entre as prioridades internacionais do governo brasileiro, que promoveu duas missões oficiais de alto nível à China em 2023 e 2024 – a primeira liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e a segunda pelo vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin”, diz nota do MDIC. No mês passado, Alckmin e o vice-ministro de Comércio da China (MOFCOM), Wang Shouwen, debateram as relações comerciais e econômicas entre os dois países. Brasil e China se comprometeram a somar esforços pela revitalização da Organização Mundial do Comércio (OMC), que é um dos quatro temas em discussão no Grupo de Trabalho de Comércio e Investimentos do G20. Também ressaltaram o sucesso da última reunião da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação (Cosban), realizada em junho na China. Naquela ocasião, o Alckmin se encontrou com o presidente Xi Jinping. Os dois países reforçaram o interesse em buscar sinergias em políticas de desenvolvimento, investimento e integração. Entre os temas tratados na reunião estão parceria na indústria aeronáutica, investimento na indústria automotiva, defesa comercial, comércio eletrônico e tecnologia agrícola

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Donald Trump derrota Kamala Harris e é eleito presidente dos EUA pela 2ª vez

O bilionário republicano Donald Trump, de 78 anos, é o novo presidente eleito dos Estados Unidos, segundo projeção da emissora conservadora Fox News. A rede diz que o magnata garantiu pelo menos 277 votos no colégio eleitoral, sete a mais que os 270 necessários, e será o primeiro governante a exercer dois mandatos presidenciais no país desde o democrata Grover Cleveland, no fim do século 19. Além disso, será o presidente mais velho a tomar posse na Casa Branca e o primeiro com uma condenação criminal – Trump foi considerado culpado de falsificar registros financeiros para encobrir um suborno à ex-atriz pornô Stormy Daniels. Trump faz discurso declarando vitória: ‘Fizemos história’ No momento do discurso, Trump aparecia com 266 delegados assegurados no colégio eleitoral, dos 270 necessários para ser eleito. Donald Trump subiu ao palco nesta quarta-feira (06/11) e fez um discurso declarando vitória após projeções demonstrarem sua dianteira em Estados decisivos. Com 9 Estados com contagem de votos ainda indefinida, Trump aparecia no momento do discurso com 266 delegados assegurados no colégio eleitoral, dos 270 necessários para ser eleito. A sua adversária, a democrata Kamala Harris, aparecia com 194 delegados assegurados.

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Kamala X Trump: entenda como funcionam as eleições nos Estados Unidos

Entenda o papel do Colégio Eleitoral, o peso das primárias e como um candidato pode vencer sem ter a maioria dos votos populares Diferentemente do Brasil, onde a escolha presidencial é decidida em dois turnos, as eleições presidenciais nos Estados Unidos envolvem apenas um turno, e a escolha final depende de um complexo sistema de votação indireta. De acordo com o g1, o presidente americano é eleito por um Colégio Eleitoral, formado por 538 delegados, e não pelo voto direto da população. Cada estado tem um número específico de delegados, definido conforme a população local e o número de representantes no Congresso, o que concede um peso variável a cada estado. O Colégio Eleitoral americano é composto por 538 delegados, e para vencer, o candidato precisa conquistar 270 desses votos. Como a eleição é majoritária dentro de cada estado, o candidato que tiver a maioria dos votos em determinado estado leva todos os delegados, independentemente de quantos votos de diferença teve. Esse sistema pode levar a resultados curiosos: é possível que um candidato com menos votos populares vença a eleição, como aconteceu em 2016, quando Donald Trump derrotou Hillary Clinton apesar de ter quase 3 milhões de votos a menos em termos nacionais. O peso das primárias e do caucus – Outro ponto singular do processo eleitoral americano são as etapas prévias das primárias e dos caucus. Esses eventos ocorrem nos meses anteriores à eleição e definem quem será o candidato de cada partido. Nas primárias, os eleitores votam de forma secreta, como ocorre nas eleições tradicionais, enquanto nos caucus o processo é público, com reuniões onde os participantes votam e discutem abertamente suas escolhas. Essas etapas determinam os candidatos que disputarão o pleito em novembro, criando um processo que, em muitos casos, fortalece lideranças regionais e engaja diferentes correntes dentro dos partidos. Participação e flexibilidade no voto – Outro aspecto que diferencia as eleições nos Estados Unidos é a flexibilidade do voto, que pode ser realizado de diferentes formas. Dependendo do estado, os eleitores podem votar semanas antes do dia oficial, e em muitos casos, têm a opção de enviar seus votos pelo correio. Essa prática permite maior participação, embora o voto não seja obrigatório para os americanos. Nas eleições de 2020, por exemplo, aproximadamente 62,8% da população compareceu às urnas, com mais de 158 milhões de pessoas participando do pleito entre Joe Biden e Donald Trump

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Venezuela acusa Itamaraty de se fazer de vítima e escala tensão com Brasil

A crise diplomática entre o governo do presidente Lula e o regime de Nicolás Maduro, da Venezuela, ganhou mais um episódio neste sábado (2). Em comunicado oficial, o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela acusou o Itamaraty de “posar de vítima” e de promover uma “agressão descarada e grosseira” contra Maduro e as instituições venezuelanas. Segundo o governo venezuelano, o Brasil estaria realizando uma “campanha sistemática” que desrespeita os princípios da Carta da ONU. O comunicado veio em resposta à nota emitida pelo Itamaraty na sexta-feira (1), após a Venezuela ter intensificado críticas ao Brasil desde que foi vetada de se tornar parceira do Brics, com apoio da Rússia. O país justificou o veto afirmando que uma parceria com a Venezuela exigiria diálogo franco e respeito mútuo, o que não estaria sendo demonstrado. O governo venezuelano reiterou que o Itamaraty deveria “desistir de se imiscuir em temas que só competem aos venezuelanos” e adotar uma postura “profissional e respeitosa”, seguindo o exemplo da política externa venezuelana. A declaração do Itamaraty, por sua vez, enfatizou “o tom ofensivo de autoridades venezuelanas” e criticou o uso de ataques pessoais em vez de canais diplomáticos adequados. Desde o veto à entrada da Venezuela no Brics, a relação entre os países se deteriorou. Em setembro, Maduro acusou o Itamaraty de agir em cooperação com o Departamento de Estado dos Estados Unidos e chegou a chamar um diplomata brasileiro de “fascista” em resposta ao bloqueio do Brasil. Em retaliação, o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela convocou seu embaixador em Brasília para consultas, medida diplomática que sinaliza uma insatisfação significativa e um possível início de rompimento nas relações bilaterais. A crise se intensificou quando a Polícia Nacional Bolivariana, sob controle do governo chavista, publicou em suas redes sociais uma imagem da silhueta do presidente Lula e a bandeira do Brasil acompanhada da mensagem de que Caracas “não aceita chantagens de ninguém”. A publicação foi deletada pouco depois, mas o gesto foi visto como um ataque direto ao Brasil. A tentativa da Venezuela de se tornar parceira do Brics foi apoiada pela Rússia, mas barrada pela delegação brasileira. O presidente Vladimir Putin chegou a afirmar que a adesão só ocorreria com o aval do Brasil. Essa decisão foi um dos pontos centrais para o aumento da tensão, levando Maduro a fazer duras críticas ao governo brasileiro

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Israel anuncia ataques ao Irã e abre guerra regional no Oriente Médio

As Forças de Defesa de Israel realizaram ataques contra alvos na capital iraniana, Teerã As Forças de Defesa de Israel (FDI) disseram nesta sexta-feira (25) que conduziram ataques a alvos militares no Irã em resposta ao ataque de 1º de outubro. As FDI confirmaram em postagem na rede social X nesta que “estão conduzindo ataques precisos contra alvos militares no Irã” em resposta aos recentes ataques militares de Teerã. Tel Aviv ainda ameaçou lançar uma ofensiva mais ampla. “Nossas capacidades defensivas e ofensivas estão totalmente mobilizadas. Faremos tudo o que for necessário para defender o Estado de Israel e o povo de Israel”, diz a postagem. A rádio israelense informou que dezenas de caças estão participando de ataques a alvos em Teerã, Mashhad e a uma estação de energia em Karaj, segundo a RT. O ataque israelense a Teerã mirou um quartel e depósito de armas, disse a NBC News citando dois altos funcionários árabes. Israel atacou várias bases militares no oeste e sudoeste de Teerã, segundo a agência de notícias Fars. Os sons de várias explosões foram ouvidos na capital iraniana, informou a Fars mais cedo nesta sexta-feira. Os aeroportos de Teerã operam normalmente, segundo a agência de notícias SNN, em meio a relatos de atividade de defesa aérea perto da capital iraniana. Apesar dos sons de explosões na região oeste de Teerã e dos vídeos de explosões supostamente ocorrendo na capital iraniana em circulação nas redes sociais, a situação em Teerã é normal, segundo a agência de notícias iraniana Tasnim. A TV estatal iraniana, citando uma fonte de segurança iraniana, informou que os sons de explosões perto de Teerã foram causados pelo acionamento de sistemas de defesa aérea. A CBS News informou que o ataque israelense ao Irã foi limitado a alvos militares, não atingindo instalações nucleares ou de petróleo. No dia 1º de outubro, o Irã lançou um ataque massivo de mísseis contra Israel pela segunda vez na história dos países, declarando ser um ato de autodefesa. Segundo o exército israelense, aproximadamente 180 mísseis balísticos foram disparados, dos quais a maioria foi interceptada. As autoridades israelenses informaram que o ataque não causou vítimas entre os cidadãos israelenses, embora algumas fontes tenham relatado a morte de uma pessoa, possivelmente um palestino da Faixa de Gaza, na Cisjordânia. Os iranianos alegaram que os mísseis atingiram alvos militares israelenses, enquanto Israel classificou os danos como “mínimos” e prometeu retaliar. (Com informações da Sputnik)

