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“Venezuela está pronta para se defender contra ameaças”, diz Maduro

O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, afirmou que o país está pronto para o combate após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dizer que as operações terrestres contra os venezuelanos devem iniciar em breve.  “Neste ano de 2025 nós estamos prontos, dispostos a dar resposta a qualquer agressão contra o povo da Venezuela, contra sua soberania, contra sua integridade territorial, e a Aviação Militar Bolivariana sabe que tem de golpear duro, onde tiver de golpear, e vencer”, disse o chefe da pasta.  “Não cometam o erro de atacar a Venezuela”, acrescentou. “Estamos dispostos a fazer qualquer coisa, a lutar, a morrer, mas nunca morreremos, vamos viver e vamos vencer.” Padrino López também deu um recado aos governos da região que, em suas palavras, “se prestam ao jogo imperialista”. “Digo a esses chefes de governo pararem de agir contra o sentimento de seus povos, os povos da América Latina e do Caribe não querem guerra, querem paz, desenvolvimento e emergir no novo mundo que está nascendo, de igualdade e respeito entre as nações”, afirmou. A declaração pode ter sido direcionada à República Dominicana que, na quarta-feira (26), autorizou o uso de seu principal aeroporto pelos EUA. Nesta quinta-feira (27), Donald Trump, que utiliza o combate ao narcotráfico como justificativa para os ataques, afirmou que as ofensivas terrestres devem começar “muito em breve”. “Detivemos quase 85% [das drogas] por mar e também começaremos a detê-los por terra. Por terra é mais fácil, mas isso começará muito em breve”, disse o republicano durante uma conferência online para os militares estadunidenses por ocasião do Dia de Ação de Graças. O presidente agradeceu aos agentes de segurança que têm atuado na costa do Caribe, para onde já foram enviados oito navios de guerra, caças F-35 e o porta-aviões Gerald Ford, o maior do mundo. Até o momento, as tropas dos EUA já mataram pelo menos 83 pessoas que supostamente trabalhavam para o narcotráfico. No entanto, a Casa Branca ainda não deu nenhuma garantia da relação entre os mortos e cartéis de drogas. No início da semana, Washington incluiu o suposto Cartel de los Soles na lista de organizações terroristas dos Estados Unidos e classificou o presidente venezuelano como o chefe da organização, que enviaria drogas aos Estados Unidos. A Venezuela, por sua vez, diz que o Cartel é uma “invenção dos EUA” e acusa Donald Trump de forçar uma mudança de regime na região.

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Suspeito de ataque em Washington trabalhou com a CIA e o Exército dos EUA no Afeganistão

O imigrante afegão suspeito de ter atirado em dois soldados da Guarda Nacional dos Estados Unidos perto da Casa Branca trabalhou para o Exército dos EUA e para a Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) em Kandar, noAfeganistão. Segundo o diretor da CIA, John Ratcliffe, antes de sua chegada aos Estados Unidos, em 2021, o suspeito trabalhou com o governo americano, incluindo a CIA, “como membro de uma força parceira em Kandahar”, no Afeganistão. Ratcliffe não especificou qual era o trabalho de Lakamal, mas afirmou que a relação “terminou logo após a evacuação caótica” dos militares americanos do Afeganistão. Segundo a imprensa americana, ele solicitou asilo em 2024, durante o governo do presidente Joe Biden. O pedido foi aceito em abril de 2025 pelo governo de Donald Trump. Em entrevista à “Fox News”, o diretor da CIA disse que Lakanwal foi aceito nos EUA por conta de sua contribuição ao governo americano como integrante de uma força de segurança parceira da CIA na região afegã de Kandar, onde os EUA. A TV americana citou ainda que o suspeito “tinha uma relação prévia com várias entidades do governo dos EUA”. Trump confirmou que o suspeito chegou ao país em setembro de 2021, quando as tropas americanas deixaram o Afeganistão. As forças dos Estados Unidos atuaram no território afegão durante cerca de 20 anos, entre outubro de 2001 e agosto de 2021, em resposta aos ataques terroristas de 11 de setembro.

