Cloroquina na mãe dos outros é refresco, né, presidente?
Aos 93 anos, Olinda Bonturi Bolsonaro, mãe de Jair Bolsonaro, recebeu nesta segunda-feira (8), às 10h30, a segunda dose da CoronaVac, vacina contra o coronavírus produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.
Crítico da vacina e do “vírus chinês”, Jair Bolsonaro, que chegou a insinuar que as pessoas que tomassem o imunizante poderiam virar “jacaré”, criou polêmica quando a mãe recebeu a primeira dose da CoronaVac, no dia 12 de fevereiro.
Em live, Bolsonaro mentiu que a mãe foi imunizada com a Covidshield, de Oxford/AstraZeneca/Fiocruz. O presidente criou uma teoria de que o cartão de vacinação de dona Olinda teria sido rasgado.
“Minha mãe foi vacinada em 12 de fevereiro de 2021. ‘Fabricante: Oxford’. Duas horas depois, o cara volta lá apavorado, vai atrás da casa da minha mãe, pega o cartão de vacina dela e rasga e entrega um novo escrito Butantan”, disse o presidente.
“Duas horas depois ele volta, rasga o registro Oxford e entrega o Butantan. E a imprensa vai e faz politicagem com a minha mãe, com 93 anos de idade”, completou.
Cloroquina na mãe dos outros é refresco, né, presidente?
“Infelizmente, milhares de brasileiros não tiveram a mesma sorte da Dona Olinda e de quem a ama, pois o maldito novo coronavírus levou embora – e precocemente – velhinhos e velhinhas, pais e mães, avôs e avós que ainda tinham muito amor e sabedoria para compartilhar. Com a própria mãe imunizada pela “vachina chinesa do Doria”, o devoto da cloroquina mostra que, além de péssimo ser humano e péssimo governante, também é péssimo filho, pois quer ver a mãe ou morta, ou inválida, ou anômala, ou mesmo sob a forma de um belo jacaré”. Ricardo Kertzma – IstoÉ