Montes Claros inaugura o Centro Municipal de Educação

A Prefeitura de Montes Claros, por meio da Secretaria Municipal de Educação, promoveu uma grande festa nessa segunda-feira, 11, para inaugurar o Centro Municipal de Educação Professora Maria Lúcia Drumond Pimenta Machado, nova sede do CEMEI Dona Ruth Tupinambá. Localizado na rua General Carneiro, no bairro Morrinhos, o prédio, que foi sede da escola da Coteminas, foi adquirido pela Prefeitura de Montes Claros e transformado no Centro Municipal de Educação, com capacidade inicial para 500 alunos, e abrigará, além do CEMEI, uma nova escola de Ensino Fundamental, a ser inaugurada em breve. Para aquisição do novo prédio foram investidos cerca de R$ 7 milhões, recursos do Tesouro Municipal. A solenidade de inauguração contou com a presença do prefeito Humberto Souto, acompanhado do vice-prefeito, Guilherme Guimarães, vereadores, secretários, servidores municipais, familiares homenageados, além da comunidade escolar e moradores do bairro. “Esta é mais unidade que estamos entregando para melhorar a vida das pessoas. Aqui é um espaço de cidadania, de responsabilidade social, de esperança, de futuro”, destacou o prefeito Humberto Souto ao declarar inaugurada a nova unidade escolar. O Centro Municipal de Educação recebeu a denominação em homenagem à Professora Maria Lúcia Drumond Pimenta Machado. Formada em Licenciatura em Matemática, foi professora do Ensino Fundamental na Escola Estadual Gilberto Caldeira Brant, na cidade de Bocaiúva, e nas escolas estaduais Francisco Sá e Plínio Ribeiro, em Montes Claros, até se aposentar, depois de mais de trinta anos de Magistério. “Em nome da minha mãe e de toda nossa família, nossa gratidão pela honra e alegria imensa trazidas por essa distinta homenagem”, agradeceu Leonardo Linhares, filho da homenageada. O vice-prefeito Guilherme Guimarães ressaltou que a inauguração do Centro vai possibilitar revitalizar todo o entorno, conferindo mais segurança e mobilidade ao bairro. “O progresso da cidade de Montes Claros começou com a chegada da linha férrea, que passa bem aqui ao lado. E devolver ao bairro Morrinhos esse protagonismo, com a instalação de uma unidade de ensino robusta, com capacidade para atender a demanda da região, com todas as instalações necessárias, é uma forma de retomar o trilho do progresso para essa região pioneira”, observou. A secretária municipal de Educação, professora Rejane Veloso Rodrigues, lembrou que o CEMEI Dona Ruth Tupinambá passou por vários prédios adaptados, e que, finalmente, chegou o momento de receber a sede própria. “Temos o desafio de garantir espaços adequados para as crianças estudarem, e a Prefeitura de Montes Claros está trabalhando para vencer esse desafio, construindo novas unidades e reformando prédios próprios mais antigos, para que os estudantes encontrem na escola a motivação e o prazer de estudar”, destacou. Fundada em 2006 como uma creche para dar assistência às famílias carentes do bairro Morrinhos e adjacências, a unidade recebeu a denominação de Centro Municipal de Ensino Infantil (CEMEI) Dona Ruth Tupinambá em 2015, em homenagem à professora brilhante, dedicada e carismática. Formada em Pedagogia e Licenciatura Plena e em Orientação Educacional, Administração Escolar e Supervisão, Dona Ruth Tupinambá foi professora do Grupo Escolar Secundino Tavares, vice-diretora e diretora da Escola Estadual Dona Vidinha Pires. Após se aposentar, passou a escrever crônicas, poesias e contos, e se tornou assídua colaboradora dos principais jornais de Montes Claros. Participou de duas edições do Anuário Poetas do Brasil e publicou os livros “Montes Claros era Assim” e “Montes Claros, Eterna Lembrança”, ambos de grande sucesso e repercussão no meio literário e cultural da cidade. Dona Ruth Tupinambá faleceu em 2014. Com a inauguração da nova sede, o CEMEI terá capacidade para receber cerca de 400 alunos do Maternal (crianças de 2 a 3 anos de idade) e da Pré-Escola (de 4 e 5 anos), nos turnos matutino e vespertino. “Hoje, o CEMEI ganha o melhor presente a poucos dias de assumir a sua maioridade. Completará 18 anos de muito compromisso, dedicação e persistência. Ganhamos de presente uma casa nova, para continuarmos oferecendo uma educação de qualidade que trará impacto na vida de centenas de crianças”, comemorou a diretora Cristiane Graciele de Oliveira Alves.

