IBGE: taxa de desemprego cai para 5,8%, a menor já registrada

Salário do trabalhador e emprego com carteira assinada são recordes O Brasil atingiu no segundo trimestre do ano a taxa de desemprego de 5,8%. É o menor patamar já registrado pela série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciada em 2012. O dado faz parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta quinta-feira (31). O levantamento mostra ainda que o país bateu recorde de emprego com carteira e salário do trabalhador. A menor taxa de desocupação pertencia a novembro de 2024, com 6,1%. No primeiro trimestre de 2025, o índice estava em 7%. Já no segundo trimestre de 2024 era 6,9%. No conjunto de três meses encerrado em junho, o país tinha 102,3 milhões de trabalhadores ocupados e cerca de 6,3 milhões desocupados. O número de pessoas à procura de trabalho representa recuo de 17,4% (menos 1,3 milhão de pessoas) ante o primeiro trimestre. Já o número de ocupados subiu 1,8% de um trimestre para o outro, o que significa 1,8 milhão de pessoas a mais trabalhando no país. O contingente de pessoas com carteira assinada no setor privado atingiu 39 milhões de pessoas, crescimento de 0,9% ante o primeiro trimestre do ano e o maior já registrado pelo IBGE. O número de trabalhadores sem carteira também cresceu (+2,6%), chegando a 13,5 milhões. Pesquisa atualizada A Pnad divulgada nesta quinta-feira é a primeira que apresenta ponderação com base em dados apurados pelo Censo 2022. A mudança consiste em um ajuste da amostra representativa de domicílios visitados pelos pesquisadores do IBGE. A atualização é praxe de órgãos de estatísticas em todo o mundo. A pesquisa do IBGE apura o comportamento no mercado de trabalho para pessoas com 14 anos ou mais e leva em conta todas as formas de ocupação, seja emprego com ou sem carteira assinada, temporário e por conta própria, por exemplo. Só é considerada desocupada a pessoa que efetivamente procura emprego. São visitados 211 mil domicílios em todos os estados e no Distrito Federal. A taxa de informalidade – proporção de trabalhadores informais na população ocupada – foi de 37,8%. É a menor registrada desde igual trimestre de 2020 (36,6%). O IBGE aponta como informais os trabalhadores sem carteira e os autônomos e empregadores sem CNPJ. Essas pessoas não têm garantidas coberturas como seguro-desemprego, férias e décimo-terceiro salário. O contingente de desalentados, pessoas que sequer procuram emprego por avaliarem que não conseguirão, fechou o segundo trimestre em 2,8 milhões, menor nível desde 2016. Salários O mercado de trabalho aquecido pode ser sentido no bolso do trabalhador. O IBGE revelou que o rendimento médio mensal atingiu R$ 3.477, o maior já apurado. Esse valor fica 1,1% acima do recebido no primeiro trimestre do ano e 3,3% maior que o do segundo trimestre do ano passado. O maior número de pessoas ocupadas e o recorde no rendimento fizeram com que a massa de rendimentos – o total de dinheiro que os trabalhadores recebem – também atingisse o ponto mais alto já alcançado, R$ 351,2 bilhões. É dinheiro que termina movimentando a economia, seja em forma de consumo ou poupança. Esse patamar supera em 5,9% (R$ 19,7 bilhões) o montante do mesmo trimestre de 2024.
