Por Alex Solnik

A 12 de maio de 2016, em meio à votação solene do impeachment, Bolsonaro, então deputado federal chocou as pessoas de bem e violentou o decoro parlamentar, homenageando, ao microfone, em rede nacional de TV o ex-chefe do DOI-Codi e torturador reconhecido pela Justiça, Carlos Alberto Brilhante Ustra, que martirizara pessoalmente a presidente Dilma Roussef nos anos da ditadura militar.

No dia 2 de junho último, depois que o “compositor” e “instrutor de boxe” Tales Volpi, o MC Reaça, espancou a sua amante grávida e se matou, Bolsonaro escreveu que “ele tinha o sonho de mudar o país e apostou em meu nome por meio de seu grande talento” e que “será lembrado pelo dom, pela humildade e por seu amor pelo Brasil”.

Agora há pouco ele comentou o episódio em que Neymar está sendo acusado de estupro por uma mulher que o denunciou à polícia e apresentou laudo médico. Não há elementos concretos para concluir, a essa altura, quem está dizendo a verdade, será um longo caminho a ser percorrido na Justiça, mas Bolsonaro já fez seu julgamento, atacando a vítima:

“A mulher atravessa o continente, um monte de coisa acontece e ela chega no Brasil e quer…o Neymar está numa fase difícil, mas eu acredito nele”.

Bolsonaro sempre defende o agressor, principalmente em situações de agressão a mulheres, o que revela seu caráter machista, misógino e pusilânime e sua absoluta ausência de condições de ocupar a cadeira mais alta da República, já que o país é composto de brasileiros e brasileiras.

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