Nascida na favela da Maré e ativista do movimento negro, Marielle vinha denunciando crimes cometidos por policiais no Rio

 Um crime bárbaro chocou o mundo na noite desta quarta-feira. A vereadora Marielle Franco (PSOL/RJ) foi morta a tiros no centro da cidade do Rio de Janeiro. Dias antes, a morte de dois jovens e a truculência policial durante operações na Favela de Acari, na Zona Norte do Rio, foram denunciadas pela vereadora. Marielle compartilhou uma publicação em que comenta que os rapazes foram jogados em um valão. De acordo com moradores, no último sábado, policiais militares do 41° BPM (Irajá) invadiram casas, fotografaram suas identidades e aterrorizaram populares no entorno
Após assassinato de vereadora, manifestantes organizam protestos em várias cidades
A execução brutal da vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada a tiros na noite desta quarta-feira, já provoca manifestações; além do Rio, manifestantes começaram a se organizar pelas redes sociais para protestos e marchas em outras cidades pelo Brasil, como São Paulo e Belo Horizonte

Assassinato de vereadora do PSOL repercute no Brasil e no exterior

O assassinato a tiros da vereadora Marielle Franco, do PSOL, chocou o Brasil e já repercute negativamente no exterior. O crime, com características de execução, teve amplo destaque na imprensa estrangeira. Caso está no “The New York Times”, “The Washington Post” e na rede ABC News, entre outros. O assunto é um dos mais comentados no Twitter no mundo
Internacional pede investigação ‘imediata e rigorosa’ de morte de vereadora
Organização não governamental Anistia Internacional pediu investigação imediata e rigorosa do assassinato da vereadora do Rio de Janeiro e defensora dos direitos humanos Marielle Franco, do PSOL; vereadora foi assassinada a tiros na noite de ontem (14), no centro do Rio; “Marielle Franco é reconhecida por sua histórica luta por direitos humanos, especialmente em defesa dos direitos das mulheres negras e moradores de favelas e periferias e na denúncia da violência policial”, disse a ONG; “Não podem restar dúvidas a respeito do contexto, motivação e autoria do assassinato de Marielle Franco”, completou em nota

Tweets de Marielle denunciavam violência e abusos policiais
O perfil no Twitter da vereadora Marielle Franco, assassinada na noite desta quarta-feira no Rio, está repleto de ativismo pelas mulheres negras, pelos direitos humanos e ainda de muitas denúncias sobre a violência policial, especialmente no Estado; em uma de suas últimas postagens, ela questiona: “Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra acabe?”

Difícil achar que assassinato após denúncia contra policiais é coincidência
Guilherme Boulos, líder do MTST e pré-candidato do PSOL à Presidência, destacou a correlação entre o assassinato da vereadora Marielle Franco e as recentes denúncias que ela vinha fazendo; difícil acreditar que a execução a sangue frio de Marielle e do motorista Anderson Gomes seja mera coincidência após as denúncias que ela vinha fazendo sobre a violência policial no Rio

Latuff escancara motivação de assassinato de vereadora no Rio


O cartunista Latuff divulgou nesta quinta uma charge que traduz as motivações por trás do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), na noite de ontem no Rio; ilustração mostra, com simplicidade, como a atuação de Marielle na fiscalização e denúncia se liga à sua brutal execução

Sob o fascismo, grupos de extermínio agem livremente
O deputado federal Wadih Damous (PT-RJ), ex-presidente da OAB-RJ, condenou o assassinato da vereadora carioca Marielle Franco, do PSOl; “Marielle Franco foi executada. O assassinato consumou-se hoje mas é resultado de uma trama urdida pela barbárie que tomou conta do Brasil. Sob o fascismo, os grupos de extermínio agem livremente. Enquanto isso a intervenção militar revista mochilas de crianças das favelas”, disse Wadih pelo Twitter

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