Em final emocionante, Brasil bate Colômbia e é campeão da Copa América

Apesar de perder pênalti, Marta faz 2 gols e é estrela da final Juliano Justo – Repórter da EBC Emocionante, imprevisível, de tirar o fôlego e no embalo da craque Marta e da goleira Lorena. Nem mesmo o melhor roteirista do mundo poderia prever uma final de Copa América Feminina tão perfeita para o Brasil. O placar final ficou em 4 a 4. E, nos pênaltis, as brasileiras confirmaram a conquista do título por 5 a 4. A conquista no Estádio Casa Blanca, em Quito (Equador), confirmou a hegemonia verde e amarela no continente. São nove títulos em 10 edições do torneio. Além do Brasil, apenas a Argentina já foi campeã. A primeira atleta a balançar as redes na tarde de Quito foi Linda Caicedo. Aos 24 minutos da etapa inicial, a estrela do Real Madrid, de apenas 20 anos, aproveitou a desatenção da zaga brasileira para concluir com talento a jogada que passou por Izquierdo e Mayra Ramírez. O jogo estava muito difícil para o Brasil. O técnico Arthur Elias fez três substituições, ainda na primeira etapa. E, praticamente no último lance da etapa inicial, Carabalí acertou uma cabeçada em Gio Garbelini. Com auxílio do VAR, Dione Rissios confirmou a penalidade para o Brasil. E a capitã Angelina deixou tudo igual aos 53 minutos. Na etapa final, quando o Brasil era melhor, a zagueira Tarciane recuou errado uma bola para a goleira Lorena e acabou marcando contra. Placar: Colômbia 2 x 1 aos 23 minutos da etapa final. Aos 34 minutos, a artilheira Amanda Gutierres mostrou o faro da goleadora. A atacante do Palmeiras ajeitou no peito o cruzamento de Gio e soltou a bomba de esquerda para igualar o placar: 2 a 2. Gutierres finalizou a Copa América dividindo a artilharia geral do torneio com a paraguaia Claudia Martínez (seis gols para cada uma das atletas). Seguindo o ritmo frenético, aos 42 minutos, Mayra Ramírez finalizou com muita categoria o excelente contra-ataque puxado por Linda Caicedo. Já nos acréscimos, aos 50 minutos (praticamente no último lance do tempo normal), entrou em cena a rainha Marta. A maior jogadora da modalidade de todos os tempos pegou o rebote, soltou uma bomba de perna esquerda e deixou tudo igual mais uma vez. Golaço de craque e placar em 3 a 3. Prorrogação Na prorrogação, ela de novo. Aos 14 minutos do primeiro tempo, Marta recebe cruzamento na área e finaliza com o pé direito para colocar o Brasil na frente. Só que a decisão ainda estava longe de acabar. Aos 9 minutos da etapa final da prorrogação, um golaço de falta da Colômbia. Leicy Santos, a camisa 10, mandou um lindo chute no ângulo. Com um incrível placar de 4 a 4, ficou tudo para os pênaltis. Pênaltis Nas cobranças, Angelina perdeu o primeiro para o Brasil. Mas Paví bateu muito alto e recolocou o Brasil no jogo. A zagueira Mariza fez. E Leicy Santos bateu para defesa da goleira Lorena, que já havia defendido duas penalidades na campanha brasileira durante os Jogos Olímpicos no ano passado. Era a primeira chance de título da Seleção Brasileira. E, quis o destino que fosse a vez da craque Marta cobrar. Ela, que estava fazendo a última partida em uma Copa América e buscava aquele que seria o tetracampeonato da carreira e o nono título da Seleção, acabou batendo rasteiro e facilitando para a defesa da goleira Kathe Tapia. A grande estrela acabou perdendo a primeira chance de finalizar a competição e dar o título ao Brasil. Na sequência, chegaram as cobranças alternadas. E aí voltou ao palco uma das personagens dessa final. A zagueira colombiana Carabalí, que havia cometido o pênalti no primeiro gol do Brasil, foi para a cobrança. E a goleira Lorena escreveu mais um capítulo dessa incrível final. A ex-jogadora do Grêmio e medalhista de prata e melhor goleira dos Jogos Olímpicos de Paris em 2024 defendeu o chute e confirmou a conquista. Brasil campeão da Copa América. O nono título da equipe nacional em 10 edições do torneio continental.
