Com o coração alegre e a alma exultante, fizemos uma apresentação de fé no Segundo Terno de São Benedito. Contamos a história de um povo e de uma raça que ajudou a formar a identidade do município. Nossa Festa dos Catopês é a personificação da resistência e da fé.
Ao evocar a tradição africana do santo negro São Benedito, reverenciamos quem nos deixou esse legado do Terno de Catopê, que celebra a profunda riqueza cultural, simbolizada por Dona Custodinha.
Cada canto, cada passo, cada batida de tambor e cada matiz de cor nas fitas trazem seu significado e representa uma batalha travada e uma história compartilhada de um legado legítimo.
Entretanto, além de ser crucial a preservação dessa tradição, faz-se necessidade premente a união da nossa sociedade em defesa desse patrimônio imaterial, para impedir que ninguém seja excluído ou ignorado.
Não se pode permitir que essa história seja apagada pelo preconceito daqueles que se sentem donos da centenária Festa de Agosto e se consideram superiores àqueles que acreditam que a cultura é de todos.
O catopê não pertence apenas aos participantes ou a comunidade da baixada da matriz, muito menos a uma associação ou classe privilegiada. Ele é patrimônio de todos nós. É uma herança cultural que flui nas veias de todo montes-clarense.
Ao valorizarmos tal expressão também enaltecemos nossa identidade enquanto cidadãos que vivem a cultura e a religiosidade, reconhecendo a diversidade e a riqueza que compõem os Ternos de Catopês, Marujos e Caboclinhos.
É imprescindível que nos unamos, visando proteger aquilo que nos define, nos conecta e nos humaniza. Portanto, defender o Catopê significa resguardar nossa história, nossa cultura e, acima de tudo, nosso futuro, assegurando que as futuras gerações possam se orgulhar do valioso legado construído com o sangue dos nossos antepassados.
Manifesto minha gratidão aos que fazem das festividades do mês de agosto um colorido alegre e empolgante, fruto do esforço, da fé e da dedicação de um povo abnegado. Faço aqui uma homenagem especial ao nosso Mestre Antônio (Toni Preto), o mais velho dessa geração, que com garra comandou nosso Terno. Rogo a Deus, aos Orixás, as bençãos espirituais pela intercessão de São Benedito. VIVA SÃO BENEDITO!!!
* José Gomes Filho é Catopê e membro do Segundo Terno de São Benedito
Parabéns Zé pelo texto. Muito esclarecedor e verdadeiro
O Catopê é sim patrimônio de toda comunidade montesclarence. Todo devoto desejoso de louvar e cantar, tocar e dançar o seu santinho querido, tem o direito de fazê-lo, bem como, todo aquele que ama ver e ouvir: ‘levantou, levantou a bandeira no mastro…’ pode e deve guardar essa herança cultural. Viva e reviva o Segundo Terno de São Benedito legado legítimo de Custodinha!
Gosto das Festas de Agosto desde sempre.
Mas nao podemos deixar que a vaidade supere uma festa tao linda e Centenaria.
Viva o Folclore Norte Mineiro!!!!
Viva o Povo Norte Mineiro!!!!!!!