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Movimentos populares e parlamentares discutem privatização da Cemig e da Copasa

Audiência pública na Assembleia Legislativa discutiu o futuro das concessionárias estaduais de água e de energia Uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) debateu, na última sexta-feira (22), a resistência contra a privatização da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). A reunião aconteceu poucos dias após o governo Zema (Novo) protocolar dois projetos de lei (PL) para entregar a gestão das empresas para a iniciativa privada. O encontro foi convocado pelo deputado Leleco Pimentel (PT), contou com a presença da deputada Beatriz Cerqueira (PT) e do secretário nacional de participação social do governo federal Renato Simões, além de representantes de movimentos populares e sindicais. Durante a audiência, Wagner Xavier, assessor do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos do Estado de Minas Gerais (Sindágua MG), afirmou que a privatização da Copasa pode criar uma crise humanitária no Estado. Falta de investimentos Para o sindicalista, a falta de investimentos na concessionária é estratégica, pois, com a precarização do serviço, o governo Zema busca ganhar o apoio da população para a venda da estatal. Wagner afirma ainda que a Copasa tem recursos suficientes para a resolução dos problemas de saneamento em Minas, contando com cerca de R$ 800 milhões em caixa e mais de R$ 1,5 bilhão em bancos de investimentos. A estratégia se repete quando se fala da concessionária de energia do Estado. Emerson Andrade Leite, coordenador-geral do Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores na Indústria Energética de Minas Gerais (Sindieletro/MG), denunciou durante a audiência que a Cemig lida com condições precárias, com falta de material e de mão de obra, além de trabalhadores terceirizados exercendo suas funções sem equipamentos básicos. Plebiscito Popular Entre fevereiro e maio deste ano, mais de 500 organizações populares e sindicais organizaram um plebiscito contra a privatização das empresas estatais de Minas Gerais, que contou com mais de 300 mil votos da população de mais de 100 cidades do estado. Entre os que participaram, cerca de 95% defendem que as empresas continuem públicas. Na audiência, Sabrina Moreira, do Levante Popular da Juventude, declarou que “se for preciso, vamos atrás de cada uma dessas 300 mil pessoas para mobilizar contra a privatização”, fazendo menção ao plebiscito. Leleco Pimentel reforçou dizendo que serão “300 mil nas ruas contra a privatização”.

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Jarbas Soares organiza evento internacional em Bruxelas

O procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, Jarbas Soares, também presidente do Conselho Nacional de Procuradores Gerais do Ministério Público (CNPG), organiza um simpósio internacional em Bruxelas, na Bélgica. Segundo o colunista Frederico Vasconcelos, da Folha de São Paulo, o evento ocorrerá de 24 a 26 deste mês no hotel Steigenberger Wiltcher’s e terá como tema “A Transformação do Direito na Era Digital e Climática”. As diárias no hotel variam entre 291,34 e 1.119,34 euros, e os ingressos custam de 300 a 800 euros, dependendo da categoria dos participantes. Entre os confirmados estão o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, o procurador-geral da República Paulo Gonet e os ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Rogério Schietti, Joel Ilan Paciornik e João Otávio de Noronha. Especialistas internacionais também estarão presentes para os debates. O evento ocorre em um momento delicado para o Ministério Público de Minas Gerais. A instituição está no processo de escolha do sucessor de Jarbas Soares, cujo mandato se encerra em breve. Nesta segunda-feira (18), os membros do MP votarão para formar a lista tríplice de candidatos ao cargo. Por conta disso, tem-se evitado comentar o evento de Bruxelas dentro do órgão, a fim de não interferir no processo eleitoral. Essa coincidência de datas e eventos tem gerado críticas internas, especialmente entre membros que questionam o foco do atual procurador-geral em iniciativas internacionais, enquanto a eleição para a liderança do MP estadual segue em andamento. Jarbas Soares afirmou que o simpósio tem como objetivo abrir oportunidades de interlocução internacional para os Ministérios Públicos estaduais, historicamente ofuscados pelo Ministério Público Federal. Ele destacou a criação de uma secretaria de assuntos internacionais no Ministério Público de Minas Gerais como um marco para “expandir horizontes”. No entanto, conforme apontado por Frederico Vasconcelos, alguns Ministérios Públicos estaduais decidiram não enviar representantes ao simpósio, argumentando que a organização de eventos não se enquadra no papel institucional do Ministério Público. O simpósio conta com patrocínio do Governo Federal, Caixa Econômica Federal, Fundação Dom Cabral e Unifenas, além de empresas privadas como PX Ativos Judiciais e Oncoclínicas & Co., de Minas Gerais. Um dos apoiadores é Lucas Prado Kallas, empresário mineiro cuja Cedro Participações financiou parte da caravana. Segundo a Folha de São Paulo, Kallas já esteve envolvido em polêmicas, incluindo sua prisão em 2008 na Operação João de Barro, da Polícia Federal. A relação entre Jarbas Soares e Kallas também gerou controvérsia. Conforme reportagem da revista “Piauí”, o procurador-geral utilizou por duas vezes o jato particular do empresário, fato que levantou questionamentos éticos. O evento é realizado em parceria com o Instituto de Estudos Jurídicos Aplicados (IEJA), presidido por Fabiane de Oliveira, ex-secretária-geral do STF durante a gestão de Ricardo Lewandowski. Fabiane também foi assessora-chefe do Senado durante o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff em 2016. Frederico Vasconcelos destacou que Jarbas Soares já havia enfrentado críticas anteriormente, como em outubro, por um coquetel na Ilha Fiscal, no Rio de Janeiro, que precedeu o 2º Congresso do CNPG. Apesar das controvérsias, ele defendeu sua atuação: “Sinto-me livre para fazer as coisas que acho adequadas. Dediquei 35 anos ao Ministério Público e me orgulho disso. Críticas sempre vão ocorrer”, declarou.

