Willian Pina Botelho, que usava o codinome de Balta Nunes para entrar em grupos de manifestantes através do Tinder, foi promovido a major três meses após ser revelado que ele se infiltrou em um grupo que foi preso pela PM em um ato anti-Temer
Depois de se infiltrar em um grupo de manifestantes que foi preso ilegalmente em São Paulo, o ex-capitão do Exército, Willian Pina Botelho, foi promovido a major. Sua promoção foi publicada no Diário Oficial em 16 de dezembro.
Willian era o “Balta Nunes” – condinome que usava para se infiltrar em grupos de manifestantes. O caso veio à tona em dezembro do ano passado, quando revelou-se que, através do Tinder, Willian conseguiu se infiltrar em grupo de manifestantes que, em um ato contra Temer em São Paulo, foi detido ilegalmente pela Polícia Militar. Apenas Willian, que até então era Balta Nunes, não foi detido.
Os jovens presos foram liberados no dia seguinte depois que um juiz considerou a prisão ilegal. A polícia tentou enquadrá-los por “organização criminosa”, mas eles portavam apenas equipamentos de segurança, como máscaras e capacetes.
À época, o comandante-geral do Exército, Eduardo da Costa Villas Boas, afirmou que Willian era, sim, um agente do Exército em serviço de inteligência e que sua ação se deu de forma pactuada com a Polícia Militar de São Paulo. Uma sindicância interna do Exército, no entanto, diz que a ação do Willian não tinha ligação alguma com a polícia paulista.
*Com informações do El País Brasil