Economia

Desemprego cai; ocupações com carteira assinada e salários crescem

Taxa de 6,6% de desempregados é o menor para o trimestre terminado em abril desde 2012; formais têm recorde de 39,6 milhões e rendimento cresce 3,2% sobre igual período de 2024 O desemprego no Brasil atingiu seu menor índice em 13 anos para o trimestre encerrado em abril, ficando em 6,6%. Com isso, o contingente de trabalhadores com carteira assinada no setor privado atingiu patamar recorde de 39,6 milhões. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada nesta quinta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O atual patamar de pessoas empregadas resulta de um crescimento de 0,8% em relação ao trimestre anterior e de 3,8% ante igual trimestre do ano passado. Quanto ao desemprego, a taxa de 6,6% indica estabilidade sobre o trimestre de novembro de 2024 a janeiro de 2025 — quando ficou em 6,5% — e queda de um ponto percentual frente ao mesmo trimestre do ano anterior. No que diz respeito à taxa composta de subutilização da força de trabalho, o índice ficou em 15,4%, resultado também considerado estável na comparação trimestral (15,5%). Na comparação anual, houve queda de dois pontos percentuais. Essa taxa é a forma como o IBGE nomeia o percentual de pessoas desempregadas e subempregadas por insuficiência de horas trabalhadas e a força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada. De acordo com a pesquisa, de fevereiro a abril de 2025, cerca de 7,3 milhões de pessoas estavam desempregadas no país, indicador que também aponta para estabilidade quando comparado ao trimestre móvel anterior (novembro de 2024 a janeiro de 2025), no qual 7,2 milhões de pessoas não tinham ocupação. Por outro lado, quando esse número é analisado frente a igual trimestre do ano anterior — com 8,2 milhões de pessoas desocupadas — houve recuo de 11,5%, uma redução de 941 mil pessoas desocupadas na força de trabalho. O cenário positivo do mercado de trabalho pode também ser constatado pelo dado inverso da pesquisa. A quantidade de pessoas ocupadas no trimestre encerrado em abril deste ano era de aproximadamente 103,3 milhões, marcando estabilidade sobre os três meses anteriores. Já na comparação anual, ocorreu alta de 2,4%, com mais 2,5 milhões de pessoas trabalhando. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar), por sua vez, atingiu 58,2%, ficando estável ante o trimestre de novembro de 2024 a janeiro de 2025 (58,2%). Confrontado ao mesmo trimestre do ano anterior (57,3%), esse indicador também teve variação positiva de 0,9 p.p. De acordo com William Kratochwill, analista da pesquisa, “a estabilidade nas taxas de desocupação e subutilização confirma o que o primeiro trimestre apontou, ou seja, uma boa capacidade de absorção dos empregos temporários constituídos no último trimestre de 2024”. Caged Os dados da Pnad convergem com os que foram apresentados nesta quarta-feira (28) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) relativos ao Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged). Segundo essas informações, o Brasil fechou o mês de abril com saldo positivo de 257,5 mil empregos com carteira assinada. No ano, o acumulado foi superior a 922 mil vagas geradas. Ao todo, no mês de abril, houve de 2.282.187 admissões e 2.024.659 desligamentos. Nos últimos 12 meses (de maio de 2024 a abril de 2025), o saldo positivo é de 1.641.330 novas vagas formais. Ainda segundo o MTE, em relação à quantidade total de vínculos celetistas ativos, o país registrou, em abril, um saldo superior a 48 mil vínculos, o que representa uma variação de 0,54% em relação ao estoque do mês anterior. O setor que registrou maior avanço nos empregos formais em abril foi o de serviços, com a criação de mais de 136 mil postos. Em seguida veio o comércio, com 48 mil, enquanto a indústria respondeu por 35 mil. Em seguida figuram os segmentos da construção, com 34,3 mil vagas, e da agropecuária, com pouco mais de 4 mil. Informalidade menor, rendimento maior Outro dado positivo trazido pela Pnad do IBGE trata da taxa de informalidade na população ocupada, que foi de quase 38% 37,9%, equivalente a 39,2 milhões de trabalhadores. O índice representa redução quando comparado ao trimestre móvel anterior (38,3%), assim como ao mesmo trimestre de 2024 (38,7%). Segundo o IBGE, “a queda na informalidade é consequência da estabilidade do contingente de trabalhadores sem carteira assinada (13,7 milhões), acompanhada da estabilidade do número de trabalhadores por conta própria (26,0 milhões) na comparação trimestral e aumento de 2,1% no confronto anual”. “O mercado de trabalho apresentando níveis mais baixos de subutilização da população em idade de trabalhar, como vem acontecendo, naturalmente impulsiona as contratações formalizadas, uma vez que a mão de obra mais qualificada exige melhores condições de trabalho”, argumenta Kratochwill. Esse conjunto de dados positivos levou também a um incremento da massa salarial. O rendimento real habitual dos trabalhadores foi R$ 3.426 no trimestre de fevereiro a abril de 2025, ficando estável, mas com crescimento de 3,2% quando comparado ao mesmo trimestre do ano anterior. Já a massa de rendimento real habitual (a soma das remunerações de todos os trabalhadores) atingiu R$ 349,4 bilhões, novo recorde, ficando estável no trimestre e aumentando 5,9% (mais R$ 19,5 bilhões) no ano. “A massa de rendimento alcançou esse pico devido à estabilidade do nível da ocupação, além de aumentos pontuais da população ocupada com carteira de trabalho assinada nos setores privado e público”, pontua o pesquisador do IBGE. Também segundo o Caged, divulgado pelo MTE, os dados relativos aos salários foram favoráveis, com os salários crescendo em abril. O valor médio real de admissão foi de R$ 2.251,81, aumento de R$ 15,96 (+0,71%) em relação a março de 2025. Na comparação com abril do ano anterior, o ganho real foi de R$ 6,62, representando uma alta de 0,28%, já descontados os efeitos sazonais

