Direitos Humanos – Brasil recebeu 194.331 migrantes em 2024

O Brasil registrou a chegada de 194.331 migrantes em 2024. Os venezuelanos lideram a lista de abrigados, com 94.726 pessoas recebidas pela Operação Acolhida. Os dados são da 8ª edição do Boletim da Migração, divulgado pela Secretaria Nacional de Justiça (Senajus), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Segundo a pasta, a reunião familiar foi o principal motivo para as solicitações de abrigo no país, com 16.567 justificativas. Na sequência, vêm trabalho e investimentos, com 14.507 justificativas, e estudo, com 8.725. Os pedidos para cumprir missão religiosa foram 2,3 mil; para fixar residência em fronteiras somaram 1.966 e receber acolhida humanitária 4.317. Os dados mostram ainda que, no ano passado, foram pedidas 68.159 solicitações de reconhecimento da condição de refugiado, dos quais, 13.632 já foram concedidos; 24.887 foram extintos, 28.890 arquivados e 318 indeferidos. “A Venezuela segue como principal nacionalidade entre refugiados reconhecidos (12.726), seguida por Afeganistão (283) e Colômbia (121)”, informa o boletim. Venezuelanos Em dezembro do ano passado entraram no país 5.837 venezuelanos. O principal ponto de entrada é Pacaraima, em Roraima. Na cidade e em Boa Vista, são ofertados atendimentos da Operação Acolhida, resposta humanitária que oferece suporte ao deslocamento voluntário, seguro e organizado de populações refugiadas e migrantes. Segundo dados da operação, os venezuelanos que entraram no Brasil vivem, atualmente, em 1.026 municípios de todas as regiões do país. As cidades de Curitiba e Manaus são as que somam maior número de migrantes recepcionados pela operação. No final de janeiro deste ano, as ações da operação chegaram a ser suspensas após a Organização Internacional para as Migrações (OIM), braço da Organização das Nações Unidas (ONU) para atendimento de migrantes e refugiados, informar o bloqueio do repasse de verbas por 90 dias determinado pelo presidente norte-americano, Donald Trump, no dia 26. No dia seguinte, o governo federal se reuniu com representantes da organização para discutir o impacto da suspensão das atividades realizadas pela entidade no âmbito da Operação Acolhida. Na ocasião, foi definido que o governo executaria as ações da OIM. “As autoridades brasileiras estão mobilizadas e seguem em tratativas para reduzir os impactos da ausência das equipes da OIM na operação logística e na gestão de abrigos. Entre as ações emergenciais estão a realocação de servidores das áreas de saúde, assistência social, da Polícia Federal e Defesa para manterem, em caráter emergencial, as atividades essenciais”, disse o MJSP em nota. Segundo o ministério, o grande volume de pessoas migrando da Venezuela indica a necessidade de o “governo federal prosseguir com políticas voltadas à crise humanitária daquele país”. Brasileiros no exterior Em relação aos brasileiros no exterior, os dados mostram que, até 2023, 4.996.951 cidadãos brasileiros viviam fora do país. “As principais regiões de destino são a América do Norte (2,26 milhões) e a Europa (1,67 milhão). Os Estados Unidos seguem como o país com o maior número de brasileiros residentes (2,08 milhões), seguido por Portugal (513 mil)”, informou o ministério. Foto e texto: Agência Brasil
Petistas reagem a Hugo Motta após minimizar atos de 8 de janeiro

Deputados do Partido dos Trabalhadores (PT) criticaram o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), após ele afirmar que os atos de 8 de janeiro de 2023 não configuraram uma tentativa de golpe de Estado. Para os parlamentares aliados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), considerar a anistia aos envolvidos na depredação das sedes dos Três Poderes é uma afronta às instituições democráticas e à Constituição. A declaração de Motta foi feita durante entrevista à rádio Arapuan FM, de João Pessoa (PB), nesta sexta-feira, 7. Segundo ele, as penas impostas aos condenados pelos atos de vandalismo são “muito severas”. O deputado reconheceu que a questão causa atritos com o Executivo e o Judiciário, motivo pelo qual defendeu cautela na condução do tema pela Câmara. “Eu não posso chegar aqui dizendo que vou pautar anistia na semana que vem ou que não vou pautar de jeito nenhum”, ponderou. O presidente da