“TromPetista” Fabiano Leitão toca marcha fúnebre e interrompe entrevista de Bolsonaro

Ele ainda tocou uma música que rivalizou na campanha presidencial de 2022, cuja letra dizia: ‘Tá na hora do Jair já ir embora’ Durante conversa com a imprensa após se tornar réu por tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi surpreendido pelo trompetista Fabiano Leitão, tocando a marcha fúnebre do pianista polonês Frédéric François Chopin. Da calçada do estacionamento do Senado, Fabiano Leitão ainda tocou uma música que viralizou na campanha presidencial de 2022, cuja letra dizia: “Tá na hora do Jair já ir embora. Arruma suas malas, dá no pé e vá-se embora”. Quem é o ‘trompetista’? Fabiano e Silva Leitão Duarte nasceu em 1979, em Brasília. E é conhecido pela militância a favor do Partido dos Trabalhadores, sendo uma figura conhecida em manifestações pelo Brasil. Durante o período em que Lula ficou preso em Curitiba, o músico costumava fazer serenatas ao atual presidente. O apoio fez com que Duarte e Lula formassem uma amizade, e o músico já participou de eventos oficiais tocando seu trompete, como a cerimônia em que Lula empossou Gleisi Hoffmann como Ministra das Relações Institucionais, neste mês. Trompetista tocou para Bolsonaro em outras ocasiões. Em 2018, Duarte tocou o jingle “Lula Lá” em frente ao Centro Cultural do Banco do Brasil, onde a equipe de transição de Jair Bolsonaro trabalhava. Em uma visita de Bolsonaro ao STF (Supremo Tribunal Federal), o trompetista acompanhou a entrada do então presidente ao som de “Bella Ciao”, o hino antifascista italiano. Em 2021, o trompetista foi preso ao tentar se manifestar durante o desfile de tanques com a presença de Bolsonaro. Nas últimas eleições, Duarte viralizou nas redes sociais ao participar de atos de apoiadores tocando o jingle “Lula Lá”. O “tromPetista” participou, ainda, da posse de Lula no início de 2023. Vestindo camiseta e boné vermelhos e com o trompete em mãos, Duarte acompanhou de perto a subida de Lula em direção ao Palácio do Planalto. O próprio Duarte subiu a rampa e foi cumprimentado por Lula enquanto o presidente desfilava em seu veículo oficial. Nas eleições de 2022, Duarte foi candidato a deputado distrital pelo PT. Com o nome Fabiano Trompetista nas urnas, ele recebeu 4.460 votos, 0,27% dos votos válidos, e não foi eleito, ficando como suplente na Câmara. Como assim? Não pode tocar nem o Trompete? No 8 de janeiro os caras podiam TUDO! pic.twitter.com/oEdBLb0prg — Fabiano Trompetista 🎺 ⭐ (@Trom_Petista) March 27, 2025 O que aconteceu? Nesta quarta-feira (26), ao ouvir a marcha fúnebre tocada por Duarte, Bolsonaro riu. “Ele [Bolsonaro] riu porque está com medo do que vai acontecer com ele. Então tem que disfarçar o desespero rindo”, declarou Duarte a jornalistas no local em que estava tocando seu trompete. Segundo Duarte, a escolha da música não foi à toa. “É a marcha fúnebre porque a história política dele com certeza vai acabar.” A atitude do músico viralizou, e Duarte afirmou que estava no local comemorando a decisão do STF. “Estou aqui me manifestando, comemorando, celebrando porque nesse país ainda há justiça”, disse. “Quem atenta contra o país arquitetando um golpe de Estado, uma tentativa de assassinato contra nosso presidente, nosso vice-presidente e ministro do STF tem que ser preso. E nesta quinta-feira (27) o Brasil dá um grande passo para condenar os golpistas. Isso também é pelos nossos mortos na ditadura”, disse. Leitão Duarte foi abordado por tocar as músicas durante fala de Bolsonaro. Segundo os policiais, o músico estava “atrapalhando o andamento do trabalho de outras pessoas”. Duarte, no entanto, respondeu que estava apenas se manifestando no local. “Azar do Bolsonaro que eu tenho um trompete […] Eu vou manifestar sempre. Esse país é um país livre”, disse.

