O Centro Cultural Hermes de Paula comemora, no próximo mês de maio, 40 anos de criação, e homenageia as grandes personalidades da história de Montes Claros.

Para celebrar a data, a Prefeitura está convidando a população para participar das comemorações do aniversário do entro Cultural, que é palco de espetáculos, encontros, exposições e lançamentos literários que enriquecem e engrandecem o cenário artístico e cultural de Montes Claros.

A Prefeitura de Montes Claros está recebendo fotos, materiais gráficos e de audiovisual que ajudem a contar parte da história do Centro Cultural. As pessoas que tiverem esses registros podem entregá-los até o dia 5 de maio, no próprio Centro Cultural ou na Secretaria Municipal de Cultura, pois eles farão parte da atração “Exposição de Memórias”, agendada para a segunda quinzena de maio. A proposta é fazer com que esses registros sejam expostos no hall de entrada do Centro Cultural até o mês de dezembro, prestando uma honrosa homenagem a este local considerado uma referência na história de Montes Claros.

Confira abaixo as personalidades homenageadas pelo Centro Cultural:

Cândido Simões Canela

Nasceu em Montes Claros em 22 de agosto de 1910. Ele concluiu o curso primário na Escola Normal no ano de 1929. Atuante na vida política da cidade, foi vereador em diversos mandatos. Cândido tinha uma veia artística forte e era considerado pelo compositor e produtor Téo Azevedo como um dos maiores poetas brasileiros. Teve suas obras “Lírica e humor no sertão” e “Rebenta boi” consagradas pelo público. Em 1978 foi vencedor do 1º Festival Brasileiro da Música Caipira, promovido pela Rádio Record São Paulo, com a música “Temos pinga da saudade”, parceria com Téo Azevedo. Sua música “Saracurinha Três Pontes” foi gravada por Tonico e Tinoco e Pena Branca e Xavantinho. Cândido Canela também foi membro da Academia Montes-clarense de Letras. Faleceu em 7 de março de 1993. Ele dá nome ao Auditório Cândido Canela, um dos principais espaços da cidade dedicados às artes cênicas.

Godofredo Guedes

Nascido em Riacho de Santana, Bahia, em 1908, Godofredo Guedes foi músico e compositor. Chegou em Montes Claros em 1935. Foi responsável pela maioria dos bailes e serestas de Montes Claros. Compôs mais de 100 músicas, como marchinhas e sambas. Escreveu também modinhas, serestas, marchas, dobrados e boleros. Nas artes plásticas, foi desenhista e pintor, autor de obras de grande expressão. Ele gostava de retratar em seus trabalhos temas populares e paisagens. Faleceu em 1983. Nomeia a Galeria de Artes Godofredo Guedes.

Hermes Augusto de Paula

Nasceu em 6 de dezembro de 1909, em Montes Claros. Filho de família humilde, concluiu o curso primário no Grupo Escolar Gonçalves Chaves. Na adolescência trabalhou na farmácia da cidade, com o médico Plinio Ribeiro, personalidade que o influenciaria a seguir a carreira de médico. Logo após concluir a faculdade de Medicina, em BH, retornou a Montes Claros, onde montou o primeiro instituto de análises clínicas da região. Naquele local, atuou também como clínico-geral. Trabalhou como diretor-clínico da Santa Casa de Montes Claros. Ele foi idealizador da Faculdade de Medicina do Norte de Minas Gerais. Atuou como jornalista no Gazeta do Norte. Uma de suas obras mais conhecidas é o livro “Sesquicentenário da Paróquia de Nossa Senhora e São José”, um relato histórico da instituição religiosa. Faleceu em 10 de junho de 1983. Dá nome ao próprio Centro Cultural.

Antônio Teixeira de Carvalho

Nasceu em Brasília de Minas, em 5 de julho de 1888. Formou-se em Farmácia no Rio de Janeiro em 1910. Fez Medicina na capital fluminense, diplomando-se em 1915. Terminado o curso de Medicina, retornou para Brasília de Minas e foi depois para Montes Claros, onde abriu um consultório. Em 1918 encabeçou uma liga para combater o álcool, o analfabetismo e as endemias rurais. Essa ação solidária inspirou Antônio Teixeira de Carvalho a fundar, em 1921, o periódico “A Liga”. Liderou com a ajuda da Santa Casa e de outros médicos uma sociedade para a fundação de um novo hospital na cidade: o Sanatório Santa Teresinha, que foi inaugurado em cinco de julho de 1932. Participou ativamente da vida política da cidade, encaminhando, em 1822, um movimento para a escolha do presidente da Câmara de Vereadores daquele ano: o coronel Antônio dos Anjos. Em 1936, elegeu-se vereador, sendo escolhido como presidente da Casa Legislativa. Foi nomeado prefeito de Montes Claros, em 1937, através de ato do governador Benedito Valadares. Destaca-se como uma das benfeitorias de seu governo a conclusão do serviço de água na cidade. Faleceu em 14 de maio de 1942. A biblioteca Municipal foi batizada em sua homenagem.

Juca Silva Neto

Nasceu como José Pereira da Silva Neto, em 1942. Foi vencedor do Congresso Nacional de Cordel em Brasília. Conquistou o 2º lugar no concurso de poemas em homenagem a Catuto da Paixão Cearense, com o poema “Como Vivi”. Foi delegado da Ordem Nacional de Poesia Popular do Estado de Minas Gerais. Teve como obras de destaque “JK o Peixe Vivo”, “Os Três Heróis do Sertão” e “Se o homem tivesse rabo”. Faleceu em 1983. Dá nome ao Painel Permanente de Poesia.

Via Ascom / Prefeitura de Montes Claros

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