Leia mais... »
Economia

Brasil descobre caixa-preta de renúncia fiscal de R$ 800 bilhões, diz Haddad

O ministro da Fazenda disse que população paga mais impostos em razão de lobby. “Enquanto aquele que paga imposto fica prejudicado por aquele que fez do lobby a sua profissão de fé”, diz O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira (26) que a pasta descobriu no orçamento uma caixa-preta de subsídio e renúncia fiscal da ordem de R$ 800 bilhões. A fala foi feita durante o evento “Nova Indústria Brasil”, no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro. Haddad não especificou quais subsídios e renúncias fazem parte desse cálculo. “Falava-se muito da caixa-preta do BNDES e hoje a gente descobriu uma caixa-preta no Orçamento federal de R$ 800 bilhões em subsídios. Ao invés de oferecer uma alíquota média de tributos menor para todo mundo, a gente resolve escolher lá no orçamento os campeões nacionais que levam o grosso do orçamento. Enquanto aquele que paga imposto fica prejudicado por aquele que fez do lobby a sua profissão de fé”, afirmou. O ministro elogiou o trabalho do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, na questão do fomento. “A gente precisa entender isso, e eu penso que o presidente Mercadante tem dado ao BNDES um toque de muita engenhosidade, no sentido de recuperar com instrumentos novos a capacidade de fomentar a indústria do nosso país, o emprego industrial e assim por diante”, disse. Para ele, muita coisa tem por ser feita, mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nos dois anos de trabalho, “demonstrou uma capacidade e um compromisso com a indústria que precisa ser, no seu dia, muito valorizado”. Com a aprovação da reforma tributária no Congresso, Haddad projetou efeitos positivos no ambiente de negócios no país. “Começando pelo fato de que a desoneração do investimento vai ser de 100%, A desoneração da exportação vai ser de 100%, a guerra fiscal vai acabar entre os estados, inclusive a guerra fiscal dos estados com a União também vai acabar, em benefício do bom empresário”, diz. O ministro lembrou também que há desafios a enfrentar, sobretudo em relação ao equilíbrio orçamentário. “Com apoio de parte do Congresso, estamos conseguindo avançar no sentido de estabilizar o orçamento e criar as condições macroeconômicas para a indústria voltar a se desenvolver”, disse.