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Governo de Minas apresenta propostas para privatização da Cemig e Copasa

RETROCESSO – Projetos de lei foram protocolados nesta quinta-feira (14), pelo vice-governador Mateus Simões (Novo) Anteriormente, Zema havia encaminhado uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) ao Legislativo para extinguir a necessidade de referendo – Elizabete Guimaraes/ALMG A gestão de Romeu Zema (Novo) encaminhou, nesta quinta-feira (14), à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), dois novos projetos de lei para privatizar as estatais Cemig e Copasa. A medida foi protocolada por Mateus Simões (Novo), vice-governador do Estado. No modelo de privatização encaminhado, chamado de ‘corporação’, Minas Gerais deixaria de ser o Estado gestor das companhias, mas as entidades não teriam um controlador definido. “Nesse momento a gente considera que os projetos estão maduros para que finalmente cheguem à Assembleia”, afirmou Mateus Simões ao entregar os PLs. “As duas companhias estatais precisam passar por um processo de modernização relevante”, continuou. Por meio de suas redes sociais, o deputado Betão (PT), presidente da Comissão do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social da ALMG, criticou a medida. “Nós vamos tentar impedir que esses projetos avancem, mesmo porque nós já temos experiências no mundo inteiro e aqui mesmo no Brasil de que companhia energética e de saneamento privatizada encarece as contas e não resolve os problemas”, argumentou o parlamentar. O Bloco Democracia e Luta, de oposição ao governo Zema na ALMG, também manifestou repúdio e forte preocupação aos projetos e ressaltou que ambas as propostas vão ao desencontro de tudo o que o Congresso Nacional propõe no Programa de Pleno Pagamento das Dívidas Estaduais (Propag). “Privatizar a água e a energia elétrica é um grave retrocesso para Minas Gerais. Ao transformar dois bens públicos essenciais em mercadorias, Zema coloca, mais uma vez, o governo a serviço dos interesses privados, ignorando as necessidades da população. Uma lógica perversa, que coloca os lucros acima da dignidade humana e do acesso universal a serviços básicos, um direito fundamental que precisa ser garantido a todos”, destacou o bloco, em nota. No texto, assinado pelos 20 deputados que compõem o bloco, os parlamentares chamam a atenção para os apagões que ocorreram em São Paulo, em outubro deste ano, e reforçam que esse é um alerta claro. “O desmonte das equipes de manutenção resultam em serviços precários e apagões frequentes, evidenciando a ineficácia do modelo privatizado. É esse modelo que Zema quer repetir em Minas Gerais”, acrescenta. Governador é insistente Anteriormente, Zema havia encaminhado uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) ao Legislativo para extinguir a necessidade de referendo de consulta à população para privatizar as estatais. No entanto, a medida segue na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e encontrou resistência da população mineira. Em maio deste ano, por exemplo, mais de 300 mil mineiros participaram do Plebiscito Popular em Defesa das Estatais de Minas Gerais. Desses, 95% votaram pela permanência das empresas no poder público. A consulta foi organizada por aproximadamente 500 movimentos populares e sindicais, estaduais e locais, e aconteceu em 120 municípios de todas as regiões do estado. Zema só conseguirá aprovar a privatização caso a PEC também seja aprovada. Do contrário, a ALMG deverá realizar o referendo popular.