China se torna nova potência marítima e ameaça a hegemonia dos EUA

Crescendo sobretudo nos setores de granéis secos e navios porta-contêineres, China já responde por mais da metade da produção mundial de navios O alerta foi dado em janeiro numa longa reportagem da The Economist: em pleno século 21, “ter uma Marinha poderosa se tornou crucial para vencer guerras”. Segundo a tradicional revista britânica, a ordem mundial está em “erosão”. Qual ordem? Aquela em que Estados Unidos e aliados, graças à frota de submarinos modernos e a alianças navais mais sólidas, pareciam soberanos e imperecíveis pelos mares do Planeta. A emergência da China como nova potência marítima ameaça essa hegemonia norte-americana num momento em que, conforme a Economist, “os oceanos voltaram a ter importância na geopolítica”. Nenhum país se preparou melhor para essa transição do que a China. “A Marinha chinesa é hoje a maior do mundo”, destaca a Economist. “Os estaleiros americanos mirraram. E as Marinhas europeias são uma sombra do que já foram, tendo perdido 28% de seus submarinos e 32% de suas fragatas e de seus destroieres entre 1999 e 2018.” O problema, para a Europa, é que essa redução vem em péssima hora. Grandes conflitos internacionais – os atuais e os iminentes – passam pelos oceanos e, por isso, testam o poderio do Ocidente. EUA e Reino Unido até responderam à ofensiva do grupo rebelde Houthi no Mar Vermelho, região que é considerada uma “artéria crucial do comércio mundial”. Mas as tensões não se resumem ao Oriente Médio. “Taiwan acaba de passar por uma eleição capaz de moldar seu futuro. Um conflito pela ilha envolveria uma intensa guerra naval sino-americana que se ampliaria para muito além do Pacífico”, aponta a Economist. “E na Europa a guerra na Ucrânia pode se transformar numa disputa naval pelo Mar Negro e pela Crimeia. O poder marítimo está de volta.” Só a China acompanhou essa tendência. Crescendo sobretudo nos setores de granéis secos e navios porta-contêineres, o país já responde por mais da metade da produção mundial de navios. Em 2023, a China ultrapassou a Grécia e virou o maior proprietário de frota marítima do mundo em termos de arqueação bruta (GT). Esse avanço é estratégico porque, afora as guerras, sobressai a economia. De acordo com a revista, “cerca de 80% do comércio global em volume é transportado pelo mar; e, em termos de valor, 50%”. Além disso, empresas de telecomunicações mantêm 574 cabos submarinos, “ativos ou planejados”, operando 97% do tráfego global de internet. Um mês depois da The Economist, a Dow Jones Newswires é outra publicação de renome a se render à invasão chinesa nos mares. Diz a Dow Jones: “A China emergiu como uma potência global ao se transformar no chão de fábrica do mundo. Agora, ela está ampliando esse poder – e seu poderio militar – com outro notável feito industrial: está se tornando o estaleiro do mundo”. Se a China é “a maior fabricante de navios por uma ampla margem”, quem compete com os chineses? “Os outrora prolíficos estaleiros do Ocidente, que ajudaram a forjar impérios, ampliar o comércio e vencer guerras, encolheram. A Europa responde por apenas 5% da produção mundial, enquanto os EUA hoje contribuem com quase nada”, diz a Dow Jones Newswires. “A maior parte do que a China não fabrica vem da Coreia do Sul e do Japão.” Isso porque “a outrora vigorosa indústria da construção naval dos EUA” já não produz mais “um número significativo de navios comerciais oceânicos. Vários estaleiros têm apenas um grande cliente, a Marinha americana, e esses estaleiros frequentemente enfrentam acúmulos de pedidos, escassez de funcionários e fornecedores, e custos excessivos”. A reportagem trata os chineses como expressão de um novo tempo – ou nova ordem. “Esse império da construção naval é um símbolo da transformação histórica da China, de uma nação continental voltada para dentro, em potência marítima”. Um dos trunfos do país asiático é a diversificação. “As gigantescas empresas chinesas de construção naval que fabricam navios para o mundo são muitas vezes as mesmas que fabricam navios de guerra para a Marinha da China”, aponta a Dow Jones Newswires. “Seus estaleiros estão prosperando, com contratos de muitos bilhões de dólares sendo firmados não só para navios de guerra, mas também para navios de transporte de contêineres, navios petroleiros e graneleiros para companhias marítimas da China, do Ocidente e até de Taiwan.” Citando o conflito entre Rússia e Ucrânia, a reportagem afirma que as guerras atuais têm durações imprevisíveis. Daí a necessidade de indústrias navais capazes de atender às demandas nacionais: “As fábricas de armamentos dos EUA vêm lutando para acompanhar os campos de batalha na Ucrânia. Seus fabricantes de munições – e estaleiros – não estão prontos para uma guerra com a China”

