Raposa saiu na frente no primeiro tempo, com Gabigol, mas Coelho conseguiu buscar a igualdade na etapa final e manteve série invicta diante do rival

Em clássico marcado por muita disposição, pouco futebol e novamente intervenção decisiva do VAR, Cruzeiro e América ficaram no empate em 1 a 1 neste domingo (16), no Mineirão, no duelo de ida das semifinais do Mineiro.
A Raposa saiu na frente na primeira etapa, com gol de pênalti de Gabigol, após checagem do VAR, mas o Coelho empatou no segundo tempo, com Cauan Barros. Assim, o América ampliou o ‘tabu’ sobre o rival: agora são 11 jogos pelo Mineiro sem derrotas diante do Cruzeiro: oito vitórias e três empates.
No jogo de volta, no próximo final de semana, em data e local ainda a serem confirmados pela Federação Mineira de Futebol (FMF), quem vencer avança à decisão. Em caso de novo empate, a definição do classificado à final será através da disputa de pênaltis.
O JOGO
No primeiro duelo pela Raposa no Mineirão, o português Leonardo Jardim apostou na entrada do meia Eduardo na vaga do atacante Marquinhos. Já no Coelho, William Batista optou por Kauã Diniz no posto de Miqueias e Renato Marques no lugar do veterano Jonathas.
O Cruzeiro até começou tentando pressionar, mas tinha dificuldades. Para completar, o setor defensivo também falhava. A torcida celeste gelou quando, em uma cobrança de escanteio, Cássio errou o tempo da bola.
Quase na sequência, William também vacilou na saída de bola, que sobrou para Fabinho, mas Jonathas Jesus conseguiu chegar a tempo para desviar a escanteio.
Entre os jogadores, o clima também era tenso. Matheus Henirque e Renato Marques chegaram a se desentender. Também muito ‘pilhado’, Gabigol foi amarelado cedo ao reclamar com o árbitro de forma ostensiva.
As chances de gol, de fato, foram poucas. A melhor do América foi com Fabinho: após ser lançado em profundidade, ele driblou Cássio, mas ficou sem ângulo e finalizou mal.
Aos 38 minutos, veio o lance capital do primeiro tempo. O Cruzeiro chegou em jogada trabalhada, Adyson tentou o corte, mas acertou a perna de Matheus Pereira na área. Em campo, Daronco não marcou, mas foi chamado pelo VAR e, após conferir as imagens, confirmou o pênalti. Na cobrança, Gabigol desloca o goleiro Matheus Mendes para abrir o placar.
No início da semana, os dirigentes do Cruzeiro estiveram na FMF para uma reunião a respeito do áudio do VAR do clássico com o Atlético, em que o time celeste reclama de ter sido prejudicado, em especial pela não expulsão do zagueiro Lyanco após pisão em Dudu.
Na segunda etapa, o Cruzeiro voltou a apresentar dificuldades de criação de jogadas, mas quase ampliou em chute de Matheus Henrique, que acertou a trave.
Já a partir dos 15 minutos, os treinadores começaram a promover substituições para tentar mudar o quadro.
O Cruzeiro teve mais chances de ampliar o placar e garantir mais tranquilidade no confronto: aos 24 minutos, novamente Matheus Henrique finalizou e Matheus Mendes salvou o Coelho.
Com as mudanças promovidas pelo técnico William Batista, em especial a entrada de Benítez na vaga de Elizari, o Coelho cresceu de produção. E em um lance em que contou também com uma dose de sorte, deixou tudo igual. Kauã Diniz chutou de fora, a bola desviou em Jonathas Jesus, tirando Cássio completamente da jogada.
Dali em diante, as equipes preferiram não se arriscar tanto. Leonardo Jardim ainda tentou deixar a Raposa mais ofensiva, mas o time não chegou ao gol.
Ao apito final, a torcida do América festejou o empate e ainda provocou o adversários, cantando “1, 2, 3, o Cruzeiro é freguês” e “O Mineirão é nosso!”
FICHA TÉCNICA
CRUZEIRO 1×1 AMÉRICA
CRUZEIRO
Cássio; Willian, Jonathan Jesus, Fabrício Bruno e Kaiki; Lucas Romero (Marquinhos), Matheus Henrique, Eduardo (Lucas Silva) e Matheus Pereira; Dudu (Bolasie) e Gabigol. Técnico: Leonardo Jardim
AMÉRICA
Matheus Mendes; Júlio César, Ricardo Silva, Lucão e Marlon; Kauã Diniz (Felipe Amaral), Cauan Barros (Miquéias) e Elizari (Benitez); Fabinho, Renato Marques (Jonathas) e Adyson (Yago Santos). Técnico:: William Batista