Direção do Parque da Lapa Grande ignora o nome de Paulinho Ribeiro

O Parque Estadual da Lapa Grande Paulinho Ribeiro (PELGPR) vem realizando exposições em diversos espaços públicos do município, apresentando a biodiversidade, os recursos hídricos, espeleológicos, arqueológicos e histórico-culturais que compõem o local. A ideia é despertar o interesse da população em conhecer o parque, incentivando a consciência ambiental e a preservação do meio ambiente. Em 16 de novembro de 2021 a Lei Estadual de Minas Gerais nº 23.978, de autoria do ex-deputado Carlos Pimenta, alterou a denominação do Parque Estadual da Lapa Grande para Parque Estadual da Lapa Grande Paulinho Ribeiro. Porém, a direção do Parque continua ignorando o nome do homenageado, o “menino de coração verde”. Prova disso é o fato de as exposições excluírem o nome de Paulinho nas divulgações em banners, informativos e vídeos. Justamente ele, principal responsável por sua criação. Ele também foi um dos maiores defensores do meio ambiente, viabilizando a criação de diversos parques, principalmente em Montes Claros – Sagarana, Canelas, Belvedere, Mangues e Jardim Olímpico. O Parque Sagarana, por exemplo, se transformou num verdadeiro museu a céu aberto, recebendo obras de arte doadas por artistas e admiradores. Paulinho Ribeiro teve participação importante na campanha de reconhecimento do Parque das Cavernas do Peruaçu como patrimônio cultural e natural da humanidade, pela Unesco. Foi ele o mentor da 5ª Expedição Caminhos dos Gerais, que percorreu os quatro cantos deste rincão norte mineiro, levando na garupa ambientalistas, jornalistas, professores e convidados para conhecerem, divulgarem e protegerem os recursos naturais da região. “Menino de coração verde”, como o definiu o músico Tino Gomes, Paulinho levava o meio ambiente muito a sério. Suas realizações como gestor municipal da área mostram que é possível preservar o ambiente com medidas simples a partir das cidades. Não foi pouca coisa o que ele fez pelo planeta. Tudo começou há 42, quando ele saiu de Montes Claros rumo ao Rio de Janeiro, para trabalhar com o tio Darcy, então vice-governador no primeiro mandato de Leonel Brizola e idealizador dos CIEPs, os revolucionários centros de educação integral. Com apenas 20 anos, Paulinho foi o catalizador da luta pelo tombamento de todas as praias do Rio de Janeiro, medida que as protegeu da especulação imobiliária, além de preservar a vegetação e os animais da Mata Atlântica. “A extensão do tombamento vai da Praia de Grumari até Paraty e Trindade, pelo litoral sul; e por Búzios, Cabo Frio, manguezais de Campos, pelo litoral norte”, registrou Ucho Ribeiro, irmão de Paulinho. Como secretário municipal de Meio Ambiente, Paulo Ribeiro implementou vários projetos inovadores em Montes Claros. Um deles é o “Ecocrédito”, na gestão do ex-prefeito Athos Avelino, que é uma carta de crédito concedida a pequenos proprietários rurais que cercam e protegem nascentes, cujo valor pode ser descontado no pagamento de tributos municipais e até na compra de insumos no comércio local. Transformando produtores rurais em ambientalistas, a iniciativa serviu como modelo para vários municípios brasileiros. Além dos programas “Vale verde” que garante ônibus de graça para visitar os parques; e o “Onda verde” que libera acesso gratuito à internet nas áreas verdes da cidade, na gestão do ex-prefeito Humberto Souto.   Abaixo, artigo da jornalista Laura Murta publicado em 13 de setembro de 2021, na Revista Verde Grande. PAULO RIBEIRO: UM CAVALEIRO DA UTOPIA Por Laura Murta Paulo Ribeiro foi sociólogo e Secretário Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, cargo que ocupou entre os anos de 2005 a 2008 e depois entre os anos de 2017 e 2021, quando faleceu; Foi presidente da Fundação Darcy Ribeiro, no período de 2008 e 2016 e manteve-se membro do Conselho Curador da instituição desde a sua criação, em 1997 até o fim da sua vida. Foi assessor do político e escritor Darcy Ribeiro na Secretaria Extraordinária de Ciência e Cultura do Estado do Rio de Janeiro; na Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais e no Senado Federal. Presidiu: a Fundação Roquette Pinto, administradora da TVE Brasil e da Rádio MEC, vinculada à Secretaria Nacional de Comunicação da Presidência da República; a Rede Minas de Televisão; a Companhia de Habitação de Minas Gerais – Cohab. Paulinho, como sempre foi chamado, não era e nunca foi sintético. Abundante, inquieto, dado a rompantes, inteligente, irreverente, despudoradamente corajoso, sempre foi um apaixonado pela vida, por sua cidade, por sua gente, sua história. Vocacionado para o fazer coletivo, um eterno menino do dedo verde! Paulo Ribeiro, sexto filho de Mário e Jacy Ribeiro, sobrinho predileto de Darcy Ribeiro. Quando menino sonhava ser escoteiro ou Papa. Na medida em que cresceu, cresceram os sonhos e Paulinho ganhou novos rumos, ampliou os horizontes, saiu de Montes Claros, sem deixar que a cidade saísse dele. Foi estudar ciências sociais na Universidade Federal Fluminense, viver o Rio de Janeiro no auge dos anos 1980. Despudorado, livre, criativo, Paulinho cresceu cercado de privilégios, como bem reconhecia, mas foi exatamente por isso que se impôs uma tarefa de fazer pelo outro aquilo que a vida se encarregara de fazer por ele. Com a mãe, Dona Jacy, Paulinho dizia ter aprendido sobre a beleza e o bem viver como um direito a ser legitimado para todos. Mãe jardineira, poetisa, apaixonada pelo sertão, por Montes Claros, por sua gente, Paulinho a “culpava” por tê-lo feito crescer com esse sentimento, essa obrigação. No emaranhado de gentes que formaram o homem Paulo Ribeiro é que se percebe a sua habilidade em fazer caber nos seus passos, passos de tantos outros. Do pai, Mário Ribeiro, admirava a genuína astúcia de um ser político. Do tio Darcy Ribeiro, tornou-se um discípulo, herdou a audácia, a capacidade de sonhar grande para realizar grande também. Paulinho gostava de gente, e de gente com boas ideias, a ponto de incorporá-las e concretizá-las. Conhecedor dos estudos de Simeão Ribeiro, um grande pesquisador e defensor das nossas riquezas, Paulinho passou a sonhar e lutar pela criação do Parque Estadual da Lapa Grande. Com o avô Pacífico aprendeu ainda menino que gente sem verde não segue em frente. Foi ouvinte e aprendiz de Ivo das Chagas,

