Vereador participou de audiência pública da Assembleia Legislativa em Montes Claros e cobrou empenho dos deputados no sentido de pressionar o governo do estado a empossar aprovados no concurso de 2018

* Por Waldo Ferreira

O vereador Rodrigo Cadeirante aproveitou a realização, em Montes Claros, de audiência pública para discutir a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 42/24, que objetiva destravar o envio de recursos de emendas parlamentares diretamente ao Hospital Universitário Clemente de Faria (HU), para cobrar da Assembleia Legislativa que pressione o governo do estado a criar os cargos no HU e dar posse aos aprovados no concurso público de 2018.
Para o vereador, seria a oportunidade de os deputados e deputadas fazerem valer sua representatividade em assuntos de real interesse da população, pois o hospital é o único 100% SUS da região e convive com déficit de pessoal, enquanto 400 pessoas aguardam nomeação desde 2018.
Ele lembrou que o concurso já foi prorrogado e seu prazo de validade expira em janeiro de 2026, sem que nenhuma medida tenha sido tomada para empossar os novos servidores, mesmo com as cobranças ao governador Romeu Zema e a seu vice, Mateus Simões. Foi Rodrigo Cadeirante quem trouxe o assunto à tona, há dois anos, período em que ele realizou audiência pública (nenhum deputado estadual compareceu) e mobilizou diversas frentes, entre elas o Ministério Público e a Procuradoria do Município.
A reivindicação em favor dos aprovados no concurso foi entregue pessoalmente pelo vereador ao vice-governador, por ocasião de uma reunião no mesmo auditório em que foi realizada a audiência pública desta sexta-feira. “Mas, já faz dois anos e nada foi resolvido”, reclamou.
O hospital tem um déficit de 600 servidores e 200 estão contratados em caráter emergencial. A situação impacta negativamente no atendimento à população, inclusive provocando o fechamento de leitos, o que obrigou a Prefeitura a assumir, em 2023, a contratação e pagamento de funcionários para reativá-los, além de garantir o pleno funcionamento do pronto socorro.
O recurso permitiu a recontratação dos profissionais que haviam sido dispensados no início daquele ano. “Parece piada de mau gosto, mas a Prefeitura teve que arcar com o pagamento de servidores do Estado, assumindo uma obrigação que é do governo estadual, mas foi a solução encontrada para que os serviços não fossem paralisados e a população não saísse prejudicada”, reforçou.
Segundo Cadeirante, o que se pede é apenas a criação dos cargos para que os aprovados no concurso possam exercê-los, pois os postos já existem na prática e estão sendo ocupados em caráter emergencial.
“Como sei que nesse país as coisas só acontecem em véspera de eleição, vamos aproveitar que estamos em ano pré-eleitoral para destravarmos essa pauta e resolvermos essa questão dos servidores, que são a razão de estarmos reunidos nesta audiência pública, pois são eles que estão na ponta, escutando os gemidos da população”, assinalou.

*  Jornalista

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