À Folha, o site The Intercept informou que “tomou providências para proteger a íntegra do material, com cópias no Brasil e no exterior.” Segundo o jornalista Glenn Grenwald, “o objetivo é evitar que qualquer autoridade brasileira tente impedir sua divulgação”.
É, ao mesmo tempo, sinal de que há mais diálogos a serem revelados, como manda a tradicional técnica jornalística de quardar “suítes” para depois, quando o caso noticiado já adquiriu repercussão.
“É um vazamento muito maior do que o do caso Snowden”, relatou Greenwal, referindo-se à revelação, em 2013, da espionagem da NSA norteamericana sobre dcidadãos do país e autoridades estrangeiras.”Nunca vi algo tão extenso”, disse ele.
Greenwald disse ainda ao jornal que” a obtenção do material não tem nenhuma relação com a invasão, na terça-feira (4), ao celular de Moro”. O próprio ministro afirmou que nenhuma informação foi roubada do aparelho.
“O arquivo que possuímos não tem nada a ver com esse episódio do hacker. Recebemos tudo semanas atrás. A fonte nos procurou há cerca de um mês”.
Depois de cinco anos de vazamentos “oficiais” e de tantos elogios de Moro, citando a “Operação Mãos Limpas”, à importância da conquista da opinião pública como forma de vencer as resist~encias á aplicação das leis aos poderosos, Moro, o poderosíssimo, terá dificuldades de sustentar o discurso de quem tem violado o direito a ter privadas as suas comunicações.
Até porque não se trata de contatos íntimos, mas de diálogos e acertos entre dois agentes da Justiça num processo criminal.
Tudo indica que Greenwald tem mais a revelar.
A Folha, com atraso, cedeu e colocou o assunto em sua manchete dosite. Globo e Estadão desconhecem, até agora. Mas a internet faz a sua parte: as hashtags “Vaza Jato”, ‘Moro” , “Telegram” (o aplicativo de mensagens que usaram) e Intercept lideram as menções no Twitter esta noite.
Via Tilolaço