Lula volta a Montes Claros para visitar a Novo Nordisk

No próximo dia 07 de abril, após viagem ao Japão e ao Vietnã, onde o Brasil busca cooperação econômica naqueles países, o presidente Luis Inácio Lula da Silva voltará a Montes Claros para visita a Novo Nordisk, maior fábrica de insulinas do Brasil e América Latina e líder global em saúde. Recentemente, a Novo Nordisk reafirmou seu compromisso com o Brasil e anunciou investimentos de R$864 milhões, em sua unidade de Montes Claros, que será investido na melhoria de processos, modernização da planta e implementação de projetos de sustentabilidade. Dentro desse plano de investimento, a sustentabilidade desempenha um papel crucial, com alocações dedicadas à atualização da frota elétrica, investimentos na melhoria do uso da água da chuva (coleta, tratamento, etc.) e a criação de um centro de triagem e separação de resíduos para o processo de reciclagem. A unidade de produção da Novo Nordisk no Brasil foi fundada em 2007 e é responsável por todo o processo de produção de diferentes tipos de insulina, desde a recepção do IFA (ingrediente farmacêutico ativo), passando por todas as etapas de fabricação até o engarrafamento, embalagem e envio para centros de distribuição e varejistas em todo o Brasil. De Montes Claros, 25% da insulina produzida mundialmente pela Novo Nordisk é enviada – representando cerca de 12% da insulina consumida no mundo. As insulinas exportadas do Brasil pela Novo Nordisk representam 25% de todas as exportações farmacêuticas nacionais, contribuindo ativamente para a balança comercial do Brasil.A unidade da Novo Nordisk em Montes Claros é atualmente a principal fornecedora de insulinas para o Sistema Único de Saúde (SUS) do governo federal, tendo beneficiado mais de 4,3 milhões de brasileiros com diabetes a cada ano em todo o território nacional desde 2018. “Anunciar esses investimentos é motivo de orgulho, não apenas para a Novo Nordisk, mas para todos os colaboradores da empresa no Brasil, que contribuem diariamente para proporcionar uma melhor qualidade de vida aos pacientes com doenças crônicas. Além disso, é uma oportunidade de gerar um impacto positivo para a cidade de Montes Claros e contribuir para o desenvolvimento socioeconômico da região,” disse, no mês de outubro do ano passado, o vice-presidente corporativo da unidade de Minas Gerais, Reinaldo Costa. “Com esses investimentos, reforçamos a importância de Minas Gerais e do Brasil em nossa cadeia de produção global,” acrescenta. A fábrica de Montes Claros é reconhecida como uma das mais sustentáveis da Novo Nordisk no mundo, produzindo insulina com água da chuva purificada armazenada em um reservatório, um processo que reduz seu impacto ambiental na região. A unidade não envia resíduos para aterros ou incineração e possui projetos para estimular a reciclagem de seus resíduos, como a compostagem de resíduos orgânicos e a transformação de resíduos de componentes plásticos e de vidro em novos materiais utilizados na fábrica. Toda sua energia vem de fontes sustentáveis, e a produção de insulina é realizada com água da chuva purificada armazenada em um reservatório, um processo que reduz seu impacto ambiental na região. Além do investimento de R$ 864 milhões, recentemente a empresa anunciou uma parceria de R$245 milhões com a Elétron Energy para a construção de um parque solar que gerará 100% da energia consumida. O projeto terá capacidade para gerar 90 megawatts-hora (MWh) e deve começar a operar no início de 2025, com o selo Global Clean Energy I-REC, concedido exclusivamente a empresas que comprovem a origem de suas fontes de energia renováveis. A Novo Nordisk emprega cerca de 1.800 funcionários na unidade de Montes Claros e gera mais de 30.000 empregos entre profissionais diretos, indiretos e induzidos. A unidade também é reconhecida pelo GPTW (Great Place to Work) como a melhor empresa para se trabalhar em Minas Gerais e a melhor empresa de saúde no Brasil para seus funcionários. “Todos os investimentos realizados em nossa unidade brasileira são projetados para gerar o menor impacto ambiental possível, contribuindo para nossa estratégia de alcançar uma economia 100% circular,” comenta Robison Morais, diretor de suporte à produção e responsável pelas iniciativas de sustentabilidade da planta. Este anúncio é feito em conjunto com a visita da Rainha da Dinamarca ao Brasil para uma série de compromissos oficiais, unindo os dois países. A Novo Nordisk foi fundada em 1923 na Dinamarca, um país escandinavo, e sua história está entrelaçada com o desenvolvimento de tratamentos revolucionários para doenças crônicas, como diabetes, obesidade, distúrbios de crescimento e hemofilia.Sobre a Novo Nordisk Novo Nordisk é uma empresa líder global em saúde, fundada em 1923 e com sede na Dinamarca. Nosso propósito é impulsionar mudanças para derrotar doenças crônicas graves, inspirados pela nossa história centenária relacionada ao diabetes. Fazemos isso sendo pioneiros em descobertas científicas, expandindo acesso aos nossos medicamentos e trabalhando para prevenir e, até mesmo, curar doenças. A Novo Nordisk emprega mais de 64 mil pessoas em 80 países e comercializa seus produtos em cerca de 170 nações. No Brasil desde 1990, a empresa conta atualmente com mais de 2 mil funcionários. Está presente em três estados, com um escritório administrativo em São Paulo (SP), um centro de distribuição em São José dos Pinhais (PR) e um site produtivo em Montes Claros (MG), reconhecido como a maior fábrica de insulinas do Brasil e América Latina.

