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Deputados apontam falhas em “aulão” do governo no Mineirão

A ausência do secretário de Estado de Educação, Rossieli Soares da Silva, de audiência pública da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia para a qual havia sido convocado, foi criticada pelos parlamentares presentes. Mesmo sem o secretário, a reunião foi realizada, na manhã desta quarta-feira (26/11/25), no Plenarinho II da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A presidenta da comissão, deputada Beatriz Cerqueira (PT), a deputada Lohanna (PV) e os deputados Professor Cleiton (PV) e Leleco Pimentel (PT) aprovaram requerimentos com pedidos de informações à Secretaria de Educação e renovaram a convocação do secretário para falar dos planos da pasta e também de um “aulão” sobre inteligência artificial (IA) promovido pelo governo estadual no estádio Mineirão. Por meio de um ofício, Rossieli Soares solicitou que a audiência seja marcada para nova data e justificou sua ausência em função de compromissos previamente agendados em São Paulo. O requerimento de audiência aprovado pela comissão previa originalmente a apresentação pelo secretário do plano de trabalho da pasta para a educação básica e superior. Entretanto, a comissão também pretendia ouvir Rossieli Soares a respeito do “aulão” sobre inteligência artificial. No evento, promovido pelo Governo de Minas em parceria com a empresa Google for Education, no estádio Mineirão, no dia 19/11/25, foram registrados conflitos entre os estudantes. Conforme matérias veiculadas na imprensa, uma confusão generalizada tomou conta das cadeiras do Mineirão. Vídeos do momento registraram brigas e agressões, que provocaram ferimentos e desmaios em alunos e professores, socorridos pelo Corpo de Bombeiros. Participantes relataram a ausência de agentes de segurança em número adequado para um evento daquele porte. A deputada Beatriz Cerqueira apresentou denúncia ao Ministério Público Estadual, por meio da 23ª Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes, solicitando instauração de procedimento investigatório para apurar a efetiva responsabilidade de todos os agentes envolvidos, sejam eles públicos ou não, na organização do “aulão” de IA.

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Chega de bla, bla… ECO 30 na prática em Minas é no ECN !