Leia mais... »
Economia

Lula anuncia crédito para reforma de casa na Marcha dos Prefeitos

“O cidadão que quiser reformar a sua casa, fazer uma garagem, um quarto, um banheiro, terá direito a um crédito com juros mais barato possível”, assegurou o presidente Além do reforço do programa Minha Casa, Minha Vida, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta terça-feira (20), em Brasília, durante a abertura da 26ª Marcha dos Prefeitos, um novo programa na área de habitação para que o povo tenha acesso ao crédito com juros menores para reformar sua casa. “Vamos anunciar um outro programa, diferente do Minha Casa, Minha Vida, que é uma política de crédito para reforma de casas. O cidadão que quiser reformar a sua casa, fazer uma garagem, um quarto, um banheiro, terá direito a um crédito com juros mais barato possível. A gente vai dar chance da pessoa ter uma casinha”, explicou. Dessa forma, o presidente diz que a medida beneficiará parte da população que não pretende adquirir imóvel, mas apenas melhorar sua condição de moradia. Lula também criticou os dados sobre habitação no país. “Estava vendo que o Brasil tem um déficit de sete milhões de casas. Eu sou o presidente da República que mais fiz casas nesse país, mas alguma coisa está errada [porque o déficit continua alto]”, afirmou. O presidente também fez um apelo para que os parlamentares, governadores, prefeitos e governo federal resolvam os problemas por meio do diálogo. “É preciso que a gente aprenda de uma vez por todas que os problemas que nós temos deveriam ser resolvidos em uma mesa de negociação, e não no Judiciário. As coisas só podem ir para o Judiciário quando a nossa capacidade política for exaurida, quando a gente se demonstrar incapaz de continuar em uma mesa de negociação tentando encontrar uma negociação pacífica”, afirmou. No seu discurso, Lula disse ainda que a Marcha em Defesa dos Municípios é sempre uma boa oportunidade de fortalecer a relação federativa. “Este governo respeita, ouve e valoriza todos os governos municipais e estaduais”, frisou. “Fico muito feliz de constatar que nosso governo tem dado as respostas adequadas a maior parte das demandas que chegam dos municípios. Quando uma política pública é implementada, é o Brasil quem ganha. Ganhamos todos nós”, prosseguiu. Para ele, é nas cidades que a vida acontece, e os resultados das políticas públicas se tornam mais evidentes. “Sigamos nesse rumo fortalecendo ainda mais nossa parceria e construção coletiva”, disse.

Leia mais... »
Economia

INSS: balanço aponta 1,345 milhão pedidos de reembolso

Já foram feitos 34.960.465 de acessos à plataforma Meu INSS Aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) registraram 1.345.817 pedidos de reembolso de descontos não autorizados feitos por entidades associativas, segundo balanço divulgado pela instituição nesta sexta-feira (16), com dados apurados até as 17h. Até quinta-feira (15), 1.051.238 segurados haviam feito o pedido de reembolso. Em números totais, 1.370.635 segurados consultaram a plataforma Meu INSS ou o canal 135 de atendimento telefônico para obter informações sobre descontos de entidades associativas, sendo que 24.818 informaram que o desconto foi autorizado. Segundo o INSS, foram feitos 34.960.465 de acessos à plataforma Meu INSS. Desse total, 5.997.999 de segurados buscaram informações sobre consulta dos descontos no Meu INSS, e 2.836.350 buscaram a plataforma para informar que não tiveram descontos. Esta sexta-feira foi o terceiro dia de funcionamento do serviço que permite ao beneficiário consultar quanto teve de descontos ao longo dos últimos anos e informar se foram autorizados ou não, abrindo, assim, um processo administrativo para receber o dinheiro de volta. São 41 entidades associativas contestadas em todos esses lançamentos, abrangendo todas que têm ou tinham algum credenciamento com o órgão para fazer o desconto. Cerca de 9 milhões de segurados começaram a ser notificados desde terça-feira (13) sobre descontos por entidades e associações. Agora, é possível saber o nome da entidade à qual o aposentado ou pensionista que teve desconto, por meio do serviço Consultar Descontos de Entidades Associativas, disponível no aplicativo. Investigação Os descontos dos aposentados e pensionistas são alvo de investigação pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU), que apuram a atuação de organizações criminosas para fraudar os benefícios previdenciários, associando de forma não autorizada os segurados do INSS. Ao todo, desde quinta-feira (15), mais de 4,3 milhões de usuários consultaram a plataforma Meu INSS para verificar quanto tiveram de desconto. O prazo para solicitar um eventual reembolso é indeterminado. As associações que tiverem seus descontos contestados por um segurado terão de apresentar uma documentação individualizada, no prazo de 15 dias úteis, para comprovar a adesão voluntária do beneficiário aos descontos ou efetuar o recolhimento do dinheiro devido. Em caso de pagamento, o valor será repassado ao Tesouro Nacional para posterior devolução na conta do segurado. Essas organizações poderão usar uma plataforma própria disponibilizada pela Dataprev. Desde a semana passada, quem não teve descontos associativos recebeu a mensagem “Fique tranquilo, nenhum desconto foi feito no seu benefício”. Alerta de golpes Em seu site, o INSS alerta que não tem feito ligações telefônicas nem enviado mensagens SMS, por e-mail, WhatsApp ou outro canal diferente dos oficiais para informar sobre os descontos de entidades associativas. “É preciso redobrar o cuidado com golpes! O contato oficial com os beneficiários do INSS será feito exclusivamente por meio de notificação no aplicativo Meu INSS. Evite clicar em links suspeitos e não forneça dados pessoais se receber alguma ligação”, alerta a autarquia. As informações de interesse dos cidadãos serão divulgadas pelos meios oficiais do instituto: site do INSS redes sociais oficiais do INSS com o símbolo de conta verificada Em caso de dúvidas, o cidadão deve ligar para a central de teleatendimento 135.

