Zema, Cleitinho e Nikolas: os antivacinas atacam novamente – Por Ricardo Kertzman

É simplesmente inacreditável e triste – para mim, que gosto e admiro nosso Chico Bento -, que após quatro anos da eclosão da maldita pandemia do novo coronavírus, ainda exista pessoas fazendo proselitismo político-ideológico sobre as vacinas (de Covid ou não). A humanidade (incluindo os negacionistas) foi salva por cientistas – receberam, inclusive, o Prêmio Nobel por isso -, que desenvolveram, em tempo recorde, as vacinas contra a Covid-19 a partir de uma técnica conhecida como RNA mensageiro. Os maiores laboratórios do mundo produziram e distribuíram, com extrema eficácia e segurança, bilhões de doses do imunizante por todos os cantos do globo. Só estou escrevendo esse texto, aliás, – e você me lendo – por causa desses caras. NOVA POLÍTICA Sim. Compreendo as novas formas de comunicação e de se fazer política, e ainda que eu considere medíocres os novos meios e agentes – com raríssimas exceções -, a popularidade digital, hoje, é primordial em uma corrida eleitoral. Porém, para tudo há um limite! Quando a busca por aceitação junto a determinado estrato do eleitorado esbarra nas condições mínimas de civilização – e de civilidade – e, no extremo, na própria existência do ser humano, não posso aceitar calado. Não me conformo com o governador de um dos três estados mais importantes do País cerrar fileiras em pautas antivacinas, sobretudo ao lado de um contumaz arruaceiro digital que absolutamente nada produz à política brasileira senão ódio e obscurantismo. REDES SOCIAIS Refiro-me especificamente a Nikolas Ferreira, alguém tão profundo quanto uma poça d’água barrenta secando ao sol, que depende exclusivamente de pautas canhestras para se manter em cena, já que de útil e produtivo não é capaz de nada. É verdade que, ao lado de Zema, no vídeo infame antivacina que divulgaram, aparece o Senador Cleitinho, outro que desapareceria não fossem as redes sociais. Contudo, a favor do simpático e bem-intencionado rapaz, algumas propostas boas e muita fiscalização. Nesta dupla de tiktokers, agora transformada em trinca, Zema desempenha um papel que não deveria, pois além de rebaixar a si e ao cargo comete um dos erros mais primários em uma democracia: falar em liberdade como se fosse um princípio absoluto. LIBERDADE UMA OVA Não há liberdade absoluta em um Estado Democrático de Direito. Tudo circunscreve-se às leis e à Constituição. Disseminar patógenos é crime! E se uma forma de impedir a transmissão de um vírus é a vacinação em massa, portanto, uma obrigação é. Doenças como a Poliomielite, erradicada há décadas no País, retornam justamente pela falta de vacinação. Há 8 anos seguidos o Brasil apresenta diminuição na cobertura vacinal. Uma criança não vacinada pelos pais não tem o direito de contaminar outra. Saúde pública é questão… pública! E não privada, de foro íntimo. Se a imunização através de vacinas não pode ser obrigatória, que seja restringida, sim, a circulação de quem potencialmente pode contaminar – e matar! – outras pessoas. ACORDA, ZEMA Não é a primeira vez que, em nome da popularidade junto ao eleitorado bolsonarista, o governador mineiro pisa em casca de banana. Ano passado, Zema resolveu condecorar o ex-presidente Jair Bolsonaro, em meio ao escândalo das jóias contrabandeadas. Uma coisa é manter-se à direita na política e fazer oposição – desde que firme e responsável – ao governo lulopetista. Outra, porém, bem diferente e contraproducente, é se tornar mamulengo de tiktokers sem conteúdo, sobretudo em pautas irracionais. Chico Bento já tem problemas suficientes de aceitação dentro do governo (falo, obviamente, do bloco independente e pensante da Cidade Administrativa, e não de meia-dúzia de puxa-sacos) por conta do alinhamento excessivo ao bolsonarismo. Não precisava de mais um. * Ricardo Kertzman é blogueiro, colunista e contestador por natureza. Reza a lenda que, ao nascer, antes mesmo de chorar, reclamou do hospital, brigou com o obstetra e discutiu com a mãe. Seu temperamento impulsivo só não é maior que seu imenso bom coração. (IstoÉ)