Encontros internacionais para discutir que providências tomar para “salvar” o planeta Terra, que na verdade é minimizar os riscos e até diminuir o percentual de extinção da raça humana, é muito válido e bem vindo. * Por Plínio da Franca Porém, apenas essas reuniões de cúpula jamais resolverão de fato os problemas que dizimam toda a vida da natureza planetária em decorrência de um modelo capitalista selvagem, que tem como sustentáculos a sede e a fome desmensurada de poder conquistar tudo e todos ao longo de nossa existência terrena, de apenas um mínimo do mínimo do percentual de humanos. Como tudo tem um custo e não há refeições gratuitas para nenhuma espécie do planeta Terra, a conta chega e todos são obrigados a pagá-la à vista ou a crédito(que é pior ainda devido acréscimos de juros). O rombo nas contas individuais e coletivas é simplesmente a destruição de vidas humanas e de todos os seres vivos, que inclusive estão aqui no meio de nós, para nos permitir estar vivos! Que ironia! Não basta proclamar em COP’s a destinação de granas para estancar hemorragias ambientais e aliviar processos destrutivos como exemplo o governo da Noruega anuncia a destinação de 3 bilhões de dólares ao Fundo de Florestas Tropicais, quando uma das empresas norueguesas instaladas no Brasil, a Hydro Alunorte(refinaria de alumina) tem mais de 2.000 processos de crimes ambientais instaurados e seu lucro líquido no Brasil em 2024 foi 453 milhões de dólares. Estes crimes são relativos aos impactos negativos gerados em rios, igarapés, matas e nascentes ocasionando prejuízos incomensuráveis a saúde, a economia de subsistência da população(agricultura e pesca) e até escassez de água para consumo. Temos empresas brasileiras também, como a Vale, a JBS que devasta terras para criações de animais e pratica trabalho escravo, dentre muitas outras de qualquer segmento de mercado, que se mostram empresas anjo do bem a sociedade, porém, são aqueles anjos caídos e citados no Testamento e em todas as mitologias. Esses anjos de vestimentas negras, utilizam do já divulgado nas escrituras, do artifício da enganação, via o poder publicitário com apelos de amigos do meio ambiente, ecologicamente correto e um montão de figuras de linguagem semelhantes e vinculadoras no cérebro humano de que são confiáveis, puros, etc. e, assim, enganam os consumidores. Nos nossos tempos essas enganações se chamam greenwashing, traduzindo: propaganda enganosa ambiental, uma estratégia de marketing enganosa onde uma empresa se promove como se seus produtos ou serviços fossem ambientalmente amigáveis, mas na verdade não o são. Desta forma, esses anjos caídos vão realizando seus propósitos: manutenção de domínio, enriquecimento em detrimento do empobrecimento da maioria das pessoas e perpetuação de poder sobre os seres vivos do planeta Terra. Para sair apenas das discussões em COP’s e qualquer outro tipo de evento, é necessário partir para prática. Por isto este ECN decidiu ser uma resistência a esses anjos caídos apoiando a Campanha Greenwashing? Tô fora! de iniciativa do Instituto Humanizar No site da campanha e de forma gratuita você poderá tirar suas dúvidas se o produto que consome ou vai consumir é greenwashing ou não. Visite o site www.propagandaenganosa.org.br O ECN também se orgulha em ladear com o Instituto Guaicuy na galeria de apoio e parceiros da campanha Greenwashing? Tô fora! Isto porque o Instituto Guaicuy há 20 anos trabalha arduamente em defesa da vida planetária e de seus seres vivos. Sua existência é de fundamental importância à defesa do meio ambiente e dos direitos humanos, trabalhando incansavelmente para sustentar vidas, bem-estar coletivo, conexão com a natureza e sobrevivência. A grande Missão do Instituto Guaicuy é executar ações que promovam uma abordagem ecossistêmica sobre a relação entre as pessoas e seus territórios, empoderando comunidades e reconhecendo as Bacias Hidrográficas como centralidade do que realizam. Durante essas mais de duas décadas, o Instituto Guaicuy tem se debruçado e apoiado diversas causas socioambientais, lutando, principalmente, pelo cuidado com as águas, as serras e as comunidades de Minas Gerais. Sua atuação é pautada pelo protagonismo popular na busca de modos de vida que promovam a convivência, socialmente justa e ambientalmente sustentável, entre as pessoas, as águas e o território. Visite o site do nosso Instituto Guaicuy e se surpreenderá! https://guaicuy.org.br Mãos a obra meu povo, combater o greenwashing! * Sociólogo

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13° salário deve injetar R$ 34 bilhões na economia mineira até o fim de 2025, segundo Dieese

Pagamentos alcançam 10,2 milhões de pessoas em Minas e representam 3% do PIB estadual A economia de Minas Gerais deverá receber um reforço de aproximadamente R$ 34 bilhões com o pagamento do 13º salário, até o final de 2025. A estimativa equivale a 9,2% de todo o montante distribuído no Brasil e 18,6% do total movimentado no Sudeste, demonstrando o peso econômico do estado na região e no país. O valor corresponde ainda a cerca de 3% do PIB mineiro, segundo cálculos técnicos divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O 13º deve chegar ao bolso de 10,2 milhões de mineiros, o que representa 10,7% dos trabalhadores e beneficiários que receberão o pagamento no país. No Sudeste, o estado responde por 23,1% do total de pessoas contempladas. A média do benefício individual é estimada em R$ 2.970, embora varie significativamente conforme setor, vínculo empregatício e regime previdenciário. Quem recebe e quanto recebe Os empregados com carteira assinada, estatutários e demais trabalhadores formais formam a maior parcela dos beneficiários: 58,2% do total. Eles serão responsáveis por movimentar R$ 22,7 bilhões, o equivalente a 66,7% de toda a massa de recursos do 13º em Minas. A segunda maior fatia é dos aposentados e pensionistas do INSS, que representam 39,7% dos beneficiários mineiros e devem receber R$ 7,2 bilhões, cerca de 21,3% do total. Já os servidores aposentados e pensionistas do Regime Próprio de Previdência do estado ficarão com R$ 2,5 bilhões (7,4%), enquanto os vinculados aos regimes próprios municipais receberão cerca de 3,5% do total. O emprego doméstico com carteira assinada participa com 2,2%. Especialistas apontam que a injeção do décimo terceiro costuma aquecer setores como comércio, serviços e turismo, e desempenha papel importante na recuperação econômica em momentos de estagnação e desemprego elevado.