Em julgamento histórico, STF torna Bolsonaro réu pela tentativa de golpe

Todos os cinco ministros da Primeira Turma do Supremo votaram favorável à abertura de processo penal contra o ex-presidente e mais sete pessoas acusadas da tentativa de golpe Por unanimidade, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta quarta-feira (26), que Jair Bolsonaro e mais sete pessoas se tornam réus e vão responder a um processo penal na Corte. Os ministros da Primeira Turma Cristiano Zanin (presidente da turma), Luiz Fux, Carmem Lúcia e Flávio Dino, seguiram o entendimento do relator do caso, Alexandre de Moraes, para quem a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) descreveu “satisfatoriamente fatos típicos” e defendeu que a acusação fosse aceita. Além de Bolsonaro, vão ser julgados na ação penal Anderson Torres (ex-ministro da Justiça); Alexandre Ramagem, (ex-diretor da Abin); Augusto Heleno, (ex-ministro do GSI); Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa); Walter Braga Netto (ex-chefe da Casa Civil); Mauro Cid (ex-ajudante de ordens) e Almir Garnier (ex-comandante da Marinha). Eles são acusados dos seguintes crimes: Abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Golpe de Estado, Organização criminosa, Dano qualificado ao patrimônio da União e Deterioração de patrimônio tombado. O relator disse que o ex-presidente e seus aliados foram protagonistas de uma “tentativa de golpe de Estado violentíssima”. Moraes não só descreveu o encadeamento dos fatos narrados na denúncia, mas também destacou a materialidade e o conjunto de provas envolvendo cada um dos acusados. “Desde os acampamentos pedindo intervenção militar, passando pelos atos do dia 12 de dezembro, quando houve tentativa de invasão da sede da Polícia Federal e incêndio de ônibus, depois a tentativa de explosão de bomba no aeroporto às vésperas do Natal, e culminando com o que narra a PGR no dia 8 de janeiro”, disse o ministro. Ele elogiou a denúncia no sentido de que ela apresenta os fatos de maneira clara, circunstanciada e coerente, o que permite aos advogados de defesa “exercerem seu direito ao contraditório e à ampla defesa”. “A denúncia descreve as condutas criminosas, a materialidade e possibilita que as defesas possam exercer seu amplo direito, porque as ações sucessivas são descritas de forma coerente, clara, circunstanciada, todos os atos que a Procuradoria-Geral da República imputa aos denunciados”, explicou. Durante sua argumentação, Moraes exibiu vídeo dos atos golpistas do 8 de janeiro para rebater as críticas sobre as mulheres que teriam sido presas apenas por estarem com “uma Bíblia ou um batom”. “Usando um chavão: uma imagem vale mais do que mil palavras. Essas imagens não deixam nenhuma dúvida da materialidade, da gravidade dos delitos praticados. Nenhuma Bíblia, nenhum batom. O que se viu foi violência, depredação e tentativa de subversão da ordem constitucional”, relatou o ministro. Votos Flávio Dino disse que a Constituição definiu como altamente gravosa as condutas dos acusados. “A Constituição não fala em pessoas armadas, mas em grupos armados. Pouco importa se a pessoa tinha arma de fogo ou arma branca. O que importa é que o grupo era armado. O grupo portava armas de fogo, armas brancas e assim sucessivamente”, disse Dino. Para ele, a gravidade dos atos no 8 de janeiro não está na ausência de mortes. “Golpe de Estado mata. Não importa se é no dia, no mês seguinte ou alguns anos depois”. No seu voto, Luiz Fux divergiu dos colegas quanto ao local do julgamento e defendeu que o caso fosse levado ao plenário da Corte. Ele também disse que pode ser avaliado ainda a possibilidade de que haja sobreposição entre os tipos penais (golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito). “É possível que haja o mesmo fato, coincidência de ambas as normas. Mas também é possível que, no curso da instrução, se chegue à conclusão de que há, na verdade, um conflito aparente”. “Não foi uma festinha de final de tarde, em que todo mundo resolveu comparecer e usar paus e pedras para arrebentar com tudo”, disse Carmem Lúcia. Ela condenou a ruptura institucional. “Ditadura mata. Ditadura vive da morte, não apenas da sociedade, da democracia, mas de seres humanos de carne e osso. Para ela, houve uma sequência de fatos. “O que é preciso é desenrolar do dia 8 pra trás, para chegarmos a esta máquina que tentou desmontar a democracia. Porque isso é fato”, considerou. “Longe de ser uma denúncia amparada exclusivamente em uma delação premiada, o que se tem aqui são diversos documentos, vídeos, materiais que dão amparo àquilo que foi apresentado pela acusação”, disse Zanin no seu voto, referindo-se a tentativa de anulação da delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordem de Bolsonaro.

Clima fica tenso dentro do PT e busca por unidade do partido em Minas parece distante

Pelo menos quatro candidaturas estão sendo articuladas na legenda A disputa pelo comando do PT em Minas Gerais se intensificou nas duas últimas semanas e expõe divisões internas que tornam a unidade da legenda no Estado uma meta distante. Ao menos quatro candidaturas à presidência do partido estão sendo articuladas, e um racha dentro do grupo que lidera o partido atualmente gera incerteza sobre o futuro da direção estadual. Em meio às brigas, quem ganha força é o grupo de lideranças próximas ao ex-deputado e atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MG), Durval Ângelo. O embate interno do PT é tradicionalmente acirrado, mas neste ano o clima tenso ganhou contornos dramáticos após a divisão dentro do grupo Construindo um Novo Brasil (CNB), que atualmente tem maioria no diretório. A dissidência foi liderada pelo deputado federal Reginaldo Lopes, que rompeu com a direção do grupo em Minas, formado por figuras petistas de peso, como o deputado federal e ex-prefeito de Belo Horizonte, Patrus Ananias; a ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo; e o líder da oposição ao governo Romeu Zema (Novo) na Assembleia Legislativa, Ulysses Gomes. Aliados de Reginaldo Lopes disseram ao Aparte que foram forçados a tomar a decisão de romper e relacionam o racha com a disputa pelo comando nacional do PT. Esse seria o caminho para apoiar a candidatura do ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva, até agora o nome favorito do presidente Lula para a presidência nacional do partido. Na CNB mineira, por sua vez, a avaliação de pessoas ouvidas pela reportagem é que o uso da disputa nacional é apenas um argumento utilizado para justificar o afastamento de Reginaldo e garantir forças para um projeto pessoal do parlamentar. O entendimento dentro da corrente é que o assunto de sucessão na direção nacional está sendo conduzido pelo presidente Lula e terá apoio de toda a legenda quando houver uma definição sobre o tema. Aproveitando o momento O racha dentro da CNB aumentou a influência da “Tribo”, grupo político liderado por Durval Ângelo, que ainda não definiu oficialmente seu posicionamento na disputa. O grupo está dividido entre apoiar o atual presidente do PT em Minas, deputado estadual Cristiano Silveira, que busca a reeleição com apoio de Reginaldo Lopes, ou o deputado estadual Ricardo Campos, que tem o respaldo do ex-deputado Virgílio Guimarães e da prefeita de Contagem, Marília Campos. O apoio da “Tribo” é considerado fundamental para a estratégia de Cristiano Silveira e Reginaldo Lopes. Eles tentam fazer frente a antigos aliados da CNB, que devem apoiar a deputada estadual Leninha como candidata ao comando estadual do PT e contam com respaldo de diversos outros grupos da legenda. Uma eventual aliança com o grupo de Reginaldo também poderia ser vantajosa para a Tribo, que busca ocupar espaços de destaque na estrutura partidária, como a direção financeira do PT em Minas. Para viabilizar a parceria, o grupo tenta costurar um acordo entre Cristiano Silveira e Ricardo Campos. Porém, há resistências internas quanto à reeleição do atual presidente estadual do partido. Pessoas próximas à Tribo dizem, no entanto, que se as negociações não avançarem, o apoio a Cristiano Silveira seria a opção atual. Paralelamente, alas mais à esquerda dentro do PT se movimentam na disputa interna. Grupos críticos à aproximação do partido com setores da direita e do centro político ainda não definiram um nome para concorrer. Lideranças como os deputados federais Rogério Correia e Ana Pimentel, além da deputada estadual Beatriz Cerqueira, estariam trabalhando uma estratégia alternativa que possa garantir representatividade nos órgãos internos da legenda Via Jornal O Tempo