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Mundo

Trump recua, Lula avança — e Bolsonaro assiste da arquibancada da PF

Em artigo publicado nesta terça, na Veja, Matheus Leitão, liga vitória da diplomacia brasileira e ocaso de Bolsonaro. Segundo ele, a repercussão do The New York Times sobre a derrota de Donald Trump numa queda de braço com o Brasil não é um detalhe. “É um daqueles episódios que expõem, de maneira quase didática, como a diplomacia pode virar o jogo quando aplicada com método — e quando o adversário subestima o tabuleiro”, escreve. “Como lembrou o jornal, Washington tentou pressionar Lula para aliviar a barra de Jair Bolsonaro, investigado por tentativa de golpe. Pressionou forte. Mandou carta dura. Reclamou. Fez ameaças usando o comércio. E o governo brasileiro, em vez de procurar a porta de saída mais próxima, manteve a posição, negociou nos bastidores e deixou Lula usar sua lábia política com o presidente dos Estados Unidos. Resultado: meses depois, quem cedeu foi Trump. As tarifas caíram, a retaliação murchou e o Brasil saiu maior do que entrou na briga. Nenhum desses movimentos foi anunciado primeiramente em palanque. E talvez por isso mesmo funcionaram”, intui. “A ironia do episódio é que Bolsonaro, que sempre tratou Trump como farol moral, bússola espiritual e eventual fiador jurídico (risos), agora observa tudo da arquibancada da Polícia Federal. Preso preventivamente, o ex-presidente assiste à cena mais improvável da última década: seu ídolo sendo obrigado a ler sobre um revés diplomático diante justamente de Lula — o inimigo que ele sempre tentou desumanizar…” E completa: “Isso não é nada trivial. Ao recuar, Trump sinaliza que o Brasil de hoje possui peso suficiente para exigir renegociação, que Washington não pode mais simplesmente atropelar decisões internas do país e que a intimidação comercial deixou de render dividendos automáticos. E esse reconhecimento, vindo de quem vem, dói em Bolsonaro tanto quanto alguns despachos judiciais. e que a intimidação comercial deixou de render dividendos automáticos. E esse reconhecimento, vindo de quem vem, dói em Bolsonaro tanto quanto alguns despachos judiciais. Lula operou no estilo que domina: fala brava para o público interno e pragmatismo silencioso na mesa de negociação. Não rompeu, não bateu porta — fez o que sabe fazer. Enquanto parte da classe política apostava que o Brasil se encolheria, o presidente percebeu que poderia crescer em meio a adversidades. Uma aula que, ao que tudo indica, Bolsonaro terá bastante tempo refletir — da arquibancada cativa da PF em Brasília”.

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Meio Ambiente

Cúpula de Líderes da COP30 aprova declaração sobre fome, pobreza e ação climática