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PF pede uso de tornozeleira para Euclydes Pettersen, mas Mendonça nega

O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF) negou pedidos de monitoramento, fiança e suspensão do mandato de Euclydes Pettersen Apesar do pedido da Polícia Federal (PF), o ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o monitoramento eletrônico, o pagamento de fiança de R$ 14,7 milhões e a suspensão do mandato do deputado federal Euclydes Pettersen (Republicanos-MG). Segundo investigações, o parlamentar teria recebido a mesma cifra milionária para assegurar proteção política à Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer). Investigações da PF apontaram que a Conafer atuava como uma organização criminosa estruturada no esquema de fraudes em descontos associativos em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Pettersen também foi alvo de operação da PF nesta quinta-feira (13/11). O deputado é chamado de “Herói E” nas planilhas de pagamento da Conafer e receberia valores mensais fixos por meio das empresas controladas por Cícero Marcelino, que, segundo a PF, seria um dos operadores financeiros da associação. “O deputado federal era, no relato da investigação, ‘a pessoa melhor paga na lista de propina’”, disse Mendonça, na decisão. As suspeitas da PF foram provocadas por repasses a Euclydes coincidentes com a liberação dos lotes de pagamentos do INSS à Conafer por meio dos convênios. “Referido parlamentar teria recebido ao menos R$ 14,7 milhões, mediante transferências fracionadas (‘smurfing’) para empresas como a Fortuna Loterias e Construtora V L H Ltda.”, relatou o ministro. De acordo com a PF, Euclydes seria uma “figura essencial”, já que era o responsável por intermediar o contato entre o presidente da Conafer, Carlos Roberto Ferreira Lopes, e os responsáveis por indicar os nomes para a presidência do INSS. Além disso, o deputado federal seria encarregado por “assegurar proteção política à entidade associativa”. Em nota à imprensa divulgada na manhã desta quinta, Euclydes afirmou que apoia “integralmente” o trabalho das autoridades e se colocou à disposição para prestar esclarecimentos. “Acredito na justiça, na verdade e na importância das investigações sérias, conduzidas dentro da legalidade e com total transparência”, respondeu. Presidente do diretório do Republicanos em Minas Gerais, o deputado federal ainda pontuou que “toda operação representa, para alguns, um fim, e para outros, uma libertação”. “Já fui alvo de duas operações: em uma delas, fui absolvido, e na outra, o Judiciário sequer recebeu a denúncia, por falta de provas que comprovassem qualquer prática criminosa”, apontou.

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Os deputados Gil Pereira e Arlen Santiago rasgaram a lei que eles aprovaram

VENDA DE ESTATAIS – Deputados que incluíram o referendo na Constituição votaram 24 anos depois para derrubá-lo Dois parlamentares que já estavam na ALMG em 2001 votaram de forma oposta desta vez e foram decisivos para derrubar medida que eles próprios haviam apoiado Por Salma Freua  – O TEMPO Vinte e quatro anos depois de serem a favor da inclusão do referendo popular para a venda de estatais mineiras na Constituição Estadual, os deputados Arlen Santiago (Avante) e Gil Pereira (PSD) votaram, na última quarta-feira (5/11), pela retirada da regra que eles próprios ajudaram a criar. O voto deles foi decisivo para derrubar o referendo em caso de eventual venda da Copasa, já que a proposta passou com o número mínimo de votos exigido. Em 2001, os dois parlamentares estavam em siglas que não existem mais. Arlen era filiado ao PTB, partido que deixou de existir após a fusão com o Patriota, que originou o Partido da Renovação Democrática (PRD). Já Gil Pereira integrava o PPB, legenda que mudou de nome em 2003 para Partido Progressista (PP). Naquele ano, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Referendo, enviada pelo então governador Itamar Franco (PMDB, hoje chamado de MDB), foi aprovada em segundo turno com 51 votos a favor. Outros deputados da época continuam na Assembleia, como Alencar da Silveira Jr., que votou a favor da retirada do referendo na última semana. Em 2001, ele não votou. Já Sargento Rodrigues (PL) manteve o voto de 24 anos atrás e foi contra a derrubada da consulta popular. O texto também determinava que, para a venda de empresas públicas mineiras, seria necessária a aprovação de três quintos dos deputados. Após a aprovação da proposta na época, o então deputado estadual Rogério Correia (PT) afirmou disse que a ação “praticamente” inibiria qualquer privatização de estatais como a Cemig e a Copasa. “A Assembleia Legislativa acaba de aprovar um projeto importante. A aprovação dessa emenda à Constituição, praticamente, inibe qualquer ação de governos futuros no que diz respeito à venda de empresas importantes como a Cemig e a Copasa”, avaliou. “O povo mineiro fica resguardado da ação de governos que especulam com empresas que nos são muito caras, vendendo-as, a preço de banana, a empresas estrangeiras. Conforme o substitutivo que apresentei, essa emenda à Constituição obriga que, para qualquer venda da Cemig ou da Copasa, seja necessária, em primeiro lugar, a aprovação de três quintos dos deputados, mesmo número necessário à aprovação de emenda à Constituição, o que dificulta a autorização da venda da Cemig e da Copasa”, acrescentou. “Mesmo assim, seria necessário um referendo popular para a concretização da venda dessas empresas estatais. É uma salvaguarda que a emenda à Constituição passa a ter. Tomara que outras Assembleias Legislativas procedam da mesma forma, para impedir que esse processo privatizante continue tendo curso em nosso país”, finalizou. Mais de uma década depois, nenhum referendo chegou a ser realizado, e a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou a PEC 24/2023, que retira da Constituição a obrigatoriedade de consulta popular para a privatização da Copasa. Durante a tramitação, os deputados decidiram excluir do texto original, enviado pelo governador Romeu Zema (Novo), as referências à Cemig e à Gasmig e a retirada da exigência de apoio de três quintos dos parlamentares para autorizar uma privatização. O novo texto foi aprovado com 48 votos favoráveis – um placar quase reverso ao de 2001. Procurados, Arlen Santiago informou, por meio da assessoria, que prefere não se pronunciar a mudança de posição por enquanto. A equipe de Gil Pereira não se manifestou até a publicação desta matéria. Agora, está na Casa o Projeto de Lei 4.380/2025, que trata da venda da Copasa, também de autoria do governo Zema. A proposta deve começar a ser analisada nesta semana.