Câmara classificou os eventos como uma “agressão às instituições”, mas rejeitou a tese de golpe de Estado. “Golpe tem que ter um líder, alguém estimulando, além do apoio de outras instituições interessadas, e isso não aconteceu”, afirmou Motta. A discussão sobre a anistia fez parte das negociações políticas que garantiram o apoio do Partido Liberal (PL) à eleição de Hugo Motta para a presidência da Câmara. Ele foi eleito com 444 votos no dia 1º de fevereiro. A declaração do deputado paraibano foi vista com otimismo por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que têm interesse em aprovar medidas que beneficiem os envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Durante sua primeira semana no comando da Câmara, Motta enviou sinais tanto ao Judiciário, cobrando maior transparência na administração dos recursos públicos, quanto ao Executivo, ao defender maior rigor no controle dos gastos do governo. Eleito com o respaldo de siglas de diferentes espectros políticos, incluindo PT e PL, o parlamentar tem buscado equilibrar sua atuação entre os diversos grupos. A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), criticou a possibilidade de votação da anistia. Sem mencionar diretamente a fala de Motta, Gleisi usou o X (antigo Twitter) para classificar a proposta como “descabida”. “Não se trata de atender interesses políticos de um ou outro partido, mas de defender a democracia e respeitar as decisões da Justiça sobre os ataques aos Três Poderes”, afirmou. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), também reagiu à declaração de Motta, ainda que sem citá-lo nominalmente. O deputado argumentou que as investigações da Polícia Federal (PF) indicam o envolvimento do entorno de Bolsonaro na articulação dos atos de 8 de janeiro e sustentou que a depredação dos prédios públicos fez parte de uma estratégia para derrubar o governo. “Havia um plano. Quero deixar claro que o 8 de janeiro fez parte de uma tentativa de golpe de Estado violento”, declarou Lindbergh. O vice-líder do governo na Câmara, Rogério Correia (PT-MG), classificou como “negacionismo inaceitável” a tese de que não houve tentativa de golpe. O parlamentar mencionou documentos e provas apresentados pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) e pela Polícia Federal. “Não vale um relatório de mil páginas aprovado no Congresso? Não valem os múltiplos indiciamentos feitos pela PF após provas e delações? Não valem as minutas golpistas encontradas na sede do PL? Não valem as bombas colocadas no aeroporto de Brasília e os planos de assassinato contra Lula, Alckmin e Moraes?”, questionou Correia. O deputado Zeca Dirceu (PT-PR) também citou as investigações da PF e afirmou que os envolvidos nos atos antidemocráticos não apenas buscaram romper a ordem democrática, mas planejaram atentados contra autoridades. “Os suspeitos não só queriam uma ruptura institucional, mas também matar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes”, declarou. O deputado Rubens Otoni (PT-GO) endossou essa posição e reforçou que não se tratou de uma mera tentativa de golpe. “Foi uma tentativa de assassinato”, afirmou.
Declaração de Hugo Motta e atos de março impulsionam debate sobre anistia

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estão organizando uma manifestação nacional para o dia 16 de março, usando como mote a crise do Pix e um pedido de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O objetivo da mobilização é pressionar o Congresso Nacional a pautar a anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro de 2023. A recente declaração do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), acendeu esperanças entre bolsonaristas na Casa. Motta afirmou que a invasão das sedes dos Três Poderes foi um evento “grave”, mas negou que tenha configurado uma tentativa de golpe de Estado. O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), acredita que os protestos de março podem ajudar a angariar apoio de parlamentares do Centrão para que a proposta de anistia volte a tramitar. “Na próxima semana, conversarei com os presidentes estaduais do PL para organizar a mobilização”, afirmou. Nesta sexta-feira, 7, Hugo Motta reforçou a visão de que as penas aplicadas a alguns dos envolvidos no 8 de janeiro foram “muito severas” e