Investigações abertas pela Polícia Civil sobre o clube são resultado de rachas e rasteiras na diretoria celeste –

Todo escândalo vem de uma briga, de alguém entregando o ouro. A ex-mulher, o ex-sócio, o ex-parceiro: são muitos potenciais delatores. No caso do Cruzeiro, alvo de investigação da Polícia Civil, todos os caminhos levam às eleições da diretoria do clube.

A cúpula celeste rachou na gestão anterior, de Gilvan Tavares, que rompeu com o antecessor Zezé Perrela, mais famoso cartola do clube. De velhos aliados eles passaram a inimigos. E partiram para enfrentamento nas urnas no final de 2017: Perrela lançou Sérgio Rodrigues para presidente e Gilvan contrapôs com Wagner Pires de Sá. Apesar da força de Perrela, o nome de Gilvan acabou vencendo com o apoio de Ronaldo Granata, um candidato independente que renunciou para ser vice de Wagner.

Foi só o novo presidente tomar posse para virar de lado. Wagner provou a ira de Julvan ao empoderar Itair Machado na diretoria. E deixou Granata atônito ao compor com Perrela, eleito presidente do Conselho – aquele dos churrascos e viagens. Traídos, Gilvan e Granata se tornaram oposição. E pelo menos no caso do segundo, também informante da Polícia Civil.

Felizmente para os investigadores, as pessoas que não se inibem em praticar crimes financeiros também não costumam reprimir a tentação de trair amigos para levar mais vantagem. E graças à essa tentação, o futebol mineiro poderá enfim, quem sabe, varrer do tapetão ao menos uma parte de sua histórica sujeira.

Via Os Novos Inconfidentes

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