Licença concedida para instalação de complexo eólico no Norte de Minas não levaria em conta os riscos para o meio ambiente.

Partes do maciço do Espinhaço estariam ameaçadas pelo empreendimento – Arquivo ALMG – Foto: RICARDO BARBOSA

Nesta sexta-feira (22/11/24), será realizada audiência pública da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), para discutir o processo de licenciamento ambiental e os impactos do empreendimento Central Geradora Eólica Gameleiras, a ser instalado na Serra do Espinhaço, nos Municípios de Santo Antônio do Retiro, Espinosa e Monte Azul, no Norte do Estado.

A reunião, requerida pela deputada Bella Gonçalves (Psol), está marcada para as 10 horas, no Plenarinho IV da Assembleia.

De acordo com a Associação Mineira de Defesa do Ambiente (Amda), a empresa Complexo de Geração de Energias Gameleiras obteve licença simplificada para instalar um grande parque eólico, que ficaria sobre alguns dos picos de maior altitude da Serra do Espinhaço, com destaque para o Pico da Formosa, que tem 1820 metros de altitude.

Ainda segundo a associação, o empreendimento prevê a instalação de 98 aerogeradores e a abertura de quase 60 km de estradas no maciço montanhoso.

Ambientalistas estariam questionando o enquadramento do empreendimento como “de grande porte, mas pequeno potencial poluidor/degradador”, uma vez que implicaria na derrubada de vegetação nativa e destruição de afloramentos rochosos. O tráfego de carretas com equipamentos, guindastes e máquinas para montagem das torres seria outro impacto relevante, de acordo com a Amda, também sobre a fauna local.

Entre os convidados para a audiência pública estão Miguel Ângelo Andrade, professor da PUC Minas e Coordenador da Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço e da Rede Brasileira de Reservas da Biosfera; Eduardo Gomes de Assis, do Instituto Grande Sertão; Franklin Reginato Pereira Mendes, promotor de Justiça e Coordenador Regional das Promotorias de Justiça do Meio Ambiente das Bacias dos Rios Verde Grande e Pardo de Minas; e a assessora Jurídica da Associação Mineira de Defesa do Ambiente (Amda), Ligia Vidal

Fonte: ALMG

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