Candidatos têm última semana para se inscrever no concurso unificado

Estão sendo ofertadas mais de 6,6 mil vagas Termina no dia 9 de fevereiro o prazo para inscrição no Concurso Público Nacional Unificado (CPNU). Interessados em participar do certame devem acessar o site da Fundação Cesgranrio e pagar a taxa de R$ 60, para os cargos de nível médio e R$ 90 para os de nível superior. É necessário ao candidato estar inscrito na plataforma Gov.br. Os organizadores já contabilizam mais de 1 milhão de inscrições para concorrerem às 6,6 mil vagas no serviço público. Dessas, 5.948 são para cargos de nível superior e 692, nível médio. As provas serão aplicadas no dia 5 de maio, em 220 cidades distribuídas por todas as unidades federativas. Para se inscrever, o candidato precisa, primeiro, escolher um entre os oito blocos temáticos do concurso. Na sequência, escolhe os cargos de seu interesse, dentro do mesmo bloco temático, e coloca na ordem de preferência – primeiro entre os cargos e, na sequência, entre as especialidades. Os editais dos oito blocos temáticos, com todos os requisitos necessários, estão disponíveis em site específico do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. O telefone de suporte para esclarecimento de dúvidas sobre os editais, disponibilizado pela banca examinadora, a Fundação Cesgranrio, é 0800 701 2028. O funcionamento é das 9h às 17h, todos os dias da semana, inclusive fins de semana e feriados. Fonte: Agência Brasil

São Paulo bate Palmeiras e vence a Supercopa do Brasil pela 1ª vez

Tricolor ganha nos pênaltis, com Rafael defendendo duas cobranças O São Paulo conquistou, neste domingo (4), o título que faltava em 94 anos de história. O Tricolor, campeão da Copa do Brasil de 2023, levantou a taça da Supercopa do Brasil ao derrotar o rival Palmeiras, vencedor do último Campeonato Brasileiro, por 4 a 2, nos pênaltis, após empate sem gols no tempo normal. O duelo foi realizado no Mineirão, em Belo Horizonte. A conquista aumentou a supremacia do São Paulo diante do Palmeiras em finais. Foi a quarta vez que os rivais decidiram um título e a terceira com vitória do Tricolor. As duas anteriores foram nos Campeonatos Paulistas de 1992 e 2021. Considerando confrontos eliminatórios, o time do Morumbi obteve o 17º triunfo sobre o Verdão, em 22 encontros. Foi, também, o primeiro título de Thiago Carpini. O técnico de 39 anos chegou ao São Paulo em janeiro, vindo do Juventude, como substituto de Dorival Júnior, que assumiu a seleção brasileira. Ele havia batido na trave no ano passado, quando atingiu a final do Paulistão comandando o Água Santa, perdendo justamente para o Palmeiras. Torcidas de volta aos clássicos Ao contrário do que aconteceria se o jogo ocorresse em São Paulo, onde os clássicos têm somente a presença da torcida mandante, a final deste domingo, realizada em Belo Horizonte, reuniu torcedores de ambos os clubes – o que não ocorria desde abril de 2016. Segundo a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o efetivo de segurança contabilizou mais de 600 agentes atuando entre o público, além de outros espalhados do lado de fora do estádio, helicópteros, drones, cães farejadores e membros da tropa de elite da polícia mineira. A competição, este ano, recebeu o nome de Supercopa Rei, em referência a Edson Arantes do Nascimento, o Pelé. Antes de a bola rolar, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, foi a campo junto de uma das filhas do Rei do Futebol, Flávia Kurtz; de Arthur Nascimento, neto do Atleta do Século; e do ex-volante Clodoaldo, parceiro do camisa 10 no Santos e na seleção brasileira. Eles levaram o troféu até o gramado. Outro homenageado na decisão foi Zagallo, que faleceu no último dia 5 de janeiro, aos 92 anos. O apito inicial foi precedido de um minuto de silêncio, dedicado ao Velho Lobo, campeão mundial pela seleção brasileira como jogador (1958 e 1962), treinador (1970) e auxiliar técnico (1994). Além disso, no minuto 13 da primeira etapa, o telão do Mineirão exibiu a imagem do ídolo, com a frase “Zagallo E13rno”. Gols, somente nas penalidades O primeiro ataque mais perigoso foi do Palmeiras. Aos dois minutos, o lateral Marcos Rocha cobrou lateral pela direita, lançando Rony na área. O atacante dominou e bateu cruzado, obrigando o goleiro Rafael a uma boa defesa. A resposta do São Paulo veio aos 23 minutos. O atacante Jonathan Calleri ganhou de Marcos Rocha na entrada da área e a bola sobrou para o meia Nikão chutar rasteiro. O arremate desviou no zagueiro Gustavo Gómez, mas o goleiro Weverton conseguiu mandar para escanteio. A partir daí, o Verdão passou a ter mais presença no campo ofensivo, mesmo com menos posse de bola (43% a 57%). Aos 25 minutos, Mayke foi lançado na direita pelo atacante Flaco López. O lateral invadiu a área com liberdade, mas chutou em cima de Rafael. Três minutos depois, Rony cruzou pela esquerda e o meia Raphael Veiga desviou de cabeça. A bola saiu rente à trave esquerda do Tricolor. Aos 34, Zé Rafael aproveitou a sobra de uma cobrança de lateral que a defesa afastou, mas a batida do volante, de fora da área, foi à direita da meta. O Palmeiras seguiu pressionando o São Paulo na volta do intervalo, principalmente pela direita, com Mayke. Aos quatro minutos, ele cruzou para Flaco López, que acertou o lado de fora da rede. Aos 23, o lateral colocou na área e o meia Jhon Jhon, de cabeça, mandou por cima do travessão. Aos 31 minutos, Mayke novamente levou a melhor sobre a marcação e bateu cruzado. A bola passou por Rafael e quando Rony apareceu na pequena área para concluir, o lateral Moreira se antecipou e salvou sobre a linha. Um minuto depois, o São Paulo, enfim, assustou, após erro de Weverton, que saiu jogando errado e deu a bola nos pés de Calleri. O atacante entrou na área e finalizou, mas o goleiro alviverde se redimiu. Aos 35, foi a vez do meia Giuliano Galoppo ficar no quase, em cobrança de falta que raspou na trave esquerda do Palmeiras. O duelo, muito truncado (30 faltas e nove cartões) foi ficando mais nervoso à medida que se encaminhava para o fim, com as equipes ponderando a hora certa de ir ao ataque. O último lance de perigo foi um chute de fora da área do volante Aníbal Moreno, do Palmeiras, que saiu perto da trave direita de Rafael. O confronto foi para os pênaltis. Calleri e Raphael Veiga abriram a contagem. Galoppo e o volante Gabriel Menino mantiveram os 100% de aproveitamento das duas equipes. Na terceira série, o volante Pablo Maia acertou a cobrança do São Paulo, mas o zagueiro Murilo parou em Rafael. O meia Michel Araújo converteu o quarto chute do Tricolor e obrigou Joaquín Piquerez a marcar, mas o lateral do Palmeiras também teve o arremate defendido pelo goleiro são-paulino, o que garantiu a taça inédita ao clube do Morumbi.