Entenda o que é a Lei Magnitsky usada para retaliar Alexandre de Moraes

Legislação usada para restringir movimentações financeiras de Alexandre de Moraes nos Estados Unidos foi criada em 2012 Os Estados Unidos decidiram acionar a Lei Magnitsky para sancionar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em retaliação ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela suposta tentativa de golpe de Estado em 2022, nesta quarta-feira (30/7). A medida é um dispositivo legal criado em 2012 para punir financeiramente pessoas acusadas de “violações graves de direitos humanos ou corrupção”. A lei prevê sanções variadas, como bloqueio de bens e contas bancárias nos Estados Unidos, impedindo os acusados de fazerem negócio com empresas americanas ou de utilizarem de qualquer sistema financeiro que tenha origem ou seja estabelecido nos EUA, como cartões de crédito de bandeira de empresas que tenham sede nos Estados Unidos – por exemplo, Visa e Mastercard. O dispositivo permite ainda que o governo americano exija que bancos estrangeiros, no caso brasileiros, sejam excluídos do sistema Swift, caso mantenham relação com os acusados. O Swift é uma “infraestrutura crucial para o sistema financeiro global”, englobando o sistema de comunicações interbancárias, fundamental para transações financeiras internacionais. A lei foi criada na esteira da morte de um advogado tributarista russo Sergei Magnitsky em 2009, após denunciar uma fraude de US$ 230 milhões envolvendo autoridades russas. Magnitsky foi preso, acusado de ser, ele próprio, o autor da fraude que denunciara. Na prisão, teve tratamento médico negado mesmo após desenvolver problemas nos rins. Um abastado empresário americano, amigo do advogado morto, denunciou a arbitrariedade e passou a pressionar as autoridades americanas a aprovarem sanções contra os russos envolvidos na corrupção. O projeto se chamou Lei de Responsabilidade do Estado de Direito Sergey Magnitisky e foi aprovado no governo Obama, por 92 votos a favor e quatro contrários na sessão do Senado. Além de 18 cidadãos russos que estiveram envolvidos com a morte de Sergey Magnitsky, juízes da Venezuela e da Nicarágua e, ainda, autoridades de segurança da China, juízes do Irã e do Tribunal Penal Internacional são algumas das autoridades atingidas pela Lei Magnitsky.
EUA sancionam Alexandre de Moraes com aplicação da Lei Magnitsky

Em nota, secretário do Tesouro, Scott Bessent, repete Donald Trump afirmando que “Moraes assumiu a responsabilidade de ser juiz e júri em uma caça às bruxas ilegal contra cidadãos e empresas americanas e brasileiras”. A Secretaria do Tesouro dos Estados Unidos divulgou um comunicado em seu site nesta quarta-feira (30) afirmando que “o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) do Departamento do Tesouro dos EUA sancionou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que usou seu cargo para autorizar prisões preventivas arbitrárias e suprimir a liberdade de expressão”. Secretário do Tesouro, Scott Bessent, repete expressões já declaradas por Donald Trump afirmando que “Alexandre de Moraes assumiu a responsabilidade de ser juiz e júri em uma caça às bruxas ilegal contra cidadãos e empresas americanas e brasileiras”. “De Moraes é responsável por uma campanha opressiva de censura, detenções arbitrárias que violam os direitos humanos e processos politizados — inclusive contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. A ação de hoje deixa claro que o Tesouro continuará a responsabilizar aqueles que ameaçam os interesses dos EUA e as liberdades de nossos cidadãos”, disse Bessent, na nota. A nota ainda deixa claro que a ação se desenvolveu a pedido de Eduardo Bolsoanro (PL-SP) ao citar textualmente o pai, Jair Bolsonaro (PL), como “alvo político” de Moraes. “Moraes tem como alvo políticos da oposição, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro; jornalistas; jornais; plataformas