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Kamala tem vantagem de 46% a 43% sobre Trump em meio ao pessimismo dos eleitores

Vantagem de Kamala sobre Trump pode não ser suficiente para vencer a eleição. Pesquisas mostram que os candidatos estão empatados nos estados decisivos Reuters – A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, do Partido Democrata, mantinha uma leve vantagem de 46% a 43% sobre o ex-presidente republicano Donald Trump, com um eleitorado desanimado dizendo que o país está no caminho errado, segundo uma nova pesquisa da Reuters/Ipsos. A vantagem de Harris na pesquisa de seis dias, que foi concluída na segunda-feira, diferiu pouco de sua vantagem de 45% a 42% sobre Trump em uma pesquisa anterior realizada pela Reuters/Ipsos na semana anterior, reforçando a visão de que a disputa está extremamente acirrada com apenas duas semanas restantes até a eleição de 5 de novembro. Ambas as pesquisas mostraram Harris com uma liderança dentro da margem de erro, com a pesquisa mais recente mostrando uma vantagem de apenas 2 pontos percentuais quando os números não são arredondados. A nova pesquisa também revelou que os eleitores têm uma visão negativa sobre a economia e a imigração, favorecendo em geral a abordagem de Trump nessas questões. Cerca de 70% dos eleitores registrados disseram que o custo de vida está no caminho errado, enquanto 60% afirmaram que a economia está indo na direção errada, e 65% disseram o mesmo sobre a política de imigração. Os eleitores também classificaram a economia, a imigração e as ameaças à democracia como os problemas mais importantes do país. Quando perguntados qual candidato tem a melhor abordagem para esses temas, Trump liderou na economia — 46% a 38% — e na imigração, com 48% a 35%. A imigração também foi considerada a principal questão que o próximo presidente deveria focar nos primeiros 100 dias de mandato, com 35% dos entrevistados mencionando o tema, seguidos por 11% que citaram desigualdade de renda, e outros 10% mencionaram saúde e impostos. No entanto, Trump teve um desempenho ruim na questão de quem seria melhor para lidar com o extremismo político e as ameaças à democracia, com Harris liderando 42% a 35%. Ela também liderou nas políticas de aborto e saúde. Disputa extremamente acirrada – A vantagem de Harris sobre Trump pode não ser suficiente para vencer a eleição, mesmo que se mantenha até 5 de novembro. Pesquisas nacionais, incluindo as da Reuters/Ipsos, fornecem sinais importantes sobre a opinião do eleitorado, mas os resultados por estado no Colégio Eleitoral é que determinam o vencedor, sendo que sete estados-chave provavelmente serão decisivos. Trump derrotou a democrata Hillary Clinton na eleição de 2016, vencendo no Colégio Eleitoral, embora ela tenha conquistado o voto popular nacional por 2 pontos. As pesquisas mostram que Harris e Trump estão praticamente empatados nesses estados decisivos. A pesquisa sugeriu que os eleitores — particularmente os democratas — podem estar mais entusiasmados com a eleição deste ano do que estavam antes da eleição presidencial de novembro de 2020, quando o democrata Joe Biden derrotou Trump. Cerca de 79% dos eleitores registrados na pesquisa — incluindo 87% dos democratas e 84% dos republicanos — disseram estar “completamente certos” de que votarão na eleição presidencial. A proporção de eleitores certos de votar aumentou em relação aos 74% observados em uma pesquisa da Reuters/Ipsos realizada de 23 a 27 de outubro de 2020, quando 74% dos democratas e 79% dos republicanos disseram estar certos de que votariam. A nova pesquisa teve uma margem de erro de 2 pontos percentuais. Harris entrou na disputa em julho, depois que Biden encerrou sua campanha de reeleição após um fraco desempenho em um debate contra Trump em junho. Na época, Trump era amplamente visto como o favorito, em parte devido à sua percepção de força na economia após vários anos de alta inflação durante a administração Biden, que tem diminuído nos últimos meses. Dada a proximidade da disputa, os esforços dos candidatos para garantir que seus apoiadores realmente votem provavelmente serão cruciais para determinar o vencedor. Apenas dois terços dos adultos nos EUA votaram na eleição de novembro de 2020, o que representou a maior participação em mais de um século, segundo estimativas do Censo dos EUA e do Pew Research Center. Cerca de um terço dos eleitores registrados são democratas e um terço republicanos, com o restante sendo independentes ou partidários de terceiros, de acordo com uma estimativa do Pew Research. A pesquisa mais recente da Reuters/Ipsos entrevistou 4.129 adultos dos EUA online, em todo o país, incluindo 3.481 eleitores registrados. Cerca de 3.307 dos entrevistados foram considerados os mais propensos a votar no dia da eleição. Entre esses eleitores, Harris tinha uma vantagem de 3 pontos percentuais sobre Trump, 48% a 45%.