Morre Fuad Noman, prefeito de Belo Horizonte, aos 77 anos

Político foi secretário de Aécio Neves e teve sua primeira vitória nas urnas após os 70 anos. Funcionário público de carreira, ele estava internado desde 3 de janeiro; com a saúde debilitada após por ter se curado de um câncer no fim do ano passado O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD) morreu nesta quarta-feira, após sucessivas internações em decorrência da fragilização em sua saúde. Fuad estava internado no hospital particular Mater Dei, em Belo Horizonte, desde o dia 3 de janeiro, quando apresentou um quadro grave de insuficiência respiratória. Ele deixa sua companheira há 52 anos, a primeira-dama Mônica Drummond, além de dois filhos e quatro netos. Em nota, a prefeitura lamentou a morte. “Fuad Noman dedicou décadas de sua vida ao serviço público, sempre pautado pelo compromisso com a ética, o diálogo e o bem-estar da população de Belo Horizonte. Economista por formação, com sólida trajetória na administração pública, Fuad ocupou importantes cargos no Governo Federal, Governo de Minas Gerais e na Prefeitura de Belo Horizonte, sempre deixando marcas de competência, responsabilidade e sensibilidade social”, diz o posicionamento. Natural da cidade de Belo Horizonte, Fuad Noman se orgulhava de seus 55 anos de vida pública, mas seu ingresso em cargos eletivos é recente. Ele começou a trajetória como servidor de carreira do Banco Central do Brasil, passando posteriormente pelo Tesouro Nacional, pela Casa Civil e pelo Banco do Brasil. Entre 2012 e o fim de 2016 viveu uma aposentadoria programada em seu sítio, onde tinha a intenção de acompanhar o crescimento de seus netos. Em especial Isabela, a caçula de 15 anos, e que uma vez descreveu ao GLOBO como seu “xodó”. Sua proximidade com a política começou quando aceitou o convite do ex-governador Aécio Neves (PSDB) para ser seu secretário de Fazenda. No mandato de Antônio Anastasia (PSDB), continuou no secretariado, mas à frente da pasta de Obras, até 2010, e na presidência da Gasmig, até 2012. Tudo mudou quando Anastasia o convenceu a participar da transição de governo do ex-prefeito Alexandre Kalil. Fuad aceitou o convite, mas disse que voltaria ao sítio antes de Kalil tomar posse. A proximidade dos dois, naquele momento, se converteu numa proposta nova em janeiro de 2017, quando ele virou secretário municipal de Fazenda. Para a reeleição do político, foi alçado ao posto de vice e assumiu a prefeitura quando Kalil renunciou para concorrer ao governo do estado. Totalmente desconhecido, sua campanha no ano passado teve o intuito de apresentar o prefeito à população. Deu certo. Mesmo com 11% das intenções de voto em agosto, ele conquistou os belo-horizontinos com seus suspensórios e imagem afetuosa, chegou ao segundo turno e derrotou o bolsonarista Bruno Engler (PL). A morte de Fuad Noman pega de surpresa a população de Belo Horizonte, que havia o elegido para mais quatro anos de gestão. A legislação eleitoral prevê que o vice e interino desde janeiro, Álvaro Damião (União Brasil), assuma normalmente o posto. Prefeito de capital mais velho do país A eleição de outubro foi a primeira que ele disputou, aos 77 anos, como cabeça de chapa. A vitória transformou Fuad no prefeito de capital mais velho do país. Em entrevista ao GLOBO, no dia seguinte ao triunfo, ele ressaltou que aquela seria a maior realização de sua vida e chamou o mandato de seu “último cartucho”. — Eu não quero ser governador, senador ou deputado. Meu sonho era ser reeleito prefeito para terminar as obras que comecei. Vou terminar meu mandato com quase 81 anos, e não faz sentido procurar mais aventuras como essa. Espero ter saúde para conseguir concluir o mandato e fazer o que tem de ser feito. Depois, vou para casa. Espero que esteja tudo bem. Meus netos, a essa altura, já vão estar formados, casando. Ainda estou cheio de saúde, graças a Deus, mas de fato será meu último cartucho — disse na ocasião. Saúde fragilizada Reeleito em outubro deste ano para governar a capital mineira, Fuad passou pela campanha eleitoral em tratamento contra um linfoma abdominal, tipo de câncer sanguíneo. Às vésperas do pleito, contudo, anunciou a remissão total do tumor. Dois dias antes de dar entrada no hospital pela última vez, em janeiro, Fuad tomou posse como prefeito de Belo Horizonte remotamente, uma vez que foi impedido de estar presencialmente na solenidade por recomendação médica. O vice-prefeito Álvaro Damião (União) leu uma mensagem enviada por Fuad na qual ele agradecia aos médicos pelo tratamento do câncer e também pelos atendimentos recentes, projetando estar “pronto para essa nova batalha do segundo mandato”. Esta, contudo, foi sua última aparição pública. Ao longo dos quase três meses hospitalizado, chegou a deixar a UTI, e passar períodos sem ventilação mecânica, mas na noite desta terça-feira, sofreu uma parada cardiorrespiratória e precisou ser reanimado. Desde que ganhou as eleições, esta havia sido a quarta hospitalização: o prefeito também teve pneumonia, neuropatia, sinusite e diarreia, quadros que o levaram à breves internações por se tratar de um paciente idoso e recém-curado de um câncer