reiterou sua opinião de que o evento não se configurou como um golpe. “O que aconteceu não pode ser admitido novamente, foi uma agressão às instituições. Mas para ser golpe, precisa de um líder, de estímulo e apoio de outras instituições interessadas. Isso não ocorreu”, afirmou o presidente da Câmara. Entre os opositores ao governo, a fala de Motta foi recebida com entusiasmo. O líder da oposição na Câmara, Zucco (PL-RS), disse que o posicionamento do presidente da Casa sinaliza um avanço na possibilidade de discutir a anistia no Congresso. “A questão já está no debate. Agora temos um entendimento de que pode haver progresso na Câmara com Hugo Motta”, declarou. Para os parlamentares do PT, os atos de 8 de janeiro foram uma tentativa clara de golpe de Estado. Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do partido na Câmara, argumenta que a invasão às sedes dos Três Poderes fazia parte de uma última cartada depois da suposta conspiração para assassinar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes, revelada pela Polícia Federal. “O 8 de janeiro foi a última tentativa de impedir o governo Lula”, afirmou Lindbergh. “Foi algo planejado e organizado para que Lula decretasse uma GLO.” No ano passado, a proposta de anistia chegou a ser discutida na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, então presidida pela deputada Caroline de Toni (PL-SC). No entanto, especialistas alertaram que o texto era amplo demais e poderia beneficiar Bolsonaro. O ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidiu então criar uma comissão especial para tratar do tema, mas os trabalhos nunca foram iniciados. O deputado Rodrigo Valadares (União-SE), relator da anistia na CCJ, critica a condução do tema pelo Judiciário. “O sistema de Justiça parece mais preocupado em dar um recado político do que em aplicar penas justas. O presidente da Câmara está certo ao questionar isso”, afirmou. “Não podemos permitir que brasileiros sejam punidos de forma desproporcional por razões ideológicas.” Outros parlamentares bolsonaristas, como Silvia Waiãpi (PL-AP), Rodolfo Nogueira (PL-MS) e Sanderson (PL-RS), também consideram que as declarações de Motta podem abrir caminho para a aprovação da anistia. Os atos do dia 16 de março foram marcados em razão do aniversário de seis anos da abertura do inquérito dos atos antidemocráticos pelo STF, em 14 de março de 2018. Em 2024, a data foi novamente lembrada por bolsonaristas como um marco simbólico para a mobilização. No ano passado, a anistia ainda não era um tema abertamente defendido por Bolsonaro em discursos públicos. O impeachment de Lula, principal bandeira da manifestação, tem como base o bloqueio imposto pelo Tribunal de Contas da União (TCU) ao programa Pé-de-Meia, que, segundo opositores, estaria operando à margem das regras fiscais. No entanto, Hugo Motta já descartou essa possibilidade. “Não está no nosso horizonte trazer instabilidade”, afirmou o presidente da Câmara.
Aliados de Bolsonaro preveem que STF acelere julgamento e determine sua prisão

“O STF não vai querer deixar para resolver a prisão no ano que vem, com a contaminação da campanha política”, afirmou um integrante do Partido Liberal (PL) em caráter reservado. Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro já traçam um cronograma para as próximas fases das investigações sobre a trama golpista que visava impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva. Enquanto aguardam a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), prevista para este mês, esses interlocutores acreditam que o Supremo Tribunal Federal (STF) buscará acelerar o processo para condenar Bolsonaro ainda em 2024, evitando que o caso se arraste até 2026, ano eleitoral. “O STF não vai querer deixar para resolver a prisão no ano que vem, com a contaminação da campanha política”, afirmou um integrante do Partido Liberal (PL) em caráter reservado. Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal em novembro de 2023 por crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, cujas penas somadas podem chegar a 28 anos de prisão. Desde então, a equipe do procurador-geral da República, Paulo Gonet, analisa as 884 páginas do relatório para embasar a acusação formal. A Polícia Federal reuniu indícios que conectam Bolsonaro às articulações que pretendiam impedir a posse de Lula. A expectativa entre seus aliados é que, após a PGR apresentar a denúncia, o ministro Alexandre de Moraes agilize o andamento do processo e leve o caso à Primeira Turma do STF já em março. Magistrados do colegiado discutem aumentar a frequência das sessões para acelerar a análise. Nessa etapa, o Supremo avaliará se há indícios suficientes para abrir uma ação penal, o que possibilitaria a coleta de novas provas e depoimentos de testemunhas. A expectativa entre bolsonaristas é que a Primeira Turma aceite a denúncia por unanimidade, com votos favoráveis de Moraes, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Cristiano Zanin e Flávio Dino. Em 2024, a Primeira Turma referendou todas as decisões de Moraes contra envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro, sugerindo que há um alinhamento entre os ministros nesse tipo de julgamento. Se for mantido o prazo médio de quatro meses entre a abertura de ações penais e a condenação, Bolsonaro e outros acusados poderiam ser julgados entre setembro e outubro. Durante esse julgamento, o STF avaliará se há provas suficientes para a condenação e definirá as penas aplicáveis. Aliados de Bolsonaro acreditam que a decisão será unânime, com possíveis divergências sobre a dosimetria das penas. No entanto, a prisão do ex-presidente só ocorreria após o trânsito em julgado, ou seja, quando não houver mais possibilidade de recurso. Em 2019, o STF mudou seu entendimento sobre a execução imediata da pena após condenação em segunda instância, permitindo que o réu recorra até a última instância antes de ser preso. Se a condenação ocorrer até outubro, a Primeira Turma teria tempo hábil para julgar embargos de declaração (recurso usado para esclarecer pontos do julgamento) até dezembro de 2025. Caso novos recursos sejam protocolados durante o recesso do STF, Moraes poderia negá-los individualmente e determinar a prisão de Bolsonaro. Diante desse cenário, Bolsonaro e seus aliados apostam na aprovação de um projeto de lei que concede anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, quando manifestantes invadiram e depredaram as sedes dos três Poderes em Brasília. No entanto, há forte ceticismo entre os próprios bolsonaristas quanto à viabilidade dessa medida. “A anistia não sobrevive 15 dias no Supremo”, avaliou um aliado próximo do ex-presidente. O entendimento entre esses interlocutores é que, caso a anistia seja aprovada pelo Congresso, o STF será acionado judicialmente e derrubará a medida rapidamente. A resistência do STF à anistia é vista como um ajuste de contas com Bolsonaro, que, durante seu governo, confrontou repetidamente a Corte, ameaçou desrespeitar decisões judiciais e fez ataques sistemáticos aos ministros do tribunal. Essa hostilidade contribuiu para consolidar um ambiente de enfrentamento entre o ex-presidente e o Judiciário. Com esse panorama, a defesa de Bolsonaro se prepara para uma batalha jurídica prolongada, tentando prolongar os prazos processuais e evitar uma condenação rápida. Contudo, os ministros do STF têm demonstrado disposição para tratar o caso com celeridade, garantindo que a responsabilização dos envolvidos na trama golpista aconteça antes das eleições de 2026
Luto na música – Montes Claros perde a genialidade de Charles Boavista

Morreu na manhã desta sexta-feira (07) o talentos artista, cantor e compositor reconhecido nacionalmente, Charles Boavista Ele construiu uma carreira de destaque nos anos 70, com a criação do Grupo Raízes. Em suas canções, o espírito da nossa terra e nossas referências culturais foram retratadas, evidenciando e fortalecendo a identidade norte-mineira. Seu trabalho alcançou grandes públicos na época de seus lançamentos e impacta as novas gerações, como verdadeiros hinos ao Sertão, à Montes Claros e à sua gente. O ECN se solidariza com a família e amigos neste momento de pesar e, presta suas homenagens a esse grande artista, valorizando suas contribuições que tanto engrandeceram as artes e a cultura desta cidade. Seu legado é parte de nossa história e seguirá vivo entre nós. O velório será realizado no Centro Cultural Hermes de Paula, onde artistas montes-clarenses farão homenagens à partir das 8h de sábado (8). O sepultamento está marcado para as 16h30.