Documento apoiado por 43 países e União Europeia alerta para o fato de que o impacto adverso das mudanças climáticas é desigual e atinge com mais força os mais vulneráveis A Cúpula de Líderes da COP30 aprovou, nesta sexta-feira (7), a Declaração de Belém sobre Fome, Pobreza e Ação Climática Centrada nas Pessoas, com o apoio de 43 países e da União Europeia. Tendo como base a visão do governo brasileiro sobre o combate a esses males, o documento alerta para o fato de que o impacto adverso das mudanças climáticas, embora afete a todos, é desigual e atinge com mais força os mais vulneráveis. Partindo desse pressuposto, a declaração reforça a importância de que os países continuem investindo na mitigação dos efeitos da crise ambiental, mas com foco especial nas medidas de adaptação climática centradas no ser humano, como a proteção social adaptativa, seguros-safra e outros instrumentos que promovam a resiliência dos pequenos produtores rurais às mudanças climáticas. Ao mesmo tempo, defende que o financiamento climático também invista em projetos que gerem oportunidades, empregos e meios de subsistência para agricultores familiares, comunidades tradicionais e povos da floresta, reforçando o entendimento de que o financiamento climático deve priorizar soluções centradas nas pessoas. No mesmo dia, também foram aprovados outros documentos para nortear as ações dos países signatários nos próximos anos. Um deles foi a Declaração de Belém sobre o Combate ao Racismo Ambiental, que busca fomentar o diálogo internacional sobre a interseção entre igualdade racial, meio ambiente e clima. Também foram aprovadas a Declaração sobre a Coalizão Aberta de Mercados Regulados de Carbono e o Compromisso de Belém pelos Combustíveis Sustentáveis, que pretende somar esforços para quadruplicar a produção e o uso de combustíveis sustentáveis até 2035. Fome, Pobreza e Ação Climática A Declaração de Belém sobre Fome, Pobreza e Ação Climática Centrada nas Pessoas — uma das mais abrangentes e impactantes entre os documentos aprovados — reforça que “a mudança do clima, a degradação ambiental e a perda da biodiversidade já estão agravando a fome, a pobreza e a insegurança alimentar, comprometendo o acesso à água, piorando os indicadores de saúde e aumentando a mortalidade, aprofundando desigualdades e ameaçando meios de subsistência, com impactos desproporcionais sobre pessoas já pobres ou em situação de vulnerabilidade”. Nesse sentido, se compromete a “colocar os impactos desiguais da mudança do clima no centro da nossa resposta, em consonância com o princípio da UNFCCC (Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima) de dar plena consideração às necessidades específicas e às circunstâncias especiais dos países em desenvolvimento, em especial os mais vulneráveis”. O documento aponta que os signatários trabalharão, entre outros pontos, para “expandir sistemas de proteção social e assistência emergencial adaptados às mudanças do clima; integrar os sistemas de proteção social com alertas antecipados, preparação para desastres, ações antecipatórias, respostas a perdas e danos, bem como com os setores de recursos naturais e meio ambiente e conectar a proteção social com intervenções em nutrição, alimentação escolar, meios de subsistência, saúde, extensão agrícola e educação, promovendo a resiliência de longo prazo e a adaptação frente a impactos climáticos adversos”. Quanto aos produtores rurais, a declaração se compromete a “ampliar soluções que permitam que famílias em situação de vulnerabilidade climática e pequenos produtores em áreas rurais gerenciem riscos climáticos, aumentem sua resiliência e reduzam vulnerabilidades — incluindo seguros, garantias, mecanismos de redução de riscos, proteção social vinculada à produção e financiamento para evitar, minimizar e enfrentar perdas e danos”. Também defende a expansão do acesso das populações mais vulneráveis em áreas rurais “a infraestrutura e serviços resilientes ao clima, como acesso seguro à água e saneamento, irrigação inteligente e eficiente, gestão de secas e enchentes, energia sustentável, instrumentos financeiros adequados, capacitação, informações de mercado, ferramentas e serviços de assistência técnica e extensão rural”. A declaração ainda se compromete a “desenvolver, implementar e ampliar soluções inclusivas e sustentáveis, incluindo modelos diversificados de agroflorestas, que gerem empregos decentes e meios de vida sustentáveis para as populações locais; expandir alternativas sustentáveis de subsistência por meio da bioeconomia, agroflorestas, serviços rurais, ecoturismo, restauração e conservação de terras e ecossistemas; apoiar o desenvolvimento do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) e incentivar ações climáticas e projetos de financiamento climático e proteger os direitos de propriedade sobre florestas e outros direitos dos Povos Indígenas e comunidades locais”. Para ler a íntegra da declaração, clique aqui.