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Senador bolsonarista pede ‘revolução’ pelo fim da escala 6×1

Aliado de Nikolas, Cleitinho diverge do deputado e define como uma ‘desculpa’ o argumento de que o fim da escala 6×1 poderia quebrar a economia brasileira O senador bolsonarista Cleitinho (Republicanos-MG) defendeu a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa acabar com a jornada de trabalho de seis dias. Em pronunciamento no plenário da Casa Legislativa, o parlamentar convoca os trabalhadores a fazerem um “revolução” e ressaltou as disparidades entre as condições de trabalho dos políticos e as dos cidadãos comuns. Fonte de riqueza é o trabalhador, é o empresário, é o empreendedor. Fonte de despesa, somos nós. Vocês são patrões, nós somos empregados — afirmou. Cleitinho divergiu do aliado Nikolas Ferreira (PL-MG), que não quis assinar a PEC e chegou a ser alvo de críticas de apoiadores por conta do posicionamento. O bolsonarista ressaltou que políticos trabalham por 151 dias ao ano, enquanto o trabalhador médio atua por 264 dias. Já os dias de descanso dos parlamentares chega a 214 — mais que o dobro dos 101 dias da outra parcela da sociedade. Cleitinho também destacou que o salário mínimo atual de R$ 1.412 é muito abaixo dos R$ 40 mil recebidos pelos políticos. O parlamentar enfatizou que a classe política também possui benefícios próprios como carro oficial, motorista, plano de saúde vitalício e auxílios diversos, como o paletó. O parlamentar define como uma “desculpa” o argumento de que o fim da escala 6×1 poderia quebrar a economia brasileira e destaca que o país sofre com a corrupção há muito tempo. O senador propõe uma mobilização nacional de apoio à PEC e sugere que, caso a escala não possa ser eliminada, os políticos deverão adotar o mesmo regime de trabalho. A discussão sobre o fim da jornada de trabalho 6 por 1 começou a partir de uma articulação nas redes sociais pelo balconista Rick Azevedo. No ano passado, ele publicou um vídeo no TikTok onde falava do esgotamento com o trabalho numa farmácia. A publicação viralizou e mobilizou trabalhadores, com 1,4 milhão de assinaturas no o Movimento VAT (Vila Além do Trabalho). Nas eleições deste ano, Azevedo acabou se tornando o vereador do Rio mais votado pelo PSOL, sendo o 12º na colocação geral no pleito. A ideia ganhou o apoio da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), que no dia 1º de maio, o Dia do Trabalhador, apresentou no Congresso uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que sugere a redução das horas de trabalho. O endosso passou de 71 para 194 parlamentares, segundo a assessoria da parlamentar. Pela legislação em vigor, a carga horária de trabalho no Brasil prevê um expediente de até oito horas diárias e 44 horas por semana. Erika Hilton propõe que o limite caia para 36 horas semanais, sem alteração na carga máxima diária de oito horas e sem redução salarial. Veja quais deputados já assinaram 1. Erika Hilton (PSOL-SP) 2. Reginete Bispo (PT-RS) 3. Delegada Adriana Accorsi (PT-GO) 4. Túlio Gadêlha (Rede-PE) 5. Lindbergh Farias (PT-RJ) 6. Fernando Rodolfo (PL-PE) 7. Orlando Silva (PCdoB-SP) 8. Talíria Petrone (PSOL-RJ) 9. Jandira Feghali (PCdoB-RJ) 10. Chico Alencar (PSOL-RJ) 11. Célia Xakriabá (PSOL-MG) 12. Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) 13. Glauber Braga (PSOL-RJ) 14. Tarcísio Motta (PSOL-RJ) 15. Jorge Solla (PT-BA) 16. Saullo Vianna (União Brasil-AM) 17. Professora Luciene Cavalcante (PSOL-SP) 18. Douglas Viegas (União Brasil-SP) 19. Luiza Erundina (PSOL-SP) 20. Luizianne Lins (PT-CE) 21. Dorinaldo Malafaia (PDT-AP) 22. Meire Serafim (União Brasil-AC) 23. Duda Salabert (PDT-MG) 24. Dandara (PT-MG) 25. Antônia Lúcia (Republicanos-AC) 26. Stefano Aguiar (PSD-MG) 27. Rogério Correia (PT-MG) 28. Ivan Valente (PSOL-SP) 29. Marcos Tavares (PDT-RJ) 30. Padre João (PT-MG) 31. Vicentinho (PT-SP) 32. Daiana Santos (PCdoB-RS) 33. Nilto Tatto (PT-SP) 34. Ana Pimentel (PT-MG) 35. Guilherme Boulos (PSOL-SP) 36. Fernanda Melchionna (PSOL-RS) 37. Dagoberto Nogueira (PSDB-MS) 38. Marcon (PT-RS) 39. André Janones (Avante-MG) 40. Denise Pessôa (PT-RS) 41. Carol Dartora (PT-PR) 42. Célio Studart (PSD-CE) 43. Natália Bonavides (PT-RN) 44. Alfredinho (PT-SP) 45. Kiko Celeguim (PT-SP) 46. Juliana Cardoso (PT-SP) 47. Maria Arraes (Solidariedade-PE) 48. Márcio Jerry (PCdoB-MA) 49. Patrus Ananias (PT-MG) 50. Yandra Moura (União Brasil-SE) 51. Fernando Mineiro (PT-RN) 52. Gleisi Hoffmann (PT-PR) 53. João Daniel (PT-SE) 54. Camila Jara (PT-MS) 55. Washington Quaquá (PT-RJ) 56. Luiz Couto (PT-PB) 57. Dimas Gadelha (PT-RJ) 58. Lídice da Mata (PSB-BA) 59. Tadeu Veneri (PT-PR) 60. Odair Cunha (PT-MG) 61. Waldenor Pereira (PT-BA) 62. Reimont (PT-RJ) 63. Miguel Ângelo (PT-MG) 64. Rubens Otoni (PT-GO) 65. Paulão (PT-AL) 66. Leonardo Monteiro (PT-MG) 67. Erika Kokay (PT-DF) 68. Maria do Rosário (PT-RS) 69. Alice Portugal (PCdoB-BA) 70. Benedita da Silva (PT-RJ) 71. Merlong Solano (PT-PI) 72. Pedro Campos (PSB-PE) 73. Paulo Guedes (PT-MG) 74. Jack Rocha (PT-ES) 75. Socorro Neri (PP-AC) 76. Bacelar (PV-BA) 77. Jilmar Tatto (PT-SP) 78. Reginaldo Lopes (PT-MG) 79. Prof. Reginaldo Veras (PV-DF) 80. Duarte Jr. (PSB-MA) 81. Welter (PT-PR) 82. Valmir Assunção (PT-BA) 83. Carlos Zarattini (PT-SP) 84. Delegada Katarina (PSD-SE) 85. Ana Paula Lima (PT-SC) 86. Thiago de Joaldo (PP-SE) 87. Pedro Uczai (PT-SC) 88. Rafael Brito (MDB-AL) 89. Josenildo (PDT-AP) 90. Laura Carneiro (PSD-RJ) 91. José Airton Félix Cirilo (PT-CE) 92. Rubens Pereira Júnior (PT-MA) 93. Alexandre Lindenmeyer (PT-RS) 94. Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ) 95. Max Lemos (PDT-RJ) 96. Ruy Carneiro (Podemos-PB) 97. Joseildo Ramos (PT-BA) 98. Helder Salomão (PT-ES) 99. Florentino Neto (PT-PI) 100. Clodoaldo Magalhães (PV-PE) 101. Emanuel Pinheiro Neto (MDB-MT) 102. Bruno Farias (Avante-MG) 103. Carlos Veras (PT-PE) 104. Airton Faleiro (PT-PA) 105. Elisangela Araujo (PT-BA) 106. Ricardo Ayres (Republicanos-TO) 107. Alencar Santana (PT-SP) 108. Bohn Gass (PT-RS) 109. Vander Loubet (PT-MS) 110. Daniel Almeida (PCdoB-BA) 111. Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ) 112. Dilvanda Faro (PT-PA) 113. Moses Rodrigues (União Brasil-CE) 114. Renildo Calheiros (PCdoB-PE) 115. Professora Goreth (PDT-AP) 116. Marx Beltrão (PP-AL) 117. Rui Falcão (PT-SP) 118. Idilvan Alencar (PDT-CE) 119. Dr. Francisco (PT-PI) 120. Pastor Sargento Isidório (Avante-BA) 121. José Guimarães (PT-CE) 122. Domingos Neto (PSD-CE) 123. Zeca Dirceu (PT-PR) 124. Elcione Barbalho (MDB-PA) 125. Geraldo Resende (PSDB-MS) 126. Daniel Barbosa (PP-AL) 127. Ivoneide Caetano (PT-BA) 128. Flávio Nogueira (PT-PI) 129. Keniston