Bolsonaro é humilhado por torcedores do Vasco e Fluminense

O ex-presidente marcou presença no clássico do futebol carioca e recebeu “carinho” dos presentes Além da estreia de Neymar no Santos, a quarta-feira (5) foi marcada por outra partida clássica do futebol brasileiro, entre os times cariocas Vasco e Fluminense, que se enfrentaram no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. A partida terminou em 2 a 1 para o Fluminense. No entanto, além do confronto entre Vasco e Fluminense, outro acontecimento marcou o jogo: a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro e de seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). A dupla até tentou passar despercebida pelos presentes, mas não conseguiu e recebeu “carinho” dos torcedores. Em vídeo que circula pelas redes, é possível escutar torcedores, ao avistarem Bolsonaro e seu filho Flávio, gritarem: “Uh, vai ser preso!”. Bolsonaro logo corre para se esconder. O ex-presidente foi indiciado pela Polícia Federal (PF) por tentativa de golpe de Estado, organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Além disso, o ex-mandatário está inelegível até 2030 por abuso de poder político ao usar a estrutura de comunicação de Estado para atacar o sistema eleitoral. Confira no vídeo abaixo o momento em que Bolsonaro e Flávio são humilhados por torcedores: Bolsonaro e Flávio Bolsonaro sendo muito bem tratados pela torcida no jogo entre Vasco e Fluminense. “Uh, vai ser preso”. pic.twitter.com/n03tASUHhr — GugaNoblat (@GugaNoblat) February 6, 2025
Montes Claros é destaque nacional em alimentação escolar saudável

A compra de produtos da agricultura familiar como frutas e verduras frescas, para a merenda escolar, a disponibilização de profissionais qualificados e, ainda, o asfaltamento e melhoria das estradas rurais que facilitam a parceria com os produtores rurais são ações da Prefeitura de Montes Claros que têm trazido importantes resultados em várias áreas. Exemplo disso é a premiação nacional recebida pela Escola Municipal Dominguinhos Pereira (Caic Maracanã) por ações de promoção para uma alimentação escolar saudável. A escola ficou entre as 20 melhores instituições de ensino que apresentaram as melhores campanhas dentro da 6ª Jornada de Educação Alimentar e Nutricional promovida pela Fundação Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). A jornada tem como principal objetivo incentivar as escolas públicas a estimularem nos alunos o hábito de uma alimentação saudável. Como prêmio, as atividades realizadas no período de 7/2 a 14/10/2024 serão publicadas em um livro e a escola receberá um certificado. Durante o ano letivo de 2024 a E.M. Dominguinhos Pereira realizou as seguintes campanhas: “Comer em companhia, com prazer e atenção”; “Como a crise climática afeta a nossa alimentação e como podemos agir?” e “Povos e comunidades tradicionais: valorizando saberes e conexões na alimentação escolar”. Para a nutricionista da E.M. Dominguinhos Pereira, Kassye Laura Almeida Gomes, a conquista é resultado do trabalho feito a várias mãos. “Um nome é insuficiente diante de uma equipe e de uma comunidade escolar tão grandiosas. Agradeço a Deus pela oportunidade de retomar o trabalho com a alimentação escolar, à confiança da nossa coordenadora, Mariana Mendes, e à comunidade escolar do Dominguinhos Pereira: cantineiras, zeladores, equipe de secretaria, psicólogo, assistente social, professores, supervisora, pais de alunos e direção. Agradeço pela parceria! Foram dias intensos, mas extremamente gratificantes”, enfatizou A E.M. Dominguinhos Pereira foi selecionada em um universo de 2 mil escolas de todo o Brasil, das quais cerca de 1700 entregaram relatos, destas apenas 429 apresentaram relatos completos. Foi destas últimas que a Comissão Avaliadora da Jornada escolheu as melhores. Este é o segundo ano consecutivo que Montes Claros se destaca na promoção de uma alimentação escolar saudável, mostrando o quanto a Prefeitura se preocupa em garantir merenda de qualidade para os alunos da rede municipal de ensino. Em 2023 o destaque ficou com o Cemei Major Prates
PL rompe com base de Zema e fortalece Cleitinho para 2026