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Caetano e Bethânia são indicados no Grammy 2026; veja a lista completa

Irmãos concorrem na categoria de melhor álbum de música global e são os únicos brasileiros indicados nesta edição da premiação O Grammy anunciou, nesta sexta-feira (7/11), as indicações para a sua 68ª edição, que acontece em 1º de fevereiro do ano que vem. O prêmio mais importante da indústria musical americana, da Academia de Gravação, destaca nomes como Lady Gaga, com o álbum “Mayhem”; Bad Bunny, por “Debí Tirar Más Fotos”; Sabrina Carpenter, pelo badalado “Man’s Best Friend”; além de Kendrick Lamar, com o disco “GNX”, nas principais categorias -dentre eles, álbum, música e gravação do ano. Lamar, que levou cinco troféus na edição anterior do Grammy, é o com mais indicações ao todo, com nove menções. Depois dele vem Lady Gaga, com sete, superando o recorde de indicações dela, em 2010, quando concorreu a seis gramofones. A diva pop está empatada com os produtores Jack Antonoff e Cirkut. Depois, todos com seis indicações, estão Sabrina Carpenter, Serban Ghenea, Bad Bunny e Leon Thomas. O disco “Caetano e Bethânia Ao Vivo”, registro da turnê mais recente dos irmãos Caetano Veloso e Maria Bethânia, foi indicado na categoria de melhor álbum de música global. Os baianos disputam com nomes como o nigeriano Burna Boy, a indiana Siddhant Bhatia e a britânica indiana Anoushka Shankar. Lista dos indicados às principais categorias do Grammy 2026: GRAVAÇÃO DO ANO – Abracadabra – Lady Gaga – Anxiety – Doechii – APT. – ROSÉ, Bruno Mars – DtMF ? Bad Bunny – Manchild – Sabrina Carpenter – WILDFLOWER – Billie Eilish – luther – Kendrick Lamar & SZA – The Subway – Chappell Roan ÁLBUM DO ANO – SWAG – Justin Bieber – MAYHEM – Lady Gaga – DeBÍ TiRAR MáS FOToS – Bad Bunny – Man’s Best Friend – Sabrina Carpenter – Let God Sort Em Out – Clipse, Pusha T & Malice – GNX – Kendrick Lamar – MUTT – Leon Thomas – CHROMAKOPIA – Tyler, The Creator MÚSICA DO ANO – Golden – HUNTR/X: EJAE, Audrey Nuna, REI AMI – APT. – ROSÉ, Bruno Mars – Abracadabra – Lady Gaga – Anxiety – Doechii – DtMF – Bad Bunny – luther – Kendrick Lamar & SZA – Manchild – Sabrina Carpenter – WILDFLOWER – Billie Eilish ARTISTA REVELAÇÃO – Olivia Dean – KATSEYE – The Marias – Addison Rae – sombr – Leon Thomas – Alex Warren – Lola Young MELHOR GRAVAÇÃO DANCE/ELETRÔNICA – No Cap – Disclosure & Anderson .Paak – Victory Lap – Fred again.., Skepta, & PlaqueBoyMax – SPACE INVADER – KAYTRANADA – VOLTAGE – Skrillex – End Of Summer – Tame Impala MELHOR ÁLBUM DE ROCK – private music – Deftones – I quit – HAIM – From Zero – Linkin Park – NEVER ENOUGH – Turnstile – Idols – YUNGBLUD MELHOR MÚSICA DE ROCK – As Alive As You Need Me To Be (Nine