TSE cria centro de combate à desinformação para eleições municipais

Unidade vai trabalhar no combate aos discursos de ódio, discriminatórios e antidemocráticos e na luta contra a desinformação de cunho eleitoral Agência Brasil – O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) montou para as eleições municipais deste ano um Centro Integrado de Combate à Desinformação e Defesa da Democracia (Ciedde). Segundo anúncio feito pela corte, a unidade vai trabalhar no combate aos discursos de ódio, discriminatórios e antidemocráticos e na luta contra a desinformação de cunho eleitoral. O comando do Centro ficará a cargo do presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes. Outros sete integrantes da Corte Eleitoral vão compor o novo organismo, que será inaugurado na tarde desta terça-feira (12). Segundo o TSE, a ideia é que o Ciedde “atue para promover a cooperação entre a Justiça Eleitoral, órgãos públicos e entidades privadas, em especial as plataformas de redes sociais e serviços de mensageria privada, durante o período eleitoral, para garantir o cumprimento das regras estabelecidas pelo plenário do TSE para a propaganda eleitoral”. Outra atribuição do centro será auxiliar os Tribunais Regionais Eleitorais a fiscalizar a utilização regular de ferramentas de inteligência artificial pelas campanhas, incluindo na identificação e combate aos deep fakes, como simulações fabricadas da imagem e da voz de pessoas com aparência real. A atuação do Centro deverá ser preventiva e também corretiva, agilizando a comunicação entre órgãos e plataformas de redes sociais para derrubar publicações maliciosas, conforme regras estabelecidas pelo TSE. O Centro deverá ainda “coordenar a realização de cursos, seminários e estudos para a promoção de educação em cidadania, democracia, Justiça Eleitoral, direitos digitais e combate a desinformação eleitoral, organizar campanhas publicitárias e educativas”, informou a Justiça Eleitoral. Serão convidados a participar do Centro a Procuradoria-Geral da República, o Ministério da Justiça e Segurança Pública, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Montes Claros anuncia construção da Arena Moc (antigo Mocão)

A Prefeitura de Montes Claros, através da Secretaria de Esportes e Juventude, realizou no início da tarde dessa segunda-feira, 11, solenidade de assinatura de decreto autorizando o município a realizar o processo licitatório do projeto do novo Estádio Municipal “Arena Moc” (antigo Mocão), na região do grande Delfino Magalhães (leste da cidade). Na oportunidade, o prefeito Humberto Souto e o vice, Guilherme Guimarães, assinaram também o termo de autorização para revitalização do Campo do Ateneu, com a construção de vestiários e projeto de prevenção e combate a incêndios. Participaram da solenidade o deputado federal Marcelo Freitas e o estadual Arlen Santiago, além de vereadores, secretários, servidores e representantes de diversas entidades, clubes e agremiações esportivas. A secretária de Esportes e Juventude da Prefeitura, Juliana Peixoto, destacou que “estamos estruturando diversos setores e várias modalidades esportivas, porque o esporte pode transformar vidas. Anunciamos recentemente investimentos no Estádio do Cassimiro de Abreu e agora estamos investindo também no Estádio do Ateneu. Além disso, temos que destacar que estamos investindo no esporte através de projetos sociais, sem deixar de apoiar o esporte profissional”. Presidente do Conselho Deliberativo do Ateneu, Roberto Rebelo afirmou que “esporte é diversão, mas antes de tudo, esporte é saúde. Temos diversos atletas em várias categorias, e é uma satisfação para nossa diretoria esse apoio que o município está ofertando para a Associação Desportiva Ateneu”. Osmar Cunha, presidente da Associação Desportiva Ateneu, observou que “a história do Ateneu é um bem que pertence à comunidade de Montes Claros. E essa parceria demonstra ainda mais a preocupação do município em oferecer esses espaços para nossa população. Estamos à disposição para oferecer o espaço para todos os clubes e destacamos que queremos contribuir para o desenvolvimento de Montes Claros”. O procurador-geral do Município, Dr. Otávio Rocha, enfatizou que “essa permissão vai contribuir diretamente para que o esporte seja beneficiado. Estamos estabelecendo ambientes propícios para práticas esportivas”. O vice-prefeito Guilherme Guimarães destacou que “o esporte, antes de uma prática esportiva, é uma formação ética para as pessoas. Já fizemos muito para o esporte e agora estamos fazendo muito mais. Estamos estruturando o esporte, porque ele também é saúde, educação e desenvolvimento social”. Em seu depoimento, o prefeito Humberto Souto disse que “esse momento é de alegria para nossa população, sobretudo para aquela parte que gosta do esporte. É o momento de celebrar o renascimento do esporte em nossa cidade. Primeiro tivemos que cuidar de uma série de fatores, quando a sociedade clamava por melhorias na educação, saúde e infraestrutura. E agora estamos investindo no esporte para formação de novos atletas e, principalmente, para formação de valores da sociedade”. Via Ascom/Prefeitura de Montes Claros

