O mais longo movimento de greve da história da Unimontes ainda não teve o seu desfecho

 Após aceitarem, ainda em agosto de 2016, o acordo proposto pelo governo e retornarem imediatamente às atividades, professores da Unimontes percebem, atônitos, que levaram um calote do governo de Minas. O acordo foi assinado por membros do governo há um ano e homologado em processo judicial há quase seis meses, mas o Estado desonra a sua própria proposta quando não cumpre o acordo de greve, enrolando com assombroso desrespeito cerca de mil professores da Unimontes.

Professores da Unimontes protestam por calote do estado

Via Girleno Alencar – Jornal Gazeta
Os professores da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) realizaram protesto, ontem de manhã, em frente ao prédio da reitoria, para denunciar o calote que foram vitimados há um ano, pois encerraram a greve em agosto do ano passado, com o compromisso de que vários pontos seriam e isso não ocorreu. O protesto serviu como advertência de greve. No momento da manifestação, o reitor João dos Reis Canela chegou ao prédio, mas não foi molestado pelos manifestantes.
Ele explicou que as negociações estão sendo realizadas em Belo Horizonte e, por isso, tem de esperar as conversações. Uma das reuniões foi ontem no final da tarde na Cidade Administrativa. A diretoria da Associação dos Docentes da Unimontes (ADUNIMONTES) compareceu ao evento.
No panfleto distribuído, ontem de manhã, os manifestantes alegaram que em 2016 a Unimontes vivenciou a maior greve de sua história, pois foram 124 dias de paralização.
O Governo ofereceu o acordo, que encerrou a greve. Porém, passado um ano, nenhum dos itens do acordo foi cumprido. Isso deixou a classe indignada.
O ex-presidente Gilmar Santos afirma que um dos pontos negociados foi o auxílio indenizatório que seria pago nos primeiros meses e não ocorreu. O valor oscilava de acordo com o cargo da pessoa. Tinha o Plano de Carreiras; pagamento para o professor aprovado no concurso, mas não recebia pela titulação e, por fim, a posse de 80 professores concursados, que ainda não foram chamados.
O dirigente da ADUNIMONTES cita que um professor da Unimontes tem um salário de R$ 885,00 para 20 horas de trabalho e com as duas gratificações, esse salário sobe para R$ 1,5 mil. Ele denuncia que o baixo salário está fazendo a Unimontes perder professores de alto nível, com doutorado. É que o salário base desse profissional é de R$ 1,9 mil e somente com as gratificações é que eles passam a receber R$ 3,2 mil. O mesmo professor, em universidades, recebem o dobro do salário.

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