Inch Nails) – Caramel (Sleep Token) – Glum (Hayley Williams) – NEVER ENOUGH (Turnstile) – Zombie (YUNGBLUD) MELHOR ÁLBUM DE RAP – Clipse: Let God Sort Em Out – GloRilla: GLORIOUS – JID: God Does Like Ugly – Kendrick Lamar: GNX – Tyler, the Creator: CHROMAKOPIA MELHOR MÚSICA DE RAP – Anxiety – Doechii – The Birds Don’t Sing – Clipse, Pusha T & Malice and John Legend & Voices Of Fire – Sticky – Tyler, The Creator, GloRilla, Sexyy Red & Lil Wayne – TGIF – GloRilla – tv off – Kendrick Lamar and Lefty Gunplay MELHOR PERFORMANCE DE RAP – Outside – Cardi B – Chains & Whips – Clipse, Pusha T & Malice, Kendrick Lamar & Pharrell Williams – Anxiety – Doechii – tv off – Kendrick Lamar and Lefty Gunplay – Darling, I – Tyler, The Creator and Teezo Touchdown MELHOR MÚSICA DE R&B – Folded – Kehlani – Heart Of A Woman – Summer Walker – It Depends – Chris Brown & Bryson Tiller – Overqualified – Durand Bernarr – YES IT IS – Leon Thomas MELHOR PERFORMANCE DE R&B – YUKON – Justin Bieber – It Depends – Chris Brown & Bryson Tiller – Folded – Kehlani   – MUTT (Live From NPR’s Tiny Desk) – Leon Thomas – Heart Of A Woman – Summer Walker MELHOR PERFORMANCE DE POP SOLO – Justin Bieber: “DAISIES” – Sabrina Carpenter: “Manchild” – Lady Gaga: “Disease” – Chappell Roan: “The Subway” – Lola Young: “Messy” MELHOR ÁLBUM POP VOCAL – SWAG – Justin Bieber – Man’s Best Friend – Sabrina Carpenter – Something Beautiful – Miley Cyrus – MAYHEM – Lady Gaga – I’ve Tried Everything But Therapy (Part 2) – Teddy Swims MELHOR GRAVAÇÃO DE DANCE POP – Midnight Sun – Zara Larsson – Illegal – PinkPantheress – Bluest Flame – Selena Gomez & benny blanco – Abracadabra – Lady Gaga – Just Keep Watching (From F1® The Movie) – Tate McRae MELHOR ÁLBUM POP VOCAL TRADICIONAL – Harlequin – Lady Gaga – A Matter Of Time – Laufey – Wintersongs – Laila Biali – The Gift Of Love – Jennifer Hudson – Who Believes In Angels? – Elton John & Brandi Carlile – The Secret Of Life: Partners, Volume 2 – Barbra Streisand MELHOR PERFORMANCE DE MÚSICA ALTERNATIVA – Everything Is Peaceful Love Bon Iver – Alone – The Cure – SEEIN’ STARS – Turnstile – mangetout – Wet Leg – Parachute – Hayley Williams MELHOR ÁLBUM DE MÚSICA ALTERNATIVA – DON’T TAP THE GLASS – Tyler, The Creator – Ego Death At A Bachelorette Party – Hayley Williams – SABLE, fABLE – Bon Iver – Songs Of A Lost World – The Cure – moisturizer – Wet Leg PRODUTOR DO ANO, NÃO-CLÁSSICO – Dan Auerbach – Cirkut – Dijon – Blake Mills – Sounwave COMPOSITOR DO ANO, NÃO-CLÁSSICO – Amy Allen – Edgar Barrera – Jessie Jo Dillon – Tobias Jesso Jr. – Laura Veltz MELHOR ÁLBUM DE MÚSICA GLOBAL – Caetano e Bethânia Ao Vivo – Caetano Veloso And Maria Bethânia – No Sign of Weakness – Burna Boy – Sounds Of Kumbha- Siddhant Bhatia –

