O tenente-coronel Alexandre de Almeida foi preso acusado de desvio de armas do Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados da 1ª Região Militar do Exército. O militar era a mais importante autoridade do setor no controle de armas que circulam no Rio de Janeiro e Espírito Santo. Dentre as atribuições dele estavam a importação e o comércio de armas, os clubes de tiro, a blindagem de veículos, o comércio de explosivos, além das atividades de caçadores, atiradores e colecionadores, estes últimos são conhecidos pela sigla CACs.

De acordo com o inquérito policial-militar instaurado pelo Exército, armas desviadas pelo tenente-coronel eram repassadas ao Guerreiros Escola de Tiro e Comércio de Armas, na cidade de Serra, no Espírito Santo, por intermédio do irmão do oficial, Rafael Felipe de Almeida. Segundo o jornal O Globo, o dono do clube, Marcos Antônio Loureiro de Souza, admitiu que a unidade havia recebido 110 “armas antigas”, recolhidas por ele na própria casa do tenente-coronel e levadas para Vila Velha. Pelo lote, Antônio disse que havia acertado o pagamento de R$ 90 mil, em 12 prestações, das quais já havia pago três, no ano passado, imaginando que o dinheiro iria para o filho do falecido dono da coleção de 110 armas.

A investigação do Exército ocorre no momento em que o arsenal e a concessão de registros para caçadores, atiradores e colecionadores de armas de fogo aumentou 879% nos últimos anos, ao passar de 8.988, em 2014, para 87.989, em 2018. Atualmente, há 255.402 licenças ativas no Brasil. Já o número de armas nas mãos dos CACs foi de 227.242 para 350.683 unidades.

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