Irmã de Neymar e Rivaldo são investigados pela PF de financiar atos golpistas

Informação teria sido dada pelo cantor gospel Salomão Vieira a um integrante das milícias digitais que tramaram o 8 de janeiro O Supremo Tribunal Federal (STF) investiga em inquérito sigiloso há cerca de dois anos as ações de uma suposta milícia digital que atuaria de forma organizada com o objetivo de minar as instituições democráticas. São aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que teriam alimentado uma rede de desinformação, espalhando boatos, notícias falsas e incentivando ataques a políticos, juízes e adversários através das redes sociais. O Supremo Tribunal Federal (STF) investiga em inquérito sigiloso há cerca de dois anos as ações de uma suposta milícia digital que atuaria de forma organizada com o objetivo de minar as instituições democráticas. São aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que teriam alimentado uma rede de desinformação, espalhando boatos, notícias falsas e incentivando ataques a políticos, juízes e adversários através das redes sociais. Segundo as investigações, o cantor pedia doações que eram usadas para manter os acampamentos em frente aos quartéis do Exército, especialmente o de Brasília. Vieira, que continua foragido a exemplo de outros acusados como os blogueiros Oswaldo Eustáquio e Allan dos Santos, publicou em suas redes sociais comprovantes de compra de suprimentos. A PF trabalha com a informação de que, nessa época, ele movimentou 2 milhões de reais em suas contas e, por isso, passou a investigar também os supostos doadores. Dois dos suspeitos de terem colaborado com a milícia digital são pessoas conhecidas do mundo do esporte. Um deles é Rivaldo, ex-jogador da seleção brasileira de futebol. A outra é Rafaella Santos, irmã do atacante Neymar. Um dos integrantes das tais milícias digitais contou que conviveu por algum tempo com Salomão Vieira no Paraguai após os ataques de 8 de janeiro. O cantor teria contado a ele identidade de alguns de seus doadores. Rivaldo, segundo Salomão, teria colaborado com 50 mil reais. Já Rafaella também teria colaborado, mas não foi revelado com qual valor. O que dizem os acusados O advogado Érico Della Gatta, que representa Salomão Vieira, informou à revista Veja que o seu cliente é inocente e que não pode falar sobre detalhes do caso, que está sob segredo de Justiça. A assessoria de Rafaella informou que ela não conhece nem fez qualquer repasse de recursos a Salomão e que o envolvimento de seu nome é leviandade ou fraude. Rivaldo, por sua vez, afirmou através de seu advogado, que fez sim duas doações em novembro do ano passado a pedido do cantor gospel, mas que, somadas, não ultrapassam 2 mil reais. Os repasses, segundo ele, tinham a finalidade de comprar mantimentos para “pessoas carentes da igreja”. A PF agora quer saber como esse dinheiro foi parar nos acampamentos golpistas. As informações são da revista Veja.

DIPLOMACIA – Brasileiros são autorizados a deixar a Faixa de Gaza

Grupo de 34 pessoas dividido entre as cidades de Kan Yunis e Rafah aguardava autorização para atravessar a fonteira O grupo de 34 brasileiros que aguardavam a liberação para deixar a Faixa de Gaza recebeu a autorização nesta sexta-feira (10) e aguardam desde o início da manhã para cruzar a fronteira de Rafah, com o Egito. Os brasileiros ou palestinos em proceso de naturalização estavam no sul de Gaz, nas cidades de Khan Yunis e Rafah. “Espero que a gente consiga viajar hoje, a chance é muito grande. Talvez tenha dificuldade, mas espero que não aconteça isso e a gente já está indo agora na fronteira”, disse o comerciante Hasan Rabee, de 30 anos, em um vídeo gravado no ônibus com16 brasileiros que estavam em Khan Yunis a caminho de Rafah. A passagem humanitária, que fica no sul da Faixa de Gaza, na fronteira com o Egito, tem sido marcada por instabilidades logísticas e diplomáticas. Ambas dificultam a saída de cidadãos que querem fugir da zona de guerra, bombardeada incessantemente por Israel há mais de um mês. Fechada nesta quarta (8), devido a uma “circunstância de segurança” não explicada, a fronteira foi reaberta nesta quinta-feira (9).