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Lula sofre acidente sem gravidade e participará de Cúpula do Brics por videoconferência

Presidente estava com viagem programada à Rússia para este domingo (20). Mas, após ter se ferido em acidente doméstico, foi orientado a não realizar viagens áreas longas O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sofreu um acidente doméstico neste sábado (19), que resultou em um ferimento sem gravidade na região da nuca. Devido ao ocorrido, o presidente participará da reunião da Cúpula dos Brics por videoconferência. Lula embarcaria no final da tarde deste domingo (20) para a Rússia, que sediará o encontro na cidade de Kazan entre os dias 22 e 24, mas por conta do ferimento, foi orientado pelo seu médico, o cardiologista Roberto Kalil Filho, a não realizar viagens aéreas de longa distância. Após sofrer o acidente, Lula foi atendido no hospital Sírio-Libanês. “O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu entrada no Hospital Sírio-Libanês – unidade Brasília, em 19/10/2024, após acidente doméstico, com ferimento corto-contuso em região occipital”, explicou o boletim assinado pelos diretores do hospital Rafael Gadia e Luiza Dib. Ainda segundo o comunicado, após avaliação da equipe médica, Lula foi “orientado evitar viagem aérea de longa distância, podendo exercer suas demais atividades. Permanece sob acompanhamento de equipe médica, aos cuidados do Prof. Dr Roberto Kalil Filho e Dra Ana Helena Germoglio”. Cúpula O principal tema da reunião de Kazan é a criação da categoria de países parceiros. Durante a cúpula, os líderes dos atuais dez países membros discutirão, ainda, temas globais como a crise do Oriente Médio, operação política e financeira dentro do bloco, além de receberem relatórios sobre os trabalhos do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), do Conselho Empresarial do Brics e da Aliança Empresarial das Mulheres. O encontro do Brics prevê ainda uma declaração intitulada “Fortalecendo o Multilateralismo para o Desenvolvimento Global Justo e Seguro”. O documento abrange os avanços alcançados durante negociações setoriais. No segmento com convidados, por sua vez, estão previstas discussões sobre questões internacionais de cooperação para o desenvolvimento sustentável e inclusivo. Atualmente, o Brics é formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Etiópia. Essa será a primeira cúpula do Brics com a participação dos cinco novos membros que ingressaram no bloco este ano: Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Etiópia. O Brasil assumirá a presidência do Brics em 1º de janeiro de 2025.

