Cuca, Eduardo, Fernando e Henrique foram acusados de terem cometido estupro contra a menor, de 13 anos, Sandra Pfaffli.
Depois de não conseguir fechar com Renato Gaúcho, o Atlético mineiro foi para o plano B e já está praticamente certo com Cuca, campeão da Libertadores pela equipe alvinegra em 2013. Depois de uma reunião na terça-feira (2), ficou acordado que a apresentação será na segunda (8). A informação é de Roberto Abras, repórter da rádio Super 91,7 FM. Cuca ainda não “bateu o martelo” por problemas com a mãe, que está internada em Curitiba por complicações da Covid-19 e também porque ainda tem questões a serem resolvidas com o Santos, seu ex-clube.
Desde que teve o nome especulado, alguns torcedores do Atlético são contrários a contratação do treinador. Usando a hashtag ‘#CucaNão’ nas redes sociais, parte da torcida relembra a acusação de estupro que Cuca recebeu nos anos 80, quando ainda era jogador do Grêmio. Em uma excursão do clube à Europa, em 1987, Cuca, o goleiro Eduardo Hamester, o atacante Fernando Castoldi e o zagueiro Henrique foram acusados de terem tido relação sexual com uma menina de 13 anos, na Suíça.
Depois de quase um mês detidos no país, os jogadores foram liberados após uma intervenção diplomática do governo do Brasil. Dois anos depois, Cuca, Eduardo e Henrique foram condenados por atentado ao pudor com uso de violência. Fernando foi absolvido da acusação de atentado ao pudor e condenado por estar envolvido no ato de violência. Cuca nunca cumpriu sua pena e o crime prescreveu.
O treinador se posicionou pela primeira vez sobre o assunto em entrevista à jornalista e colunista do UOL Esporte, Marília Ruiz. “Hoje o mundo está diferente (do que era) há anos muitos atrás, com leis diferentes. Tem uma coisa que me incomoda muito. Há 34 anos, houve um episódio comigo e essas coisas são vistas como se tivesse ocorrido hoje, como se eu fosse condenado e culpado. Para resumir: eu não tenho culpa de nada, não levantei um dedo indevidamente ou inadequadamente para alguma mulher”, afirmou Cuca.
O treinador gravou um vídeo, ao lado da esposa e das filhas, e disse: “Eu vivo numa casa que 90% é mulher. E nem por isso sou machista. Sempre me adapto e tento fazer o melhor possível. É algo que me incomoda bastante. A gente vai em alguns lugares e tem ‘Cuca não’ por causa disso ou daquilo. Eu não devo nada a ninguém, sou sou um cara do mal, não fiz nada de errado. Eu não fui julgado e culpado por alguma coisa. Fui julgado à revelia, porque não estava mais no Grêmio nesse julgamento, junto com os outros rapazes”, explicou o treinador.