de mídia social dos EUA; e outras empresas americanas e internacionais”, diz o texto. Leia o texto na íntegra Tesouro aplica sanções a Alexandre de Moraes Hoje, o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) do Departamento do Tesouro dos EUA sanciona o ministro Alexandre de Moraes (de Moraes), do Supremo Tribunal Federal (STF), que usou seu cargo para autorizar prisões preventivas arbitrárias e suprimir a liberdade de expressão. “Alexandre de Moraes assumiu a responsabilidade de ser juiz e júri em uma caça às bruxas ilegal contra cidadãos e empresas americanas e brasileiras”, disse o Secretário do Tesouro, Scott Bessent. “De Moraes é responsável por uma campanha opressiva de censura, detenções arbitrárias que violam os direitos humanos e processos politizados — inclusive contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. A ação de hoje deixa claro que o Tesouro continuará a responsabilizar aqueles que ameaçam os interesses dos EUA e as liberdades de nossos cidadãos.” A ação de hoje está sendo tomada em conformidade com a Ordem Executiva (E.O.) 13818, que se baseia e implementa a Lei Global Magnitsky de Responsabilidade pelos Direitos Humanos e tem como alvo autores de graves violações de direitos humanos em todo o mundo. A ação de hoje ocorre após o Departamento de Estado dos EUA revogar o visto de Moraes e de seus familiares próximos em 18 de julho de 2025, por sua cumplicidade em auxiliar e incentivar a campanha ilegal de censura de Moraes contra cidadãos americanos em solo americano. EXCESSO JUDICIAL ABUSIVO DE MORAES De Moraes foi nomeado para o STF em 2017. Desde então, tornou-se uma das pessoas mais poderosas do Brasil, exercendo imensa autoridade por meio de sua supervisão de extensas investigações do STF. De Moraes investigou, processou e reprimiu aqueles que se envolveram em discursos protegidos pela Constituição dos EUA, submetendo repetidamente as vítimas a longas prisões preventivas sem apresentar acusações. Por meio de suas ações como ministro do STF, de Moraes minou os direitos de brasileiros e americanos à liberdade de expressão. Em um caso notável, de Moraes deteve arbitrariamente um jornalista por mais de um ano em retaliação por exercer a liberdade de expressão. De Moraes tem como alvo políticos da oposição, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro; jornalistas; jornais; plataformas de mídia social dos EUA; e outras empresas americanas e internacionais. Jornalistas e cidadãos americanos baseados nos EUA não foram poupados do excesso de extraterritorialidade de de Moraes. De Moraes impôs prisão preventiva e emitiu uma série de mandados de prisão preventiva contra jornalistas e usuários de mídia social, alguns dos quais estão baseados nos Estados Unidos. Ele também emitiu ordens diretas a empresas de mídia social dos EUA para bloquear ou remover centenas de contas, frequentemente de seus críticos e de outros críticos do governo brasileiro, incluindo cidadãos americanos. Moraes congelou bens e revogou passaportes de seus críticos; baniu contas de mídia social; e ordenou que a Polícia Federal do Brasil invadisse as casas de seus críticos, apreendesse seus pertences e garantisse sua prisão preventiva. De Moraes está sendo sancionado de acordo com a Ordem Executiva 13818 por ser estrangeiro responsável ou cúmplice, ou por ter se envolvido direta ou indiretamente em graves violações de direitos humanos. GLOBAL MAGNITSKY Com base na Lei Global Magnitsky de Responsabilidade pelos Direitos Humanos, a Ordem Executiva 13818 foi emitida em 20 de dezembro de 2017, em reconhecimento de que a prevalência de violações de direitos humanos e corrupção, cuja origem, total ou substancial, está fora dos Estados Unidos, atingiu tal alcance e gravidade que ameaça a estabilidade dos sistemas políticos e econômicos internacionais. O abuso dos