Oito municípios de Minas Gerais registraram os maiores aumentos de receita entre os 38 municípios avaliados da região Sudeste. Os dados são do anuário Multi Cidades – Finanças dos Municípios do Brasil, iniciativa da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) que analisou 38 cidades da região, além de apresentar o comportamento das receitas e despesas do conjunto dos municípios do país e de cada região.

Na amostragem da publicação, Minas Gerais entra com nove municípios entre eles, Montes Claros que registrou maior incremento na receita total nas cidades do Sudeste. A cidade passou de R$ 946,4 milhões registrados em 2019 para R$ 1,15 bilhão em 2020, alta de 21,8%.

Em seguida estão Uberlândia, com crescimento de 21,2% e receita total de R$ 2,93 bilhões; Uberaba, com aumento de 20,3% e receita de R$ 1,55 bilhão em 2020; Ribeirão das Neves, com 17,3%; Juiz de Fora, com 17,2%; Betim), com 16,1%; Contagem, com 14,4%; e Governador Valadares, com 13,8%, no mesmo ano.

Complementam o ranking dos 10 maiores aumentos em receitas nas cidades avaliadas do Sudeste dois municípios capixabas: Vila Velha (ES) e Cariacica (ES).

No entanto, o desempenho da receita dos municípios do Sudeste não reflete, na mesma intensidade, a alta das maiores cidades mineiras. Na região, a expansão foi de apenas 4,4%, a menor entre as cinco do país. De acordo com a publicação, a economia do Sudeste e do Sul sofreu fortemente os impactos da pandemia e, além disso, os auxílios emergenciais repassados pelo Governo Federal pesaram menos nos orçamentos desses municípios, uma vez que suas receitas já são mais robustas que as das demais áreas. O anuário pode ser consultado no site da FNP (www.fnp.org.br) ou da Aequus Consultoria (www.aequus.com.br).

Receitas das cidades aumentaram durante a pandemia

Em 2020, ano marcado pela pandemia da Covid-19, a receita total do conjunto dos municípios brasileiros cresceu 6%, no comparativo com 2019, ao atingir R$ 746,79 bilhões, em valores corrigidos pela inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

De acordo com o anuário, o resultado positivo frente a um ano economicamente adverso é atribuído a dois fatores: o avanço das receitas correntes, puxado pelos auxílios emergenciais, e a expansão das receitas de capital, que foram impulsionadas pelas operações de crédito.

A economista, Tânia Villela, explica que, não fossem os auxílios federais, a receita corrente municipal teria queda de pelo menos 0,9%. “Observando as receitas de capital, nota-se que houve expansão em seus dois principais componentes: as transferências de capital, recebidas pelos entes locais por meio de repasse feitos por outros níveis de governo, e as operações de créditos, que são contratadas com instituições financeiras”, pontuou.

A economista ressalta que as transferências de capital subiram 32,8% entre 2019 e 2020, passando de R$ 10,40 bilhões para R$ 13,81 bilhões, sendo R$ 9,40 bilhões provenientes da União e R$ 4,14 bilhões, dos estados. Quanto às receitas de operações de crédito, o incremento disparou em 57,9%, elevando o montante para R$ 15,08 bilhões, o mais alto já registrado após três anos de seguidas altas substanciais.

Fonte: Jornal Gazeta

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