Na comissão, Vasques – que já havia mentido sobre emprego na Combat Armor Defense – disse que “o Nordeste e o Norte foram os locais em que a polícia menos realizou fiscalização (no segundo turno)”.

Dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) – obtidos pelo jornal O Globo via Lei de Acesso à Informação (LAI) – provam que o ex-diretor-geral da instituição, Silvinei Vasques, mentiu à CPMI dos Atos Golpistas quando falou das operações realizadas para abordagem de eleitores no segundo turno das eleições presidenciais em 2022.

Na comissão, Vasques – que já havia mentido sobre emprego na Combat Armor Defense – disse que “o Nordeste e o Norte foram os locais em que a polícia menos realizou fiscalização (no segundo turno). Onde mais se fiscalizou foi no Sudeste, depois no Sul e no Centro-Oeste” ao ser indagado sobre os bloqueios a eleitores em regiões onde Lula teve votação mais expressiva.

No entanto, os dados da própria PRF mostram que a cada 3 blitzes realizadas no país no dia 30 de outubro de 2022, uma foi no Nordeste, que reunia 17,6% da frota de veículos do Brasil. Mentir à CPMI pode levar à cadeia, mas o presidente da Comissão, Arthur Maia (União-BA) ignorou o fato e não acatou o pedido de parlamentares – o que gerou bate-boca na sessão seguinte..

Segundo a reportagem, 2.887 veículos foram parados no Nordeste no segundo turno das eleições, o que representa 31,6% do total de abordagens no país – 9.133.

No Sudeste, onde circulam 47,8% da frota brasileira, a corporação parou menos veículos no segundo turno, 2.543, o que representou 27,8% das abordagens.

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