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Derrotas varrem PSDB, PDT, Psol e Cidadania do mapa de prefeituras nas capitais

Até o mês que vem, 12 partidos políticos dividem o comando das capitais dos 26 estados brasileiros, número que cairá para oito a partir de janeiro. Brasília, capital do país, não tem prefeito nem vereadores e é administrada pelo governador do Distrito Federal. A concentração de poder e a consequente queda partidária nessas grandes cidades só não foi maior porque o PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, conseguiram eleger um e quatro prefeitos, respectivamente. Ambos não haviam vencido prefeituras nas capitais nas eleições passadas. O levantamento foi feito pelo Estadão com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A maior decadência é do PSDB O partido do ex-governador de Minas e atual deputado federal Aécio Neves – que, junto com o PT, protagonizou a política brasileira nos anos 1990, 2000 e início dos 2010 -, lidera o ranking de fracassos. Após eleger quatro prefeitos nas capitais em 2020, o PSDB não conseguiu sequer reeleger nem fazer um sucessor da sigla em nenhuma dessas 26 grandes cidades brasileiras. A legenda seguinte no ranking de quedas é o PDT. O partido que administra hoje as prefeituras de Aracaju (SE) e Fortaleza (CE) vai ficar sem nenhuma capital a partir do ano que vem. Cidadania e PSOL, que haviam conseguido uma prefeitura de capital cada um, também caem para zero. Chegada de Bolsonaro fez o PL ter o maior crescimento Depois de não ter conseguido vencer nenhuma prefeitura de capital nas eleições de 2020, o PL emplacou quatro prefeitos em 2024. Naquele ano, Bolsonaro ainda não havia se filiado à legenda, o que só foi ocorrer em 2021. O poder de voto do ex-presidente fez com que os liberais faturassem as prefeituras de Maceió (AL), Rio Branco (AC), Aracaju (SE) e Cuiabá (MT). Já o PT, que viu o fundo do poço em 2020 ao não vencer em nenhuma capital desde a redemocratização do país, sentiu agora o gosto da vitória em uma disputa muito acirrada em Fortaleza (CE). A eleição de Evandro Leitão só foi confirmada com mais de 99% das urnas apuradas e uma diferença de apenas 10.838 votos em relação ao adversário André Fernandes (PL). Confira o número de prefeituras eleitas por partidos: MDB – 5 (Belém, Boa Vista, Macapá, Porto Alegre e São Paulo); PSD – 5 (Belo Horizonte, Curitiba, Florianópolis, Rio de Janeiro e São Luís); PL – 4 (Aracaju, Cuiabá, Maceió e Rio Branco); União Brasil – 4 (Goiânia, Natal, Salvador e Teresina); Podemos – 2 (Palmas e Porto Velho); PP – 2 (Campo Grande e João Pessoa); Avante – 1 (Manaus) PSB – 1 (Recife); PT – 1 (Fortaleza); Republicanos – 1 (Vitória).

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BH: Fuad Noman é reeleito e afasta perigo bolsonarista na capital mineira

Bolsonarista Bruno Engler, lançado pelo extremista bolsonarista Nikolas Ferreira, foi derrotado pelo atual prefeito do PSD Belo Horizonte deu um novo mandato de quatro anos ao prefeito Fuad Noman (PSD). Às 19h08, com 94,25% das urnas apuradas, ele atingiu 53,79% dos votos e matematicamente se reelegeu, afastando definitivamente o risco de a capital mineira cair nas mãos do bolsonarismo. Seu adversário, Bruno Engler (PL), “patrocinado” pelo deputado federal extremista Nikolas Ferreira (PL), e que contou ainda com o apoio explícito do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que amargou outra derrota, tinha 46,24% dos votos dos belo-horizontinos no mesmo horário, sem chances de vencer. No primeiro turno, Engler saiu na dianteira, com 435.853 votos totais (34,38% dos válidos), contra 336.442 (26,54%) de Noman. A abstenção já havia sido elevada – quase 30% dos eleitores não foram votar em 6 de outubro. Já neste segundo turno, a abstenção, de 31,95%, permaneceu elevada. Nada menos que 636.752 eleitores se ausentaram. Para vencer, Noman herdou votos de seus adversários. Duda Salabert (PDT) e Rogerio Correia (PT), que disputaram o primeiro turno como representantes da esquerda, lhe declararam apoio. Já Mauro Tramonte (Republicanos) e Gabriel Azevedo (MDB), mais próximos de Engler, se omitiram, o que favoreceu a virada. Pesquisas apontaram que Noman herdou a maioria dos eleitores dos dois candidatos.

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Zema ataca Bolsa Família e associa benefício a vagabundagem

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), voltou a criticar o programa Bolsa Família nesta terça-feira (22), atribuindo as dificuldades de contratação de mão de obra no país ao programa social e alegando que ele estaria incentivando a “vagabundagem”. “É complicado no Brasil. Em Minas Gerais, temos mais de um milhão de pessoas recebendo o Bolsa Família que alegam não encontrar oportunidades de trabalho”, declarou o bolsonarista durante um encontro com empresários do setor de supermercados em Belo Horizonte. “Já estive na posição de vocês. Muitas vezes, na entrevista, o candidato pergunta: ‘Preciso trabalhar no sábado ou domingo?’ Se você responde que sim, ele já desiste, porque quer a vaga, mas com várias condições que muitas empresas não conseguem atender.” Essa não é a primeira vez que o governador critica o Bolsa Família. Em uma entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, em fevereiro, ele comentou que alguns beneficiários evitam retornar ao mercado de trabalho com receio de perder o auxílio. Além disso, em 2023, o simpatizante do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou que os estados do Sul e Sudeste se diferenciam dos demais por terem uma maior proporção de trabalhadores em comparação àqueles que vivem de auxílios emergenciais. Diante da repercussão negativa de suas falas e das acusações de preconceito, Zema, que busca construir sua candidatura à Presidência em 2026, afirmou que suas declarações foram mal interpretadas Wellington Dias rebate ataque preconceituoso de Zema aos mais pobres O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias (PT), rebateu duramente as declarações preconceituosas do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que relacionou a falta de mão de obra no comércio e varejo ao pagamento do Bolsa Família. A fala gerou indignação no governo federal, que considerou a abordagem como preconceituosa e equivocada. Wellington Dias foi rápido ao rebater e esclarecer as mudanças feitas no programa Bolsa Família, destacando que as críticas de Zema ignoram os esforços do governo para combater a pobreza e estimular a inclusão no mercado de trabalho. “O preconceito prejudica os mais pobres, ainda mais com a disseminação de fake news. O presidente Lula mudou a regra do Bolsa Família para que não se perca o benefício ao conseguir um emprego, o que acontecia no Auxílio Brasil, do governo anterior”, ressaltou Dias. O ministro explicou que a nova configuração do programa permite que, mesmo com uma pessoa da família empregada, o benefício seja mantido. “Em uma família de seis pessoas, se uma tem emprego com carteira assinada e ganha um salário mínimo, o benefício é mantido. Se duas pessoas ganham um salário mínimo, a família ainda recebe 50% do valor. Ou seja, os beneficiários só param de receber o BF [Bolsa Família] quando saem da pobreza”, completou. Wellington Dias também apresentou dados que contradizem a fala de Zema. “A prova de que nosso trabalho está funcionando é que, em 2023, 71% das vagas de emprego foram ocupadas por beneficiários do Bolsa Família, de acordo com dados do Caged. E, só neste ano, já chegamos a 77%. Não vamos deixar ninguém para trás. Estamos juntos no combate à pobreza!”, enfatizou o ministro. As críticas de Zema também se estenderam a reclamações sobre a relutância de trabalhadores em aceitar empregos que exigem trabalho aos finais de semana. Ele afirmou que muitos trabalhadores “querem um trabalho cheio de pré-requisitos que nem sempre empresas e setor produtivo conseguem atender”. A fala foi vista como mais um exemplo de uma visão insensível em relação à realidade da classe trabalhadora.

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Homem que fez vídeos com falas racistas é preso em Belo Horizonte