Brasil dá vexame e é goleado pela Argentina nas Eliminatórias

Seleção Brasileira foi dominada pela Seleção Argentina no Monumental de Núñez e perdeu por 4 a 1 em duelo das Eliminatórias para a Copa do Mundo Um vexame histórico para o futebol nacional. Nesta terça-feira (25/3), a Seleção Brasileira não ofereceu perigo, foi dominada pela Argentina e sofreu goleada por 4 a 1 no Monumental de Núñez, em Buenos Aires, pela 14ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026. O Brasil viveu um pesadelo no primeiro tempo. Passivo na marcação e sem criatividade ofensiva, viu a Argentina abrir 2 a 0 em menos 15 minutos, com Julián Álvarez e Enzo Fernández, e escutou a torcida gritar “olé” na medida em que os adversários tocavam a bola. Após erro de Romero, Matheus Cunha até diminuiu o placar, mas pouco depois os donos da casa marcaram o terceiro, com Mac Allister. Na etapa final, a Argentina diminuiu o ritmo em relação aos 45 minutos anteriores, mas seguiu melhor que o Brasil – tanto é que aproveitou de uma falha da defesa canarinho para marcar o quarto com Giuliano Simeone. Mal defensivamente, a Seleção também não soube o que fazer no momento de atacar. Posição na tabela Já garantida na Copa do Mundo, a Argentina segue na liderança das Eliminatórias, agora com 31 pontos – oito a mais que o Equador, que está em segundo lugar. Já o Brasil caiu para quarto e soma seis unidades acima da Venezuela, primeiro time fora da zona de classificação direta: 21 a 15. Próximos jogos Tanto Argentina quanto Brasil só voltam a campo na primeira semana de junho. A atual campeã do mundo visita o Chile pela 15ª rodada das Eliminatórias, enquanto a Seleção joga contra o Equador fora de casa. O jogo entre Argentina e Brasil O início de partida não foi bom para o Brasil. Logo aos quatro minutos, Thiago Almada lançou Julián Alvarez na área. O atacante dividiu com Guilherme Arana e Murillo, se deu melhor e tocou na saída de Bento: 1 a 0. A vantagem no placar empolgou os torcedores argentinos, que deram gritos de “olé” na medida em que os comandados de Lionel Scaloni tocavam a bola entre si. Pouco agressiva, a marcação brasileira deu liberdade aos adversários. A partir de uma saída de bola pelo chão, a Argentina ligou a defesa ao ataque até que a posse chegou em Rodrigo De Paul, que tocou Molina no lado direito. O lateral cruzou rasteiro para Enzo Fernández marcar o gol após desvio em Murillo: 2 a 0 aos 12 minutos. Se por conta própria o Brasil não conseguiu criar chances de perigos, um erro de Cuti Romero ajudou o time a diminuir o placar. Aos 26, o zagueiro foi pressionado e falhou na frente de Matheus Cunha, que chutou de fora da área no canto esquerdo de Dibu Martínez: 2 a 1. Depois de balançar as redes, a Seleção passou a ter mais a posse da bola, concentrando os ataques pelo lado esquerdo, com Vinicius Júnior e, em alguns momentos, Matheus Cunha. Diminuiu também a passividade quando os argentinos trocavam passes. Mas o pesadelo não havia acabado. Nos melhores minutos brasileiros na partida, o balde de água fria veio. Aos 37, em jogada que começou em cobrança de escanteio do lado esquerdo, a bola caiu nos pés de Enzo Fernández na direita. O meio-campista fez lançamento para Mac Allister, que encobriu Bento: 3 a 1. A principal vantagem dos argentinos sobre os brasileiros se deu no meio campo. Enquanto os campeões do mundo por vezes tiveram cinco jogadores no setor, a Canarinho esteve sobrecarregada com somente André e Joelinton como responsáveis por controlar o jogo no espaço central. Segundo tempo Dorival Júnior promoveu três alterações no intervalo, mas elas não tiveram efeitos práticos no jogo. A inferioridade numérica no meio-campo seguiu, o que propiciou à Argentina liberdade para trocar passes. Os donos da casa, por outro lado, diminuíram o ímpeto ofensivo, o que deu mais calma ao jogo. Ainda assim, o Brasil teve dificuldade para criar ações de ataque, sendo que as poucas saíram de inspirações individuais de Vinicius Junior. Mas a derrota ainda viraria goleada. Aos 26 minutos, De Paul lançou do meio campo para Tagliafico, que cruzou rasteiro na área. A bola passou por Marquinhos e Guilherme Arana, que, desatentos, viram Giuliano Simeone balançar as redes: 4 a 1. O quarto gol abateu de vez a Seleção Brasileira, que seguiu um vazio coletivamente e nem mesmos os principais jogadores, como Vini Jr e Raphinha, conseguiram criar algo. Nas arquibancadas, os gritos de “olé” seguiram até o fim da partida. Argentina x Brasil Argentina Dibu Martínez; Molina, Romero, Otamendi e Tagliafico (Medina, aos 30′ do 2ºT) ; Paredes (Palacios, aos 36′ do 2ºT), Enzo Fernández, Mac Allister (Nico Paz, aos 30′ do 2ºT) e De Paul; Thiago Almada (Giuliano Simeone, aos 23′ do 2ºT) e Julián Álvarez (Ángel Correa, aos 36′ do 2ºT) Técnico: Lionel Scaloni. Brasil Bento; Wesley, Marquinhos, Murillo (Léo Ortiz, no intervalo) e Guilherme Arana; Joelinton (João Gomes, no intervalo) e André (Éderson, aos 38′ do 2ºT); Raphinha, Rodrygo (Endrick, no intervalo) e Vinicius Júnior; Matheus Cunha (Savinho, aos 24′ do 2ºT). Técnico: Dorival Júnior. Gols: Julián Álvarez, aos quatro minutos do primeiro tempo; Enzo Fernández, aos 12 minutos do primeiro tempo; Mac Allister, aos 37 minutos do primeiro tempo; Giuliano Simeone, aos 26 minutos do segundo tempo (Argentina) / Matheus Cunha, aos 26 do primeiro tempo (Brasil) Cartões amarelos: Tagliafico, Thiago Almada, Otamendi, De Paul e Enzo Fernández (Argentina) / Murillo, Raphinha, André, Léo Ortiz e Endrick (Brasil) Motivo: 14ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026 Local: Monumental de Núñez, Buenos Aires, Argentina Data: 25/3/2025 Horário: 21h (de Brasília) Árbitro: Andre Rojas (Colômbia) Assistentes: Alexander Guzman e Richard Ortiz (Colômbia) VAR: John Perdomo (Colômbia)