direitos humanos e a corrupção minam os valores que constituem a base essencial de sociedades estáveis, seguras e funcionais; têm impactos devastadores sobre os indivíduos; enfraquecem as instituições democráticas; degradam o Estado de Direito; perpetuam conflitos violentos; facilitam as atividades de pessoas perigosas; e minam os mercados econômicos. Os Estados Unidos buscam impor consequências tangíveis e significativas àqueles que cometem graves abusos dos direitos humanos ou se envolvem em corrupção, bem como proteger o sistema financeiro dos Estados Unidos de abusos cometidos por essas mesmas pessoas. IMPLICAÇÕES DAS SANÇÕES Como resultado da ação de hoje, todos os bens e interesses da pessoa designada ou bloqueada descrita acima que estejam nos Estados Unidos ou em posse ou controle de cidadãos americanos estão bloqueados e devem ser reportados ao OFAC. Além disso, quaisquer entidades que sejam de propriedade, direta ou indiretamente, individualmente ou em conjunto, em 50% ou mais, de uma ou mais pessoas bloqueadas também estão bloqueadas. A menos que autorizado por uma licença geral ou específica emitida pelo OFAC, ou isento, os regulamentos do OFAC
Nota da aristocracia rural é ridícula, desavergonhada e constrangedora

Ruralistas da região divulgam nota estapafúrdia de apoio ao ex-presidente, ao tarifaço e contra a soberania nacional Representações de classe dos ruralistas e latifundiários do Norte de Minas e, consequentemente, do que há de mais atrasado na cadeia produtiva, divulgou nota oficial em que, na prática, defendem o tarifaço imposto pelo governo de Donald Trump ao Brasil e o ex-presidente golpista e inelegível. A famílicia, em especial o filho Eduardo Bolsonaro, deputado fujão, conspira contra o Brasil e sua autonomia política, econômica e judicial. E, o mais inacreditável: a nota é assinada pela Sociedade Rural, Sindicato Rural, Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais/Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Faemg/Senar), Associacão dos Sindicatos dos Produtores Rurais do Norte de Minas (Aspronorte) e Associação dos Criadores de Gado de Corte do Norte de Minas (ACGC), cujos filiados são os mais prejudicados com o intervencionismo dos EUA. A nota tresloucada, em vez de sair em defesa da classe, prejudicada pela pesada carga do imposto sobre importação, já começa reiterando seu apoio ao ex-presidente, colocando-o como vítima e ignorando o fato dele ter sido o mentor dos ataques golpistas do 8 de janeiro de 2023. De modo contraditório, ignora que os “recentes acontecimentos que têm gerado repercussões negativas no Brasil e no exterior” foram provocados pelo filho dele, que foi aos EUA defender retaliações ao Brasil e a seu Judiciário, por conta das investigações contra os atos criminosos do pai. À frente, justifica o tarifaço como forma de denunciar a suposta “perseguição” sofrida pelo golpista. Depois, defende o ataque à soberania brasileira como sendo uma reação do governo norte-americano ao ilusório “enfraquecimento de instituições e liberdades fundamentais no país”. A infeliz manifestação dos fazendeiros nada mais é que uma defesa velada do golpismo, ao mesmo tempo em que fala em democracia e estado de direito, um disfarce para não explicitar o imoral apoio a uma quebra institucional. Por fim, refere-se ao ambiente de confronto como se isso não fosse fomentado justamente por aqueles que eles estão defendendo. Trata-se de uma peça de ficção e de defesa insidiosa de criminosos e inimigos da Pátria. Ao se referir aos males que o cenário atual provoca nos que produzem, geram emprego e desenvolvimento insinuam que os responsáveis são outros e não aqueles que verdadeiramente estão conspirando contra o país e rebaixando o Brasil ao grau de viralatismo, que todos devemos abominar. A inadequada nota só poderia mesmo ter saído de um segmento onde o que não falta é gado.