Ele já cometeu crimes de violência doméstica e psicológica, injúria, difamação, descumprimento de medida proativa e divulgação de material sexual O ex-funcionário de um bar na Região da Pampulha, em Belo Horizonte, que aparece proferindo falas racistas em um vídeo publicado nas redes sociais, foi preso nesta quarta-feira (23/10). “Ele já cumpria pena por um crime de violência doméstica, saiu em razão de um benefício e não retornou. Nós tomamos conhecimento da presença desse cidadão em Belo Horizonte justamente após a repercussão de uma fala dele nas redes sociais, que foram amplamente divulgadas. Ele foi recapturado e responderá também pelos crimes de racismo eventualmente praticados”, explicou o tenente-coronel Carlos Eduardo Lopes, comandante do 13º Batalhão da PM. Segundo a Polícia Militar (PM), com a divulgação do vídeo foi verificado que Alessandro Pereira de Oliveira, de 36 anos, se encontrava em Belo Horizonte, e uma força tarefa foi empenhada em sua busca nos últimos cinco dias. O cruzamento de informações recebidas por meio do Disque Denúncia e do Serviço de Inteligência da PM levaram à localização do suspeito. O criminoso foi preso em um apartamento no bairro Jaqueline no fim da tarde desta quarta-feira (23/10). A Polícia Militar cercou a residência e, vendo que não tinha como fugir, o suspeito se entregou pacificamente aos militares. O caso de racismo será encaminhado para a Polícia Civil para investigação, e Alessandro será devolvido ao sistema prisional ainda esta tarde. Relembre o caso Na última semana, um vídeo feito por Alessandro, que trabalhava em um bar na região da Pampulha, viralizou nas redes sociais. No registro, ele aparece defendendo a volta da escravidão após um cliente fazer uma reclamação. “Trabalhar em bar não é fácil. Maldita Princesa Isabel que assinou a Lei Áurea pra acabar com a escravidão. Preto tem que entrar no chicote e no tronco mesmo. Não tem conversa, não. Não sei se preto tem razão para reclamar de copo, tem que tomar água do vaso. Eu tinha que ter vivido na época dos barões, cortar essa raça no chicote. Amarrar no tronco e chicote estalando no ombro, amarrado dentro da caixa de ferro e deixar o dia inteiro no sol. Vou ter que aturar macaco me enchendo o saco”, disse o homem. @portalotempo RACISMO- O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) acionou a polícia, neste fim de semana, para apurar crime de racismo após um vídeo de um funcionário de um bar de Belo Horizonte viralizar nas redes sociais. Na gravação, ele diz que “preto tem que entrar no chicote” e “tem que tomar água do vaso”, além de criticar a Lei Áurea, que acabou com a escravidão no Brasil em 1888. O homem foi identificado como Alessandro Pereira de Oliveira, de 36 anos. O vídeo foi publicado nas redes sociais dele na última sexta-feira (18 de outubro). “Essa notícia desse crime grave, em tese praticado por esse homem, chegou ao nosso conhecimento através de movimentos sociais. Embora eu não estivesse de plantão, eu instaurei procedimento de notícia de fato na coordenadoria e já pedi providência à Decrin (Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual ou Contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência) e à promotoria de Justiça de Direitos Humanos”, afirmou Allender Barreto Lima, promotor de Justiça e coordenador de Combate ao Racismo e Todas as Outras Formas de Discriminação (CCRAD) do MPMG. A reportagem tenta contato com o homem, mas sem sucesso. O espaço segue aberto. A reportagem também tenta contato com o bar. 🔗 Veja mais em nosso site, no link da bio. 📹 Reprodução / Redes Sociais 📸 Reprodução #OTEMPO #racismo #mpmg #bh #belohorizonte #mg ♬ som original – O Tempo Foragido da polícia Alessandro tinha mandado de prisão em aberto pela Vara de Execuções Criminais da Comarca de Governador Valadares. De acordo com o processo do mandado de prisão, o foragido descumpriu a Lei Maria da Penha e cometeu crimes de violência psicológica contra mulher, perseguição e pornografia de vingança. Além disso, ele tem ao menos outras três passagens pelo sistema prisional mineiro.

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Vereador eleito em BH mora em São Paulo e é de família ‘caça-mandato’