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AZEDOU – Eduardo compartilha post acusando Nikolas de querer se livrar de Bolsonaro

Não foi a primeira vez que Eduardo Bolsonaro, o filho 03, compartilha críticas sobre Nikolas Ferreira, expondo um racha na direita O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) acusou Nikolas Ferreira (PL), correligionário e colega de Câmara, de querer se livrar de Jair Bolsonaro (PL). A divergência foi compartilhada nessa sexta-feira (7/11) na rede social X. Posteriormente, a mensagem foi apagada pelo autor, que mantém críticas ao parlamentar mineiro. “A briga na direita que todos estão vendo é simples. Nikolas quer se livrar do Bolsonaro de vez. Ele está liderando uma dissidência, e vários políticos mais jovens estão com ele. O problema? O de sempre: ‘Temos que nos descolar do Bozo sem perder o eleitor.’ Eles querem continuar sendo eleitos pelos bolsonaristas, mas não querem mais prestar contas ao Bolsonaro”, dizia a postagem. O fogo amigo contra Nikolas se deu no calor das discussões sobre a candidatura de Carlos Bolsonaro (PL), que atualmente é vereador na cidade do Rio de Janeiro, a uma cadeira no Senado Federal pelo estado de Santa Catarina nas eleições de 2026, tendo como alvo principal Ana Campagnolo. A deputada estadual catarinense tem se mostrado contra a migração de Carlos para a vaga, que impediria a candidatura da deputada federal Carol de Toni de disputar o Senado por Santa Catarina. No entanto, não é a primeira vez que Eduardo Bolsonaro ataca Nikolas Ferreira. Em julho, o deputado federal paulista disse na rede social X que era triste ver a que ponto Nikolas chegou após interação do mineiro com a influenciadora Baianinha Intergaláctica, dissidente do bolsonarismo. Já no relatório da Polícia Federal que embasou o indiciamento de Jair Bolsonaro e Eduardo por coação, existem dois compartilhamentos de links por WhatsApp entre o deputado federal paulista e o pai sobre Nikolas. Um desses links criticava a falta de divulgação pelo mineiro das manifestações em apoio ao ex-presidente, enquanto a outra fazia menção a uma tentativa de descolar sua imagem da de Bolsonaro.