TJD-MG toma decisão e confirma acesso do North ao Módulo I do Mineiro

Julgamento realizado nesta segunda-feira (29) manteve vitória do time norte-mineiro sobre o Patrocinense, na quinta rodada do triangular do Módulo II O North está confirmado no Módulo I do Campeonato Mineiro de 2026. O julgamento, realizado pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-MG) na noite desta terça-feira (29), na sede da Federação Mineira de Futebol (FMF), em Belo Horizonte, homologou a vitória do time de Montes Claros sobre o Patrocinense, na quinta rodada do triangular, e ratificou o acesso à elite do estadual. Responsável pela ação, a Águia de Patrocínio tentava impugnar a derrota para a equipe norte-mineira por um possível erro de direito. O Patrocinense reclamou de um apito externo que teve influência no primeiro gol do North na partida. A arbitragem não invalidou o lance. Por unanimidade, o TJD-MG manteve o 2 a 0 para o Gladiador do Norte. Ainda cabe recurso. O North Esporte Clube garantiu acesso à elite do futebol mineiro após o Tribunal de Justiça Desportivo de Minas Gerais (TJD-MG) homologar o resultado da partida com o Patrocinense nesta terça-feira, 29. O julgamento ocorreu após o CAP entrar com pedido de impugnação depois da derrota por 2 a 1 no dia 17 de julho. O confronto foi válido pela 5ª rodada da fase triangular do Módulo 2 do Campeonato Mineiro. Ainda cabe recurso da decisão. A alegação feita ao TJD era de que um apito externo confundiu os atletas durante a jogada que terminou com o primeiro gol da equipe norte-mineira, aos oito minutos do primeiro tempo. Por conta do que chamou de “interferência externa”, o Patrocinense destacou que o árbitro principal deveria interromper o confronto e reiniciá-lo com a bola no chão. Como isso não foi feito, a jogada prosseguiu e o North marcou o gol. Com o resultado do julgamento, o North terminou a fase triangular na liderança do grupo D, com oito pontos, seguido pelo Democrata SL com seis e o Patrocinense com 1. A equipe de Montes Claros enfrentará a URT na final da competição. A data ainda será definida, já que com o processo judicial a Federação Mineira de Futebol suspendeu a realização das partidas que valerão o título do Módulo 2. Mesmo antes da bola rolar e independente de quem for campeão, os dois times já estão com a vaga garantida na elite do futebol mineiro.
Carla Zambelli é presa na Itália; autoridades têm 48 horas para definir extradição

Ex-deputada foi localizada após denúncia de parlamentar italiano e teve prisão confirmada pelo Ministério da Justiça A ex-deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi presa nesta terça-feira (29) em Roma, na Itália, após ser localizada por autoridades italianas. A informação foi confirmada pelo Ministério da Justiça do Brasil. A notícia foi publicada inicialmente pelo portal G1, que destacou que a prisão ocorreu após a colaboração do deputado italiano Angelo Bonelli, responsável por informar à polícia o paradeiro da ex-parlamentar. “Carla Zambelli está em um apartamento em Roma. Forneci o endereço à polícia. Neste momento, a polícia está identificando Zambelli”, escreveu Bonelli em sua conta na rede X (antigo Twitter), na noite desta segunda-feira (28). Zambelli era considerada foragida desde que teve seu mandato cassado e foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos e 8 meses de prisão. Ela é acusada de participar de uma organização criminosa digital responsável pela invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A decisão do STF se deu no âmbito de investigações que apontaram a participação de Zambelli em um esquema de ataques cibernéticos ao Poder Judiciário. Após a condenação, a ex-deputada deixou o Brasil e passou a residir na Itália, país no qual possui cidadania. Com a fuga, seu nome foi incluído na lista de difusão vermelha da Interpol, o que permite sua prisão em qualquer país signatário do tratado internacional. O Ministério da Justiça brasileiro já havia encaminhado às autoridades italianas o pedido formal de extradição, que agora deverá ser analisado pelo governo local. Expectativa por extradição A detenção de Zambelli reacende o debate sobre a cooperação internacional em matéria penal, especialmente diante do uso da cidadania italiana por investigados ou condenados que tentam escapar do sistema judicial brasileiro. A expectativa é de que o governo italiano se manifeste nos próximos dias sobre o andamento do pedido de extradição apresentado por Brasília. A defesa da ex-parlamentar ainda não se pronunciou oficialmente sobre a prisão. A operação contou com o apoio da Interpol e da polícia italiana, e as circunstâncias da detenção indicam que a articulação internacional pode acelerar o retorno de Zambelli ao Brasil para o cumprimento da pena. Zambelli, que foi uma das aliadas mais próximas do ex-presidente Jair Bolsonaro, vinha sendo investigada desde o fim de seu mandato, quando se intensificaram as denúncias contra sua atuação em redes de disseminação de ataques virtuais contra instituições democráticas. A prisão marca mais um capítulo no cerco judicial a integrantes da extrema-direita envolvidos em práticas ilegais durante e após os mandatos parlamentares.
