Revitalização é um presente para Pirapora, que completa 113 anos; custo com restauração foi de R$ 5,8 milhões

Neste domingo (1º/6), às 10h, às margens do Velho Chico, em Pirapora, no Norte de Minas, o tempo reencontra o seu curso: o vapor Benjamim Guimarães, patrimônio vivo da navegação fluvial e única embarcação a vapor em funcionamento no mundo, volta a cortar as águas do rio São Francisco.
É mais que um retorno: é um reencontro com a memória, com o patrimônio que pulsa, move e transforma. A restauração é resultado de uma parceria entre o governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG) e do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG), e da Prefeitura Municipal de Pirapora.
Após cinco anos de um meticuloso processo de restauração conduzido com rigor técnico, o Benjamim Guimarães volta a navegar como testemunho das águas que contam a história de um povo. As intervenções contemplaram desde a substituição do casco até a revisão completa do maquinário, passando pela recuperação da chaminé, dos camarotes, da roda de pás e de todos os sistemas que compõem sua estrutura centenária.
Esse retorno simbólico marca também o aniversário de 113 anos de Pirapora. A cidade celebra não apenas mais um ano de existência, mas o renascimento de um dos seus maiores símbolos: um vapor que transporta, além de passageiros, as narrativas de um território ribeirinho moldado pela cultura das águas.