Começa o julgamento do ex-jogador Daniel Alves, acusado de estupro

O ex-lateral do Barcelona e que defendeu a seleção brasileira na Copa do Mundo no Catar em 2022, está preso preventivamente desde janeiro de 2023. O julgamento é conduzido por um tribunal espanhol e se estenderá até quarta-feira Começou nesta manhã o julgamento do ex-jogador brasileiro Daniel Alves, acusado de estupro ocorrido em uma boate na cidade de Barcelona em dezembro de 2022. O processo está sendo conduzido em um tribunal espanhol e está programado para se estender até quarta-feira (7), informa o g1. A primeira sessão do julgamento contempla depoimentos de seis testemunhas, incluindo o próprio ex-atleta. As 22 testemunhas restantes serão ouvidas no dia seguinte, enquanto a última sessão, marcada para quarta, será dedicada a procedimentos periciais, culminando com a apresentação de relatórios e conclusões. Logo no início do julgamento, a defesa do ex-jogador solicitou a suspensão dos procedimentos, alegando que o juiz rejeitou a proposta de um segundo exame pericial na vítima. A advogada de Alves, Inés Guardiola, pediu a realização de novos testes. A juíza Isabel Delgado Pérez, responsável pelo caso, decidirá sobre a solicitação. Até a emissão da sentença final, Daniel Alves permanecerá em prisão preventiva, conforme determinação da Justiça. O Ministério Público espanhol busca uma pena de nove anos de prisão para o ex-jogador, enquanto a defesa da mulher que denunciou o estupro pleiteia uma sentença mais severa, com 12 anos de reclusão. A identidade da jovem espanhola que denunciou o crime está sendo preservada, e ela não deverá comparecer ao julgamento, conforme decisão judicial. Em casos de estupro na Espanha, as denúncias são enquadradas como agressão sexual, e as penas associadas variam de 4 a 15 anos de prisão. Desde 20 de janeiro de 2023, Daniel Alves está sob prisão preventiva, sendo mantido em um presídio nos arredores de Barcelona por risco de fuga. O ex-jogador, que nega as acusações, permanece sem direito a fiança enquanto aguarda o desfecho do processo.