Por José Henrique (Juca) Brandão

No domingo, 3/7/2016, com todas as pompas e as circunstâncias católicas, foi comemorado o Jubileu de Ouro Sacerdotal do Padre Antônio de Oliveira Maia. Ele foi levado desde a sua residência, então na Rua José Brandão Filho até a Matriz, hoje Santuário do Senhor do Bom Fim, por centenas de fiéis, devotos e admiradores da fé católica. Uma organizada procissão, que desfilou pela mesma rua, de conformidade com o cerimonial comemorativo da marcante e significativa data. Sete padres e o bispo Dom José Alberto Moura, abrilhantaram com as suas presenças o importante marco religioso.
Àquela época, transcorria meio século que o filho de Dilo Maia e de Joaninha Oliveira Maia, praticara o melhor de si, em obediência aos bons preceitos e aos mandamentos ensinados pelo Cristo Senhor. Com candura, bondade, humildade e fraternidade! No dia 06 do corrente mês de julho de 2024, se comemoraram os 58 anos sacerdotais de Padre Maia, em festiva cerimônia realizada na Matriz Santuário do Senhor do Bom Fim de Bocaiuva.
O glorioso e virtuoso filho de Bocaiuva, Padre Antônio de Oliveira Maia, assumiu a paróquia do Senhor do Bom Fim de Bocaiuva, há anos e ficou à sua frente por um bom período. A primeira preocupação sua, além de tantas outras, foi com os caminhos dos jovens bocaiuvenses. Tudo isso, no sentido de trilhá-los na fé católica. Para tanto, teve sempre o valoroso apoio dos movimentos jovens e católicos de Bocaiuva.
As homilias do Padre Maia, como pároco, principalmente, e durante a novena da semana festiva do padroeiro, Senhor do Bom Fim eram brilhantes. Elas tinham o propósito de uma melhor reflexão sobre o comportamento de uma vida mais cristã. A sua maneira familiar, quase coloquial, de narrar e ensinar o Evangelho alcançava o ponto alto de suas celebrações, principalmente nas missas vespertinas.
Embora depois, continuando como vigário e coadjutor, Padre Maia seguiu a sua caminhada, com a mesma modéstia e paciência de sempre. Por isto, sendo visto por todos como um reverendo especial, pelas cordialidades e as virtudes de sempre. Os seus sermões tinham e ainda têm o condão de conduzirem os fieis dentro dos preceitos observados pela fé católica. A bem da verdade, ele é uma presença notável e iluminada. Ensina-nos, na sua impecável e coloquial maneira, de como se deve praticar, devidamente, à caridade. Padre Maia, neste interregno de tantos anos, continuou a ser o mesmo. Especial e diferenciado servo de Deus.
Vez por outra nos deparamos pela cidade de Bocaiuva. Em geral em ruas centrais, protegidos e por cima das calçadas. Assim, livres do trânsito, a cada dia mais movimentado. Nessas ligeiras ocasiões, não se dá para conversar nem sobre o cotidiano da vida. Nem mesmo sobre as nossas saúdes, pois outras pessoas vão chegando e entrando na conversa. Enfim, o Padre Maia é uma atração à parte!
Preferia aqueles nossos encontros em pugnas juvenis, defendendo as cores do Cruzeiro do Sul Sport Clube ou do Juventus Futebol Clube, times de futebol que foram importantes na cidade de Bocaiuva.
Ou, invocando-se passada é saudosa época, quando de certa feita cruzamos, no caminho pachorrento e poeirento, perto do então povoado de Sentinela, hoje um próspero distrito. O Antônio de Dilo ou de Joaninha e um irmão, vindos do Mocambo, da fazenda de seu pai e nós (Juca e Romildo) quase chegando à fazenda São Fernando de José Brandão Filho. Ali, parados naquela estrada deserta e aboletados nas selas, nós deliciávamos em papo alegre sobre o time do Vasco da Gama de Ademir Menezes, de Ypojucan e Friaça. E do time Fluminense de Carlyle, Orlando Pingo de Ouro e de Telê Santana.
As potentes ondas da Rádio Nacional do Rio de Janeiro varavam todo o Sertão Mineiro. O noticiário esportivo, assim como os jogos, eram todos transmitidos, nas vozes de Antônio Cordeiro, Luiz Alberto e Jorge Cury. A nós, garotos, ter preferência ou torcer por certo time ou mesmo outro, era o que nos bastava na vida, além e principalmente, à espera da Festa do Senhor do Bom Fim de Bocaiuva já chegando ou começando…

J.H.B – Bocaiuva – julho – 2024
* Juca Brandão é jornalista, escritor, advogado e colaborador do ECN

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