Lucas Ganem usa sobrenome do primo, deputado federal por SP, e só mudou o domicílio eleitoral em fevereiro Por Jornalistas Livres Os Ganem são uma família muito unida. Primeiro do grupo a se aventurar na política, o deputado federal Bruno Ganem (Podemos-SP) tem orgulho de ostentar nas redes sociais que elegeu quatro vereadores Brasil afora, todos com o “sobrenome” Ganem. A mãe do parlamentar, a deputada estadual paulista Clarice Ganem (Podemos), também comemora pelas redes a vitória da cunhada, Simone Ganem, do mesmo partido, que ocupará uma cadeira na Câmara Municipal de São Paulo a partir de janeiro. O filho de Simone foi outro a dar motivos para celebração. Lucas Ganem (Podemos) foi eleito vereador em Belo Horizonte depois de conquistar mais de 10 mil votos, mesmo morando em São Paulo e sem nunca ter vivido na capital mineira, conforme indicam os sistemas de informação de órgãos públicos dos dois estados, que não o associam a nenhum endereço em BH, mas sim à locais na capital paulista. Nascido e criado em São Paulo, entre a capital do estado e Indaiatuba, Lucas do Carmo Navarro tem 28 anos e é formado em publicidade pela Unip. Entre fevereiro de 2022 e abril de 2023, atuou como assessor comissionado na Câmara Municipal de Indaiatuba, reduto onde os Ganem criaram raízes políticas. Tanto ele quanto a mãe, agora vereadora de São Paulo, não possuem o sobrenome reconhecido dos familiares: Simone é casada com um irmão de Clarice, tio de Bruno, e, assim como Lucas, “herdou” o nome para ser utilizado nas urnas. Mesmo com candidatos em diversas cidades, os laços com Indaiatuba permanecem: neste ano, Bruno concorreu à prefeitura da cidade, mas terminou na segunda colocação — o município não tem segundo turno. As redes sociais pessoais do novo vereador de Belo Horizonte exibem pouco do perfil ideológico do futuro integrante do Legislativo. As exceções foram durante as eleições de 2018 e 2022, quando publicou imagens de apoio ao primo, Bruno, e à tia, Clarice. O perfil de Lucas Ganem indica, no entanto, a pouca familiaridade com a capital mineira. A primeira menção à BH nas redes do parlamentar eleito aparece somente em agosto de 2023, com uma foto dele carregando um cachorro no quintal de uma casa. A imagem foi publicada com a localização “Belo Horizante (sic), Minas Gerais, Brazil” De onde, para onde Lucas Ganem também é um desconhecido dos sistemas de informação dos órgãos de Minas Gerais. Seja em registros policiais ou de informações digitais do governo estadual, nunca registrou ou figurou em qualquer ocorrência – e nem em qualquer outro procedimento documental, que envolva uma instituição pública mineira. Também não está ligado a nenhum endereço no estado. Além disso, teve sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) emitida em São Paulo, em junho deste ano, com endereço também registrado na capital paulista, em uma casa na Vila Prudente. Depois da curta passagem como servidor comissionado na Prefeitura de Indaiatuba, Lucas passou a atuar como coordenador de Assistência Social do Grupo Executivo de Assistência Patronal (Geap), uma operadora de planos de saúde voltada exclusivamente para servidores públicos. A Geap tem sido alvo de críticas por supostamente ter se tornado um reduto de indicados de parlamentares do Podemos. Recentemente, o Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social no Estado de São Paulo (SINSSP) denunciou, em publicações nas redes sociais, a contratação de pessoas indicadas pelo partido, para áreas de direção da entidade. Procurada por O Fator, a direção nacional do Podemos classificou a acusação como “leviana e irresponsável”. Em novembro de 2023, Lucas Ganem, ainda chamado por seu nome de batismo, Lucas Navarro, participou de negociações do Geap do Paraná com a Prefeitura de Quatro Barras, na região leste paranaense. Segundo o SINSSP, a diretoria do Geap-PR teve seu diretor indicado pelo deputado federal Bruno Ganem. A casa Apesar de ter crescido e trabalhado fora de Minas, Lucas Ganem registrou domicílio eleitoral em Belo Horizonte, em 19 de fevereiro deste ano. O endereço indicado pelo vereador eleito é uma casa geminada no bairro Trevo, na região da Pampulha. O imóvel, segundo apuração de O Fator, está registrado em nome do representante do Geap em Minas Gerais, o empresário Grijalva de Carvalho Lage Duarte Junior. A reportagem foi até a residência registrada por Lucas, em Belo Horizonte, na tarde desta terça-feira (15). Ninguém atendeu ao interfone durante de 25 minutos. Procurado, o empresário Grijalva Duarte Júnior afirmou, por mensagem, que a reportagem deveria contactar Lucas Ganem. A Justiça Eleitoral estabeleceu o dia 6 de abril como data-limite para a troca de domicílio de voto — e candidatura. Lucas, portanto, transferiu o título de eleitor para a capital mineira dois meses antes do fim do prazo. Vereadores com mandato em BH, entretanto, precisam cumprir outro requisito, explica o advogado Jorge Washington Cançado, especialista em Direito Público e Eleitoral. “O Direito Eleitoral permite que os eleitores votem onde tenham vínculos reais, ainda que não sejam no município de sua moradia, na tentativa de eliminar possíveis injustiças a quem queira lançar candidatura em local diverso de onde mora, mas que a ele esteja vinculado e viabilizar a organização das eleições. No entanto, no caso de Belo Horizonte, a Lei Orgânica prevê que o vereador deve comprovar residência no município. Caso contrário, poderá ter o mandato questionado”, assinala. Estratégia Apesar da curiosidade pela falta de vínculos claros entre Belo Horizonte e Lucas Ganem, a candidatura do vereador eleito não é ilegal. Aliás, o Ministério Público Eleitoral (MPE), durante o processo de registro, deu parecer favorável à candidatura, indicando que toda a documentação do paulistano estava em conformidade com a legislação. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) deferiu a candidatura na sequência. Mesmo sem ser belo-horizontino de nascimento ou ter criado identidade com a cidade ao longo dos últimos anos, Lucas Ganem ultrapassou a barreira dos 10 mil votos — marca que apenas 17 dos 41 escolhidos para a nova composição da Câmara Municipal alcançaram nas urnas. A boa votação deixa cidadãos afeitos à política impressionados. A

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