Leia mais... »
Economia

Desemprego no primeiro trimestre atinge menor nível da série histórica

Taxa de 7% reflete melhora no mercado de trabalho, com aumento no rendimento médio e crescimento em setores-chave da economia Os dados mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), divulgados nesta quarta-feira (30 de abril) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que a taxa de desemprego no primeiro trimestre de 2025 caiu para 7% — o menor índice já registrado para o período desde o início da série histórica, em 2012. O resultado representa uma queda significativa em relação aos 7,9% do mesmo trimestre em 2024 e supera o anterior recorde de 7,2%, observado em 2014. Apesar do leve aumento sazonal de 0,8 ponto percentual em comparação com o último trimestre de 2024, o mercado de trabalho mantém trajetória positiva. “O bom desempenho dos últimos trimestres não é comprometido pela variação sazonal. A taxa atual é a mais baixa já registrada para um primeiro trimestre”, destacou Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE. Mercado formal estável, mas informalidade recua O número de trabalhadores com carteira assinada permaneceu estável (39,4 milhões), enquanto o emprego sem carteira no setor privado recuou 5,3%, com 751 mil pessoas a menos nessa condição. “A retração ocorreu principalmente em setores como construção, serviços domésticos e educação”, explicou Beringuy. Por outro lado, houve crescimento em diversos segmentos na comparação anual: Indústria geral: +3,3% (431 mil pessoas) Comércio e reparação de veículos: +3,1% (592 mil) Transporte e armazenagem: +4,4% (253 mil) Tecnologia e serviços profissionais: +4,1% (518 mil) Administração pública e saúde: +4% (713 mil) Rendimento médio atinge recorde O rendimento médio do trabalhador brasileiro alcançou R$ 3.410, valor mais alto da série histórica, com alta de 1,2% no trimestre e 4% no ano. Os maiores aumentos foram observados em: Agricultura e pesca: +4,1% (R$ 85 a mais) Setor público e saúde: +3,2% (R$ 145) Na comparação anual, os destaques ficaram com construção civil (+5,7%, ou R141)eservic\cosdomeˊsticos(+3,6141)eservic\c​osdomeˊsticos(+3,6 45). Os números reforçam a recuperação gradual do mercado de trabalho, com geração de empregos formais e melhora na remuneração, embora desafios como a redução da informalidade ainda persistam.