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ONU condena chacina de Cláudio Castro no Rio de Janeiro

Alto Comissariado de Direitos Humanos pede investigação imediata e entidades denunciam política de confronto A Organização das Nações Unidas (ONU) condenou o massacre ocorrido no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, após a operação policial mais letal da história do estado, que deixou ao menos 136 mortos. O balanço foi divulgado pela Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, após moradores retirarem 72 corpos de uma área de mata na manhã desta quarta-feira (29). A ação, conduzida sob o governo de Cláudio Castro, provocou indignação dentro e fora do país. Os corpos foram levados até a Praça São Lucas, na Estrada João Lucas, onde lonas foram estendidas para comportar as vítimas. Segundo testemunhas, os mortos foram encontrados na Serra da Misericórdia, principal ponto de confronto da operação, e em uma segunda área conhecida como Vacaria, onde ainda há relatos de cadáveres. O ativista Raull Santiago, que ajudou na remoção dos corpos, relatou nas redes sociais a dimensão da tragédia: “Mais lonas foram esticadas para dar conta dos corpos que estão sendo encontrados”, escreveu, compartilhando imagens da cena. Quatro policiais estão entre as vítimas Entre os mortos estão quatro policiais, e outros nove ficaram feridos nos tiroteios. A operação, segundo as autoridades fluminenses, tinha como objetivo o cumprimento de 100 mandados de prisão contra integrantes do Comando Vermelho, principal facção criminosa do Rio. O principal alvo seria Edgar Alves de Andrade, o Doca, apontado como líder da organização nas ruas. Diante da escalada da violência, o Disque Denúncia anunciou recompensa de R$ 100 mil por informações sobre o seu paradeiro — o maior valor desde o caso de Fernandinho Beira-Mar, preso pela primeira vez em 2001. Reação internacional e cobranças da ONU A gravidade da operação repercutiu internacionalmente. O Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos publicou nota afirmando estar “horrorizado com a operação policial em andamento nas favelas do Rio de Janeiro” e exigiu investigações rápidas e eficazes sobre as mortes. O órgão também lembrou que o Brasil tem obrigações internacionais no campo dos direitos humanos e deve garantir responsabilização e reparação às vítimas. #Brazil: We are horrified by the ongoing police operation in favelas in Rio de Janeiro, reportedly already resulting in deaths of over 60 people, including 4 police officers. This deadly operation furthers the trend of extreme lethal consequences of police operations in Brazil’s… — UN Human Rights (@UNHumanRights) October 28, 2025 A ONG Human Rights Watch também condenou a política de segurança do estado: “O Rio precisa de uma nova política de segurança pública, que pare de estimular confrontos que vitimizam moradores e policiais”, afirmou a entidade. Governo federal reage e PEC da Segurança é antecipada No Brasil, a operação teve forte repercussão política. A Defensoria Pública denunciou abusos e violações cometidos durante a ação. Diante da gravidade da situação, o governo federal determinou o envio de uma comitiva ao Rio de Janeiro e o presidente Lula convocou uma reunião de emergência com a cúpula da segurança pública. Em resposta, a Câmara dos Deputados decidiu antecipar a análise da PEC da Segurança Pública, proposta que busca aprimorar a integração entre as forças federais e estaduais. O governador Cláudio Castro, por sua vez, pediu ao Ministério da Justiça o envio de dez líderes criminosos presos para penitenciárias de segurança máxima — solicitação que foi atendida. O massacre do Complexo da Penha expõe mais uma vez a falência da política de enfrentamento armado nas favelas e reacende o debate sobre o modelo de segurança adotado pelo governo do estado. As cobranças da ONU e de entidades de direitos humanos colocam o Rio de Janeiro sob forte pressão internacional, exigindo mudanças urgentes para interromper o ciclo de violência que há décadas vitima moradores e agentes públicos.

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Lula reafirma diplomacia ativa e busca suspender tarifaço dos EUA em encontro com Trump