North garante vaga na primeira divisão do Campeonato Mineiro em 2026

A equipe de Montes Claros ficou com a vaga após o empate entre Democrata e Patrocinense neste Domingo (27 de julho), em Sete Lagoas *Por Albano Machado O North, time de futebol SAF, conseguiu a inclusão na Série A do futebol mineiro. Com o resultado de empate, 1 X 1, de Patrocinense, de Patrocínio, com o Democrata de Sete Lagoas, North ficou em primeiro lugar, com 8 pontos. Classificou- se para a primeira divisão do Campeonato Mineiro de Futebol de 2026. Assim, poderemos ter jogos do North contra América-MG, Atlético e Cruzeiro, em Montes Claros . Ou então, em BH, no Mineirão, na Arena MRB e no Independência * Jornalista
Nikolas e Engler se tornam réus por disseminação de fake news contra Fuad

Justiça Eleitoral acatou denúncia do MPMG, que cita ainda a deputada Delegada Sheila e Coronel Cláudia Romualdo; se condenados, eles podem ficar inelegíveis A Justiça Eleitoral de Minas Gerais aceitou uma denúncia do Ministério Público estadual e tornou réus o deputado federal Nikolas Ferreira (PL), o deputado estadual Bruno Engler (PL), a deputada estadual Delegada Sheila e a Coronel Cláudia Romualdo (PL), candidata a vice-prefeita de Belo Horizonte nas eleições de 2024. Os políticos são acusados de disseminar informações inverídicas contra Fuad Noman, então candidato à reeleição para a prefeitura da capital mineira durante a campanha eleitoral. Se condenados, os investigados podem perder os direitos políticos, o que inclui a possibilidade de se tornarem inelegíveis. A denúncia aponta que os réus teriam, em ação conjunta, atuado em duas frentes para minar a campanha de Fuad Noman, principalmente na reta final da disputa. A primeira teria ocorrido por meio do uso de trechos descontextualizados de obra literária ‘Cobiça’, de autoria do ex-prefeito. Na outra, os políticos teriam praticado “falsa imputação de responsabilidade por suposta exposição de crianças a conteúdo impróprio durante um festival internacional de quadrinhos organizado pela prefeitura”, acusa o Ministério Público. O propósito dos denunciados, segundo o MPMG, era desqualificar o candidato e angariar vantagem eleitoral em vantagem de Bruno Engler, que disputava o segundo turno das eleições com Fuad. A denúncia recebida pela Justiça Eleitoral ainda sustenta que “os denunciados incorreram na prática dos crimes de divulgação, na propaganda eleitoral ou durante período de campanha eleitoral, de fatos sabidamente inverídicos, capazes de exercer influência perante o eleitorado, em relação ao então candidato Fuad Noman, e de difamação, na propaganda eleitoral, ou visando a fins de propaganda, contra o mesmo candidato, mediante a imputação fatos ofensivos à sua reputação”. Diante das acusações, o Ministério Público pediu que os réus sejam condenados a pagar indenização por danos morais e também sejam penalizados com a suspensão dos direitos políticos, o que inclui a inelegibilidade. Conforme a decisão proferida pelo juiz Marcos Antônio da Silva, da 29ª Zona Eleitoral de Belo Horizonte, os réus têm dez dias, contados a partir de 23 de julho, para apresentarem defesa contra as acusações. O que dizem os citados O deputado Nikolas Ferreira se manifestou sobre a decisão por meio de publicação no Instagram. “Perseguição política absurda em todos os níveis”, disse o parlamentar em uma postagem na qual ele compartilha notícia sobre a decisão da Justiça Eleitoral. Bruno Engler, por sua vez, também usou as redes sociais para comentar o fato de ter se tornado réu. “A acusação? ‘Fake News’ por divulgar trechos de um livro escrito pelo próprio Fuad Noman. Absurdo”, reclamou o deputado estadual. A defesa de Engler, entretanto, informou à reportagem que só vai se manifestar nos autos do processo. O mesmo vale para Coronel Cláudia.
