A Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), por intermédio do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE), realizou nos últimos meses, diversas ações relacionadas com as comunidades quilombolas.a Unimontes e do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE), de serem também para as comunidades tradicionais.

Em fevereiro de 2024 ocorreu a primeira banca de mestrado da Unimontes em território Quilombola e Terreiro de Candomblé, da dissertação de Welington Coimbra. No mês de abril a primeira banca de indígena do PPG/Unimotnes, de Tita Maxakali. As duas dissertações foram desenvolvidas pelo Grupo de Pesquisa para uma Educação Decolonial – GDECO-ETNOPO, sendo orientadas pelo professor Heiberle Horácio, do PPGE e do GDECO-ETNOPO.

Em 19 de fevereiro, o mestrando Welington Coimbra apresentou para a comunidade e para integrantes da Unimontes, o trabalho intitulado Candomblé de Angola no Quilombo Manzo Diá Luango: História, Ensinagens e Educação. A banca do programa de mestrado avaliou o trabalho no Quilombo e Terreiro de Candomblé, nas dependências da entidade de matriz africana “Manzo diá Luango”, no município de São Francisco-MG.
“O processo no Mestrado foi um encontro entre a necessidade da educação com a valorização dos saberes tradicionais. Isso foi possível graças à singeleza do orientador Heiberle Horácio, que abraçou este processo, as Divindades que permitiram todo esse processo e as “ensinagens” de Terreiro da Comunidade Tradicional de Matriz Africana Manzo diá Luango. Entender as Ensinagens é defender um outro modo de ser e viver o mundo, uma educação complexa e necessária para um Brasil negro e indígena”, destacou o mestrando Welington Coimbra
No dia de abril foi a vez da indígena Canoeiros Maxakali Patrícia Murta Loyola – Tita Maxakali fazer sua apresentação para da PPGE, com a avaliação do trabalho denominado “Os Processos Educativos das/nas Festas Canoeiros Maxakali, e as escolas coronel-murtenses”.
Tita Maxakali foi a primeira indígena a apresentar seu projeto de mestrado no PPGE Unimontes.” Fazer o mestrado foi um processo de construção coletiva, no qual, todos os dias, resistir e insistir em existir, só foi possível porque o meu orientador, Heiberle Horário, acreditou e não desistiu. Encontrei, através dele, na nossa Família GDECO Unimontes, pessoas acolhedoras, que me apoiaram e me ajudaram a superar as minhas dificuldades”, afirmou a indígena.
Além do professor Heiberle Horácio, estiveram presentes nas bancas os professores da Unimontes: Mônica Amorim, Fabiano José, Cassio Alexandre e Denilson Meireles.

O GDECO-ETNOPO
Tanto Welington Coimbra, quanto Tita Maxakali são integrantes do GDECO (Grupo de Pesquisa e Ação de Educação Popular PluriEtnoDecolonial). O grupo tem como coordenadores os professores Heiberle Horácio, Nelcira Durães e Mônica Amorim, sendo integrado por estudantes e de graduação e do PPGE, de Povos e Comunidades Tradicionais, e de Movimentos Sociais, bem como por professores do ensino básico da Unimontes. Diferentes integrantes do GDECO concluíram o mestrado no PPGE, como a quilombola e advogada Nadja Moana, as professoras Laura Patrícia, Elen Sabrina e Maria Edilza, além do professor João Rosa.

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