A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu o inquérito sobre o homicídio de Ian Rodrigues Antunes Caldeira, de 28 anos, morto com seis tiros em Capitão Enéas no dia 27 de outubro. Em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (28), a corporação informou que três pessoas foram indiciadas pelo crime: o mandante, o executor e uma mulher que prestou apoio logístico.
Segundo a PCMG, os três responderão por homicídio triplamente qualificado — por meio de emboscada, motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima. As investigações apontam que o crime está ligado ao tráfico de drogas e a uma dívida existente entre envolvidos.
De acordo com o inquérito, a mulher de 23 anos, companheira do mandante, atraiu Ian com o pretexto de compra de um celular que ele havia vendido anteriormente. Ela também teria hospedado o executor por cerca de 10 a 15 dias em sua casa em Montes Claros, dando suporte à ação criminosa.
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O executor, preso posteriormente no estado de Goiás, confessou o crime. Ele relatou ter agido a mando do mandante para quitar uma dívida de drogas. Ainda segundo a polícia, ele receberia R$ 600 em dinheiro e meio quilo de cocaína como pagamento.
Durante a análise do telefone do executor, foram encontradas imagens relacionadas à execução do crime.
‘Alvo sedutível’
A Polícia Civil ainda esclareceu que Ian não era o alvo principal. O verdadeiro alvo seria um traficante para quem Ian devia — e que, por sua vez, devia ao mandante, que tem extensa ficha criminal e ligação com facção criminosa.
Como o traficante principal estava preso em Salinas, Ian acabou se tornando o “alvo possível”: alguém que poderia ser atraído para o local da emboscada.