Leia mais... »
Economia

Brasil bate recorde na abertura de pequenos negócios no 1º trimestre

País subiu em ranking mundial de empreendedores estabelecidos O Brasil bateu recorde na abertura de pequenos negócios nos três primeiros meses deste ano, com mais de 1,4 milhão de registros. Os microempreendedores individuais (MEIs) chegaram a 78% dos novos Cadastros Nacionais da Pessoa Jurídica (CNPJs). Os dados são do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), e indicam, ainda, um aumento de 35% no número de MEIs em comparação com igual período de 2024, além de um crescimento de 28% nas micro e pequenas empresas. De acordo com a pesquisa, a expansão do empreendedorismo formalizado vem acompanhada de medidas governamentais voltadas à simplificação, incentivo, inovação e ampliação do acesso ao crédito para pequenos negócios. Em março deste ano, o setor de serviços obteve o melhor desempenho, com 63,7% do total de pequenos negócios abertos, seguido por comércio e indústria da transformação. No recorte por regiões, a pesquisa do Sebrae aponta que Sudeste, Sul e Nordeste lideram a abertura acumulada de pequenos negócios, sendo São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro nas primeiras posições entre os estados. Empreendedores Segundo o estudo, o país tem 47 milhões de pessoas à frente de algum negócio, formal ou informal. Entre os fatores que justificam o indicador está o aumento na Taxa de Empreendedores Estabelecidos, aqueles com mais de 3 anos de operação, que saltou de 8,7%, em 2020, para 13,2% no ano passado. Com o resultado de 2024, o Brasil avançou duas posições – da oitava para a sexta – no ranking de países com a maior Taxa de Empreendedores Estabelecidos, na frente de países como Reino Unido, Itália e Estados Unidos. (Agência Brasil)

Leia mais... »
Economia

Governo Lula propõe aumento real de 2,5% do salário mínimo em 2026

Salário mínimo proposto por Lula é de R$ 1.630 O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encaminhou nesta terça-feira (15) ao Congresso Nacional o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026, prevendo um aumento real de 2,5% do salário mínimo. A informação é do portal Metrópoles, que destacou o envio do documento como parte das obrigações constitucionais do Executivo. Caso aprovado, o valor do salário mínimo passará dos atuais R$ 1.518 para R$ 1.630 no próximo ano — um acréscimo de R$ 112. O reajuste projetado considera a reposição da inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), acrescida de um ganho real de 2,5% no poder de compra. A política de valorização do salário mínimo foi retomada pelo atual governo como estratégia para fortalecer a renda das famílias mais pobres e estimular a economia doméstica. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é o instrumento que estabelece os parâmetros para a elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA), prevendo metas fiscais e orientando a gestão dos gastos públicos em todas as esferas do Poder — Executivo, Legislativo e Judiciário. Além do reajuste do piso salarial, o PLDO de 2026 também apresenta as estimativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), a taxa de inflação, os juros básicos da economia (Selic) e as diretrizes para os investimentos públicos. O valor do salário mínimo tem impacto direto sobre uma série de benefícios e programas sociais. Entre eles, o Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos e pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade, e os pagamentos realizados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), como aposentadorias, pensões e auxílios. A elevação do piso nacional, portanto, também altera o montante destinado a essas políticas públicas, exigindo planejamento orçamentário criterioso. O projeto ainda autoriza o aumento de despesas com pessoal, incluindo servidores ativos, inativos e pensionistas, o que reforça a necessidade de equilíbrio fiscal. Embora o governo busque ampliar a capacidade de investimento e a cobertura social, a meta continua sendo compatibilizar essa expansão com o controle do déficit primário e a sustentabilidade das contas públicas. A proposta do Executivo será agora analisada pelas comissões permanentes do Congresso e deve ser votada até julho, conforme determina a Constituição. A partir da LDO, o governo poderá avançar na formulação detalhada do Orçamento Geral da União de 2026, a ser apresentado até o fim de agosto. A valorização do salário mínimo é uma das bandeiras históricas dos governos Lula. Ao longo de seus mandatos anteriores, o petista defendeu uma política de reajuste com ganho real atrelado ao crescimento da economia. A retomada dessa diretriz marca uma ruptura com o congelamento salarial observado em anos anteriores, quando a política de correção esteve restrita à inflação. O envio da LDO também sinaliza os próximos passos da política econômica. A proposta será analisada em meio a um cenário fiscal desafiador, com pressões por aumento de gastos e necessidade de manter a trajetória de responsabilidade orçamentária. Ao definir um novo patamar para o salário mínimo, o governo busca conciliar justiça social com sustentabilidade fiscal, tema que deve ocupar o centro do debate legislativo nos próximos meses

