Enquanto o Noé, da Bíblia, construiu uma Arca firme para ele, sua família e os animais encontrarem refúgio durante o Dilúvio – feita de madeira de cipreste e revestida com piche -, em Lontra a arca foi construída com muito cimento, areia, tijolo, e pasmem, pãozinho de sal, de queijo e peta, roubados da Prefeitura. Por causa do peso da corrupção, ela está afundando a cada dia.

Agora mesmo, receberá toneladas de biscoitos da padaria de Guilherme Mendes Lopes, residente em São Paulo. A mesma padaria invisível que no papel funciona na Praça Princesa Izabel, 324, centro de Lontra, com o nome de Casa do Pão de Queijo. Recentemente, o local também vendeu para a Prefeitura pãozinho francês e de queijo a R$ 14 o quilo.
Só que dessa vez a gulodice foi maior. Segundo o site da Prefeitura de Lontra (www.lontra.mg.gov.br), no campo Transparência, o município homologou, em 18/06/2024, o Pregão Eletrônico nº 14.133/21, no valor de R$ 322.490,00, para comprar da empresa Guilherme Mendes Lopes, além de mais pãozinho de sal e de queijo, empada, coxinha, broa, bolo, rosca e outras variadas guloseimas.
Não custa lembrar que a dita empresa é fantasma e no local funciona uma sorveteria. Como se não bastasse, ela está no nome do filho de um vereador que é candidato a vice-prefeito na chapa da situação.
Moral da história: como vereador não pode vender para a Prefeitura, criaram então uma empresa em nome do filho do vereador, que não reside em Lontra e não possui a empresa, fisicamente, em funcionamento. Mas, nem por isso deixa de ter contrato com valores altíssimos com a Prefeitura. Tem trigo nessa goma.

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