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Vereadores querem que população decida sobre privatização da Copasa em Belo Horizonte

Proposta prevê plebiscito antes de qualquer concessão ou transferência à iniciativa privada Após o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Tadeu Leite (MDB), articularem para derrubar o artigo da Constituição Estadual que obrigava a realização de referendo popular para privatização da Copasa, vereadores de Belo Horizonte apresentaram uma proposta para garantir que a população da capital tenha poder de decisão sobre o tema. Entenda: Tadeu Leite faz manobra, aceita voto fora do prazo, e PEC do Cala a Boca é aprovada pela ALMG As bancadas do PT, PSOL, PCdoB e PV anunciaram, na Câmara Municipal, um Projeto de Lei que torna obrigatório um plebiscito popular antes de qualquer concessão ou delegação à iniciativa privada dos serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário no município. A iniciativa é de autoria do vereador Bruno Pedralva (PT) e surgiu após uma audiência pública que reuniu moradores, movimentos populares e sindicatos para discutir os impactos da privatização. Programas municipais ameaçados A proposta foi motivada pela preocupação com os efeitos que a privatização da Copasa poderia causar sobre programas e fundos essenciais da cidade. Um dos principais é o Fundo Municipal de Saneamento, que recebe 4% da arrecadação da companhia em Belo Horizonte, conforme contrato vigente. O recurso, administrado pela prefeitura, é direcionado a ações de urbanização e saneamento em vilas e favelas, além de subsidiar o custo da água em órgãos públicos municipais. Para Pedralva, a mudança na gestão da Copasa colocaria em risco essas políticas públicas. “Privatizar a Copasa significa esvaziar os investimentos públicos nas regiões mais vulneráveis da cidade. Nós estamos falando de menos acesso à saúde, menos desenvolvimento urbano, menos direitos básicos e fundamentais garantidos. É um retrocesso enorme”, destaca o parlamentar. Outro ponto levantado é o programa Drenurbs, que prevê investimentos conjuntos entre a Copasa e a prefeitura em drenagem urbana e recuperação de vales e córregos. O contrato atual da companhia estabelece que a estatal deve contribuir para esse tipo de obra, o que pode deixar de ocorrer caso o controle passe à iniciativa privada. Possível quebra de contrato A parceria entre o município e a Copasa está formalizada em um convênio de cooperação firmado em 2002, cuja cláusula quarta estabelece que a eficácia do contrato depende da manutenção do controle acionário e do poder de gestão da Copasa-MG pelo Estado. A venda da empresa, portanto, poderia configurar descumprimento contratual e abrir margem para questionamentos jurídicos. Direito à consulta popular O projeto dos vereadores se apoia na Lei Orgânica do Município de Belo Horizonte, que prevê o plebiscito como instrumento de exercício direto do poder popular. Segundo o texto, a consulta permite que os cidadãos legislem diretamente sobre decisões que impactam a vida da cidade. Com o avanço da pauta privatista no estado, os autores da proposta defendem que os moradores de Belo Horizonte tenham o direito de decidir o futuro da água e do saneamento da capital. Fonte: Brasil de Fato

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Zema, Tadeuzinho e o golpe no povo mineiro para vender a Copasa