Acesso ao São Geraldo II – Prefeitura projeta construção do trevo e abre conversa com DNIT

A Prefeitura de Montes Claros, em convênio com o Governo Federal, por intermédio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), construirá em breve o trevo de acesso ao bairro São Geraldo II. A perigosa travessia, pela BR-365, é um dos maiores gargalos enfrentados pelos moradores daquela parte da cidade e já provocou vários acidentes, vitimando moradores. O compromisso foi firmado pelo prefeito Guilherme Guimarães, com apoio do deputado federal Marcelo Freitas, em resposta à cobrança do vereador Rodrigo Cadeirante feita durante solenidade para anúncio de asfaltamento de ruas do bairro. O vereador revelou que o município já cogitou se responsabilizar em resolver o problema, mas enfrentou resistência por parte do DNIT, uma vez que o local está sob a jurisdição de uma rodovia federal. Rodrigo reforçou que a obra é primordial para garantir a segurança e solicitou empenho de Freitas para intermediar o diálogo com o DNIT como forma de agilizar a execução da obra. O deputado anunciou que empenhará recursos de emenda parlamentar para o serviço tão logo o projeto esteja pronto. Guilherme Guimarães determinou ao secretário municipal de Infraestrutura e Planejamento Urbano, Vanderlino Silveira, a elaboração de projeto para a construção do trevo de acesso. Antes disso, porém, prometeu dotar o local de iluminação, como forma de amenizar a situação enquanto o problema não é resolvido de forma integral. Outra demanda ao DNIT será a recolocação do radar, pois sua retirada aumentou os riscos de acidentes, devido ao abuso na velocidade empreendida pelos veículos. Durante o encontro, para a assinatura da ordem de serviço de pavimentação de nove ruas com recursos de emenda impositiva de Rodrigo Cadeirante, ele também cobrou do prefeito o asfaltamento da estrada de acesso à Comunidade de Gameleira. Texto e fotos: jornalista Waldo Ferreira

Brasil derrota Colômbia pelas Eliminatórias da Copa de 2026

Com gol decisivo de Vini Jr., Brasil assume vice-liderança das Eliminatórias para a Copa de 2026 Agência Brasil – Mais de 70 mil pessoas viram o atacante Vinicius Júnior marcar um belo gol nos acréscimos para levar o Brasil à vitória de 2 a 1 sobre a Colômbia, nesta quinta-feira (20) no estádio Mané Garrincha, em Brasília, em partida válida pela 13ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026. Com o resultado a seleção brasileira assumiu a vice-liderança da classificação das Eliminatórias com 21 pontos conquistados. Já os colombianos ficaram na 6ª colocação com 19 pontos. O próximo compromisso do Brasil é contra a líder Argentina, na próxima terça-feira (25), a partir das 21h (horário de Brasília), no Monumental de Nuñez, em Buenos Aires (Argentina). A equipe comandada pelo técnico Dorival Júnior começou a partida em alta rotação, com os jogadores de frente não guardando posição e criando boas oportunidades de marcar. Uma dessas oportunidades, logo aos 3 minutos do primeiro tempo, foi criada por Raphinha, que lançou Vinicius Júnior em profundidade. O atacante do Real Madrid (Espanha) invadiu a área em velocidade e foi derrubado por Muñoz. Pênalti marcado para o Brasil. Raphinha então foi para a cobrança e deslocou o goleiro Vargas para abrir o marcador. A seleção brasileira continuou mantendo o controle das ações, até os 28 minutos, quando o volante Gerson sentiu uma lesão e deixou o campo para a entrada de Joelinton. Sem poder contar mais com o jogador do Flamengo, o Brasil passou a ter mais dificuldades na saída de bola, oferecendo espaços para o ataque colombiano. E foi justamente de uma falha do substituto de Gerson que nasceu o gol de empate da Colômbia. Arias ganhou a bola de Joelinton nas proximidades da área e encontrou Lerma, que tocou para James Rodríguezs, que serviu Luis Díaz. O atacante do Liverpool (Inglaterra) teve então liberdade para bater cruzado para superar o goleiro Alisson aos 40 minutos da etapa inicial. Percebendo que o seu time encontrava dificuldades no jogo, o técnico Dorival Júnior passou a realizar mudanças em sua equipe após o intervalo. Primeiro substituiu Matheus Cunha por João Pedro. E depois promoveu as entradas do lateral Wesley, do volante André e do atacante Savinho. A partir daí a seleção brasileira começou a ter uma melhor produção ofensiva pelo lado direito, onde Savinho e Wesley criavam várias tramas ofensivas. Já os colombianos passaram a tentar amarrar o jogo, com o objetivo de garantir o empate final. Porém, já nos acréscimos da etapa final, o Brasil contou com o talento de Vinicius Júnior para sair com a vitória. O jogador do Real Madrid recebeu na intermediária e acertou um chute colocado, que desviou em Lerma antes de morrer no fundo do gol defendido por Vargas