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Petro enfrenta intento de golpe na Colômbia – Por José Reinaldo Carvalho

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, logo depois de completar dois anos à frente do governo, está enfrentando, desde o mês de setembro, uma batalha contra manobras do Conselho Nacional Eleitoral, que ele define como uma tentativa de golpe de Estado. Do site Resistência Há várias semanas, o presidente de centro-esquerda denuncia que a investigação realizada pelo órgão eleitoral para apurar supostas irregularidades na arrecadação de fundos de campanha é uma ação política que visa a afastá-lo do poder antes de 7 de agosto de 2026, quando seu mandato termina. Petro tem apelado à solidariedade internacional e à mobilização popular para defender seu mandato. De acordo com Petro e seu entorno, a investigação realizada pelo Conselho Nacional Eleitoral faz parte de uma estratégia de guerra jurídica politizada, a mesma usada pela oposição de direita para enfraquecer governos populares na região, uma prática semelhante ao que ocorreu com líderes como Lula, Dilma Rousseff, Cristina Fernández de Kirchner, Evo Morales e líderes da Revolução Cidadã do Equador, Rafael Correa e Jorge Glas. Desde que assumiu em 2022, Petro já denunciou em pelo menos quatro ocasiões diversas vezes tentativas de golpe ou desestabilização de seu governo. Petro é o primeiro presidente de esquerda do país em mais de um século, razão pela qual seu governo tem enfrentado resistência significativa das classes dominantes e dos setores políticos reacionários. A opinião pública encontra-se dividida quanto à natureza da crise. Segundo sondagens, 44,8% dos colombianos acreditam que há setores tentando derrubar Petro, enquanto 39,5% acham que ele está exagerando ao caracterizar a existência de uma tentativa de golpe. Este cenário decorre de uma avaliação momentaneamente negativa de seu governo, apontada em outras pesquisas de opinião pública, segundo as quais 58,3% desaprovam sua gestão, num cenário de baixo crescimento econômico, denúncias de corrupção e poucos resultados das políticas sociais. A investigação do Conselho Nacional Eleitoral por fatos supostamente ocorridos antes da sua investidura presidencial não pode por si mesma resultar na interrupção do seu mandato. O CNE é um órgão administrativo e pode investigar campanhas eleitorais. No entanto, o resultado dessas investigações não pode recair sobre um presidente em exercício, mas apenas sobre o partido político do mandatário e organizadores da campanha. De acordo com o regramento jurídico do país, quem tem o poder de destituir um presidente na Colômbia são a Câmara dos Deputados e o Senado. Mas tudo indica que a ação do Conselho Eleitoral foi preparada por encomenda para criar um ambiente político e ser, uma vez concluídos os resultados, transformada num processo no âmbito do Parlamento, este sim com poderes para em algum grau condenar o presidente. Petro tem obtido a solidariedade de líderes regionais, como Nicolás Maduro (Venezuela), Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil) e Luis Arce (Bolívia). Esse apoio de governantes de centro-esquerda sul-americanos lhe dá fôlego para continuar a batalha e completar seu mandato com êxito. E continua buscando reforçar sua identidade progressista apostando no êxito da pacificação do país com as guerrilhas remanescentes, defendendo reformas sociais e, em alguns aspectos reforçando uma política externa combativa, principalmente na questão palestina, ao condenar o genocídio e romper relações com Israel. A ofensiva desestabilizadora conduzida por setores da direita prossegue e ainda está em aberto qual será seu resultado. Mas Petro mostra resiliência e não se cala diante do que considera denúncias inconsistentes, como são também outras campanhas que buscam manchar sua imagem como governante corrupto, que ele contra-ataca afirmando que são parte do lawfare e “golpe suave”, estratégica típica das forças de direita na América Latina. Petro continua acreditando que é capaz de mobilizar o povo e fazer dessa mobilização o fator decisivo em sua defesa. Para isso conta com uma rede difusa de movimentos sociais que não querem o retrocesso antidemocrático e antissocial no país. De acordo com os movimentos populares, essas políticas incomodam as elites dominantes e os partidos conservadores. Petro propõe três reformas para reestruturar o Estado colombiano: no sistema de pensões, na saúde e uma reforma tributária. Aumentar o imposto sobre grandes fortunas e universalizar a saúde e as aposentadorias passaram a ser as principais mudanças que o governo tenta impulsionar no país. * José Reinaldo Carvalho é jornalista, editor do Resistência, membro do Comitê Central e da Comissão Política Nacional do PCdoB, onde coordena a área de Solidariedade e Paz. É presidente do Cebrapaz (Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz).

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