O Partido Liberal (PL) oficializou, nesta quarta-feira, sua saída da base do governador Romeu Zema (Novo) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Os onze deputados da sigla decidiram deixar o bloco governista Avança Minas e formar uma bancada independente, mais alinhada à direita. O afastamento marca um novo cenário político no estado e pode influenciar as eleições de 2026. A decisão foi impulsionada por uma disputa interna pela liderança do Avança Minas, bloco formado por 25 parlamentares de oito partidos, incluindo o PL. A tensão começou nas eleições da mesa diretora no ano passado, quando os deputados Antônio Carlos Arantes e Gustavo Santana, ambos do PL, concorreram à 1ª Secretaria da Assembleia. Santana venceu, deixando Arantes sem cargo, o que gerou insatisfação e ameaçou um acordo para que Bruno Engler assumisse a liderança do bloco. Durante o recesso parlamentar, Arantes tentou reverter o cenário para se cacifar ao cargo, mas a maioria da bancada optou por criar um grupo independente. Nove dos onze deputados do PL apoiaram a saída, consolidando Bruno Engler como líder da nova bancada. Inicialmente, havia a intenção de criar um novo bloco parlamentar, mas, por falta de adesão de outras siglas, a ideia foi descartada. A ruptura foi motivada pelo descontentamento com o governo Zema. Segundo Cristiano Caporezzo, aliado de Engler, o governador não atendeu às prioridades dos parlamentares do PL. “O governo Zema precisa aprender que ser de direita é votar os projetos de direita e fazer com que a bancada apoie essas pautas. A população espera que um governador de direita tenha postura”, criticou Caporezzo. O impacto da decisão já se reflete no cenário eleitoral para 2026. O PL tem se aproximado do senador Cleitinho (Republicanos), que já se coloca como possível candidato ao governo estadual, em oposição ao vice-governador Mateus Simões (Novo), favorito para suceder Zema. A formação da bancada independente na Assembleia pode consolidar essa aliança eleitoral. O PL demonstra entusiasmo com a candidatura de Cleitinho. Em pesquisa da Quaest divulgada em dezembro, ele apareceu com 26% das intenções de voto, liderando o cenário. Já Simões, apontado como candidato da situação, registrou apenas 2%, sendo o menos viável entre os nomes testados. A aliança entre Cleitinho e o PL não é novidade. Em 2020, durante as eleições para a Prefeitura de Belo Horizonte, o partido apoiou Bruno Engler como candidato bolsonarista, enquanto Zema preferiu Mauro Tramonte (Republicanos), se envolvendo apenas discretamente no segundo turno. Mesmo quando integrava a base de Zema, o PL foi um dos partidos mais rebeldes. No final de 2023, Engler perdeu a vice-liderança do governo na Assembleia após votar contra um projeto que aumentava em 2% a alíquota de produtos considerados supérfluos. O rompimento ocorre em um momento crucial para Zema, que busca projeção nacional para um eventual projeto presidencial. O governador tenta se firmar como uma alternativa viável para a direita e potencial herdeiro do eleitorado de Jair Bolsonaro. No entanto, em entrevista recente à CNN, Bolsonaro minimizou essa possibilidade, afirmando que Zema tem influência restrita ao seu estado. O ex-presidente teceu elogios ao governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), chamando-o de “bom nome” para a sucessão presidencial. A separação entre Zema e o PL sinaliza um realinhamento político em Minas Gerais e pode influenciar diretamente as eleições estaduais e nacionais nos próximos anos. Com o partido agora atuando de forma independente, o cenário eleitoral mineiro ganha novos contornos e abre espaço para novas disputas e alianças
Alexandre Silveira crítica Romeu Zema durante evento de obra da BR-381

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, fez críticas ao governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), durante evento realizado nesta quinta-feira (6) para marcar o início das obras na BR-381, em Belo Oriente (MG). A concessão prevê um investimento de R$ 10 bilhões ao longo de 30 anos, incluindo 106,44 km de duplicações e 83 km de faixas adicionais entre Belo Horizonte e Governador Valadares. O evento contou com a presença do ministro dos Transportes, Renan Filho. Durante seu discurso, Silveira alfinetou o governador mineiro. “Zema vai ter que afinar as canelas de tanto andar para acompanhar eu e Renan dando ordem de início de obra nas rodovias de Minas”, declarou. O ministro, que faz oposição a Zema, destacou que o avanço do projeto só ocorreu por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo ele, o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) precisou assumir a saída de Belo Horizonte e revisar o projeto, que fracassou em três leilões do governo Jair Bolsonaro (PL). No evento, Silveira também defendeu a candidatura do ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) ao governo mineiro em 2026.