“A guerra das forças populares mineiras contra a rapina do patrimônio público continua” – Editorial BdF MG A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), foi palco, na última quarta-feira (5), ao mesmo tempo, do melhor e do pior que há na política mineira. A votação em segundo turno da PEC do Cala Boca, como ficou conhecida a Proposta de Emenda à Constituição que retira a obrigatoriedade do referendo popular para a entrega da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) à iniciativa privada, foi marcada por galerias, ruas e praça lotadas de trabalhadoras, trabalhadores, movimentos populares e sindicais e cidadãos manifestando sua indignação com esse retrocesso democrático. Os deputados do bloco de oposição realizaram um trabalho incansável de obstrução da pauta, denunciando a impopularidade da medida e o cerceamento ao debate que foi, ao longo de todo o processo, operado pela base do governo. Sob a condução do presidente da ALMG, Tadeu Leite (MDB), o processo contou com algumas manobras no mínimo questionáveis, para garantir o resultado esperado pelo governo de Romeu Zema (Novo) e seus aliados. A base do governo teve dificuldades para garantir a presença em plenário de seus deputados, atrasando forçosamente a votação até o momento que lhe fosse mais conveniente. A mais constrangedora das manobras, contudo, aconteceu às claras, sob os olhos do plenário com as galerias lotadas e televisionada para milhões de mineiros. A votação foi encerrada pelo presidente da ALMG e teve o resultado transmitido no painel da casa de 47 votos favoráveis à PEC, um a menos do que o necessário para sua aprovação. Cabe lembrar que, no primeiro turno, foram 52 votos favoráveis. O deputado Bruno Engler (PL) não estava presente no momento da votação e chegou após o encerramento, declarando seu voto no microfone. O voto foi aceito fora do prazo por Tadeu Leite, dando vitória à base governista. Que as forças populares são sub-representadas no legislativo e que a batalha seria árdua nós já sabíamos. Contudo, essas movimentações dos setores ligados ao grande empresariado mostraram que a luta popular surtiu efeito. Foram 4 votos virados entre o primeiro e segundo turno. E a cena protagonizada por Bruno Engler escancarou a sua covardia. O deputado, assim como outros da base do governo, fez de tudo para não estar presente no momento da votação e poder se abster, evitando o desgaste político. Diversos deputados, com vergonha de votar, só apareceram no último minuto quando perceberam que seus votos seriam essenciais para a aprovação da pauta. Nesse jogo perigoso, o aliado de Nikolas Ferreira errou no cálculo e se atrasou por alguns segundos, abrindo espaço para a judicialização do resultado. O dia de quarta-feira mostrou que estava enganado quem previu vitória fácil para o governo, assim como estava enganado quem enxergava em Tadeu Leite um perfil democrata. A luta popular contra as privatizações funcionou e, nessa batalha, o governo teve uma vitória amarga, com gosto de derrota. A guerra das forças populares mineiras contra a rapina do patrimônio público continua e promete novos e importantes embates. Fonte: Brasil de Fato

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Tadeuzinho faz manobra, aceita voto fora do prazo, e PEC do Cala a Boca é aprovada pela ALMG

Sindicato dos trabalhadores da Copasa anunciou que entrará com ação judicial contra a votação Com a Assembleia Legislação de Minas Gerais (ALMG) lotada de trabalhadores e lideranças populares contrários à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 24/2023, o legislativo aprovou, na tarde desta quarta-feira (5), a medida que retira a obrigatoriedade de realização de um referendo popular para autorizar a privatização da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). A proposta, de autoria do governador Romeu Zema (Novo), obteve 47 votos no tempo regulamentar exigido pela ALMG, menos que os 48 votos necessários para a aprovação da PEC. Segundos depois da contabilização dos deputados favoráveis e contrários, o presidente da Casa, Tadeu Martins (MDB), fez uma manobra e aceitou o voto de Bruno Engler (PL), após o encerramento do prazo. Deputados da oposição e manifestantes presentes na ALMG denunciaram a movimentação e, aos gritos de “vergonha”, denunciaram que atuação de Leite fere as regras regimentais do legislativo. O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos do Estado de Minas Gerais (Sindágua/MG) anunciou que entrará com ação judicial para anular a votação, e o Bloco Democracia e Luta, de oposição ao governo, deve entrar com recurso. Entenda Após a ALMG aprovar, em 1º turno, a chamada PEC do Cala a Boca, na madrugada de sexta-feira (24), o texto voltou à tramitação, em 2º turno, nesta quarta-feira (5). Na primeira votação, a PEC foi aprovada com 52 votos favoráveis e 18 contrários. O texto permite que a venda ou federalização da estatal ocorra sem consulta à população, inclusive para o cumprimento de obrigações ligadas à dívida pública ou a programas como o Programa de Pleno Pagamento das Dívidas dos Estados (Propag), que prevê contrapartidas em áreas como educação e infraestrutura. A Copasa é responsável pelo abastecimento de água e tratamento de esgoto em mais da metade dos municípios mineiros e figura entre as empresas mais lucrativas do estado. Segundo especialistas, a aprovação da PEC é um passo decisivo para o projeto de privatização defendido pelo governo Zema desde 2024, sob o discurso de “modernizar” e “equilibrar as contas públicas”. Casos em outros estados reforçam as preocupações. Em Ouro Preto (MG), moradores enfrentaram tarifas abusivas e cortes de água após a empresa privada Saneouro assumir o serviço. No Rio de Janeiro, a venda da Cedae resultou em queda no tratamento de esgoto e aumento nas reclamações por falta d’água. Já em Manaus, duas décadas após a privatização, 80% da população ainda não tem esgotamento sanitário adequado. No Tocantins, a Saneatins chegou a ser reestatizada em 2013 após anos de piora nos indicadores. Fonte: Brasil de Fato

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