Bolsonarista Bruno Engler, lançado pelo extremista bolsonarista Nikolas Ferreira, foi derrotado pelo atual prefeito do PSD
Belo Horizonte deu um novo mandato de quatro anos ao prefeito Fuad Noman (PSD). Às 19h08, com 94,25% das urnas apuradas, ele atingiu 53,79% dos votos e matematicamente se reelegeu, afastando definitivamente o risco de a capital mineira cair nas mãos do bolsonarismo.
Seu adversário, Bruno Engler (PL), “patrocinado” pelo deputado federal extremista Nikolas Ferreira (PL), e que contou ainda com o apoio explícito do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que amargou outra derrota, tinha 46,24% dos votos dos belo-horizontinos no mesmo horário, sem chances de vencer.
No primeiro turno, Engler saiu na dianteira, com 435.853 votos totais (34,38% dos válidos), contra 336.442 (26,54%) de Noman. A abstenção já havia sido elevada – quase 30% dos eleitores não foram votar em 6 de outubro. Já neste segundo turno, a abstenção, de 31,95%, permaneceu elevada. Nada menos que 636.752 eleitores se ausentaram.
Para vencer, Noman herdou votos de seus adversários. Duda Salabert (PDT) e Rogerio Correia (PT), que disputaram o primeiro turno como representantes da esquerda, lhe declararam apoio. Já Mauro Tramonte (Republicanos) e Gabriel Azevedo (MDB), mais próximos de Engler, se omitiram, o que favoreceu a virada. Pesquisas apontaram que Noman herdou a maioria dos eleitores dos dois candidatos.