Ícone da música paraibana, Vital Farias morre aos 82 anos

O mundo da música perde um de seus artistas mais autêntico Brasil de Fato, João Pessoa – “Não se admire se um dia / Um beija-flor invadir / A porta da sua casa / Te der um beijo e partir / Fui eu que mandei o beijo / Que é pra matar meu desejo / Faz tempo que eu não te vejo / Ai que saudade de ocê”. O mundo da música perde um de seus artistas mais autênticos. Nesta quinta-feira (6), o cantor e compositor paraibano Vital Farias faleceu aos 82 anos, vítima de um choque cardiogênico. Ele estava internado no Hospital Metropolitano, na grande João Pessoa. Nascido no sítio Pedra d’Água, em Taperoá, Paraíba, Vital era o caçula de 14 irmãos e cresceu em meio à simplicidade do sertão, onde foi alfabetizado pelas irmãs e desenvolveu seu amor pela música e pela poesia. Trajetória artística e discografia Vital mudou-se para João Pessoa aos 18 anos, onde serviu no 15º Regimento de Infantaria e estudou no Lyceu Paraibano. Foi na capital paraibana que ele começou a tocar violão de forma autodidata, tornando-se, posteriormente, professor de violão e teoria musical no Conservatório de Música. Em 1975, partiu para o Rio de Janeiro, onde mergulhou no cenário artístico, participando de peças como ‘Gota d’Água’, de Chico Buarque, e concluindo sua formação na Faculdade de Música em 1981. Sua primeira composição gravada foi ‘Ê mãe’, em parceria com Livardo Alves, interpretada por Ari Toledo. Em 1978, lançou seu álbum de estreia, ‘Vital Farias’, seguido por ‘Taperoá’ (1980), que consolidou seu nome como um dos grandes representantes da música nordestina. Ao longo da carreira, lançou discos como “Cantoria” (1984), ‘Vital Farias e Convidados’ (1995) e ‘Vital Farias ao Vivo'(2002), sempre destacando a riqueza cultural do sertão e a luta do povo nordestino. Festivais, prêmios e parcerias Vital participou de diversos festivais de música, onde suas canções ecoaram como hinos de resistência e poesia. Sua música ‘Toada do Ausente’ foi premiada no Festival MPB Shell, em 1980, e se tornou um marco em sua carreira. Ele também colaborou com grandes nomes da música brasileira, como Elba Ramalho, Zé Ramalho e Fagner, além de ter sido homenageado em eventos culturais por sua contribuição à música nordestina. Engajamento político e polêmicas Vital Farias sempre foi conhecido por seu engajamento político. Durante a ditadura militar, suas canções carregavam críticas sociais e políticas, refletindo sua visão de mundo e seu compromisso com as causas populares. Ele foi filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT) e apoiou diversas causas progressistas ao longo da vida. No entanto, nos últimos anos, especulou-se que ele teria se aproximado de ideias bolsonaristas, o que gerou controvérsias entre seus fãs e admiradores. Vital nunca confirmou publicamente essa mudança de posicionamento, mas suas declarações em redes sociais e entrevistas levantaram debates sobre suas convicções políticas. Amor pela Paraíba e legado cultural Seu profundo amor pela Paraíba sempre foi explícito, terra esta que inspirou grande parte de sua obra. Em suas músicas e poesias, ele retratou a beleza e as dificuldades do sertão, celebrando a cultura e a resistência do povo nordestino. Trechos de suas canções, como ‘Ai Que Saudades de Oce’; ‘Canção em dois tempos (Era casa, Era Jardim)’; ‘Veja (Margarida)’; ‘Sete Cantigas Para Voar’; e ‘Saga da Amazônia’ emocionam gerações até hoje: Homenagens e legado Vital Farias recebeu diversas homenagens ao longo da vida, incluindo títulos de cidadania honorária e reconhecimento em festivais de música. Sua obra continua a inspirar novos artistas e a encantar o público, mantendo viva a cultura nordestina Velório e sepultamento Ainda não há informações detalhadas sobre o velório e o sepultamento de Vital Farias. A família deve divulgar os detalhes nas próximas horas. Enquanto isso, fãs e admiradores se reúnem nas redes sociais para prestar homenagens ao artista, celebrando sua vida e obra. Natural de Taperoá, no Cariri da Paraíba, Vital Farias é compositor de inúmeros sucessos da MPB, regravados por renomados artistas brasileiros. Entre as canções mais conhecidas de sua autoria estão: Ai, Que Saudade D’Ocê Canção em dois tempos (Era casa, Era Jardim) Veja (Margarida) Sete Cantigas Para Voar Saga da Amazônia Caso Você Case Cantilena de Lua Cheia Poema Verdade Pra Você Gostar de Mim Saga de Severinin Além das famosas canções, marcadas pela valorização da cultura nordestina, ao longo de sua carreira, Farias fez parcerias com nomes como Geraldo Azevedo, Xangai e Elomar.