Presidente Lula anuncia 100 novos institutos federais de educação

Construção de 100 novas unidades por meio do PAC criará 140 mil novas vagas de ensino médio e técnico em todo o país O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o ministro da Educação, Camilo Santana, anunciaram a criação de 100 novos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs), em cerimônia realizada na manhã desta terça-feira (12), no Palácio do Planalto, em Brasília (DF). Os novos institutos gerarão 140 mil novas matrículas por ano, majoritariamente de cursos técnicos integrados ao ensino médio. O Nordeste é a região do país que mais receberá a construção de institutos: serão 38 unidades espalhadas em todos os estados da região. Em seguida, vem Sudeste (27), Sul (13), Norte (12) e Centro-Oeste (10). No Nordeste, o estado com mais novas unidades é a Bahia. São oito institutos nos municípios de Santo Estevão, Ribeira do Pombal, Itabuna, Macaúbas, Poções, Salvador, Ruy Barbosa e Remanso. A construção dos espaços educacionais deve ser concluída até o final de 2026, quando Lula termina o seu mandato. “É com base no investimento na educação que a gente pode ter a certeza de que esse país será um país de primeiro-mundo, um país desenvolvido. Nós não fizemos a opção de ser pobre. Ninguém gosta de ser pobre”, disse o presidente durante a cerimônia. “Todos nós nascemos para ter acesso a tudo aquilo que nós produzimos. Quando a gente fala em investimento e educação, é porque uma profissão dá a um homem e a uma mulher um estado de cidadania que sem educação a gente não conquista”, afirmou Lula. “É por isso que nós vamos fazer mais escolas técnicas, sobretudo para que a gente seja cidadão de primeira classe.” “É proibido falar que dinheiro em educação é gasto. Dinheiro em educação é o mais importante investimento que um país pode fazer. Gasto é dinheiro em cadeia, combater droga, contrabando e crime organizado.” O presidente Lula e o ministro da Educação, Camilo Santana, anunciaram a criação de 100 novos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia hoje (12). “Quero que o filho do trabalhador possa fazer uma universidade”, disse Lula. No total, serão investidos R$ 3,9 bilhões por ano no programa, sendo R$ 2,5 bilhões para a construção de novos campi e R$ 1,4 bilhão para a ampliação e reforma de unidades já existentes, como a construção de refeitórios estudantis, ginásios, bibliotecas, salas de aula e aquisição de equipamentos. Cada nova unidade tem custo estimado de R$ 25 milhões, sendo R$ 15 milhões para infraestrutura e R$ 10 milhões para aquisição de equipamentos e mobiliário. “Onde não tem restaurante, vamos fazer restaurante. Onde não tem laboratório, vamos fazer laboratório. E cada reitor está dialogando com o Ministério da Educação para colocar as suas demandas”, afirmou o ministro da pasta, Camilo Santana. Entre os critérios para a escolha dos locais em que serão construídos os novos institutos, estão a densidade populacional do local, o que representou a seleção de vazios demográficos; a proporção de matrícula de ensino técnico ofertada em cada estado; e a proporção do número de institutos por habitantes em cada estado. Santana também disse que os novos institutos devem oferecer pelo menos 80% de vagas em cursos técnicos e profissionalizantes. Hoje, a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica tem como obrigação garantir um mínimo de 50% das vagas para a oferta de cursos técnicos de nível médio, prioritariamente na forma integrada com o ensino médio. Para estudar em um desses institutos é necessário realizar o processo seletivo de cada unidade. Criada em 2008, durante o segundo mandato de Lula, a ampliação da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica faz parte do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal. Hoje, existem 28 institutos federais, sendo que cada um tem mais de um campus nos estados. O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas, por exemplo, tem 15 campi espalhados pelo estado. Além dos institutos, a rede federal de educação tem dois Centros Federais de Educação Tecnológica, o Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, e escolas técnicas ligadas a universidades federais. No total, são 682 unidades, 11 mil cursos, 31 mil técnicos, 38 mil professores e 1,4 milhão de estudantes.