Em Kuala Lumpur, presidente brasileiro adota tom conciliador, defende soberania nacional e propõe diálogo direto com Washington para resolver impasses comerciais e políticos O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou neste domingo (26) o papel do Brasil como ator diplomático propositivo ao se reunir por 50 minutos com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Kuala Lumpur, durante a 47ª Cúpula da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático). O encontro, inédito entre os dois líderes, marcou uma inflexão no clima de hostilidade entre Brasília e Washington após meses de atritos comerciais e sanções políticas. Com uma postura conciliadora, Lula buscou reposicionar o Brasil como interlocutor confiável, afirmando que “não há razão para desavenças com os Estados Unidos”. O presidente cobrou a suspensão imediata das tarifas de 50% impostas sobre produtos brasileiros e das sanções aplicadas a autoridades nacionais sob a chamada Lei Magnitsky. “Foi uma reunião franca e construtiva sobre a agenda comercial e econômica bilateral. As equipes dos dois países vão iniciar imediatamente as negociações para resolver as tarifas e sanções contra autoridades brasileiras”, afirmou Lula, destacando que a via diplomática deve prevalecer sobre o confronto. Proatividade e pragmatismo na defesa dos interesses nacionais A estratégia adotada pelo governo brasileiro reflete uma tradição da política externa lulista: combinar firmeza na defesa da soberania com pragmatismo econômico. Desde seu retorno ao Planalto, Lula tem buscado reconstruir pontes com parceiros estratégicos sem abrir mão da autonomia nacional. Ao abordar diretamente a questão tarifária, o presidente deixou claro que o Brasil não aceitará medidas punitivas unilaterais, mas tampouco deseja um rompimento. Segundo o chanceler Mauro Vieira, o diálogo abriu caminho para um “período de negociação bilateral imediata”, autorizado pelo próprio Trump ainda na noite de domingo. A decisão representa um avanço importante em meio à escalada de tensões iniciada após articulações do ex-deputado Eduardo Bolsonaro junto à Casa Branca, que resultaram nas tarifas e nas sanções contra autoridades brasileiras. Lula retoma protagonismo diplomático regional Além das questões comerciais, Lula também propôs atuar como mediador no diálogo entre Washington e Caracas, reafirmando o compromisso histórico do Brasil com a solução pacífica de controvérsias na América do Sul. O gesto reforça o esforço do governo brasileiro para restabelecer a credibilidade do país como potência diplomática regional, capaz de dialogar com todos os lados em um cenário geopolítico cada vez mais polarizado. “O Brasil quer ser parte das soluções, não dos conflitos”, disse o presidente, ao criticar a escalada militar norte-americana no Caribe e defender o respeito à soberania da Venezuela. Um novo capítulo na relação Brasil-EUA A reunião em Kuala Lumpur sinaliza um realinhamento entre Brasília e Washington após um período de desconfiança mútua. Ao insistir no diálogo direto, Lula recupera o papel que o Brasil exerceu em outros momentos de sua política externa: o de mediador e articulador de consensos, com ênfase na diplomacia presidencial e no multilateralismo. Mesmo diante de um interlocutor imprevisível como Donald Trump, o líder brasileiro conseguiu transformar um encontro cercado de tensões em uma oportunidade para reposicionar o país na cena internacional. Com tom sereno, foco em resultados concretos e discurso de cooperação, Lula reafirma sua marca diplomática: a de um Brasil altivo, disposto a negociar, mas sempre guiado pela defesa dos próprios interesses e pela busca de equilíbrio nas relações globais.

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Protestos contra Trump reúnem milhares de pessoas nas ruas dos EUA

Manifestantes em diversas cidades dos Estados Unidos protestaram contra as políticas de imigração, educação e segurança do governo de Donald Trump Milhares de pessoas foram às ruas dos Estados Unidos neste sábado (18) para protestar contra as políticas de imigração, educação e segurança do governo de Donald Trump. Há também registros de atos em diversas regiões da Europa. As manifestações ocorrem sob o lema “No Kings”, em uma clara crítica ao caráter autoritário do governo Trump, que tem se colocado como o “xerife do mundo” ao impor uma série de sanções a diferentes países. De acordo com informações da AFP, os organizadores das mobilizações estimam mais de 2.600 atos em todas as regiões dos EUA, com registros de marchas em Londres, Madri e Barcelona. As principais críticas dos manifestantes são voltadas às políticas de imigração, segurança, aos cortes de verbas para universidades e à presença da Guarda Nacional em grandes centros urbanos. Em Washington, os manifestantes se reuniram em torno do Cemitério Nacional de Arlington, próximo à área onde Trump planeja construir um arco monumental ligando o Memorial Lincoln à margem oposta do rio Potomac. Confira abaixo alguns registros das manifestações: No Kings Chicago pic.twitter.com/DOtjfcNh5G — Scott Dworkin (@funder) October 18, 2025 Happening now: Here’s a view of the “No Kings” protest in Washington, DC pic.twitter.com/dpKlbJQZoq — philip lewis (@Phil_Lewis_) October 18, 2025 Best NO KINGS DAY sign so far Chattanooga, Tennessee pic.twitter.com/k8JVMvyizF — Brian Krassenstein (@krassenstein) October 18, 2025 Atlanta No Kings rally. pic.twitter.com/FU3RG8Y6Q3 — Blue Georgia (@BlueATLGeorgia) October 18, 2025 This is Boston. Thousands of protesters gather for the No Kings rally Thank you pic.twitter.com/4VoibHrZCJ — Ron Smith (@Ronxyz00) October 18, 2025