TRAMA GOLPISTA – General admite autoria de plano para matar Lula e Moraes

No STF, Mário Fernandes admite ter criado o plano “Punhal Verde e Amarelo”, mas nega participação em reuniões ou ações de monitoramento atribuídas a ele pela denúncia da PGR O general da reserva Mário Fernandes, ex-secretário executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, admitiu ser o autor do plano “Punhal Verde e Amarelo”, que previa o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes. A confissão foi feita durante depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira (24). O general afirmou que o documento era um “pensamento digitalizado”, que chegou a imprimir, mas garantiu nunca tê-lo compartilhado com ninguém. “Esse arquivo digital nada mais retrata do que um pensamento meu que foi digitalizado. Um compilar de dados, um estudo de situação meu, uma análise de riscos que eu fiz e por costume próprio resolvi digitalizar. Não foi apresentado a ninguém e nem compartilhado com ninguém”, afirmou Mário Fernandes. “Gostaria de reforçar: não apresentei, não compartilhei, nem citei esse documento a ninguém em nenhum momento”, completou. A defesa de Fernandes ressaltou que o plano — encontrado em um pendrive com o conteúdo — só veio à tona após ser apreendido pela Polícia Federal (PF). Questionado sobre a possibilidade de o arquivo ter sido discutido por terceiros em uma reunião do núcleo golpista sem sua presença, o general foi enfático: “Impossível”. Segundo a acusação, o plano teria sido debatido em uma reunião ocorrida em 12 de novembro de 2022, supostamente na casa do general Braga Netto, então candidato a vice na chapa de Bolsonaro. Mário Fernandes, no entanto, nega ter participado do encontro e afirma que sequer havia divulgado o plano até então. Durante o interrogatório, Fernandes buscou se desvincular completamente da articulação golpista. Ele confirmou a autoria do documento, mas insistiu que sua elaboração foi individual, sem o conhecimento ou envolvimento de outros membros do governo. Sem participação em monitoramentos? Outro ponto central da acusação é a suposta ordem para o monitoramento e a “neutralização” de autoridades e adversários, atribuída a Mário Fernandes. A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) afirma que o general teria atuado para implementar uma rede de inteligência contra opositores do ex-presidente Bolsonaro — o que ele nega com veemência. “Esse talvez tenha sido o ponto que mais me chocou ao ler a denúncia. Nunca participei de qualquer ação de monitoramento. Nunca ouvi falar que isso tenha ocorrido. Parece que resolveram me encaixar no organograma pela patente, mas não existe uma única prova que me vincule a isso”, declarou. Conexões questionadas e recusa de associação a nomes Questionado sobre conexões entre pessoas mencionadas na denúncia — como o nome “Gilliard”, apontado como ligado ao coronel Rodrigo Azevedo —, Mário Fernandes afirmou que não se lembra de ter feito tais vínculos e disse não reconhecer Gilliard como associado a ninguém. Também negou ter mantido qualquer relação com o aplicativo Signum, ferramenta mencionada em mensagens investigadas. O general acrescentou ainda que não tem mais acesso ao telefone utilizado na época dos fatos, o que, segundo ele, compromete sua capacidade de confirmar ou negar com segurança algumas das menções feitas nas conversas analisadas. Réu por tentativa de golpe Mário Fernandes é réu no núcleo 2 da trama golpista — investigação conduzida pelo STF sobre a tentativa de golpe de Estado após a derrota eleitoral de Jair Bolsonaro. Esse núcleo reunia militares e oficiais da reserva envolvidos na elaboração de propostas de ruptura institucional, como minutas de decretação de estado de defesa, intervenção militar e assassinatos políticos