O Google decidiu remover o ‘jogo’ ‘Simulador de Escravidão” que estava disponível para download na plataforma Google Play. O jogo foi alvo de denúncias por parte de usuários e também do deputado Orlando Silva (PCdoB), relator do PL das Fake News que, dentre outras temáticas, fala sobre a regulação das big techs.
De acordo com reportagem do site Ponte Jornalismo, a remoção do aplicativo ocorreu por volta das 13h, conforme relatado por usuários do Google Play.
“Entraremos com representação no Ministério Público por crime de RACISMO e levaremos o caso até às últimas consequências, de preferência a prisão dos responsáveis. A própria existência de algo tão bizarro à disposição nas plataformas mostra a URGÊNCIA de regulação do ambiente digital”, escreveu o deputado Orlando Silva em sua conta no Twitter.
????URGENTE! DENÚNCIA CHOCANTE! A Play Store, loja de aplicativos do Android, tem um "jogo" chamado SIMULADOR DE ESCRAVIDÃO, no qual a "brincadeira" consiste em comprar, vender, açoitar pessoas negras escravizadas. É desumano, nojento, estarrecedor. É CRIMINOSO! ????????
A @unegrobrasil… pic.twitter.com/QHi8oaaSOi
— Orlando Silva (@orlandosilva) May 24, 2023
A reportagem destaca que o ‘jogo’ foi baixado por mais de 1.000 pessoas e tinha classificação indicativa livre na plataforma. Sua descrição promovia a compra e venda de “escravos no mercado”, permitindo também a distribuição dos mesmos em diferentes empregos para obter dinheiro. O jogo apresentava um desenho de um homem negro coberto apenas por algo semelhante a uma cueca, algemado no pescoço, mãos e pernas.
O Google não respondeu ao pedido da Ponte por resposta. No entanto, no Twitter, em resposta a um usuário que denunciou o jogo, a conta oficial do Google Play sugeriu que o mesmo fez uma denúncia por meio de um site, afirmando: “Levamos essas denúncias muito a sério e agradecemos seu contato”.
A empresa Magnus Games, listada como responsável por disponibilizar o jogo na Google Play, também foi contatada pela reportagem por e-mail, mas não respondeu. Há suspeita de que o dono da desenvolvedora de games Magnus Games seja de origem russa ou ucraniana.