Congresso aprova orçamento da União para 2025 e prevê teto de R$ 2,2 trilhões

Bolsa Família, Farmácia Popular, auxílio-gás e ações de cultura perderam orçamento em relação a 2024 Após intensas costuras políticas, o Congresso Nacional aprovou a proposta de orçamento da União para 2025 na tarde desta quinta-feira (20). A votação da medida estava atrasada desde dezembro, prazo constitucional para a análise do texto, por falta de acordo em relação ao conteúdo. O texto chancelado por deputados e senadores é o parecer do relator, senador Ângelo Coronel (PSD-BA), que prevê para as despesas públicas um teto de R$ 2,2 trilhões, limite definido pelo arcabouço fiscal, fixado pela Lei Complementar nº 200/2023. A proposta recebeu sinal verde por meio de votação simbólica, método em que não há computação individual dos votos, e contou com ressalvas contrárias apenas do partido Novo e do deputado Kim Kataguiri (União-SP). A medida tramita formalmente como Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) 26/2024, de autoria do Poder Executivo. Um dos destaques da proposta é o fato de o relatório ter sido aprovado com uma projeção de superávit bem acima do esperado: o texto inicial do governo previa R$ 3 bilhões de sobras nas contas da União após o pagamento das despesas, enquanto o texto final do Congresso calcula um total de R$ 15 bilhões. “Foi fruto também da inflação do período, da alta do SM [salário mínimo]. Teve ainda a questão do dólar, porque nós exportamos vários produtos e, quando você exporta com dólar em alta, a receita de impostos se torna automaticamente maior. E foi uma luta muito grande. Eu não me recordo de quando o orçamento teve um superávit desse grau de R$ 15 bilhões”, afirmou o relator, enaltecendo ainda o fato de o PLN ter sido aprovado sem obstrução, técnica legislativa utilizada por opositores para dificultar a votação de um texto. Em linhas gerais, o PLN prevê R$ 160 bilhões para o Bolsa Família; R$ 4,2 bilhões para o programa Farmácia Popular; R$ 2,2 bilhões para o reajuste do funcionalismo federal; R$ 3 bilhões para a política de auxílio-gás; R$ 233 bilhões para a pasta da Saúde; R$ 167 bilhões para a Educação; e R$ 60 bilhões para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). As políticas Bolsa Família, auxílio-gás e Farmácia Popular perderam orçamento em relação ao ano de 2024. Houve, respectivamente, queda de R$ 9 bilhões, R$ 200 milhões e R$ 1,2 bilhão. A Política Nacional Aldir Blanc, voltada a investimentos na área de cultura, tinha R$ 3 bilhões e agora ficou com apenas cerca de R$ 400 milhões, uma queda de 85%. Já o PAC teve previsão de acréscimo de R$ 13,1 bilhões para 2025 em relação ao ano anterior. Críticas Um ponto sensível da proposta é a previsão de cerca de R$ 50 bilhões para emendas parlamentares, política por meio da qual os deputados federais e senadores participam do orçamento da União definindo o destino de algumas verbas. O dinheiro costuma ser usado para irrigar projetos de instituições ligadas à base política de cada parlamentar e tem gerado sobressaltos na relação do Legislativo com o governo e o Supremo Tribunal Federal (STF). A bancada do Psol votou favoravelmente ao PLN, mas fez duras críticas ao montante destinado às emendas no texto. “Nós nos recusamos a naturalizar essa lógica fiscalista, que amarra o governo Lula na tarefa urgente de ampliar investimentos e garantir os direitos da população. Portanto, o nosso voto favorável aqui hoje – que se sustenta na necessidade de aprovar a peça orçamentária e, ao mesmo tempo, de cumprir os acordos com o funcionalismo, garantir os investimentos necessários e os programas que corretamente o governo colocou no orçamento –, não pode esconder que nós seguimos naturalizando uma lógica que, essa, sim, precisava ser debatida, não só no dia da votação da peça orçamentária, mas na própria lógica como lidamos com o dinheiro público”, criticou o deputado Tarcísio Motta (Psol-RJ). O parlamentar destacou que a previsão de gastos públicos com as emendas ultrapassa o aumento previsto para algumas políticas públicas. “O orçamento da saúde em 2024 girou em torno de R$ 214 bilhões. Em 2025, está previsto um aumento de 8,6%. A educação sai de R$ 180 bilhões para 197 bilhões, um crescimento de 9,5%. São crescimentos acima da inflação, um acerto do governo, porém, quando olhamos as emendas parlamentares, o que nós vemos? Saúde cresceu 8%; educação, 9%, e as emendas crescem 16%. Seguimos aqui a denunciar o fato de que cada vez mais parte do orçamento, e sobretudo do gasto discricionário do governo, segue amarrada na lógica fisiológica deste parlamento, e isso está errado.” Governo Em entrevista concedida logo após a votação, o líder do governo Lula no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), destacou que o texto foi chancelado após muito debate entre as lideranças e o governo. A proposta foi fechada somente na madrugada desta quinta-feira (20). “É uma peça que foi aprovada de acordo com as diretrizes que o governo apontou. É uma peça que preserva R$ 60 bilhões de reais para o PAC, a principal ação do programa do governo, que mantém a margem de remanejamento de 25 a 30% tanto das despesas discricionárias quanto das despesas do próprio PAC. Isso agilizará a implementação das medidas e das ações do PAC pelo Brasil inteiro. E é o resultado de uma discussão longa, mas profícua, ocorrida entre o Congresso Nacional e o governo. Acho que ficou uma peça adequada para esse ciclo virtuoso que está em curso no Brasil, para o Brasil que está crescendo a uma média de 3%”, avaliou. O senador também reconheceu que o resultado final gerou críticas por conta de cortes em áreas sensíveis. “O cobertor é curto, é verdade. Tem algumas questões que vão ter que ser ajustadas ao longo do tempo, como os recursos da Cultura, sobretudo os da Lei Aldir Blanc, os recursos relativos ao meio ambiente, os recursos necessários para o combate à violência contra a mulher, mas foi por isso que a grande conquista do dia de hoje foi preservar para o governo a margem de