Obras de pavimentação entre Pintópolis e Urucuia serão retomadas

O Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) homologou em publicação no Diário Oficial do Estado, resultado da licitação que permite a retomada das obras de complementação dos serviços de melhoramento e pavimentação das rodovias MG-402 e MG-202, trecho Pintópolis – Urucuia, no Norte de Minas. De acordo com a licitação, os 73 quilômetros de obras serão divididos em dois lotes: o lote um com 21,753 quilômetros e o lote dois com 51,440 quilômetros. Os recursos para execução das obras estão garantidos por meio do Provias. A assinatura do contrato com a empresa Mais Construtora Ltda, vencedora da licitação, e a autorização para o início dos serviços, devem ocorrer nos próximos dias. Histórico Os trabalhos de pavimentação das rodovias foram temporariamente interrompidos devido ao não cumprimento, por parte da antiga empresa responsável pela obra, das metas de execução estabelecidas. Diante disso, foi necessária a rescisão contratual e publicação de um novo edital. Benefícios As obras no trecho Pintópolis-Urucuia vão integrar a região Norte e Noroeste de Minas, os vales do Jequitinhonha e Mucuri e o Sul da Bahia, facilitando o transporte de grãos, que é a base da economia da região. Além disso, a expectativa é a de que, após a conclusão dos serviços, cerca de 100 mil pessoas sejam beneficiadas diretamente pela pavimentação do segmento. “A pavimentação da MG-402 e MG-202 é uma obra esperada pela população do Norte de Minas há décadas. A melhoria vai trazer benefícios logísticos e de segurança viária para toda região, além de diminuir significativamente o tempo de deslocamento no trajeto até Brasília, que poderá ter redução de mais de duas horas”, destacou o diretor-geral do DER-MG, Rodrigo Tavares. Durante a execução dos trabalhos serão gerados cerca de 130 novos postos de trabalhos. Acordo de Reparação A obra é custeada com recursos do Acordo de Reparação ao Rompimento das barragens da Vale em Brumadinho, assinado pelo Governo de Minas, o Ministério Público de Minas Gerais, O Ministério Público Federal e a Defensoria Pública de Minas Gerais. O rompimento tirou a vida de 272 pessoas e gerou uma série de danos sociais, econômicos e ambientais. Provias Considerado o maior programa de recuperação e pavimentação rodoviária da última década, o Provias tem como objetivo reverter a situação precária em que se encontram muitas rodovias mineiras devido ao baixo investimento realizado por gestões anteriores na manutenção das estradas. O programa conta com quase R$ 2,5 bilhões em investimentos, que estão sendo aplicados em de 124 intervenções em rodovias de Norte a Sul do estado. O Provias se divide em dois eixos: recuperação funcional, com objetivo de promover melhorias no pavimento das estradas em pior estado de conservação; e pavimentação e construção de pontes, com foco em viabilizar novas ligações entre importantes regiões de Minas Gerais. O programa tem potencial de adicionar ao Produto Interno Bruto (PIB) mineiro o montante de R$ 1,3 bilhão e aumentar a arrecadação com impostos indiretos em cerca de R$ 225 milhões. (Agência Minas)

Pesquisadores brasileiros lançam pequi sem espinhos

Novidade evita acidentes — e uma barreira ao consumo Por Thaís Manarini – Veja Saúde Em tupi, pequi significa “pele com espinho”. E não é pra menos: essa é a principal marca do alimento, nativo do Cerrado. Por isso, é preciso comê-lo com jeitinho, sem morder. Só que nem todo mundo tem paciência Para esse pessoal, uma ótima notícia: após vários anos de pesquisas, a Embrapa Cerrados e a Emater Goiás acabam de lançar três cultivares do fruto sem espinhos. “E o sabor é mais suave”, observa o agrônomo Ailton Pereira, lembrando que, muitas vezes, a rejeição ao alimento tem a ver com a digestão trabalhosa. Outra vantagem é a facilidade de aproveitar a castanha dentro do caroço. “Ela é gostosa e nutritiva”, crava Pereira. A paciência, agora, será essencial para experimentar o novo pequi. É que, entre cultivo e colheita, são necessários uns sete anos pela frente. Por que valorizar o fruto Primeiro porque estamos falando de um alimento brasileiríssimo, típico do nosso Cerrado. Segundo porque, em termos nutricionais, ele bate um bolão. É rico em gorduras gorduras monoinsaturadas do tipo ômega-9, conhecidas pelo potencial anti-inflamatório, e reconhecido pela abundância de carotenoides, substâncias precursoras de vitamina A, e de vitamina C. “Trata-se de um alimento muito bom para ser incorporado à dieta”, resume o pesquisador Ailton Pereira.