Leia mais... »
Economia

Dólar sobe para R$ 5,83 após retaliação da China a tarifas de Trump

Bolsa cai 2,96% e tem maior recuo diário desde dezembro Agência Brasil – Em um dia agitado em todo o mercado financeiro global, o dólar teve a maior alta diária em pouco mais de dois anos e superou os R$ 5,80, após a China anunciar uma retaliação ao tarifaço do governo de Donald Trump. A bolsa de valores caiu quase 3% e teve o maior recuo em um dia desde dezembro do ano passado. O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (4) vendido a R$ 5,836, com alta de R$ 0,207 (+3,68%). Na máxima da sessão, por volta das 16h20, a cotação chegou a R$ 5,84. A moeda norte-americana está no maior valor desde 10 de março, quando tinha fechado a R$ 5,85. Essa foi a maior alta diária do dólar desde 10 de novembro de 2022, quando a divisa tinha subido 4,1% em apenas um dia. O dia também foi turbulento no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 127.256 pontos, com recuo de 2,96%. No menor nível desde 14 de maio, o indicador teve o maior recuo diário desde 18 de dezembro. A bolsa acompanhou o mercado financeiro global. Nos Estados Unidos, as bolsas tiveram a pior semana desde março de 2020, início da pandemia de covid-19. Os países emergentes que tinham sido poupados da instabilidade no mercado financeiro global na quinta-feira (3) acompanharam o mercado global e tiveram forte turbulência na sexta-feira. O anúncio de que a China retaliará os Estados Unidos com sobretaxas de 34% desencadeou o receio de uma recessão em escala planetária. Outros dois fatores afetaram fortemente os países emergentes. O primeiro foi a divulgação de que a economia norte-americana criou 228 mil postos de trabalho em março. Apesar de a estatística ainda não refletir os temores de contração na economia norte-americana, o número veio acima das expectativas e mostra que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) pode adiar o corte de juros da maior economia do planeta. A queda no preço internacional do petróleo também atingiu os países produtores de commodities (bens primários com cotação internacional). O barril do tipo Brent, usado nas negociações internacionais, fechou em US$ 64, o nível mais baixo desde 2021. Novamente, houve temor de que a demanda nos Estados Unidos caia após o tarifaço de Trump. * com informações da Reuters

Leia mais... »
Economia

Petrobras anuncia redução do preço do diesel nas refinarias

Para o consumidor final, o valor do diesel, atualmente em R$ 6,40, deve cair para pelo menos R$ 6,25 A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (31) a redução de 4,5% do preço do diesel que a estatal vende a distribuidoras. Esta é a primeira redução desse combustível anunciada pela empresa desde outubro de 2023 e acontece após uma redução da cotação do dólar durante os primeiros meses deste ano. O novo preço será praticado pela Petrobras a partir desta terça-feira (1º). Em média, as refinarias da estatal repassarão diesel a distribuidoras por R$ 3,55 por litro. Hoje, repassam a R$ 3,72 –R$ 0,17 a mais por litro. Segundo a Petrobras, considerando a mistura obrigatória de 86% de diesel A e 14% de biodiesel para composição do diesel B vendido nos postos, o preço do diesel nas bombas de combustível deve cair pelo menos R$ 0,15 a cada litro de diesel B. Assim, para o consumidor final, o valor do diesel, atualmente em R$ 6,40, deve cair para pelo menos R$ 6,25. Desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou à Presidência, a Petrobras já reduziu o preço do diesel em R$ 0,94 por litro, quase 21%. Lula fez campanha eleitoral prometendo “abrasileirar o preço dos combustíveis”, o descolando de variações no mercado internacional e do dólar. A redução do diesel, contudo, acontece depois de o dólar baixar de cerca de R$ 6,25 para cerca de R$ 5,70 do final do ano passado até hoje. Até a redução, a Petrobras vendia diesel cerca de 2% mais caro do que o importado, de acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).

Leia mais... »