A mansão do banqueiro Edemar Cid Ferreira, do falido Banco Santos, foi vendida por R$23,3 milhões na quinta-feira (23), em São Paulo, e poderá aliviar a crise financeira do Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de Montes Claros (Prevmoc). No ano de 2004, o Prevmoc fez aplicações de R$600 mil no referido banco, que depois decretou a sua falência e deixou esse rombo em Montes Claros. O valor corrigido passa dos R$6 milhões. A mansão do banqueiro foi avaliada em R$76,8 milhões, mas só recebeu o lance de R$23,3 milhões.

Instalada em terreno de 12.000 metros quadrados, a mansão tem 4.500 m² de área construída e inclui facilidades como duas piscinas – uma coberta e outra ao ar livre –, uma adega com 5.000 garrafas de vinho, duas bibliotecas com coleção de livros de arte incluída e vista panorâmica de São Paulo com os páreos de domingo do Jockey Club de São Paulo em primeiro plano. O imóvel foi levado a quatro leilões, sem interessar investidores. Montes Claros entrou na Justiça para ter direito a receber o que investiu na compra dos títulos.

No mês de setembro de 2010 o promotor Felipe Gustavo Gonçalves Caires abriu investigação para apurar a operação desastrada de compras de títulos e ações. No ano de 2004 ocorreu a compra dos títulos do Banco Santos e em 2008, de títulos públicos vendidos pela empresa Atrium CCTVM Ltda, no montante de R$5,4 milhões. No mesmo período, foram comprados R$60 mil em ações de empresas na Bolsa de Valores, com um prejuízo de R$40 mil. O curioso é que ninguém assume a responsabilidade pelo erro.

Via Girleno Alencar – Jornal Gazeta

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