Desmatamento da Amazônia diminui 22,3% e atinge menor nível desde 2019

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram interrupção na escalada de desmate que vinha se configurando sob Bolsonaro O desmatamento na Amazônia caiu 22,3% no intervalo entre agosto de 2022 e julho de 2023, se comparado com o período de medição anterior, que vai de agosto de 2021 a julho de 2022. O índice representa a menor redução de cobertura vegetativa verificada desde 2019. Divulgados nesta quinta-feira (9), os dados são do sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Os números partem da verificação de uma taxa oficial de desmatamento de 9.001 km² no período analisado pelo Inpe, que inspeciona esse tipo de ação desde 1988. O patamar divulgado nesta quinta interrompe a sequência de montantes mais elevados na taxa de desmatamento no governo Bolsonaro. Entre os anos de 2019 e 2022, quando se encerrou a gestão do ex-capitão, as taxas de desmate registradas foram, em quilômetros quadrados: 10.129; 10.851; 13.038; e 11.594. Segundo o Inpe, o sistema de monitoramento identifica redução de cobertura por corte raso e degradação progressiva, como o que se dá nos casos em que árvores são totalmente incineradas. Outro sistema adotado pelo instituto, o Deter, envia alertas diários que servem de subsídio à fiscalização feita por técnicos do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Dados gerados pelo Deter mostram que a diminuição do desmate se deu a partir de janeiro de 2023, quando teve início o governo Lula. O sistema identificou aumento de 54% da prática entre agosto e dezembro do ano passado e redução de 42% no primeiro semestre deste ano. Se a curva de redução de cobertura vegetativa não tivesse caído em 2023, os técnicos calculam que o ano atual estaria num patamar acima de 13 mil km2. A meta de redução do desmatamento na Amazônia teve destaque nos discursos de Lula desde a época das eleições de 2022, quando o petista apontou esse objetivo como uma promessa de campanha. Segundo o governo, a redução das ações de desmate vem após aumento de 104% dos autos de infração impostos pelo Ibama, de 61% nas apreensões, bem como acompanham a taxa de 31% de aumento dos embargos e de 41% de destruição de equipamentos ilegais na região.

Apagões em SP reforçam posição de Rodrigo Cadeirante contra privatização da Cemig

*  Por Waldo Ferreira Em pronunciamento da tribuna da Câmara Municipal, ele voltou a manifestar sua insatisfação com a possibilidade de a empresa ser entregue à iniciativa privada, juntamente com a Copasa, gestora do saneamento. Evocou, então, a privatização do setor elétrico em São Paulo, onde a italiana Enel está sendo colocada à prova após os apagões que atingiram mais de 500 mil imóveis apenas na capital. Ele disse que o ocorrido em São Paulo deve servir de alerta para o que pode ocorrer em Montes Claros e Minas Gerais, caso Zema consiga seu intento. Rodrigo Cadeirante já se manifestou várias vezes contra a privatização das duas companhias. Os mais prejudicados, segundo ele, seriam os funcionários concursados e a parcela mais vulnerável da população, aquela que mais precisa das políticas públicas. “Como empresa privada não tem responsabilidade social, os mais pobres perderiam subsídios, como a tarifa social, que reduz valores cobrados nas contas de energia e água”, alertou. Ele considera incoerente a justificativa de rombo nas contas públicas, dada pelo governador, para defender a privatização. “Ao mesmo tempo ele isenta de tributos as locadoras de veículo, que são as maiores doadoras das campanhas eleitorais dele e de seus aliados. Penso que configura crime receber doação de empresa particular em período eleitoral e depois produzir lei para beneficiá-la”, disse. Para reforçar sua posição contrária, Rodrigo citou outra privatização, a da BR-135, cujo beneficiário é outro empreendimento com participação acionária de origem italiana, a Ecovias. Lembrou que a concessionária está envolvida em irregularidades na administração de várias rodovias pelo país, já tendo sido condenada. Coincidentemente, a companhia responsável pelo setor elétrico em São Paulo também é italiana, o que fez o vereador ironizar: “será que tudo vai terminar em pizza?”. * Jornalista