– O Congresso Nacional decidiu retirar da Justiça o Coaf – órgão responsável por fiscalizar movimentações financeiras no País; antes desta decisão, o ministro Sergio Moro ameaçava pedir demissão caso tivesse seus poderes esvaziados; para os parlamentares, havia a ameaça de que Moro, com Coaf, montasse um estado policial no Brasil

O ministro da Justiça, Sérgio Moro, perdeu nesta quinta (9) o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) para o Ministério da Economia.

Catorze dos 25 deputados da comissão especial, montada para analisar a Medida Provisória de Jair Bolsonaro (PSL), votaram hoje pela manhã pela desidratação do ex-juiz da lava jato.

A transferência do Coaf para a “jurisdição” do ministro Paulo Guedes precisa ainda passar pelo crivo do plenário da Câmara e do Senado. Entretanto, os partidos políticos já fecharam acordo contra o órgão ficar nas mãos de Moro.

A derrota de Moro significa que o governo não se esforçou suficientemente para garantir o Coaf na Justiça. Pelo contrário. Não interessaria a Bolsonaro fortalecer o ministro da Justiça.

O líder do DEM na Câmara, deputado Elmar Nascimento (BA), justificou a retirada do Coaf de Moro: “A mim, o ministro Sergio Moro não convenceu. A gente fica com medo dessa milícia virtual, que quer ditar como o parlamento deve funcionar e fica com medo de fazer a coisa certa.”

Por conta da derrota de hoje, na comissão especial da Câmara, aumenta especulação de um possível pedido de demissão de Sérgio Moro. É aguardar e conferir.

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