– A ex-ministra do meio ambiente do governo Lula, Marina Silva, falou sobre a questão ambiental nacional sob o governo Bolsonaro em entrevista ao jornal O Globo.

– Questionada sobre a relação entre o agronegócio e preservação ambiental, Marina lembrou que entre 2004 e 2012 o desmatamento caiu 83% enquanto o agronegócio continuava crescendo.

“Quando fui ministra do Meio Ambiente (2003-2008), representantes do agronegócio contestaram o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), da mesma forma como ocorreu em 2019, no caso dos dados sobre as queimadas na Amazônia. A diferença é que eu defendi o Inpe, enquanto Bolsonaro o entregou às feras.”

“A agressão a órgãos que trabalham com o meio ambiente culmina em tragédias como o óleo nas praias do Nordeste e o rompimento da barragem em Brumadinho (MG).” Disse a fundadora da Rede Sustentabilidade.

Marina também disse que, na política ambiental, não vê a mínima tendência de melhora.

“Começaremos 2020 com uma medida provisória (MP 910, conhecida como MP da Regularização Fundiária) que transformará grileiros em proprietários rurais. Hoje premia-se a corrupção e o roubo de terras públicas na Amazônia com finalidade eleitoral. É, também, uma forma de se perpetuar no poder e incitar a violência.”

Sobre a mistura de política com religião presente no governo ela disse:

“O presidente tem direito de ter sua religião, mas o Estado é laico. O governo não pode impor a sua fé à sociedade. Fui candidata e jamais fiz isso. O problema é a instrumentalização da fé pela política e da política pela fé.”

As informações são do Globo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *