Governador já começou a viajar e organizar campanha. Adversário ainda não saiu a campo
De julho a setembro, o governador Romeu Zema caiu 5,8 pontos percentuais nas pesquisas de intenção de voto DataTempo. Foi justamente nesse período em que ele mais se aproximou do discurso e do presidente Jair Bolsonaro. É certo que Zema conta com alta aprovação e, por consequência, tem a preferência do eleitor. Hoje, conforme a pesquisa, conta com 40,4% das intenções de voto. Em julho, eram 46,2%. Se as eleições fossem hoje, venceria em primeiro turno.
Mas ainda estamos a um ano do pleito. Dois fatores devem ser levados em consideração: o primeiro, por óbvio, se o governador manterá o alinhamento com Bolsonaro. Alguns conselheiros dizem que ele não pode abrir mão dos eleitores do presidente. Esquecem que se reduzem, numericamente, a cada rodada da pesquisa.
Leia também:
Gestão do presidente Jair Bolsonaro é reprovada por 64,9% dos mineiros
O segundo fator é o adversário. O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), que é bom de oratória, ainda não entrou em campo. Zema realiza viagens dois dias a cada semana, no mínimo, sempre em diferentes regiões. Tem desde encontro com profissionais da educação, a conversas com representantes de setores produtivos. Passando pelas caminhadas, típicas do período eleitoral, com gravação de vídeos para as redes sociais.
Kalil, ainda não começou a viajar. Fez uma ou outra visita ao interior, mas nada de significativo. Pode-se dizer que ele não entrou em campo. Quando esteve no round, na última campanha pela reeleição, o prefeito não só venceu com ampla margem como tornou-se estrela nacional. Daí, depreende-se que a disputa eleitoral pelo Palácio Tiradentes será acirrada. A ver os números do DataTempo em três ou quatro meses, quando o prefeito já terá saído a campo (aliás, a demora abre espaço para o adversário).
Jornal O Tempo