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Trump cita o Brasil e elogia, ao lado de Milei, conversa com Lula

Presidente dos EUA voltou a afirmar que que teve “boa conversa” com Lula e criticou o BRICS em encontro com o presidente argentino Durante um almoço em Washington ao lado do presidente argentino, Javier Milei, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez referências ao Brasil e elogiou sua relação com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A reunião, segundo o G1, ocorreu no contexto da visita de Milei aos EUA em busca de apoio financeiro para socorrer a economia Argentina. Trump afirmou que decidiu apoiar a Argentina por considerar que o sucesso do país pode influenciar positivamente toda a região. “Se a Argentina for bem, outros vão seguir o exemplo. E muitos outros já estão seguindo”, disse. Em seguida, mencionou o Brasil. “E o Brasil, tive uma conversa muito boa com o presidente. Eu o encontrei nas Nações Unidas antes de subir para discursar “. A aproximação dos dois líderes ocorreu após um breve encontro na Assembleia-Geral da ONU, realizada em setembro, em Nova Iorque. Lula e Trump discutiram tarifas em conversa recente A relação entre Brasil e Estados Unidos voltou ao centro do debate após a ligação de 6 de outubro, quando Lula e Trump conversaram por cerca de 30 minutos. Segundo o governo brasileiro, Lula pediu a revisão das tarifas de 50% aplicadas sobre produtos nacionais, além de questionar sanções contra autoridades brasileiras ligadas ao julgamento de Jair Bolsonaro (PL). Trump, por sua vez, classificou a conversa como amistosa. “Nós nos conhecemos, gostamos um do outro e, sim, tivemos uma ótima conversa. Vamos começar a fazer negócios. (…) Em algum momento eu vou [para o Brasil], e ele [Lula] vai vir aqui… Nós conversamos sobre isso”, declarou. O presidente estadunidense também chamou Lula de “bom homem”. Expectativa de reunião presencial A expectativa é de que uma reunião entre os dois presidentes deve ocorrer em breve, com a Malásia surgindo como um dos locais mais prováveis para o encontro, à margem da cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), no final de outubro Relação bilateral entre atritos e aproximações As declarações de Trump contrastam com a fase recente de tensões diplomáticas. O presidente dos EUA vinha criticando o Brasil pelo que chamou de “caça às bruxas” contra Bolsonaro, enquanto Lula acusou Washington de impor “sanções arbitrárias” e agir como se buscasse ser o “imperador do mundo”. Trump ataca BRICS e defende o dólar Trump também voltou a criticar o grupo dos BRICS — formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul —, que segundo ele buscava enfraquecer o domínio do dólar. “Estão todos saindo dos BRICS. Era um ataque ao dólar. Eu disse: ‘querem jogar esse jogo? Vamos colocar tarifas sobre todos os produtos que entrarem nos Estados Unidos’. Eles disseram: ‘estamos fora dos BRICS’. E agora ninguém mais fala disso”, afirmou.

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