Manifestação reuniu ruralistas, empresários, militares reformados e movimentos conservadores religiosos

O ato em defesa do presidente Jair Bolsonaro, em Montes Claros, reuniu um grupo de pessoas na avenida Deputado Esteves Rodrigues, como ruralistas, empresários, militares reformados e movimentos conservadores religiosos, mas mostrou a divisão no grupo: os organizadores passaram a xingar o presidente da Câmara dos Deputados e o Centrão, levando outros palestrantes a criticarem essa situação, como mostrou o coordenador do Movimento Paz no Campo, João Damásio Filho. Nem mesmo a Universidade Estadual de Montes Claros foi poupada. O principal líder de Bolsonaro no Norte de Minas, o deputado federal Marcelo Freitas não compareceu. O forte sol das 10 horas fez muitas pessoas pro-curarem a sombra nas imediações do ato.

A acadêmica de Ciências Sociais da Unimontes, Iole Oliva

A cerimonialista do evento começou se queixando que a imprensa falará que tinha apenas 10 pessoas no local e isso não era verdade. Alguns organizadores mais otimistas falaram em 5 mil e 10 mil pessoas. Os mais lúcidos, falaram em 500 pessoas. O deputado Rodrigo Maia e o Centrão foram criticados, com ofensas pessoais, sendo chamado de “canalha” pela cerimonialista. Um dos grandes momentos foi quando a aposentada Ana Bar-bosa Oliva, de 85 anos pegou o microfone e pediu mudanças no Brasil, pois existe o risco das futuras gerações sofrerem os impactos. A sua filha Iole Barbosa, que é advogada e, agora, cursa Ciências Sociais, se queixou da Unimontes, que realizou atos contra a ditadura e ainda levou o deputado Patrus Ananias para dar palestra sobre educação, mas não deixa outros movimentos fazerem qualquer ato no local.

O médico Ezequiel Nova-es, do Movimento Monárquico, chamou a atenção para o objetivo do ato, salientando que não estavam ali para atacar ninguém, mas sim pedir o apoio em prol da reforma da Previdência, da medida provi-sória 870 que reduz a quantidade de ministérios, que cobra o aperfeiçoamento do Poder Judiciário e contra os privilégios de castas sociais. O empresário Ariovaldo Melo Filho lembrou que as mudanças são necessárias, mas o mal está em todos os lugares. João Damásio Filho, do Movimento Paz no Campo, afirmou que enquanto a direita fica brigando entre si, a esquerda está batendo palmas e unida em defesa dos seus interesses

Texto e fotos de Girleno Alencar –  Jornal Gazeta

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