O pedido de expulsão do deputado Aécio Neves (MG) divide a Executiva do PSDB e ainda deve demorar no mínimo três meses para ser julgado, informa O Estado de S.Paulo.
Na próxima semana será instalada uma comissão que irá deflagrar o processo.
Aécio é réu na Justiça Federal em São Paulo, sob a acusação de ter recebido propina de R$ 2 milhões do grupo J&F e tentar obstruir investigação da Lava Jato.
Setores do tucanato dizem reservadamente, que o pedido de expulsão ainda não conta com apoio majoritário da Executiva. O código de ética do partido prevê expulsão só após condenação.
De acordo com o jornal, o grupo do governador de São Paulo, João Doria, prega uma “faxina ética” no PSDB e quer que a saída de Aécio seja o “símbolo” do que chamam de “novo PSDB”.
O temor da direção tucana paulista é o desgaste provocado pelo caso Aécio na campanha à reeleição do prefeito Bruno Covas.
Doria tem em mira também 2022, pois é pré-candidato à sucessão de Bolsonaro.
O presidente do diretoório do PSDB em São Paulo, Marcos Vinholi, vai cobrar a celeridade no processo contra Aécio.