O edifício-sede do Instituto Cultural, no qual está localizada a galeria de arte do instituto, completa 35 anos em 2018 e ganha nome do pensador brasileiro

O edifício anexo do BDMG, onde está o BDMG Cultural e a sua galeria de arte, na Rua Bernardo Guimarães, 1.600, será publicamente nomeado, no dia 5 de julho, às 19h30, como Edifício Professor Darcy Ribeiro. A escolha, aprovada pela diretoria do BDMG, é uma homenagem ao autor de romances como “Maíra” e “Migo”, mineiro de Montes Claros, que dedicou a vida à educação e à cultura.

(O Edifício sede do BDMG, ao lado do anexo, há muito tempo leva o nome do ex-governador Israel Pinheiro, mineiro de Caeté).

Sobrinho do escritor e presidente da fundação que leva o nome do tio, Paulo Ribeiro recebeu com alegria a homenagem: “Darcy Ribeiro certamente foi, entre os brasileiros do seu tempo, um dos que mais contribuiu para a consolidação da nossa cultura. Estudou profundamente o povo brasileiro e se tornou educador pelas mãos do mestre Anísio Teixeira”, comentou.

“Esta é a primeira homenagem que Darcy recebe em Belo Horizonte. Até hoje, na capital, não há qualquer logradouro público batizado com o seu nome, erro que está sendo devidamente corrigido agora. Darcy morou em BH, onde fez parte do curso de Medicina na UFMG. Ele é um dos mineiros mais conhecidos no Brasil e fora dele. E foi um dos intelectuais que mais escreveram sobre a Cultura como fator de desenvolvimento e emancipação do povo, visão que alimenta a atuação do BDMG Cultural nessas três décadas de sua existência”, destacou o jornalista Rogério Faria Tavares, presidente do BDMG Cultural.

Nascido em 1922, Darcy faleceu em 1997. Ministro da Casa Civil e Ministro da Educação do Governo João Goulart, Darcy Ribeiro foi o fundador da Universidade de Brasília, a UnB, cujo campus leva o seu nome, e da Universidade Estadual do Norte Fluminense, em Campos, no interior do Rio de Janeiro. De volta ao Brasil, depois de longo exílio no exterior, durante o regime militar, foi vice-governador e senador pelo estado do Rio de Janeiro, onde também atuou como secretário de estado da Cultura. Em sua gestão, foram inaugurados o Sambódromo e os Cieps (Centros Integrados de Educação Pública). Membro da Academia Brasileira de Letras, deixou vasta obra literária e ensaística, na qual se destacam livros como “O Povo Brasileiro”, “Processo Civilizatório”, “O Brasil como problema” e “As Américas e a Civilização”. No Senado Federal, foi o relator da Lei de Diretrizes e Bases da Educação.

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