Se o presidente Jair Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, fossem à julgamento por crimes contra a economia popular, com certeza, eles pegariam prisão perpétua.

Por Esmael Morais, no seu blog

Antes de prosseguirmos, um esclarecimento: não existe prisão perpétua no Brasil; o termo só foi usado aqui como metáfora.

Além da face mais cruel de seu desgoverno, que elevou o desemprego ao patamar mais alto do planeta, ou seja 50% da População Economicamente Ativa (PEA), Bolsonaro e Guedes pisaram o acelerador da desindustrialização.

Segundo relatório da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgou nesta quinta-feira (4), os produtos industrializados representaram 43% das exportações brasileiras em 2020 — o pior resultado em 44 anos.

Em 1977, os produtos industrializados representaram 41% das exportações –garante a bolsonarista CNI.

Ao todo, conforme a entidade, a exportação de produtos industrializados somou US$ 90,1 bilhões em 2020, menor valor desde 2009, quando as vendas somaram US$ 87,8 bilhões.

No levantamento, a CNI considera como industrializados os produtos manufaturados e semimanufaturados.

Ainda apaixonada por Bolsonaro e Guedes, a CNI atribuiu o péssimo resultado de 2020 apenas à crise desencadeada pela pandemia do novo coronavírus. No entanto, a depressão econômica já vinha desde 2019 com as medidas fiscalistas e redução de investimentos públicos –o diabólico desinvestimento.

O deputado Carlos Zarattini (PT-SP), recentemente, disse que essas entidades do sistema S viraram especuladoras no mercado financeiro –por isso elas relutam defender os interesses dos industriais; os dirigentes da Fiesp e da CNI vivem de renda –dos juros em cima da contribuição compulsória de 2,5% sobre a folha de pagamento das empresas brasileiras.

Bolsonaro e Guedes são culpados por gerar desesperança, fome, dor e mortes no país. Logo, eles são suscetíveis à pena capital para um político: a deseleição e o veto popular.

O Brasil necessita de um novo governo desenvolvimentista para recuperar-se da situação de frangalho deixada por esse desgoverno; levantar a economia de novo, reconstruir a nação por meio da industrialização, do emprego e do consumo interno.

Bolsonaro e Guedes nunca mais.

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