Até 2016, ano do golpe de Estado heterodoxo, o Brasil figurava mantinha posição estável no Índice Global de Democracia elaborado anualmente por uma unidade da revista The Economist.

 Com o golpe, veio a queda na classificação, que se repetiu este ano: o Brasil ficou na 49º posição numa lista de 167 países, com uma pontuação que o exclui do grupo das “democracias plenas”, rebaixando-o para o das “democracias falhas”. O país mais democrático do mundo, segundo o ranking, é a Noruega, seguida da Dinamarca.

Na primeira versão do estudo, elaborada há 10 anos, o Brasil apareceu com 7,38 pontos, nota que se manteve estável 2015. Em 2016, depois da deposição da ex-presidente Dilma, a nota caiu para 6,90 e agora para 6,86.

Para elaborar a lista, o estudo avalia 60 indicadores em categorias como o processo eleitoral e o pluralismo, o funcionamento do governo, a participação política da sociedade, cultura política democrática e liberdades civis. O ranking divulgado nesta quarta-feira leva em conta o desempenho democrático do país em 2017.

A prevalecer a exclusão do ex-presidente Lula do processo eleitoral, o Brasil ainda perderá mais pontos nesta avaliação. Se eventualmente a eleição não acontecer – hipótese que não deve ser descartada diante da persistência de Lula como favorito nas pesquisas e do fracasso do plano eleitoral da coalizão golpista-governista, que não consegue ter um candidato viável – o Brasil pode cair para o grupo dos países com regime autoritário. Não democrático. Como pudemos regredir tanto em tão pouco tempo?

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