Política, religião e futebol são combinações perfeitas. É como se fosse uma mistura de arroz, feijão e carne. Por isso o banimento pela Fifa do presidente da CBF, Marco Polo del Nero, por corrupção, deixou os “amarelinhos” mais perdidos que cebola em salada de frutas nas vésperas da Copa do Mundo. Afinal, quer melhor combinação de “coxinha” com corrupção? É como feijão com arroz.
A camisa da seleção brasileira de futebol foi injustamente apropriada como símbolo por aqueles que dizem lutar contra a corrupção, mas o diabo é que a mesma camisa amarelinha também é a expressão máxima do símbolo da própria corrupção no futebol brasileiro. Que contradição! Não é mesmo Globo?
Não é de estranhar a contradição dos “coxinhas” neste país em que uma presidenta honesta — Dilma Rousseff — foi afastada por um Congresso Nacional sabidamente corrupto com o objetivo [do golpe] de aprofundar a corrupção. Pior: vestidos da camisa da seleção todos eles — coxinhas, Globo e deputados que estão presos — bateram panelas nas ruas e deram os braços para chegar neste atual estado de coisas.
Se del Nero foi banido por corrupção, por que a Rede Globo também não o foi haja vista que a emissora também é investigada nos Estados Unidos por corrupção na transmissão de jogos da Fifa?
Apesar da corrupção, do banimento de del Nero, da Globo, torçamos todos para que a seleção brasileira entre em campo — se possível com uma camisa vermelha — e faça bonito na Copa da Rússia. Que nos traga o título!